Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

1 de abril de 2012

Domingo de Ramos - Início da Semana Santa

A mulher unge os pés do Senhor - Mosaico do Centro Aletti - Vaticano



DOMINGO DE RAMOS
NA PAIXÃO DO SENHOR
Semana II do Saltério
Vésperas I
Leitura breve 1 Pedro 1, 18-21
Lembrai-vos que não foi por coisas corruptíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados dessa vã maneira de viver, herdada dos vossos pais, mas pelo Sangue precioso de Cristo, Cordeiro sem defeito e sem mancha, predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por vossa causa. Por Ele acreditais em Deus que O ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória, para que a vossa fé e a vossa esperança estejam postas em Deus.

21 de março de 2012

No encontro e no diálogo fiéis à Regra e à Igreja



Na próxima sexta-feira, dia 23 de março, realiza-se, no Centro Cultural Franciscano, mais uma conferência do ciclo de conferências dedicadas à Família - 2012.


Tema: Família: esteio de Amor incondicional
Oradores
: Luísa e António Marques de Carvalho
Sumário:
A família vive actualmente o assalto do relativismo, da indiferença, da licenciosidade, do egoísmo e do individualismo, como aqui realçou o Dr. Bagão Félix no início deste ciclo de conferências. Ela é porém o único bastião em que se pode viver o amor incondicional, a fraternidade e o diálogo intergeracional e é a primeira comunidade, a célula base de qualquer sociedade solidária, onde se aprendem a viver os valores que a sustentam.
Uma gestão adequada das relações humanas, particularmente no seio da família, deve procurar permanentemente a satisfação das necessidades de amar e ser amado e das de ser autónomo e válido, um equilíbrio dinâmico que exige de cada um de nós um escrutínio (avaliação) dos sentimentos, pensamentos e comportamentos, e uma comunicação franca, clara e confiante desse diagnóstico aos que amamos, para que, após o romance, possamos superar as desilusões, vencer os medos e renovar o vigor do nosso sonho de felicidade e retomar o entusiasmo do projecto comum que acompanha o nosso compromisso de constituir uma família ou de seguir uma vocação de consagração aos outros, fazendo opções realistas de aperfeiçoamento da relação em casal, em família e com a comunidade. Dialogando e partilhando com simplicidade esse nosso esforço de encontro connosco mesmos vivemos um estilo de vida aberto e confiante que é crucial para o reconhecimento mútuo e para nos acompanharmos realmente na alegria e na dor, numa comunhão que vence o desânimo, supera as ameaças de desagregação e as pressões de uma sociedade que aparenta estar carente de valores e tornar-se escrava do consumismo e do individualismo.
Perante estas ameaças é dever do cristão reafirmar na sua prática quotidiana que o amor eterno e incondicional é possível, certamente com imperfeições, mas com perseverança de crente num caminho de santidade dos que não desistem de uma visão esperançosa da humanidade. Isso é certamente o cerne do sacramento do Matrimónio, mas é-o também da consagração ao serviço da Igreja numa comunidade e no sacramento da Ordem. Todos estes compromissos são de relação de amor, seja para constituir uma família, seja para servir a comunidade.

Algumas referências bibliográficas:
Familiaris Consortio – exortação Apostólica de João Paulo II sobre a Família – Ed. S. Paulo – ISBN-972-30-0616-2, 1994
O Segredo do Amor Eterno – John Powell, sj – Ed. Paulinas –ISBN-972751-479-0, 2002
As 5 linguagens do Amor – Gary Chapman – Ed. SmartBook -
ISBN: 978-9898297112
Não à solidão a dois, a (in)comunicação no casamento – Jacques Salomé – Ed. Ésquilo – ISBN-972-8605-10-2, 2001
Ouvir, Falar, Amar – Laurinda Alves, Alberto Brito, sj – Ed. Oficina do Livro – ISBN-978-989-555-552-9, 2011
Sabedoria de um pobre – Elói Leclerc – Ed. Franciscana - , ISBN-972-9190-36-4, 1983
P. José António da Silva Soares, Ensino e Acção Pastoral – Coord. António de Sousa Araújo – estudos Franciscanos, Itinerarium, XLIX (2003) 369-380

