Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

11 de maio de 2018

Crónicas - Peregrinação a Guadalupe

Crónicas da Vida da Fraternidade

            Passeio Pascal da Fraternidade
      Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, com passagem por   Mérida
    Alojamento na Real Hospederia del Real Monasterio de Guadalupe
    Dias 21 e 22 abril 2018

 Cumprindo o nosso calendário – O Plano de Vida e Ação - e ainda com os corações a cantar a alegria da ressurreição do Senhor Jesus, a Fraternidade realizou o seu habitual passeio pascal.
 Desta vez não foi o senhor Motorista da CarrisTur, já nosso conhecido, que nos levou. O serviço de transporte foi assegurado pela empresa Barraqueiro e tudo correu bem.
 O autocarro estava cheio. Irmãos da Fraternidade, alguns familiares e amigos. Rostos já conhecidos. A boa disposição era notória.
 Como é habitual, o nosso Ministro, irmão Luís Topa, deu algumas informações. Muito concreto, preparou tudo ao pormenor e transmitiu um vivo entusiasmo ao falar do programa que iríamos viver em conjunto durante dois dias.
 O autocarro já atravessava a Ponte Vasco da Gama. Rezámos as Laudes com a orientação do Assistente Espiritual da Fraternidade, Frei João Lourenço, OFM, que nos acompanhou.
 Depois de uma breve paragem na área de serviço de Estremoz, seguimos para Mérida.
  
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 MÉRIDA, fundada pelo imperador Augusto, no ano 25 a.C., foi declarada, em 1993, pela Unesco, Património da Humanidade. Visitámos o Teatro e Anfiteatro Romanos. Tivemos como guia uma senhora que, apesar de falar um português “pouco português”, fez-se entender e deu uma lição de história muito cativante. Levou os olhos da nossa imaginação a ver aquelas ruínas cheias de vida, como nos tempos em que os Romanos ali se divertiam, lutando ou aplaudindo, ostentando as suas túnicas coloridas e os seus ricos e brilhantes adornos, sob o sol “caliente” de Emerita Augusta.

E foi nesta cidade que tomámos a primeira refeição juntos. “Tabula Calda”, é o nome desta Casa de Comida. Momento de descontração e de convívio.
De seguida partimos para as montanhas deixando para trás as longas planícies que tínhamos percorrido.

GUADALUPE era o destino. A paisagem ia mudando. Entre explicação dos acontecimentos do passado que deram vida a esta terra, onde o Mosteiro que iriamos visitar se destaca, entoaram-se canções e, por fim, recitou-se o terço do rosário.
E eis-nos junto do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Perante a imponência que tínhamos ali à nossa frente que facilmente nos deixava adivinhar séculos de história, por momentos, apetecia fazer silêncio, esquecendo mesmo as bagagens que já se tinham retirado do autocarro.


 Mas lá nos fomos acomodar na “Hospederia del Real Monasterio de Guadalupe”. Tivemos ainda um tempinho livre para percorrer algumas ruas e fazer umas compritas antes do jantar. É sempre agradável, no regresso, trazer nas malas alguns “recuerdos”, ou seja, uns miminhos para familiares e amigos. Seguiu-se, então, a “cena” também dentro da Real Hospederia. Momento muito bom. Comida agradável. Boa confraternização.
E depois duma noite bem dormida, em aposentos acolhedores, ouvindo o irmão vento e a senhora trovoada, lá fora, mostrando as suas forças, começámos o novo dia. O frio das montanhas fazia-se sentir mas os sorrisos atenuavam esse incómodo.

Visitamos o Museu do Real Monasterio e beijámos o manto da Senhora de Guadalupe, como é tradição fazer-se neste Santuário. De seguida assistimos à Missa do Peregrino. Presidida por um Sacerdote Franciscano ali residente, acompanhado pelo nosso Assistente Espiritual, Frei João Lourenço, OFM. Foi um momento de encontro muito belo com Jesus, ali aos pés da imagem da Sua Mãe.

 A seguir ao almoço começou-se a pensar no regresso a Lisboa. Mas antes de colocar as malas no autocarro, ainda houve quem desse mais uma olhadela pelas lojas ali bem perto. É um fascínio. Faz parte destas viagens. Pequenas partículas de felicidade. E andar no meio do casario medieval, por entre fontes e arcadas, faz sonhar e nunca cansa.

 O regresso a Portugal fez-se tranquilamente, admirando a paisagem, conversando ou fazendo uma pequena sesta.
 O Irmão Luís Topa, como Ministro da Fraternidade, agradeceu a presença de todos os que participaram neste passeio/peregrinação. E teve mesmo o cuidado de deixar uma palavra amável a cada um dos irmãos e aos amigos que se juntaram à Fraternidade. Foi notável o seu trabalho. Não se poupou a esforços. Tratou de tudo até ao pormenor, proporcionando-nos a tranquilidade de quem não precisa de pensar, podendo apenas entregar-se ao doce deslizar do autocarro e saborear dois dias maravilhosos. O Assistente Espiritual da Fraternidade, Frei João Lourenço, que deixou os seus muitos afazeres para nos acompanhar, também contribuiu com o seu trabalho e boa disposição, para o bom êxito deste passeio. Que S. Francisco lhes retribua, com a sua proteção e carinho de Pai, o conforto e a alegria que, com algum esforço, nos proporcionaram.
 Estes passeios em Fraternidade não têm como finalidade principal visitar novos destinos. São oportunidades para se conhecer melhor o Irmão, em ambiente descontraído e valoriza-lo como pessoa. Só o conhecimento pode gerar amor. Só o amor nos pode levar a viver a Regra que Francisco nos legou. Só o assumir verdadeiramente a nossa profissão solene, nos faz membros da Ordem Franciscana Secular. Um Irmão não pode ser um desconhecido. Não foi por acaso que o encontrámos. Temos que o aceitar como uma graça do Senhor. Ajuda-lo sempre que necessite e deixar que ele também nos ajude.

PAZ e BEM!

Glória ao Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor…
maria clara, ofs
22ABRIL2018

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