16 de outubro de 2017
13 de outubro de 2017
Domingo 28º do Tempo Comum
Introdução à Liturgia:
O tema do
banquete e do encontro que simboliza a comunhão entre Deus e o homem, muito
presente nos textos dos profetas, é um desafio que a Palavra de Deus nos faz em
ordem a superar as marcas da exclusão humana e nos introduz numa relação de
amor e de comunhão com Deus. É a este banquete, de que a eucaristia é o momento
central, que nós também somos chamados.
Introdução
às Leituras:
Na 1ª leitura,
Isaías oferece-nos dois temas muito caros à Teologia deste profeta e que marcam
o judaísmo e a fé bíblica do seu tempo: o tema do Banquete como forma de
traduzir a relação de amor e de comunhão de Deus com o Seu povo; e o
universalismo que abre a fé bíblica a todos os povos.
A 2ª leitura
constitui um dos mais belos e impressionantes testemunhos de Paulo. A comunidade
dos Filipenses foi uma das mais agradecidas a Paulo, o seu fundador. Paulo
retribui essa generosidade reconhecido, deixando-nos um testemunho de grande
despreendimento e de dedicação total à causa do Evangelho.
No Evangelho, estamos
em presença da 3ª parábola consecutiva que Jesus dirige aos membros do
Sinédrio, o órgão judaico de governo para as questões da lei e da sua
interpretação. Jesus quer mostrar que é necessário ter um coração novo e aberto
para acolher o Reino. O Judaísmo tinha perdido essa dimensão de comunhão, de
banquete e de partilha, para se tornar num sistema jurídico e legalista e, por
isso, recusava acolher a mensagem de Jesus.
Padre João Lourenço, OFM
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6 de outubro de 2017
27º Domingo do Tempo Comum
O que aprendestes, recebestes, ouvistes e vistes em mim é o que deveis praticar. E o Deus da paz estará convosco (II Filip 4, 6-9 ). |
Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo recorre
à imagem da “vinha de Deus” para falar desse Povo que aceita o desafio do amor
de Deus e que se coloca ao serviço do Reino. Desse Povo, Deus exige frutos de
amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia. Para o conseguir, temos
de cultivar a vinha que cada um de nós é, pois só assim daremos os frutos que
Ele espera de nós.
Introdução
às Leituras:
Isaías, na primeira
leitura, mostra-nos através da sua sensibilidade poética o cuidado com que Deus
nos trata, o amor e a solicitude que Ele dispensa a cada uma das cepas da sua
vinha. Por isso, o profeta convida o povo de Deus a corresponder de forma
generosa e gratuita a esse amor e a essa solicitude. Os frutos que Ele espera
de nós são a justiça, o direito, o respeito pelas propostas e a fidelidade à
Aliança.
Na segunda leitura, Paulo
exorta os cristãos da cidade grega de Filipos – e todos os que fazem parte da
“vinha de Deus” – a viverem na alegria e na serenidade, respeitando o que é
verdadeiro, nobre, justo e digno. Partindo da sua própria experiência de fé,
Paulo, testemunha assim o que é ser ‘vinha do Senhor’.
Na parábola do Evangelho, dirigindo-se
aos chefes e autoridades judaicas do tempo, Jesus retoma a imagem da “vinha”. Os
reparos de Jesus têm como fundamento o facto dessas autoridades se terem
apropriado da ‘vinha de Deus’ para se servirem dela e não para cuidar dela e
ajudar essa vinha, esse povo a produzir frutos e a retribuir na comunhão os
dons que com Deus tinha cuidado e beneficiado o Seu povo.
Padre João Lourenço, OFM
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4 de outubro de 2017
S. Francisco de Assis - By the signs
Pelos sinais
Eis os novos sinais da santidade
Que se revelam, dignos de louvor!
Miríficos sinais de bem querer
No humilde S. Francisco acreditados.
Aos professos da nova e humilde grei,
Outorga-se o direito da lei nova.
Os preceitos do Rei são renovados;
transmitidos do céu por S. Francisco.
Nova vida! Ordem nova que alvorece!
Uma regra inaudita neste mundo!
Lei sagrada que vem restaurar
O estado do Evangelho sacrossanto.