10 de março de 2012

A Correção Fraterna




A Correção Fraterna
O dever de correção fraterna. A sua eficácia sobrenatural. A correção fraterna era praticada com frequência entre os primeiros cristãos. Falsas desculpas para não fazê-la. Ajuda que prestamos. Virtudes que se devem viver ao fazer a correção fraterna. Modo de recebê-la.
I. JÁ NO ANTIGO TESTAMENTO a Sagrada escritura nos mostra como Deus se serve frequentemente de homens cheios de fortaleza e de caridade para fazer notar a outros o seu afastamento do caminho que conduz ao Senhor. O Livro de Samuel apresenta-nos o profeta Natã, enviado por Deus ao rei David para falar-lhe dos pecados gravíssimos que este havia cometido. Apesar da evidência desses pecados tão graves (adultério com a mulher do seu fiel servidor, cuja morte provocou) e de que o rei fosse um bom conhecedor da L, “o desejo havia-se apoderado de todos os seus pensamentos e a sua alma estava completamente adormecida, como que num torpor. Necessitou da luz e das palavras do profeta para tomar consciência do que tinha feito”. Naquelas semanas, David vivia com a consciência adormecida pelo pecado. Para fazê-lo perceber a gravidade do seu delito, Natã expôs-lhe uma parábola:
Havia numa cidade dois homens: um rico e outro pobre. O rico tinha muitos rebanhos de ovelhas e de bois; o pobre só tinha uma ovelhinha que havia comprado; ia criando-a e ela crescia com ele e com os seus filhos, comendo do seu pão e bebendo da sua taça, dormindo nos seus braços: era para ele como uma filha. Certo dia, chegou uma visita à casa do rico e este, não querendo perder uma ovelha ou um boi para dar de comer ao seu hóspede, subtraiu a ovelha do pobre e preparou-a para o seu hóspede. David pôs-se furioso contra aquele homem e disse a Natã: Pela vida de Deus! Aquele que fez isso é réu de morte!
Natã respondeu então ao rei: Tu és esse homem. E David tomou consciência dos seus pecados, arrependeu-se e dasafogou a sua dor num salmo que a Igreja nos propõe como modelo de contrição. Começa assim: Tem piedade de mim, ó Deus, segundo a tua bondade; e conforme a imensidão da tua misericórdia, apaga a minha iniquidade…
David fez penitência e foi grato a Deus. Tudo graças a uma advertência oportuna e cheia de fortaleza. Um dos maiores bens que podemos prestar àqueles a quem mais queremos e a todos, é a ajuda, muitas vezes heróica, da correção fraterna. No convívio diário, observamos que os nossos familiares, amigos ou conhecidos – como, aliás, nós mesmos – podem chegar a formar hábitos que destoam de um bom cristão e que os afastam de Deus. Podem ser faltas de laboriosidade habituais, de pontualidade, modos de falar que beiram a murmuração ou a difamação, brusquidões, impaciências… Podem ser também faltas de justiça nas relações de trabalho, atitudes pouco exemplares no modo de viver a sobriedade ou a temperança, gula embriaguez, gastos de pura ostentação, desperdícios de dinheiro no jogo ou nas lotarias, amizades ou familiaridades que põem em perigo a fidelidade conjugal ou a castidade… É fácil compreender que uma correção fraterna feita a tempo, oportuna, cheia de caridade e de compreensão, a sós com o interessado, pode evitar muitos males: um escândalo, um dano irreparável à família…; ou, simplesmente, pode ser um estímulo eficaz para que a pessoa em questão corrija um defeito e se aproxime mais de Deus. Esta ajuda espiritual nasce da caridade e é uma das suas principais manifestações. Por vezes, é também uma exigência da virtude da justiça, quando existe para com a pessoa que deve ser corrigida uma especial obrigação de prestar-lhe essa ajuda. Devemos pensar com frequência se não nos omitimos nesta matéria. “porque não te decides a fazer uma correção fraterna? – Sofre-se ao recebê-la, porque custa humilhar-se, pelo menos no começo. Mas, fazê-la, custa sempre. Bem o sabem todos. – O exercício da correção fraterna é a melhor maneira de ajudar, depois da oração e do bom exemplo.

