Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

24 de junho de 2021

12º Domingo do Tempo Comum

 


(20.06.2021)

Introdução à Eucaristia:

Numa linguagem simbólica e muito adequada ao ambiente bíblico, a liturgia de hoje trás até nós um problema de sempre e coloca-nos perante a eterna questão: acomodarmo-nos ou olhar em frente e tentar superar as limitações que nos envolvem, com fé e esperança, colocando os nossos olhos em Jesus, sabendo que Ele não nos abandona nem nos deixa sozinhos no auge das tormentas.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro de Job, fala-nos de algo que, à primeira vista, é-nos estranho: que sentido tem este texto? Que perguntas são estas que resultam de um diálogo entre Deus e Job? O texto tem na sua base o sentido que o mar tinha para o mundo judaico: o mar é a figuração das forças hostis e da desordem que ameaça a vida do homem. Importa confiar que também o mar é obra criada por Deus e nada está para além do Seu poder.   

 No Evangelho, Marcos narra-nos o momento em que Jesus cruza o Mar da Galileia e confronta os medos dos discípulos em confiarem n’Ele. O texto mostra-nos que as tempestades da vida, mormente as dúvidas e as inquietações dos crentes encontram resposta na confiança em Jesus. Mesmo parecendo que Ele dorme, Ele está atento às nossas inquietações e mostra-nos que o amor de Deus faz se sempre presente. Mesmo temendo tais inquietações, não nos devemos deixar vencer ou paralisar perante elas. A nossa confiança está no Senhor. 

Padre João Lourenço, OFM 

 

S. António de Lisboa, Padroeiro de Lisboa

 


(13 Junho 2021)

Introdução à Eucaristia

Hoje, solenidade de Santo António, celebramos nas Igrejas da cidade de Lisboa a Eucaristia do seu dia, o que nos permite não só louvar a sua figura, mas essencialmente acolher a sua mensagem, a sua palavra e o seu testemunho. Santo António foi um luzeiro no seu tempo, a sua mensagem e o cuidado pelos pobres continuam a ser para nós um desafio e um apelo à santidade, envolvendo-nos, como ele o fez, também nós nas causas nobres do nosso tempo. Canonizado logo no ano seguinte à sua morte, a sua veneração estende-se pelos quatro cantos da terra, fazendo dele um verdeiro santo da era da globalização.

Introdução às Leituras

A primeira leitura, tomada do livro de Ben Sirá, fala-nos do homem sábio, daquele que acolhe a Palavra de Deus e se coloca nos caminhos de Deus, acolhendo os seus desafios. Trata-se da sabedoria de Deus, aquela que é dom do Espírito e não da astúcia humana. Foi esta sabedoria que António cultivou, tal como nos mostram os seus sermões.

A 2ª leitura, da Carta de S. Paulo a Timóteo, fala-nos da centralidade da Palavra de Deus no ministério do anúncio do reino de Deus. S. António é exatamente um exímio apóstolo da Palavra e disso são testemunho os seus sermões. O que Paulo diz ao seu discípulo Timóteo aplica-se perfeitamente a António, o que faz dele um verdadeiro apóstolo da Evangelização.  

No Evangelho, S. Mateus, trás até nós os dois grandes sinais que Jesus deixou aos seus discípulos, sinais que são também desafios marcantes da nossa identidade: ‘Ser luz e ser sal’. António foi luz no seu tempo e continua a ser sal para ‘temperar e dar sabor à nossa vida’, e fazer dela um testemunho que deve brilhar diante de todos e nos motivar à santidade.

Padre João Lourenço, OFM

7 de junho de 2021

SOLENIDADE DO CORPO DE DEUS

(03.06.2021)

Introdução à Liturgia:

A Igreja celebra hoje a solenidade do Corpo de Deus, convidando todos os fiéis a dedicar à Eucaristia um dia solene, de modo que este mistério da presença do Senhor assuma a centralidade da vida comunitária. A Igreja vive da Eucaristia e para a Eucaristia. Hoje, reunimo-nos em festa e celebramos esta presença do Senhor no meio de nós.

 Introdução às Leituras:

A primeira aliança feita entre Deus e o Seu povo, foi estabelecida através da Lei. Tendo o Sinai como lugar de encontro e Moisés como seu mediador. A aliança definitiva teve como mediador o Senhor Jesus e o testemunho do seu sangue.

