Cuidar |
(25.10.2020)
Introdução à
liturgia:
A vida cristã não é nem se reduz a um mero
sentimento de afeição e compaixão por Deus ou pelos outros. Pelo contrário, tal
como nos refere a liturgia de hoje, ela tem no seu centro a vivência concreta
do amor: o amor está no centro da vivência cristã, seja qual for a forma como
fazemos essa experiência. O que Deus pede a cada um é que deixe o seu coração
ser tocado pelo amor.
A primeira leitura fala-nos do código da Aliança, o centro da vida do povo de Israel e faz parte integrante daquilo que é o projeto de Deus para o Seu povo. Aí se fala de situações concretas que exigem o envolvimento pessoal; a atenção aos mais frágeis da sociedade. O grito do pobre acolhe-se e socorre-se, envolvendo-nos e comprometendo-nos com ele.
A segunda leitura, por sua vez, apresenta-nos o exemplo da comunidade cristã de Tessalónica que, apesar da hostilidade e da perseguição, aprendeu a percorrer, com Cristo e com Paulo, o caminho do amor, da gratuidade e do dom da vida. Foi assim que, dessa experiência comum, nasceu uma verdadeira família de irmãos, tendo o evangelho como fundamento de vida.
O Evangelho diz-nos, de forma clara e sem
rodeios, que a autenticidade da minha fé está no meu agir e não no meu
discurso, na minha ação e não na minha retórica discursiva, na minha entrega e
não nas minhas maquinações para disfarçar e encobrir a minha falta de empenho.
Somos convidados a assumir o que a cada um compete fazer. Esta é a forma de dar
sentido à nossa fé.
Padre João Lourenço, OFM
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