II. A CORREÇÃO FRATERNA tem sabor evangélico; os primeiros cristãos praticavam-na frequentemente, tal como o Senhor a tinha estabelecido – Vai e corrige-o a sós -, e ocupava um lugar muito importante nas suas vidas, pois conheciam a sua eficácia. São Paulo escreve aos fiéis de Tessalónica: Se alguém não obedecer ao que dizemos nesta carta… não o olheis como inimigo, antes corrigi-o como a um irmão. Na epístola aos Gálatas, o apóstolo diz que a correção fraterna deve ser feita com espírito de mansidão. O Apóstolo São Tiago incentiva da mesma forma os primeiros cristãos a praticá-la, recordando-lhes a recompensa que o Senhor lhes dará: Se algum de vós se desviar da verdade e um outro conseguir reconduzi-lo, saiba que quem converte um pecador do seu extravio salvará a alma dele da morte e cobrirá a multidão dos seus próprios pecados. Não é uma recompensa pequena. Não podemos desculpar-nos a repetir e repetir as palavras de Caim: Por acaso sou eu o guardião do meu irmão? Entre as desculpas que podemos dar no nosso coração para não fazer ou para adiar a correção fraterna, está antes de mais nada o medo de entristecer aquele que a deve receber. É paradoxal que o médico não deixe de ao paciente que, se quer ser curado, deve sofrer uma dolorosa operação, e que nós, cristãos e franciscanos, tenhamos relutância às vezes em dizer àqueles que nos rodeiam que está em jogo a saúde da sua alma. “É grande o número dos que, para não desagradarem ou para não impressionarem uma pessoa que tenha entrado nos últimos dias e nos momentos extremos da sua existência terrena, lhe silenciam o seu estado real, causando-lhe desse modo um mal de dimensões incalculáveis. Mas é mais elevado o número daqueles que vêem os seus amigos no erro ou no pecado, ou prestes a cair num ou noutro, e permanecem mudos, e não mexem um dedo para lhes evitar esses males. Poderíamos considerar amigo a quem se comportasse connosco desse modo? Certamente que não. E, no entanto, as pessoas à nossa volta adoptam frequentemente essa atitude para não nos magoarem”. Com a prática da correção fraterna, cumpre-se verdadeiramente o que nos diz a Sagrada escritura: o irmão ajudado pelo seu irmão é como uma cidade amuralhada. Nada nem ninguém pode derrotar uma caridade bem vivida. Com essa demonstração de amor cristão, não são só as pessoas que melhoram, mas toda a sociedade. Evitam-se ao mesmo tempo críticas e murmurações que tiram a paz da alma e conturbam as relações entre homens. A amizade, se for verdadeira, torna-se mais profunda e autêntica com a correção fraterna; e e cresce também a amizade com Cristo.