 A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, fala-nos do sangue de Cristo que nos purifica e que nos congrega na comunhão plena com Deus, fazendo de nós o seu povo eleito.

 No Evangelho, S. Marcos, fala-nos da última Ceia do Senhor com os discípulos, aos quais entrega a sua vida, corpo e sangue, símbolos da sua plenitude e expressão do amor total e definitivo de Deus pela sua Igreja.

Padre João Lourenço, OFM 

30 de maio de 2021

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE


 Introdução à Liturgia:

Celebrar a Santíssima Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se esconde num “Deus único em três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer participar desse mistério de amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos o Deus da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços familiares com o homem, dá-se a conhecer a Moisés como ‘sendo um Deus clemente e compassivo, lento para a ira e rico de misericórdia’. É este Deus que Jesus nos deu a conhecer e testemunhou na sua caminhada.

Na segunda leitura, Paulo diz-nos que todos somos conduzidos pelo Espírito e é por Ele que nos tornamos filhos de Deus. É isso que nos leva a proclamar ‘Abbá’ (Pai) e assim, como filhos, somos Irmãos na grande família da Trindade divina.

No Evangelho, S. Mateus, fala-nos do mandato divino entregue aos Apóstolos e pelo qual entramos na comunhão com Deus. A fórmula do nosso batismo é o testemunho da fé eclesial na Trindade que nos congrega como filhos da grande família de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

 

25 de maio de 2021

Laudato Si

 






















Carta do Ministro Nacional da OFS

 



Carta do Ministro Geral da OFS





 

24 de maio de 2021

SOLENIDADE DO PENTECOSTES

 

(23.05.2021)

Introdução à Liturgia:

O Espírito Santo é o grande dom que Deus faz à sua Igreja. É por Ele que somos congregados na Comunhão e podemos testemunhar no mundo o amor e a esperança do Cristo Ressuscitado. Celebrar o Pentecostes é celebrar as origens da Igreja, do novo povo de Deus que o Espírito renova e congrega na comunhão.

 Introdução à Leituras:


A primeira leitura mostra-nos como a Comunidade reunida em nome do Senhor Jesus recebe o dom do Espírito Santo, a nova Lei do ressuscitado que é a fonte dessa vida nova. É por Ele que a vida dos fiéis ganha um novo sentido e se tornam testemunhos vivos de Cristo.

Na segunda leitura, Paulo ajuda os crentes de Corinto a reconhecerem a ação do Espírito Santo em cada um dos batizados. A diversidade de ministérios e de dons é uma riqueza grande para a Igreja. A finalidade de todos esses carismas é o contributo para que a comunidade cresça na comunhão e no serviço fraterno, vencendo o medo, os uniformismos paralisantes e as tentativas, sempre presentes, de querer controlar a força da fé . 

 O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para S. João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É pelo Espírito que a Comunidade vence o medo, se torna testemunho vivo da força de Deus no mundo e construtora da harmonia e da paz.

Padre João Lourenço, OFM

17 de maio de 2021

SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

 (16.05.2021)

Introdução à Liturgia:

Fazendo seu o calendário de S. Lucas que nos é narrado nos Atos dos Apóstolos, a Igreja celebra neste domingo a Solenidade da Ascensão do Senhor. Trata-se do momento em que Cristo leva à plenitude o seu mistério pascal, concluindo a sua missão no tempo histórico e entregando ao Pai o futuro da humanidade que por Ele foi redimida. Recorrendo a essa marca bíblica dos 4º dias, foi após quarenta dias da Páscoa que Jesus é elevado para Deus; foi durante 40 dias que Ele se preparou para a missão; é por 40 dias que Ele confia a sua missão aos seus discípulos. Estamos perante uma perspetiva de grande sentido teológico que marca o ritmo da história da salvação.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos a cena e deixa-nos a teologia da mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projeto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus. É esta vida que Ele anunciou e promete a todos os que percorrem o mesmo "caminho" que Ele percorreu. Os discípulos não podem ficar a olhar para o céu, esperando que de lá venha a transformação do mundo. Isso acontece pelo empenho e pelo vigor do nosso testemunho.

 A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados; eles devem fazer com que essa esperança seja para eles a força dinamizadora das suas vidas, capaz de transformar o mundo para que este cresça até à plenitude de Deus.

