Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

2 de maio de 2023

4º Domingo da Páscoa

 

Introdução à liturgia:

    O 4º Domingo da Páscoa, chamado “Domingo do Bom Pastor”, convida-nos a celebrar as vocações ministeriais na Igreja, apresentando-nos essa imagem de Jesus - ‘o Bom Pastor’ – que dá a vida pelas ovelhas e se entrega à missão que o Pai lhe confiou. Sem Pastores não há Comunidades e, por isso, somos desafiados a rezar e promover, cada um com a sua capacidade, a causa das vocações ministeriais. Que o Bom Pastor nos envie bons pastores para o serviço da sua Igreja.

 Introdução às leituras:

O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor”, cuja missão é libertar o rebanho de Deus do domínio da escravidão e levá-lo ao encontro das pastagens verdejantes onde há vida em plenitude. Jesus cumpre com amor essa missão, no respeito absoluto pela identidade, individualidade e liberdade das ovelhas, aceitando cada uma como é para que venha a ser aquilo que Deus quer que sejamos.

A segunda leitura apresenta-nos também Cristo como “o Pastor” que guarda e conduz as suas ovelhas. Pedro, ao escrever este texto convida-nos a seguir esse “Pastor”. No contexto concreto em que a leitura nos coloca, seguir “o Pastor” é responder à injustiça com o amor, ao mal com o bem.

A primeira leitura traça, de forma bastante completa, o percurso que Cristo, “o Pastor”, desafia os homens a percorrer: é preciso converter-se, isto é, deixar os esquemas do pecado, ser baptizado, aderindo plenamente a Jesus e seguí-l’O e receber o Espírito Santo, acolhendo a vida nova que por ele é derramada em nossos corações.

Padre João Lourenço, OFM

3º Domingo da Páscoa

 


Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje faz-nos o convite para descobrir o Cristo vivo que acompanha os homens pelos caminhos do mundo, que com a sua Palavra anima os corações magoados e desolados, que se revela sempre que a comunidade dos discípulos se reúne para “partir o pão”; apela, ainda, a que os discípulos sejam as testemunhas da ressurreição diante dos homens. É este o testemunho pascal que somos convidados a dar e a tornar presente neste tempo que é o nosso.

Introdução à Liturgia:

A primeira leitura, através da exemplaridade de Jesus e da palavra de Pedro, mostra-nos como do amor que se faz dom a Deus e aos irmãos, brota sempre ressurreição e vida nova. Esta há-de ser a forma como a comunidade de Jesus pode e deve testemunhar essa realidade diante dos homens, fazendo sua a forma como Jesus viveu e testemunhou o amor do Pai.

Pela segunda leitura somos convidados a contemplar, com olhos de ver, o projeto salvador de Deus, o amor de Deus pelos homens (expresso na cruz de Jesus e na sua ressurreição). Constatando a grandeza do amor de Deus, aceitamos o seu apelo para que o nosso projeto de vida seja também grande na doação de nós mesmos.

É no Evangelho, sobretudo, que esta mensagem aparece de forma nítida. O texto que nos é proposto apresenta-nos Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos, a explicar-lhes as Escrituras, a encher-lhes o coração de esperança e a sentar-Se com eles à mesa para “partir o pão”. É aí que os discípulos O reconhecem. É nestas formas de vida que os outros O podem reconhecer em nós.

Padre João Lourenço, OFM

20 de abril de 2023

2º Domingo de Páscoa


(16 de abril)

 Introdução à Liturgia:

A liturgia tem como objetivo mostrar-nos o testemunho daqueles que acreditam na ressurreição do Senhor. Este domingo vemos como a 1ª a comunidade cristã dava testemunho da sua fé e se tornou para todos um sinal vivo da vida nova que brota da fé na ressurreição. Celebramos também o Domingo da Misericórdia que é a dimensão do rosto de Deus para nós.

 Introdução às Leituras:

Na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, S. Lucas, o autor desta obra, deixa-nos uma espécie de “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém, salientando os traços dessa comunidade ideal: formada na diversidade, toda a comunidade vive a mesma fé num só coração e numa só alma; é uma comunidade que manifesta o seu amor fraterno em gestos concretos de partilha e de dom, dando assim testemunho Jesus ressuscitado.