III QUANDO SE PRATICA a correção fraterna, deve-se viver uma série de virtudes sem as quais não estaríamos diante de uma autêntica manifestação de caridade. “Quando tiveres de corrigir, fá-lo com caridade, no momento oportuno, sem humilhar…e com ânimo de aprender e de melhorares tu mesmo naquilo que corriges”, tal como Cristo a praticaria se estivesse no nosso lugar, com a mesma delicadeza, com a mesma firmeza. Às vezes, uma certa irritabilidade e falta de paz interior pode levar-nos a ver nos outros defeitos que na realidade são nossos. “Devemos corrigir, pois, por amor; não com o desejo de ferir, mas com a intenção carinhosa de conseguir que a pessoa se emende […]. Porque a corriges? Porque te irrita teres sido ofendido por ela? Queira Deus que não. Se o fazes por amor-próprio, nada fazes. Se é o amor que te move, atuas bem”. A humildade ensina-nos, mais talvez do que qualquer outra virtude, a encontrar as palavras certas e o modo de falar que não ofende, ao recordar-nos que nós também precisamos de muitas ajudas semelhantes. A prudência leva-nos a fazer a advertência com prontidão e no momento mais adequado; esta virtude é-nos necessária para levarmos em conta o modo de ser da pessoa e as circunstâncias por que está passando: “como bons médicos, que não curam de uma só maneira”, não dão a mesma receita a todos os pacientes. Depois de corrigirem alguém, não devemos deixar-nos impressionar se parece que não reage, antes é preciso ajudá-lo ainda um pouco mais com o exemplo, com a oração e a mortificação por ele, e com uma maior compreensão. Quando somos nós que recebemos uma correção, devemos aceitá-la com humildade e em silêncio, sem nos desculparmos, reconhecendo a mão do Senhor nesse bom amigo, que o é pelo menos a partir daquele momento; comum sentimento de gratidão viva, porque alguém se interessou de verdade por nós; com a alegria de pensar que não estamos sós no esforço por dirigir sempre os nossos passos para Deus. “Depois de teres recebido com provas de carinho e de reconhecimento as advertências que te fazem, procura segui-las como um dever, não só pelo benefício que representa corrigir-se, mas também para fazeres ver à pessoa que te advertiu que não foram em vão os seus esforços e que tens muito em conta a sua benevolência. O soberbo, ainda que se corrija, não quer aparentar que seguiu os conselhos que lhe deram, porque os despreza; quem é verdadeiramente humilde tem por ponto de honra submeter-se a todos por amor de Deus, e vive os sábios conselhos que recebe como vindos do próprio Deus, seja qual for o instrumento de que Ele se tenha servido”. Ao terminarmos a nossa oração, recorramos à santíssima Virgem, Mater boni consilii, Mãe do bom conselho, para que nos ajude a viver sempre que for necessário essa prova de amizade verdadeira, de apreço sincero por aqueles com quem temos um contacto mais frequente, que é a correção fraterna.
Pe. Paulo Ferreira, OFM
Assistente da Região Sul da Ordem Franciscana Secular de P
ortugal
Fontes: 2 Sam 12. 1-17; São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 60, 1; Sl 50; São Josemaría Escrivá, Forja, n. 455 e 641; Mt 18, 15; Didaqué, 15, 13; 2Tess 3, 14-15; gál 6, 1; Ti 5, 19-20; Gen 4, 9; S. Canals, Reflexões Espirituais, pág. 133; Prov 18, 19; São João Crisóstomo, op. Cit., 29; Leão XIII, Prática da humildade, 41.

27 de fevereiro de 2012

Retiro Quaresmal da Fraternidade



“Deixa a tua terra … e parte” (de Abraão a Francisco de Assis) foi o tema do retiro quaresmal orientado pelo Padre João Lourenço, OFM e organizado pela Fraternidade Franciscana Secular de S. Francisco à Luz, que se realizou, no dia 25 de fevereiro, no Espaço Pastoral dos Santos Mártires de Marrocos, do Convento da Fraternidade da Imaculada Conceição e que contou com a participação de inúmeros irmãos e simpatizantes de S. Francisco.
Após o acolhimento, rezámos Laudes, escutámos uma reflexão introdutória sobre o tema do retiro, a partir do Testamento de S. Francisco e partimos em reflexão pessoal, por breves minutos, pelos jardins do Convento.
Regressados ao Espaço Pastoral, iniciou-se a primeira conferência do retiro subordinada ao tema: “Abraão: parte e vai para a terra que eu te indicar…”, depois da proclamação da Palavra alusiva à vocação de Abraão e à imolação de seu filho Isaac. Seguiu-se, até à hora do almoço, um tempo de reflexão pessoal e em pequeno grupo sobre pequenos textos, previamente distribuídos, com parágrafos da Regra da OFS.
O almoço decorreu em alegre e ameno convívio nos jardins belíssimos e primorosamente cuidados do Convento da Luz.
Iniciámos a segunda parte do retiro em silêncio e adoração Eucarística, naquela que foi a primitiva capela do Palácio e do Convento e que terá dado o nome à Fraternidade, da 1ª Ordem Franciscana, aqui sediada.
Terminada a adoração encaminhámo-nos para o Espaço Pastoral dos Santos Mártires de Marrocos, onde assistimos à segunda conferência, sob o tema: “Francisco: Vai e repara a minha Igreja…”, seguindo-se, tal como ocorreu no período da manhã, um tempo de reflexão pessoal e em pequeno grupo.
O dia lindo de retiro terminou com a celebração da Eucaristia na Capela da Imaculada Conceição.
À Glória de Cristo. Ámen.

