3º Domingo da Quaresma
(23 de março 2025)
Introdução à
Liturgia
A quaresma sempre foi apresentada na vida e na liturgia da Igreja como uma caminhada, que tem como meta a vivência da Páscoa do Senhor. Esta caminhada exige esforço e empenho. Este empenho chama-se conversão, um contínuo recomeço, um regresso constante às origens da nossa comunhão com Deus. A palavra ‘conversão’ significa ‘regresso’ à comunhão com Deus. É este o grande desafio do tempo quaresmal.
Introdução às Leituras
A
história da salvação mostra-nos que a relação com Deus não é um mero acaso nem
uma feliz coincidência. Ela ensina-nos que Deus sempre se ocupou e cuidou do
Seu povo. Fá-lo através de mediadores, a quem chama e envia para reconduzirem o
Seu povo à comunhão com ele. A pessoa de Moisés é o paradigma da antiga
aliança, chamado para libertar o povo de Deus.
A
sociedade do tempo de Jesus, tal como ainda hoje sucede, era propensa a fazer
leituras dos acontecimentos à luz de um certo fatalismo. Pelo contrário, Jesus
convida os seus contemporâneos a ver os acontecimentos como sinais
interpelativos, o que chamamos sinais dos tempos e que nos podem levar a
refazer caminhos e a recriar uma nova vida, uma nova relação que tenha como
centro a pessoa e a mensagem de Jesus.
Padre João Lourenço, OFM