 No Evangelho, Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, ajuda-os a vencer a desilusão, o medo e o comodismo e envia-os em missão, como testemunhas do projeto de salvação de Deus. Agora, junto do Pai, Ele continuará a acompanhar os discípulos e, através deles, a oferecer aos homens a vida nova e definitiva. 

Padre João Lourenço, OFM

6º DOMINGO DA PÁSCOA

 


(9.05.2021)

Introdução à Liturgia:

A experiência pascal dos discípulos leva-os a descobrir o autêntico rosto do Mestre, pelo qual chegam à perfeita contemplação do Pai. A liturgia deste domingo mostra-nos essa nova dimensão da fé: Ele não é apenas o Senhor; Ele é, acima de tudo, o Amigo que os leva à plenitude da comunhão com Deus, feita amizade e vida nova, transformada em comunhão.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura faz-nos sentir como a salvação oferecida por Deus através de Jesus Cristo, e agora anunciada e testemunhada pelos discípulos, é para todos os homens, sem distinção de raça, cultura ou tradições religiosas. Ela é universal e esse é o primeiro e o maior dom que em Cristo, Deus oferece a todos os homens. A cada homem compete apenas acolhê-la e dispor-se a aceitá-la.

A segunda leitura confirma aquilo que Jesus vai dizer aos discípulos no Evangelho: “Deus é amor”. A vinda de Jesus ao encontro dos homens e a sua morte na cruz revelam a grandeza desse amor de Deus pelos homens. Ser “filho de Deus” e “conhecer a Deus” é deixar-se envolver por este dinamismo de amor, amando os irmãos.

Num dos textos mais belos e expressivos do seu Evangelho, S. João mostra-nos como Jesus estabelece uma nova relação com os discípulos e, na pessoa deles, com todos aqueles que acreditam no seu Nome. Os discípulos já não são servos, mas sim os “amigos” a quem Jesus revelou o amor do Pai. Por isso, a missão dos discípulos é testemunhar o amor de Deus no meio dos homens.

Padre João Lourenço, OFM

Encontro de Formação Nacional


 

30 de abril de 2021

5º Domingo da Páscoa

 


(02.05.2021)

Introdução à liturgia:

    A liturgia do tempo pascal convida-nos a contemplar a glória do Ressuscitado junto do Pai para com Ele construirmos uma verdadeira comunhão. Tal como o ramo vive unido e agradece à videira a vida e a seiva que dela recebe, também nós, unidos a Cristo, nos tornamos fonte de vida, de uma vida em plenitude que se dá em gratuidade aos irmãos.

 Introdução às leituras:

A primeira leitura diz que o cristão é membro de um corpo: o Corpo de Cristo. Por isso, a nossa vocação é seguir Cristo, integrados numa família de irmãos que partilham a mesma fé, percorrendo o mesmo caminho de amor. É assim que a Igreja se constrói, na mesma comunhão, aceitando a diversidade entre os Irmãos.

A segunda leitura define o ser cristão como “acreditar em Jesus” e “amar-nos uns aos outros como Ele nos amou”. É pela coerência de vida que podemos testemunhar a nossa fé e, ao mesmo tempo, anunciar a vida nova que nos vem do Ressuscitado.

 O Evangelho apresenta Jesus como “a videira” que dá bons frutos, tal como Deus espera de cada um de nós. Viver e permanecer unidos a Cristo é a condição para nos tornarmos ‘ramos’ fecundos de vida e de comunhão. É assim que nos tornaremos verdadeiras testemunhas no meio dos homens da vida, do amor e da ressurreição do Senhor.

Padre João Lourenço, OFM

29 de abril de 2021

Beatificação-Membro OFS-Venezuela



EN: A beatificação do Dr. José Gregorio Hernández, membro da OFS Venezuela, será realizada no dia 30 de abril de 2021. A cerimônia de beatificação será transmitida pelo canal do YouTube das Arquidioceses de Caracas no dia 30 abril de 2021 às 10:00 da manhã (hora venezuelana).


El 30 de abril de 2021 se celebrará la beatificación del Dr. José Gregorio Hernández, médico venezolano (1864-1919), miembro de la Orden Franciscana Seglar desde 1899.