Maria Francisca Rebordão Topa

18 de fevereiro de 2012

Retiro da Quaresma - 25 de fevereiro









Fraternidade de S. Francisco à Luz
Ordem Franciscana Secular
Retiro Quaresmal
Deixa a tua Terra… e parte.”
(… de Abraão a Francisco de Assis)
Orientado pelo Pe. João Lourenço





Local: Sala dos Santos Mártires de Marrocos/Centro Cultural Franciscano
Sábado 25 de Fevereiro de 2012
09:30 – 18:00
09:30 – Acolhimento
10:00 – Tempo de Oração (Laudes + Texto sobre S. Francisco); Exortação após a leitura
10:30 – Breve tempo de silêncio (continuando a reflexão de Laudes)
11:00 – Conferência (Abraão: “Parte e vai para a terra que eu te indicar…”)
12.00 - Tempo de Reflexão (Pessoal ou pequeno grupo sobre um texto proposto)
13:00 – Almoço (partilhado)
14:30 – Tempo de Adoração (Silêncio, c. 45 min)
15:30 – Conferência (Francisco: “Vai e rapara a minha Igreja…”)
16:30 – Tempo de reflexão pessoal
17:00 – Eucaristia
18:00 – Despedida

10 de fevereiro de 2012

O SANTO "maluquinho" de Assis - Testemunho













O SANTO “maluquinho” de Assis
Eu sou uma apaixonada de Francisco de Assis. E, se o não fosse, seria de admirar. O meu pai pertencia à ordem terceira franciscana e, desde pequenina, em casa, o nome de Francisco era muito familiar. Eu própria, se tivesse nascido rapaz ter-me-iam posto o seu nome. Assim, de qualquer modo, fiquei na família. Baptizaram-me de “Clara”. E, segundo os meus pais contavam, a minha mãe deu entrada na maternidade depois de ter terminado a reunião mensal dos Terceiros, na Igreja de Santo António à Sé, em Lisboa.

Francisco de Assis é um modelo. Um modelo de amor a Cristo, aos irmãos e a tudo o que Deus criou. Aprendi a amá-lo pelo fascínio que tinha para mim a sua vida errante, alegre, despojado de tudo, pela poesia que lhe brotava da alma e que o fazia cantar louvores ao Criador. Quando eu era adolescente, duma maneira um tanto irreverente, chamava-lhe “o santo maluquinho de Assis”. O meu pai, homem bom e sensível, não gostava muito desta minha maneira de falar acerca do Poverello… Mas eram de carinho essas palavras.

Longe já vai essa época. Muita coisa mudou na minha vida. Mas o espírito franciscano continua mais vivo do que nunca. Um dos meus filhos chama-se Francisco. E o nosso Santo tem tido sempre também um cantinho na minha casa, na nova vida que construí.

Tive, há pouco tempo, o ensejo de visitar em Itália os lugares franciscanos. E foi maravilhoso!

O Senhor deu-me esta oportunidade e São Francisco e Santa Clara
[a], lá estavam à minha espera. Tudo o que senti em Assis, Greccio, Rivotorto ou no Monte Alverne, é impossível de descrever. Mas tive consciência de que por ali passou o meu Santo.

O mundo hoje é muito diferente… Francisco, se andasse agora por aqui, certamente não iria beijar as chagas do leproso, mas não viraria a cara para o lado quando passasse por um-sem-abrigo, desgrenhado e mal cheiroso. Não deixaria de repartir o pouco que teria, com algum pedinte que o abordasse. Da sua boca sairia sempre uma palavra de conforto para o seu semelhante e a sua oração de louvor a Deus seria tão fervorosa e intensa como o foi na época em que cá andou.