Reforma-se a aspereza do direito
por feição semelhante à lei de Cristo.
E as normas dessa regra se alevantam
Ao fastígio primeiro dos Apóstolos.
Ele veste um burel sem pretensões;
Uma corda grosseira por cintura.
O pão só por medida se permite;
E nega-se o conforto do calçado.
Descuida-se de tudo o que é terreno;
De tudo S. Francisco se despoja.
Despreza as previdências do pecúlio;
A pobreza deseja tão somente.
Procura a solidão para chorar;
De coração amargo solta vozes.
Triste, lastima o tempo tão querido,
Desperdiçado outrora lá no século.
Retirado num antro da montanha,
No chão prostrado, humilde, reza e chora.
Por fim, com seu espírito sereno,
Detém-se como preso em doce ergástulo.
A coberto somente dos rochedos
medita, arrebatado nas alturas...
Recto juiz, despreza o que é do mundo
E prefere-lhe as coisas lá do céu.
Na mortificação refreia a carne
Cujo aspecto transforma e desfigura.
A Escritura Sagrada é o seu sustento.
De tudo o que é terreno se desfaz.
Um certo dia lá vem das alturas
Hierática figura de Varão.
Visão do soberano e grande Rei
Que ao santo Patriarca aterroriza.
Traz em si os sinais do bom Jesus
E imprime-lhe essas chagas sacrossantas
Enquanto ele medita na Paixão
Com seu coração triste, emudecido...
Assinalado fica o santo corpo...
Ferido nos seus pés e suas mãos.
O seu lado direito trespassado...
E assim todo escorrendo o próprio sangue!
Proferem-se palavras de mistério
E revelam-se coisas do futuro.
O Santo compreende o que lhe é dito
Por mística e sagrada inspiração.
Logo aparecem cravos admiráveis.
Por fora, negros; dentro, cor de rosa.
Dor pungente que fere cruelmente,
Atrozes grilhões que supliciam...
Não entrou instrumento de arte alguma
Para as chagas abrir naqueles membros.
Não foi a natureza que os feriu
nem tão pouco o martelo torturante.
- PELOS SINAIS da cruz que em ti trouxeste
Com os quais triunfaste deste mundo
E superaste a carne tão hostil
Em ilustre e tão ínclita vitória,
Desvela-te por nós, Pai S. Francisco!
Protege-nos em toda a adversidade
A fim de que possamos ir gozar
Lá na glória celeste a recompensa.
Nosso bondoso Pai, nosso pai santo!
Por tua ajuda, o povo teu devoto,
Unido com a turba dos Irmãos,
possa alcançar o prémio celestial.
Oh! Faze companheiros dos eleitos
A todos os que inspiras na virtude.
Consiga o teu rebanho dos Menores
O gozo sempiterno lá nos céus.
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3 de outubro de 2017
29 de setembro de 2017
26º Domingo do Tempo Comum
Introdução
à Liturgia:
A liturgia deste domingo
convida-nos a olhar para algo que é fundamental na nossa fé: ‘Deus tem uma
proposta a fazer-nos’. A sua mensagem não é vã nem vazia; pelo contrário, ela
está carregada de sentido e constitui um desafio para cada um de nós. É perante
esta proposta que nós podemos escolher, dizer sim ou dizer nada, fazê-la nossa
ou ignorá-la. Ser cristão é, tal como Jesus, dizer sim e assumir o compromisso
da fidelidade à proposta que nos é feita.
Introdução
às Leituras:
A experiência do exílio na
Babilónia foi o grande desafio que Deus fez ao Seu povo. O profeta Ezequiel, na
1ª leitura, convida os israelitas a comprometerem-se de forma séria e
consequente com Deus, sem rodeios, sem evasivas, sem subterfúgios. Cada crente
deve tomar consciência das consequências do seu compromisso com Deus e viver,
com coerência, as implicações práticas da sua adesão à Aliança.
A 2ª leitura, Paulo, com um dos textos mais ricos de toda a sua teologia e de todas as suas cartas, exorta os cristãos de Filipos a seguir o exemplo de Cristo: apesar de ser Filho de Deus, Cristo assumiu a realidade da fragilidade humana, fazendo-se servidor dos homens para nos ensinar a suprema lição do amor, do serviço, da entrega total da vida por amor.