Además Venezuela, José Gregorio es ampliamente conocido, respetado y venerado en muchos países. Un testigo de santidad en su condición de laico. Fue un hombre lleno de virtudes con una profunda vivencia de su fe católica. Tuvo un ejemplar desempeño de la medicina atendiendo a pacientes de todas las clases sociales. Cabe destacar también sus aportes en el campo de la ciencia médica y en su carrera como insigne profesor universitario. En la Orden Franciscana Seglar sació su sed del carisma de San Francisco de Asís, y así, poco a poco, profundizó su compromiso de servir a Cristo en su hermano y hermana que sufrían.

Murió a los 55 años en un accidente de automóvil, mientras iba a comprar medicinas para un pobre enfermo. Para su beatificación fue admitido una curación en la niña Yaxuri Solórzano quien recibió un disparo en la cabeza víctima de un asalto en el año 2017 y se recuperó milagrosamente.

La ceremonia de beatificación será transmitida a partir de las 10:00 am (hora de Venezuela) por el canal de YouTube de la Arquidiócesis de Caracas.

28 de abril- Dia da Família OFS-JUFRA

 

EL DÍA DE LA FAMILIA DE LA OFS-JUFRA, el 28 de abril

ES: Queridos hermanos y hermanas, les recordamos que una de las propuestas acordadas por el Consejo de Presidencia (CIOFS) es celebrar el día de la Familia de la OFS-JUFRA el 28 de abril de cada año, fiesta de los Beatos Luquesio y Buonadonna, primera familia de seglares franciscanos. En este tiempo especial y difícil, rezamos juntos por nuestras familias en este día, en Señor nos bendice con su amor. ¡Paz y bien!
In https://www.facebook.com/CIOFS-128811387450887

25 de abril de 2021

4º Domingo da Páscoa

 

(25.04.2021)

Introdução à Liturgia:

Celebramos hoje o ‘Domingo do Bom Pastor’, dia mundial de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas de consagração ao Senhor e ao serviço da Igreja. É um dia que assume um grande significado na liturgia da Igreja, tal é a representatividade que esta figura bíblica tem na tradição cristã e a apropriação que Jesus faz dela como paradigma do seu serviço ao povo de Deus. Por isso, hoje assumimos o convite que nos é feito para rezarmos por todas as vocações sacerdotais, para que todos os Pastores do Povo de Deus o sejam verdadeiramente à imagem de Jesus, o Bom Pastor.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro dos Atos dos Apóstolos, afirma pelo testemunho de Pedro, que Jesus é o único Salvador, já que “não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos”. Jesus não é só o pastor que nos conduz, mas é também a fonte de salvação para todos os homens; é por Ele e n’Ele que chegamos ao Pai.

A segunda leitura fala-nos do amor de Deus, testemunhado em Jesus Cristo, que nos abre à comunhão com Ele. É mediante esse “amor admirável” que cada um de nós é capaz de superar a sua condição de debilidade e de fragilidade. O objetivo de Deus é integrar-nos na sua família e como filhos levar-nos a participar da Sua plenitude.

O Evangelho centra-se na pessoa de Jesus como “o Bom Pastor”, modelo e paradigma de todo o serviço na Igreja, o seu rebanho, a quem Ele ama de forma gratuita e desinteressada, dando a vida pelas suas ovelhas. Elas sabem que podem confiar n’Ele de forma incondicional, pois Ele não busca o próprio bem, mas o bem do seu rebanho.

Padre João Lourenço, OFM

3º Domingo de Páscoa

 

(18 de abril)

 Introdução à Liturgia:

A comunidade cristã das origens sempre acreditou e afirmou que Jesus era o messias. Essa certeza fundamenta-se nas Escrituras e é por elas que a fé se consolida. N’Ele concretizam-se todas as esperanças que ao longo dos séculos alimentaram a fé do povo eleito. É essa experiência de fé que dá força e solidez ao testemunho da comunidade e que a liturgia deste 3º Domingo da Páscoa nos convida a celebrar.

 Introdução às Leituras:

Hoje, iniciamos esta introdução às leituras pelo Evangelho, convidando-vos a acolher este texto único e os desafios que nos faz: o texto dos ‘Discípulos de Emaús’. Ele caminha ao nosso lado e, mesmo sem o conhecermos, Ele está sempre disponível para entrar em nossa casa e partilhar o nosso pão, revelando-se nos momentos de partilha e de comunhão.