 A 2ª leitura, por sua vez, recorda-nos os critérios que definem a vida cristã autêntica: o crente verdadeiro é aquele a quem Deus prova e pelo testemunho da sua vida também ele prova o seu amor a Jesus Cristo.  

 O Evangelho mostra-nos que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições.

Padre João Lourenço, OFM

14 de abril de 2023

2.ª Conferência Ecologia Integral

 


12 de abril de 2023

Domingo de Páscoa

Introdução à Liturgia:

O domingo de Páscoa é a festa das festas, a festa da ressurreição e da vitória de Cristo sobre o poder da morte. Na Sua ressurreição afirma-se a plenitude da vida, tal como nos recorda a liturgia de hoje: Deus o ressuscitou, libertando-o do poder da morte e mostrando-nos que é por Ele que vencemos o poder do mal e do pecado.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos, apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, se entregou à morte. Deus o ressuscitou. Este é o primeiro credo da comunidade cristã das origens: Ele foi suspenso na Cruz, mas Deus ressuscitou-O e fez d’Ele o nosso Salvador. A vida triunfa da morte e, por isso, Ele é a nossa esperança.

 Na 2ª leitura, Paulo convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à plena transformação plena. É assim que Cristo se torna a nossa vida e é por Ele que todos chegamos à sua plenitude.

 O Evangelho mostra-nos os discípulos correndo ao encontro do ressuscitado. João e Pedro descobrem que o sepulcro está vazio porque o Crucificado ressuscitou. Por isso, não há que procurar entre os mortos Aquele que está vivo. Agora somos nós que, ressuscitados pelo batismo, testemunhamos essa vida nova e plena que d’Ele recebemos.

Padre João Lourenço, OFM

3 de abril de 2023

Via-Sacra - Sexta-feira Santa - Carnide


 

Semana Santa-Programa-Carnide

 



Domingo de Ramos

 

Introdução à Liturgia:

Com a liturgia deste domingo damos início à celebração da ‘grande semana’ da nossa redenção, acompanhando Jesus nos últimos passos da sua vida e nos momentos mais significativos da sua entrega total por nós. A cruz, que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus, apresenta-nos a lição suprema do seu amor, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo que, à maneira de Isaías, é chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com plena fidelidade, o projeto que Deus lhe havia confiado. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu da  vanglória da sua divindade, escolhendo pautar a sua vida na obediência ao Pai e no serviço aos homens, até ao dom total de si mesmo. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.

O Evangelho narra-nos a paixão de S. Mateus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.

Padre João Lourenço, OFM

26 de março de 2023

5º DOMINGO DA QUARESMA

 

Introdução à Liturgia:

Nos domingos anteriores, a liturgia convidava-nos a restruturar a nossa caminhada quaresmal a partir dos sinais da ‘água viva’ e da ‘Luz’ que testemunham a centralidade de Cristo na vida do crente. Hoje, a liturgia apresenta-nos Jesus como a vida nova, a vida em plenitude, uma vida que ultrapassa definitivamente a vida biológica: é a vida definitiva que supera a morte. Ele é a fonte dessa vida que nos leva à eternidade.

 Introdução às Leituras:

Na primeira leitura, Yahwé oferece ao seu Povo, exilado na Babilónia, desesperado e sem futuro, uma vida nova. Abre-se para este povo uma porta de esperança. Essa vida nova vem pelo Espírito, que irá recriar o coração do Povo e inseri-lo numa dinâmica de escuta e de amor a Deus e aos irmãos.

O Evangelho garante-nos que Jesus veio realizar o desígnio de Deus e dar aos homens a vida definitiva. Ser “amigo” de Jesus é aderir à sua proposta; é entrar na vida definitiva de comunhão com Ele. Os crentes que vivem nesta relação de comunhão experimentam a morte física, mas não estão mortos: vivem para sempre em Deus.