Na parábola do Evangelho,
Mateus apresenta-nos a forma e o modo como se concretiza a proposta que Deus
nos faz: pelas obras e compromissos e não pelas palavras e pelas boas
intenções. Um desafio sempre presente na Igreja e dirigido a cada um de nós. O ‘sim’
que Deus nos pede não é uma declaração teórica de boas intenções, mas antes um
compromisso firme, coerente, sério e exigente com o Reino, com os seus valores.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 15:53:00 0 comentários
22 de setembro de 2017
25º Domingo do Tempo Comum
Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo
convida-nos a descobrir um Deus cujos caminhos e cujos pensamentos estão acima
dos caminhos e dos pensamentos dos homens. Será isto uma frase feita ou uma
realidade a descobrir? De facto, o projecto de Deus assenta em algo que está
fora do nosso horizonte moderno e que os homens de hoje têm dificuldade em
compreender: a gratuidade e o dom. São estes os fundamentos radicais de
novidade que Deus é para nós.
Introdução
às Leituras:
A primeira leitura é um
apelo de Isaías a cada um de nós para que procure o Senhor. Procurá-l’O é o
desejo que deve animar a nossa caminhada espiritual e isso faz-se por um
processo de conversão permanente. Sem esta abertura total, podemos correr muito
para a Igreja, mas isso não significa que O encontremos.
Na segunda leitura, Paulo, partindo da sua própria experiência, diz-nos o que é a vida cristã: Cristo é a nossa vida. É uma vida em plenitude que não se limita a isto ou àquilo, mas que comporta toda a nossa caminhada, seguindo as propostas do Evangelho.
.
O Evangelho diz-nos que
Deus chama à salvação todos os homens, sem considerar a antiguidade na fé, sem
prazos nem créditos, sem olhar às qualidades ou aos comportamentos
anteriormente assumidos. A Deus interessa apenas a forma como se acolhe o seu
convite. Pede-nos uma transformação da nossa mentalidade, de forma que a nossa
relação com Deus não seja marcada pelo interesse, mas pelo amor e pela
gratuidade.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 11:07:00 0 comentários
Crónicas da vida da Fraternidade
Fraternidade
de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da vida da Fraternidade
Encontro de
Fraternidades da Ordem Franciscana Secular da Região Sul
TOMAR, 18 de junho de 2017
Acolhimento
pela Fraternidade Local
Conferencista:
Frei Luís Oliveira, Assistente Espiritual do CERS
Presente
o Ministro do CERS, Irmão Carlos Miranda Ferreira
Partimos cedo de Lisboa, rumo a Tomar.
Com um programa muito rico e variado, começou este
dia com a visita ao Convento de Cristo, conduzida por um Técnico do próprio
Convento. Em seguida, um passeio, em autocarro, pela bonita cidade de Tomar,
terminando a manhã com o almoço num restaurante.
A tarde foi passada na Igreja de S. Francisco de
Assis. A Fraternidade de Tomar saudou, com muita simpatia e calorosamente, os
Irmãos ali presentes.
Seguiu-se a apresentação das Fraternidades da
Região Sul. E cada uma foi presenteada com um TAU em madeira, mapas da cidade
de Tomar e do Convento de Cristo, uma revista da “Festa dos Tabuleiros” e o
Livro “Retalhos da minha alma”, cuja autora é a irmã Maria Emília. Gentis ofertas
da Fraternidade Local. “S. Francisco à Luz”, agradeceu sensibilizada, este
gesto carinhoso.
E a tarde prosseguiu com alguns trechos de música
clássica, desfile de frutas da época e uma apresentação da Festa dos Tabuleiros
e respetiva explicação.
Tudo estava perfeito. Havia a preocupação, por
parte da Fraternidade anfitriã, de que todos os Irmãos se sentissem bem.
E chegou o momento da Conferência. Frei Luís
Oliveira, com o tema “Fraternidade com um sentido de PERTENÇA
clarificado.” Palavras muito diretas. Muito práticas. Sem floreados.
