Introdução à Liturgia:
Nos domingos anteriores, a liturgia convidava-nos
a restruturar a nossa caminhada quaresmal a partir dos sinais da ‘água viva’ e
da ‘Luz’ que testemunham a centralidade de Cristo na vida do crente. Hoje, a
liturgia apresenta-nos Jesus como a vida nova, a vida em plenitude, uma vida
que ultrapassa definitivamente a vida biológica: é a vida definitiva que supera
a morte. Ele é a fonte dessa vida que nos leva à eternidade.
Na primeira leitura, Yahwé oferece ao seu
Povo, exilado na Babilónia, desesperado e sem futuro, uma vida nova. Abre-se
para este povo uma porta de esperança. Essa vida nova vem pelo Espírito, que
irá recriar o coração do Povo e inseri-lo numa dinâmica de escuta e de amor a
Deus e aos irmãos.
O Evangelho garante-nos que Jesus veio
realizar o desígnio de Deus e dar aos homens a vida definitiva. Ser “amigo” de
Jesus é aderir à sua proposta; é entrar na vida definitiva de comunhão com Ele.
Os crentes que vivem nesta relação de comunhão experimentam a morte física, mas
não estão mortos: vivem para sempre em Deus.
A segunda leitura lembra aos cristãos que,
no dia do seu Baptismo, optaram por Cristo e pela vida nova que Ele veio
oferecer. Convida-os, portanto, a ser coerentes com essa escolha, a fazerem as
obras de Deus e a viverem “segundo o Espírito”.
Padre João Lourenço, OFM
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