A segunda leitura lembra aos cristãos que, no dia do seu Baptismo, optaram por Cristo e pela vida nova que Ele veio oferecer. Convida-os, portanto, a ser coerentes com essa escolha, a fazerem as obras de Deus e a viverem “segundo o Espírito”.

Padre João Lourenço, OFM

4º Domingo da Quaresma


Introdução à Liturgia:

As leituras deste Domingo colocam-nos perante o tema da “luz” como sendo um desafio apresentado e proposto a todo o homem. Sempre na vida buscamos uma luz que nos oriente, que nos permita ter horizonte e que alimente a nossa esperança e que nos permita ver as coisas de Deus. A Quaresma é um tempo propício para reencontrar a Luz que é Cristo e de nos abrirmos à sua claridade. Os textos de hoje definem a experiência cristã como um “viver na luz” que é Cristo.

 .Introdução às Leituras:

A primeira Leitura não se refere diretamente ao tema da “luz” - o tema central na liturgia deste domingo. No entanto, conta a eleição de David para rei de Israel e a sua unção: é uma óptima motivação para refletirmos sobre a unção que recebemos no dia do nosso Baptismo e que nos constituiu testemunhas da “luz” de Deus no mundo.

No Evangelho, Jesus apresenta-se como “a luz do mundo”; a sua missão é libertar o homem das trevas do egoísmo, do orgulho e da auto-suficiência, da vaidade pessoal e do exibicionismo, pecados estes que obscurecem a Luz de Cristo em nós. Aderir às propostas de Jesus é enveredar por um caminho novo de liberdade e de realização que conduz à vida plena.

Na segunda Leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que recusem viver à margem de Deus, nas trevas da idolatria reinante na cidade, mas que escolham a “luz”. Em concreto, para Paulo, viver na “luz” é praticar as obras de Deus que são bondade, justiça, verdade, sinceridade, connosco, com Deus e com os Irmãos.

Padre João Lourenço, OFM 

3º Domingo da Quaresma

 (12.03.2023)

Introdução à Liturgia:

A liturgia quaresmal convida-nos a olhar a vida nos seus ritmos do quotidiano e a questionar aquilo que ela comporta de menos bom em ordem a uma nova etapa que seja marcada pela ressurreição do Senhor. A Palavra de Deus que hoje é proposta mostra-nos como o nosso Deus se faz sempre presente ao longo da nossa caminhada pela história, mesmo no meio das maiores vicissitudes, e que só Ele nos pode oferecer um horizonte de esperança e de plenitude.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro do Êxodo, apresenta-nos o modo como Yahwé acompanha a caminhada do povo de Israel no deserto do Sinai e como, nos momentos de crise, responde às necessidades do seu Povo. Deus faz-se próximo do seu povo e dá-nos a chave para entender a sua presença em cada passo da história da salvação.

A segunda leitura repete, noutros termos, o ensinamento da primeira: Deus acompanha o seu Povo em marcha pela história; e, apesar do pecado e da infidelidade, insiste em oferecer ao seu Povo – de forma gratuita e incondicional – a salvação.

O Evangelho fala-nos do encontro de Jesus com a Samaritana, à qual oferece o dom da ‘água viva’ que mata a sede que cada homem tem de infinito e de salvação. Como ao tempo de Jesus, hoje todos somos um pouco a imagem da Samaritana, buscando novas fontes e procurando saciar a sede de salvação. Mais uma vez, através da sua Palavra, Jesus promete àqueles que o procuram essa vida nova que Ele veio anunciar.

Padre João Lourenço, OFM

Conferência Ecologia Integral

 


Museu da Terra Santa

 


Capítulo Eletivo da Fraternidade-2023

No passado dia 21 de janeiro de 2023 realizou-se o capítulo eletivo do conselho da Fraternidade Franciscana Secular de S. Francisco à Luz. O Capítulo decorreu normalmente e segundo Regra, as Constituições Gerais e o Estatuto Nacional da Ordem Franciscana Secular.