Palavras para serem vividas. Para serem aplicadas à vida de quem professa na
OFS.
Temos que
salpicar a nossa existência com bocadinhos de poesia, mas sem esquecer que S.
Francisco nos pediu para vivermos segundo o Santo Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo, com rigor, com os pés bem assentes na terra e com alegria.
Por último a Eucaristia. No recolhimento, nas
palavras que ouvimos, nos cânticos muito bem escolhidos, a união de todos os
presentes tornou-se mais viva. Jesus estava ali de braços abertos, esquecendo
as nossas imperfeições e olhando para a
sinceridade de cada coração.
Estes Encontros de Fraternidades reforçam a
unidade. Não importa donde viemos. Somos a Ordem Franciscana Secular. Tratamo-nos
por Irmãos. É bom que nos possamos conhecer.
Regressámos a Lisboa. Foi um dia de festa. De Paz
e Bem. Um dia de louvor ao
“Altíssimo,
Omnipotente e Bom Senhor…”
maria clara (18junho2017)
Publicada por OFS LUZ à(s) 10:34:00 0 comentários
Crónicas da Vida da Fraternidade
Fraternidade
de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da Vida
da Fraternidade
Frei Michael
Perry, Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores
Convento da
Imaculada Conceição
Lisboa, 8 de junho de 2017
Com
a amabilidade do nosso Assistente Espiritual, Frei João Lourenço e do Ministro
Provincial, Frei Armindo Carvalho, o Conselho da Fraternidade de S. Francisco à
Luz, representando todos os Irmãos, foi convidado a participar na Eucaristia e
no almoço no Convento, por ocasião da visita fraterna do Ministro Geral da OFM
a Lisboa, Frei Michael Perry.
Frei
Michael Perry visitou a Província Franciscana de Portugal, no ano em que se
comemora o oitavo centenário da presença dos Franciscanos no nosso País.
A
celebração eucarística, na Igreja do Convento, foi um momento muito especial.
Profundamente franciscano. Tanto no louvor ao Deus Altíssimo, como no
envolvimento de toda a assembleia, em total recolhimento, participando no
mistério que se desenrolava no altar.
O
Ministro Geral teve palavras amáveis para a OFS e foi com visível satisfação
que conversou, durante algum tempo, com os Irmãos da Fraternidade, ali
presentes.
A
seguir ao almoço, serviu-se o café no Bar do CCF. Oferta da Fraternidade. Um
pequeno gesto de agradecimento. A simpatia dos nossos Irmãos da Ordem dos
Frades Menores, o acolhimento amigo que nos dispensaram, permitindo que vivêssemos
este dia com eles, deixou-nos muito sensibilizados.
Nesta
união da Família Franciscana, que tanto fortalece os laços entre a Primeira e a
Terceira Ordem de S. Franvisco, rezou-se pelos Irmãos ausentes. Aqueles que não
puderam estar presentes e os que já partiram para o Pai. Cantou-se com emoção.
Falou-se de Francisco. Foram momentos de pura alegria.
Por
este dia tão belo, a Fraternidade de S. Francisco à Luz, apresenta ao Ministro
Provincial e ao Guardião do Convento da Imaculada Conceição, os mais sinceros
agradecimentos. Paz e Bem!
Glória ao Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor…
maria
clara, ofs
Lisboa,
8 de junho de 2017
Publicada por OFS LUZ à(s) 10:30:00 0 comentários
18 de setembro de 2017
Estigmatização de S. Francisco
Hoje,
17 de setembro, dia grande para toda a Família Franciscana. Celebramos a festa dos
Estigmas com que o Senhor adornou S. Francisco.
Já
tinham passado dezoito anos desde a sua conversão. Estando ele em Santa Maria
dos Anjos, por inspiração divina, foi-lhe revelado que só permaneceria neste
mundo mais dois.
Ficou
o nosso seráfico Pai muito sereno e logo pensou retirar-se para sítio mais sossegado onde nada perturbasse a
sua intimidade com Deus. E não exitou: o Alverne! Sim, iria para a montanha querida
que o conde Orlando de Chiúsi lhe ofereceu por ser um lugar propício à
contemplação. E pôs-se a caminho. Com Frei Leão, Frei Ângelo e Frei Masseu. Aí
iniciaria a quaresma em honra do Arcanjo São Miguel.