A sua simplicidade derrubaria as barreiras que hoje nós construímos como defesa da nossa integridade, porque há tanta maldade por aí. O comodismo, a intolerância, a falta de tempo para amar o próximo, que hoje fazem parte do dia a dia, não se instalariam no seu modo de vida. Francisco, hoje, como ontem, teria o seu campo de acção, ouviria a palavra de Jesus e seguiria as suas pegadas.

Querido Santo, não deixes que se apague em mim a chama e a emoção que eu vivi no Monte Alverne. Que não tenha subido, em vão, lá acima. Que no íntimo do meu coração, com a simplicidade com que tu viveste, eu possa chamar de irmãos, não só o sol, a lua e as estrelas, mas todo aquele que precisar da minha ajuda. Que eu encontre sempre o modo certo para confortar, que eu saiba dar amor e que encontre o verdadeiro significado da palavra humildade que tu tanto amaste.

Meu bom Santo! O Santo mais “maluquinho” que eu conheço! Louvado seja Deus pela admirável criatura que tu foste e por me ter sido dada a felicidade de Te conhecer desde que nasci.

PAZ e BEM, Pai São Francisco!
Maria Clara
(escrito em 2005)
Hoje, em 2011, sou
Maria Clara, ofs

[a] Clara de Assis, discípula de S. Francisco. Com ela começou a segunda ordem franciscana: as Irmãs Clarissas.

2 de fevereiro de 2012

Um abraço apertadinho



AQUI VAI AQUELE ABRAÇO



Com a crise que o país atravessa, vamos investir naquilo que temos depositivo: *a amizade*!




*Abraço...****





É demonstração de afecto

Carinho e muito amor

É saudade e lágrima

Mas também o calor



Abraço é amar

É querer aconchego

É sentir um amigo

Com todo o seu apego



Podemos abraçar

Uma causa uma pessoa

Abraço é abraço

É cingir e cercar

É não sentir espaço



Abraçar uma causa**

É o que nos faz sentir

Que quem luta acredita

E nunca deve desistir



Abraçar uma criança

Transmitir-lhe carinho

É dizer-lhe com os braços

Que nunca estará sozinho



Abraçar um amigo

Com toda a fraternidade

E como dizer estou aqui!

Para a toda a eternidade



Abraçar um amor

Com toda a compreensão

É desatar todos os nós

E fazer um laço de união



Vamos assim abraçar

Uma criança, uma causa

Um amigo e o nosso amor?

Custa tão pouco abraçar...Acreditem não dá dor!* *




"Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de deitar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes!"



*
**

*Mantenha o** **Abraçódromo** **vivo!***


Teresa Canto e Castro

31 de janeiro de 2012

Franciscanos Seculares-OFS-Leigos Consagrados








"A nossa Profissão permanece sempre como um ato consecratório que nos constitui de todas as maneiras em leigos consagrados pelo Reino (cf. ... consagro-me ao serviço do seu Reino... Fórmula da Profissão da OFS)." - CIOFS, Ir. Benedetto Lino, OFS e Pe. Paulo Ferreira, OFM, Assistente da Região Sul da OFS de Portugal