O Conselho da Fraternidade para o próximo triénio, 2023-2026, é composto pelos seguintes Irmãos:

Ministro: Irmão António Luís Topa;

Vice-Ministro: Irmã Maria Clara Mourão Rodrigues;

Tesoureiro: Irmã Maria Marques Ruivo;

Mestre de Formação: Irmã Maria Francisca Rebordão Topa;

Conselheiro: Irmão Pedro Martins da Silva;

Conselheiro: Irmã Maria João Machado Marques;

Secretário: Irmão Mário Tavares da Silva.

Ao novo conselho desejamos as maiores felicidades 

 




9 de março de 2023

Formação - Morreu e Ressuscitou Segundo as Escrituras



6 de março de 2023

2º Domingo da Quaresma

 


(05.03.23)

Introdução à Liturgia:

O tempo da quaresma é apresentado na liturgia como um caminho, uma caminhada em que cada crente é convidado a sair de si mesmo, da sua forma de estar instalado na vida para ir ao encontro de Cristo que se faz caminho para o Pai. Neste 2º Domingo da Quaresma, escutamos o apelo que Deus dirigiu a Abraão, dando com ele o início à História da Salvação e abrindo a todos nós esse mesmo projeto de amor e de conversão.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-se um dos grandes momentos da História da Salvação: O chamamento de Abraão, “Deixa a tua terra e parte”. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus e, por isso, ele é convidado a sair para encontrar uma nova terra que seja um espaço de comunhão e de liberdade do coração.

Na segunda leitura, da Carta a Timóteo, S. Paulo exorta os crentes a serem no mundo o sinal e o testemunho da graça que nos vem de Jesus Cristo. É d’Ele que recebemos a força para testemunhar esta vida nova que recebemos do Seu mistério pascal.  

O Evangelho apresenta-nos a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos representativos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através do dom da vida. O ‘sair’ como Abraão, e o ‘dar-se’ como em Jesus, são os dois grandes sinais da vivência quaresmal. Mais do que tempo de penitência, a quaresma é o tempo da procura de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

1º DOMINGO DA QUARESMA

 (26.02.2023)

   Introdução à Liturgia:

    Quarta-feira, com a imposição das cinzas, demos início à nossa caminhada quaresmal, que nos leva à Páscoa do Senhor. Ao longo desta caminhada, a Igreja convida-nos a alimentar a nossa vida cristã com a Oração, a Palavra de Deus e a prática da caridade, os grandes meios da nossa santificação. É o grande convite à “conversão” – isto é, a recolocar Deus no centro da nossa experiência cristã, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus projetos.    

Introdução às Leituras:

    A primeira leitura afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.

   A segunda leitura, por sua vez, propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão, representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decide, por si só, os caminhos de uma pretensa salvação fechada em si mesmo. Jesus, por seu lado, é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus, de acordo com o projeto do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; a proposta de Jesus gera vida plena e definitiva.

   O Evangelho apresenta-nos o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem do plano de Deus. A Sua Palavra mostra que, na perspetiva cristã, uma vida que ignora o projeto do Pai e se fecha em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido. Toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas fecha-nos numa vida sem sentido e sem horizonte, que se compraz apenas nas tentações da modernidade: o dinheiro, o prazer fácil e o culto de si próprio.


Padre João Lourenço, OFM

 

22 de fevereiro de 2023

7º Domingo do Tempo Comum – ANO A


 ´(19.02.2023)

Introdução à Eucaristia:

O nosso mundo está marcados por contrastes tão intensos que, não raro, resultam em violência, particularmente sobre os mais frágeis da sociedade. Todavia, o que é mais preocupante para o nosso tempo são as formas e os processos que a violência assume, muitas vezes disfarçada em formas ditas de autonomia ou de modernidade. O desprezo do outro e dos valores que dão sustentabilidade a uma vida em solidariedade é cada vez mais o sinal da falta de valores e de fundamentos sólidos da sociedade atual. Acolhamos a palavra de Deus que hoje nos convida a fundamentar a nossa vida no testemunho e no ensinamento de Jesus

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro do Levítico, invoca a identidade de Deus para que Moisés a proponha ao povo de Deus: “Sede santos, porque Eu, o Senhor, sou santo”. É aqui que está o centro da singularidade deste povo e também a definição da sua missão: ‘Testemunhar a santidade de Deus, no mundo’.  