Mas
Francisco, atormentado pelas doenças, frágil e com poucas forças, não aguentava
a caminhada. Então os seus companheiros pediram a um camponês que se dirigia
para aqueles lados, que lhes emprestasse o jumentinho para o levar. E lá
seguiram todos. Caminho duro. Viagem difícil, com poucas palavras. Até que o
dono do jumento quebrou o silêncio. Virou-se para Francisco e com toda a
simplicidade disse “- és de verdade o
irmão Francisco de Assis, como me disseram? Então ouve um conselho de amigo:
cuida bem em ser o que as pessoas pensam de ti. Vê lá, não as desmintas!”.
Francisco, humildemente, agradeceu. E uma santa alegria inebriou o seu coração.
Assim,
nesta caminhada para o Monte Alverne, o Senhor ia preparando o coração de
Francisco para o grande momento. A beleza imponente do local, o silêncio, o
tempo agreste, ajudavam ao alheamento do bulício do mundo.
Ali
chegados e procurando em tudo saber o que o Senhor queria dele, abriu por três
vezes o Evangelho (três vezes em honra da Santíssima Trindade) e sempre lhe
apareceu a narração da Paixão. E foi essa a sua meditação. Em cabana isolada
dos Irmãos, aí se instalou, louvando, agradecendo e oferecendo-se para sentir o
sofrimento que Cristo suportou no Calvário. Só Frei Leão – a ovelhinha de Deus
como lhe chamava – se aproximava para lhe levar algum mantimento.
E
neste isolamento voluntário, numa visão doce e terna, o Senhor comunicou-lhe que acedia ao seu desejo. Ao
acordar, Francisco viu que tinha as mãos e os pés trespassados por cravos e uma
chaga aberta no peito. E muito sofrimento físico. Meu Senhor e meu Deus, Contigo tudo suporto, terá desabafado…Comovido
e embaraçado, não sabendo como esconder este privilégio, agradeceu e,
procurando tapar com o burel as Santas Chagas, continuou a sua vida de oração
intensa.
Neste
dia em que se recorda S. Francisco, tantos pensamentos nos são oferecidos.
Também nós vamos subindo o nosso Monte Alverne. Talvez demasiado carregados.
Talvez sem nos apercebermos da beleza deste percurso. E quando o Senhor se faz
ouvir, chamando a nossa atenção para os erros que cometemos, como reagimos? Na
voz daquele camponês que emprestou o jumento, Francisco foi alertado para não
descurar a sua verdadeira humildade e para viver segundo aquilo que pregava.
Seremos nós sempre coerentes com aquilo que afirmamos e os atos que praticamos?
Francisco
também se isolou. Não para fugir à convivência com os seus Irmãos, mas para
estar só com Deus. No silêncio é mais facil escutar a voz do Altíssimo. Mas,
antes de nos entregarmos a Deus ou ao próximo, precisamos de nos encontrar
connosco. Numa conversa franca. Com toda a sinceridade. Conhecermo-nos
interiormente. Assim, a mensagem que passaremos será uma mensagem de verdade e
de paz. Temos que apagar qualquer fogo incómodo que moleste o coração. Nunca
chegaremos aos outros quando aquilo que tentamos transmitir não faça parte do
nosso modo de viver.
Francisco
foi maravilhoso! Deixou-se guiar e guiou aqueles que o seguiam. Com o desvelo
de um pai. Com a caridade de um irmão. Com a humildade de quem tudo recebeu de
Deus. Com o desprendimento de que nada lhe pertencia.
Vivamos
bem este dia. Saudemos o querido pai S. Francisco, pedindo que nos ajude também
a subir ao nosso Monte Alverne, com firmeza, com disponibilidade, para espalhar
no mundo de cada um de nós, a Paz e o Bem, o Amor e a Alegria, segundo aquilo
que o Senhor nos inspirar e com a gratidão de que tudo nos foi dado por Ele.
Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor, a Ti toda
a Honra, Glória e Louvor…
maria clara, ofs
17setembro2017
Publicada por OFS LUZ à(s) 11:10:00 0 comentários
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