Rezar para fazer crescer o amor pela Terra Santa



Rezar para fazer crescer o amor pela Terra Santa
Mensagem do Custódio da Terra Santa por ocasião da Jornada Internacional de intercessão pela Paz na Terra Santa
ROMA, sexta-feira, 27 de janeiro, 2012 (
ZENIT.org) .- Publicamos a mensagem do Custódio da Terra Santa, Padre Pierbattista Pizzaballa, OFM, para a IV Jornada Internacional de intercessão pela paz na Terra Santa, agendada para domingo, 29 de janeiro.
***
Na Gruta da Natividade em Belém, justo antes do altar da estrela, está a “chaminé do cometa”. A antiga devoção dos belemitas recorda ainda hoje o valioso serviço da estrela, que indicou o caminho para os pastores e os sábios, e – terminada a sua tarefa única e irrepetível - "apagou-se" numa “chaminé”. Os meses que se seguiram ao nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo deve ter sido um período muito agitado. Também o janeiro atual é um mês que continua a se referir ao Natal, num crescimento de iniciativas que testemunham o quanto ainda há para ser feito para receber dignamente o Príncipe da Paz. A "chaminé do cometa" nos diz que ele terminou sua tarefa, não devemos esperar outro, é o Filho de Deus que devemos olhar para encontrar Aquele que é a justiça e a paz. Mas não há paz... Invocada, proclamada, procurada, proposta, indicada, também premiada: todos falam de paz, mas não há paz. Talvez porque a paz seja algo que esteja além das palavras dos homens?
"Diante do difícil desafio de percorrer as vias da justiça e da paz podemos ser tentados a perguntar-nos, como o Salmista: levanto meus olhos para o monte, de onde me virá o auxílio? (Sl 121, 1).
A paz não é apenas um dom a ser recebido, mas também obra para ser construída. Para realmente sermos operadores de paz, devemos educar-nos na compaixão, na solidariedade, na colaboração, na fraternidade, ser ativos dentro da comunidade e vigilantes para estimular as consciências sobre questões nacionais e internacionais e sobre a importância de buscar adequadas modalidades de redistribuição da riqueza, de promoção do crescimento, da cooperação para o desenvolvimento e da resolução de conflitos (Bento XVI, Mensagem de Paz, 2012). Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus ", diz Jesus no Sermão da Montanha (Mateus 5,9). Para mudar o coração é necessário a oração: isto sim. E sem mudar o coração não se conseguirá nem sequer dirigir o olhar para a direção certa. A nossa oração deverá, portanto, pedir a determinação e a coerência para abraçar esse compromisso, educando-nos à compaixão ... A lista que o Papa nos oferece é muito abrangente sobre o que deve ser feito para alcançar a bem-aventurança dos que trabalham para a paz na verdade. Ele reitera: a paz para todos nasce da justiça de cada um e ninguém pode fugir deste compromisso essencial de promover a justiça, de acordo com as próprias competências e responsabilidades. Convido em especial os jovens, que sempre têm viva a luta pelos ideais, de terem a paciência e a tenacidade para buscar a justiça e a paz, para cultivar o gosto pelo que é certo e verdadeiro, mesmo quando isso implica sacrifícios e vai contra a corrente.
Bem-vindos, portanto, à quarta Jornada Internacional de intercessão pela paz na Terra Santa. Um evento que enriquece este mês de reflexão partilhada sobre o Dom recebido recentemente, e nos convida a superar todas as divisões, para dar graças a Deus que nos dá a vitória por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo (tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos ). Também a jornada de diálogo com o judaísmo, cujo tema é a Sexta Palabra: Não Matar, nos lembra a urgência da justiça e da paz. A oração específica para crescer, nos corações e nas vontades, o amor pela Terra Santa e o compromisso pela justiça e pela paz, das quais sofremos a falta, é o primeiro e principal dever de todas as Igrejas que aqui convivem e que devem ainda mais e melhor testemunhar a reconciliação, a unidade e a paz, começando por Jerusalém. É tarefa de todos, dever de cada um, dos Pastores aos pais, dos professores aos jovens: rezar para ser capazes de acolher este dom é uma urgência que afeta a todos.
Este non-stop de oração, de tantas Igrejas em tantos lugares do mundo, é um dom importante para a Terra Santa. É consolo, ajuda, sustento à esperança pelos nossos cristãos que vivem cada dia o desconforto, o sofrimento, a frustração por uma situação social a que eles não vêem melhorias. Saber que no 29 de janeiro tantas pessoas vão querer unir vontade e corações para pedir a Deus a paz para a Terra Santa, pela Terra deles, é um orvalho do céu, é solidariedade dos irmãos desconhecidos, mas infinitamente queridos. Disto têm necessidade, disto temos necessidade.
[Tradução TS]