Dando continuidade à leitura da 1ª Carta aos Coríntios, já iniciada nos domingos anteriores, Paulo diz-nos que somos templos vivos de Deus no mundo e é em nós e por nós que Deus se quer fazer presente no hoje da história.

No Evangelho, Jesus continua a expor aos seus discípulos a Boa-Nova que Ele veio anunciar. Em contraste com os procedimentos do judaísmo da época, Jesus fala do amor aos inimigos e da gratuidade da vida cristã, reforçando assim a diferença total em relação aos preceitos do Antigo Testamento. Por aqui passam os fundamentos da nossa fé.

Padre João Lourenço, OFM

6º Domingo do Tempo Comum


 (12.02.2023)

Introdução à Eucaristia:

A liturgia de hoje leva-nos a celebrar a certeza que Jesus supera a Lei de Moisés do Antigo Testamento. A força da nova aliança que nos vem das Bem-aventuranças abre-nos à gratuidade e à misericórdia de Deus. Por isso, Jesus ensina-nos que a nossa fé não se reduz a um dilema entre a graça e o pecado, mas ao dom de Deus testemunhado em Jesus Cristo.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura recorda-nos que o homem é livre de escolher entre as propostas de Deus, que conduzem à vida e à felicidade, e a autossuficiência do próprio homem que destrói em nós esse caminho de paz e de harmonia interior. Deus sempre convida o homem à escolha, ao exercício da sua liberdade para encontrar o caminho do bem.

 Na segunda leitura, dando continuidade ao texto da 1ª Carta aos Coríntios que é lido nestes primeiros domingos do tempo comum, Paulo fala-nos da ‘sabedoria de Deus’ que está para além do conhecimento do homem e que nos revela o dom que Deus preparou desde sempre ‘para aqueles que o amam’. Oculto aos olhos dos homens, Ele o revelou em Jesus Cristo. É Ele a plenitude do dom e do amor do Pai.

 No Evangelho, Jesus continua a expor aos seus discípulos a Boa-Nova que Ele veio anunciar. Essa Boa-Nova já não se configura aos preceitos da Lei de Moisés, mas à gratuidade do amor. A sua mensagem não passa pelo cumprimento da letra, mas sim por uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus que há-de marcar todos os passos da nossa caminhada.

Padre João Lourenço, OFM 

7 de fevereiro de 2023

5º Domingo do Tempo Comum

 

(05 de fevereiro 2023)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste Domingo continua a falar-nos da novidade radical da proposta que Jesus faz aos seus discípulos, mostrando-lhes que a sua mensagem não é apenas um novo ensino mas, acima de tudo, um novo caminho de vida e que essa novidade se deve manifestar e expressar em sinais de vida. Mesmo que discretos, os sinais do Reino iluminam os homens e ajudam-nos a dar um sentido, um sabor novo à nossa caminhada

   Introdução às Leituras:

   Na primeira leitura, tomada do livro de Isaías, o profeta exorta o povo acerca da necessidade de empreender um novo percurso que supere as injustiças, que crie formas de partilha e de comunhão. Não é possível reconstruir a nova comunidade da aliança ficando apenas pelas pedras e pelas estruturas exteriores. A verdadeira reconstrução faz-se a partir do coração.

   Na segunda leitura, Paulo fala-nos de Cristo como a verdadeira sabedoria de Deus, aquela sabedoria que deve pautar a nossa forma de ser e de agir. Esta sabedoria constrói-se também a partir de um esforço pessoal, mas deve ter sempre como paradigma a pessoa de Jesus.

    No Evangelho, Jesus apresenta aos seus discípulos duas imagens que definem a identidade do discípulo: ser sal e ser luz. Ser sal, significa dar tempero e sabor à vida, abrindo-a à esperança e à comunhão. Ser luz, significa descobrir novos horizontes e novos caminhos que apontem para a vida plena e a eternidade. Ser discípulo é, desta forma, construir um horizonte em que Ele é a luz e o verdadeiro sal que Deus concede a cada um de nós.

Padre João Lourenço, OFM

 

 
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