 A primeira leitura apresenta-nos o testemunho dos discípulos sobre Jesus. Depois de terem mostrado, em gestos concretos, que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação, Pedro e João convidam os seus interlocutores a acolherem a proposta de vida que Jesus lhes faz.

 A segunda leitura lembra que o cristão, depois de encontrar Jesus e de aceitar a vida que Ele oferece, tem de viver de forma coerente com o compromisso que assumiu. Essa coerência deve manifestar-se no empenho e no esforço de viver conforme o Evangelho, dando testemunho da verdade e do amor.

Padre João Lourenço, OFM

14 de abril de 2021

2º Domingo de Páscoa

 

(11 de abril)

 Introdução à Liturgia:

A liturgia tem como objetivo mostrar-nos o testemunho daqueles que acreditam na ressurreição do Senhor. Este domingo vemos como a 1ª comunidade cristã dava testemunho da sua fé e se tornou para todos um sinal vivo da vida que brota da fé na ressurreição. Este domingo, dedicado à misericórdia, diz-nos que a nossa identidade cristã passa também pelo dom da misericórdia.

 Introdução às Leituras:

Na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, S. Lucas, o autor desta obra, deixa-nos uma espécie de “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém, salientando os traços dessa comunidade ideal: formada na diversidade, toda a comunidade vive a mesma fé num só coração e numa só alma; é uma comunidade que manifesta o seu amor fraterno em gestos concretos de partilha e de dom, dando assim testemunho Jesus ressuscitado.

O Evangelho mostra que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Em tempo de pandemia, Ele continua a ser o fundamento da nossa esperança.

 A 2ª leitura, por sua vez, recorda-nos os critérios que definem a autêntica vida cristã: o crente é aquele que ama Deus, que adere a Jesus Cristo e à proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai propõe aos homens e que vive no amor aos irmãos. Quem vive desta forma, vence o mundo e passa a integrar a família de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

3 de abril de 2021

Domingo de Páscoa

 


(4 de abril)

Introdução à Liturgia:

O domingo de Páscoa é a festa das festas, a festa da ressurreição e da vitória de Cristo sobre o poder da morte. Pela Sua ressurreição afirma-se a plenitude da vida, tal como nos recorda a liturgia de hoje: Deus o ressuscitou, libertando-o do poder da morte e mostrando-nos que é por Ele que vencemos o poder do mal e do pecado. A Páscoa do Senhor é um raio de esperança que nos ajudará a vencer a pandemia que nos cerca.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos, apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, se entregou à morte. Deus o ressuscitou. Este é o primeiro credo da comunidade cristã das origens: Ele foi suspenso na Cruz, mas Deus ressuscitou-O e fez d’Ele o nosso Salvador. A vida triunfa da morte e, por isso, Ele é a nossa esperança.

Na 2ª leitura, Paulo convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo batismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à sua plena transformação. É assim que Cristo se faz vida nova em cada um de nós e é por Ele que todos chegamos à sua plenitude.

 O Evangelho mostra-nos os discípulos correndo ao encontro do ressuscitado. João e Pedro descobrem que o sepulcro está vazio porque o Crucificado ressuscitou. Por isso, não há que procurar entre os mortos Aquele que está vivo. Agora, somos nós que ressuscitados pelo batismo, testemunhamos a vida nova e plena que d’Ele recebemos. 

Padre João Lourenço, OFM

1 de abril de 2021

Semana Santa - Tríduo Pascal

 


29 de março de 2021

Domingo de Ramos


 (28 de março 2021)

Introdução à Liturgia:

Com a liturgia deste domingo damos início à celebração da ‘grande semana’ da nossa redenção, acompanhando Jesus nos últimos passos da sua vida e nos momentos mais significativos da sua entrega total por nós. A cruz, que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus, apresenta-nos a lição suprema do seu amor, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo que, à maneira de Isaías, é chamado por Deus a anunciar e testemunhar a Palavra da salvação no meio das nações. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com plena fidelidade, o projecto que Deus lhe havia confiado. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu da sua glória, assumindo a condição humana para assim servir a humanidade até ao dom pleno da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.

O Evangelho narra-nos a paixão segundo o texto de S. Marcos: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se a plenitude do mistério de Deus que se faz presente na história pela voz do centurião romano quando exclama: ‘na verdade, Este homem era Filho de Deus’.

Padre João Lourenço, OFM

 
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