27 de janeiro de 2012

29 de janeiro - Oração pela paz na Terra Santa

29 de janeiro: oração pela paz na Terra Santa
Comunicado de imprensa da IV Jornada Internacional de intercessão pela paz na Terra Santa
ROMA, terça-feira, 24 janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- Oferecemos aos nossos leitores o comunicado de imprensa da IV Jornada Internacional de intercessão pela paz na Terra Santa, agendada para domingo, 29 de janeiro.
2.500 cidades de todo o mundo rezarão pela paz na terra de Jesus no próximo 29 de Janeiro. Se realizará nesta data a IV Jornada internacional de intercessão pela paz na Terra Santa, uma iniciativa de oração nascida pelo desejo de algumas associações católicas juvenís, que há alguns anos também o Santo Padre e toda a Igreja celebram em comunhão com o Patriarcado Latino de Jerusalém e com a custódia da Terra Santa. A Jornada – numa ideal passagem de testemunho - será precedida pela Semana de oração Extra
ordinária de todas as Igrejas pela Reconciliação, a Unidade e a Paz, que se realizará junto à igreja Copta-Ortodoxa de Jerusalém na tarde do 28 de janeiro.
Desde a sua primeira edição, a Jornada tem envolvido muitos jovens nos momentos de adoração eucarística nas Igrejas dos 5 continentes; a eles, em particular, dirigiu-se o Cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz. "Os jovens - escreve o cardeal na sua mensagem para a ocasião - são e podem ser um recurso para a paz se eles vivem a sua liberdade em conexão com a verdade, com o bem e com Deus. Só assim colocam profundas raízes ao seu compromisso pela justiça e pela paz. (...) O período da juventude é aquela estação da vida na qual se olha para os grandes valores que hoje, infelizmente, parecem estar muito fracos: a verdade, a liberdade, a justiça, o amor, a fraternidade". "Agradeço-vos – conclui o cardeal Turkson - porque mostrais ao mundo o rosto jovem, ativo e bonito da Igreja de Cristo".
A Jornada é promovida por diversas realidades juvenis: da Associação Nacional Papaboys (
http://www.papaboys.it/), pelo Apostolado “Jovens pela Vida” (http://www.youthfl.org/), pelas Capelas de Adoração Perpétua em toda a Itália e em todo o mundo , por grupos de adorações eucarísticas (http://www.adorazione.org/), pelas Associações para a Promoção da oração Extraordinária de todas as igrejas pela reconciliação, a unidade e a paz, começando por Jerusalém. Uma representação destas realidades associativas estará presente no domingo, às 12hs, na Praça de São Pedro para o Angelus do Santo Padre Bento XVI, para também participar da festa da paz dos jovens da Ação Católica.
Para aderir à iniciativa, é necessário inserir na celebração eucarística do domingo 29 de janeiro, uma oração especial pela Terra Santa, ou um momento de adoração eucarística no final da Santa Missa. O horário da celebração, o nome da Igreja ou o grupo de oração e a cidade devem ser comunicados pelo e-mail para
ufficiostampa@papaboys.it
Nesta quarta edição também será possível acompanhar o evento pela Telepace, que cobrirá ao vivo no dia 29 de janeiro das 9hs às 13hs. Depois da santa missa e de um breve momento de adoração, muitos convidados se revezarão no estúdio. Vários serviços e aprofundamentos da Itália e de Jerusalém apresentarão os melhores momentos desta Jornada de oração, antes de colocar no ar o Angelus do Santo Padre. Depois se terão os testemunhos da praça de São Pedro e as reflexões conclusivas sobre a Jornada.
A Jornada, a nível internacional será inaugurada por uma celebração que se terá no dia 29 de janeiro às 5 horas, hora italiana, no Calvário de Jerusalém. Também o Custódio da Terra Santa, padre Pierbattista Pizzaballa, interveio com a sua saudação: "Bem-vindo, então, à IV Jornada Internacional de intercessão pela paz na Terra Santa. Um evento que enriquece este mês de reflexão comum sobre o Dom apenas recebido, e nos convida a superar toda divisão para dar graças a Deus que nos dá a vitória por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo ( tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos )."
Anexo ao presente comunicado de imprensa:
Promoção da IV Jornada Internacional de Intercessão pela Paz na Terra Santa
Mensagem do Pontifício Conselho Justiça e Paz
O vídeo comercial do dia (em italiano)
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