Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

22 de março de 2020

Eucaristia do Convento de Santo António do Varatojo



Agradecemos mais uma vez ao Convento de Santo António do Varatojo pelas mensagens e pela Eucaristia que nos fizeram chegar através da TVON.
Retemos da mensagem de Frei Hermínio Araújo, Superior do Convento, que é tempo de voltar ao essencial da vida e das coisas.  É tempo de ser e viver como se tudo dependesse de Deus. É tempo de ser e viver como se tudo dependesse do ser humano.
A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. (Carta Encíclica do Papa João Paulo II). E ainda, no coração não mora o isolamento. Unidos vislumbraremos caminhos de futuro e novas oportunidades. Muita paz, bem e saúde. 

Eucaristia do IV Domingo da Quaresma - Convento de Santo António do Varatojo - Torres Vedras (clique aqui)


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4.º Domingo da Quaresma

Túnel da piscina de Siloé, Jerusalém
Introdução à Eucaristia:
As leituras deste Domingo colocam-nos perante o tema da “luz” como sendo um desafio que é apresentado e proposto a todo o homem. Sempre na vida buscamos uma luz que nos oriente, que nos permita ter horizonte e que alimente a nossa esperança na caminhada que fazemos. Somos ‘pessoas’ carentes de luz e em busca de luz. Duas luzes procuramos: a luz de um projeto de vida e a Luz de um horizonte espiritual. As duas, para quem tem fé e esperança, são uma e a mesma coisa, pois ambas têm em Deus a sua origem e a sua plenitude.
A Quaresma é este tempo de procura e de encontro da Luz plena que é Cristo e de nos deixarmos tocar pela Sua claridade, pela saliva da Sua Palavra, pelo gesto dos Seus dedos. Celebrando a Eucaristia na ‘ausência da companhia humana, próxima, mais sentimos a necessidade de fazer esta aproximação à Sensibilidade dos gestos de Jesus, deixando-nos lavar por Ele, já que Ele é o verdadeiro ‘Enviado, o autêntico Siloé’ que o Pai faz chegar até nós. No início desta semana, passei pelo local da antiga ‘piscina de Siloé’, com os seus restos e túneis ainda bem visíveis, um dos quais percorri, por cerca de 500m, subterrâneo, e que os Zelotas na altura da 1ª revolta contra Roma usaram para recolher água para assim viveram. Isso fez-lhe recordar não só o texto da liturgia deste domingo, mas o da nossa ‘liturgia diária’ de vida que é a água que Ele nos dá e a Luz que Ele nos oferece. Como outrora o cego (e de alguma forma os Zelotas), todos precisamos da Luz e da água que nos vem d’Aquele que é o verdadeiro ‘Siloé’ – o Enviado.
De facto, os textos da liturgia de hoje definem a experiência cristã como um “viver na luz” que é Cristo, confessando que é Ele que nos abre os olhos da vida e os horizontes do Coração.

Introdução às Leituras:
A primeira Leitura antecipa-nos que a Luz é também fruto da ‘escolha’, da eleição que o Senhor faz de cada um de nós. Ungidos pelo óleo da sua escolha, o perfume do Batismo, Ele se apresenta agora como a “Luz” verdadeira, a quem devemos seguir e servir. Da figura de David, o Messias por excelência, todos participamos para sermos também sinais de esperança na difícil situação em que nos encontramos. Samuel confiou em Deus para o exercício da Missão que lhe foi confiada; cada um de nós deve reforçar a esperança neste tempo de horizontes fechados, mas que a fé nos rasga para além do amanhã.
No Evangelho, temos um dos textos mais belos de S. João, todo ele é uma narrativa catequética, uma proposta de caminho até Jesus e a partir do Cristo Ressuscitado. Tal como ao cego que quer sentir a beleza da Luz ou a Madalena na manhã da Ressurreição, Jesus é sempre Aquele que nos oferece uma nova vida e que nos envia a confessá-l’O. Ontem, como hoje, há sempre nuvens que vêm e passam, mas nós temos a certeza que a água que nos vem do Lado do Salvador, essa jorra para a vida eterna. Neste tempo que estamos a viver, talvez com algumas sombras e nuvens, Jesus volta a apresentar-se como “a luz do mundo”; a sua missão é libertar os homens das trevas do egoísmo, do orgulho e da auto-suficiência, da vaidade pessoal e do exibicionismo, pecados estes que obscurecem a Luz de Cristo em cada um de nós. Aderir à proposta de Jesus é enveredar por um caminho de liberdade e de realização que conduz à vida plena.
Na segunda Leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que procurem viver conforme a vontade de Deus, que recusem as trevas e escolham a “luz”. Em concreto, para Paulo, viver na “luz” é praticar as obras de Deus que são bondade, justiça, verdade, sinceridade, connosco, com Deus e com os Irmãos. Como estes textos, designadamente este da Carta de Paulo, se enquadram de forma tão intensa e existencial na nossa experiência de vida. Que Ele continue a ser a nossa Luz e a nossa Esperança. Um santo domingo para todos em direção à Páscoa do Senhor,
Padre João Lourenço. OFM
(Jerusalém, 17/03/2020)

17 de março de 2020

Eucaristia - Convento de Santo António do Varatojo

Coronavírus-19 - Eucaristia - III Domingo da Quaresma (Clique aqui)

Com um muito obrigado ao Convento de Santo António do Varatojo deixamos o link com a transmissão da Eucaristia do III Domingo da Quaresma, celebrada pela Fraternidade dos irmãos  Franciscanos daquele Convento, neste tempo verdadeiramente extraordinário que nos é dado viver. A mesa da Palavra e da Eucaristia, sustenta-nos, acompanha-nos, responsabiliza-nos e salva-nos, afirmou consistentemente, o Padre Frei Hermínio Araújo, que presidiu à celebração e que apelou como sacerdote franciscano e profissional de saúde, e em nome de todos os profissionais de saúde, por imperativo ético, à responsabilidade de todos os cidadãos para o cumprimento das orientações das autoridades, especialmente de saúde.  Afirmou: «somos responsáveis uns pelos outros» e «isolamento social» não é «abandono social». Citou S. Paulo na segunda leitura: «Ora, a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado». Neste amor, concluiu a Eucaristia, confirmando a todos na certeza de que Nosso Senhor Jesus Cristo é o nosso Salvador.

O Senhor salvou-me,
O Senhor salvou-me,
O Senhor salvou-me,
Porque me tem amor. bis
1
Por aquilo que o Senhor fez por ti, 
Reconhece quanto vales para Ele.
2
Não há maior prova de amor,
 Do que dar a sua vida pelo amigo.
3
Quando éramos seus inimigos,
Jesus Cristo deu a vida por nós.
4
Eu vivo da fé no Filho de Deus 
Que me amou e se entregou por mim.

15 de março de 2020

3º Domingo da Quaresma



Introdução à Liturgia:

A liturgia quaresmal convida-nos a olhar a vida nos seus ritmos do quotidiano e a questionar aquilo que ela comporta de menos bom em ordem a uma nova etapa que seja marcada pela ressurreição do Senhor. A Palavra de Deus que hoje nos é proposta mostra que o nosso Deus está sempre presente ao longo da nossa caminhada pela história, mesmo no meio das maiores vicissitudes, e que só Ele nos pode oferecer um horizonte de plenitude e de esperança.



Introdução às Leituras:

A primeira leitura mostra como Yahwé acompanha a caminhada do povo de Israel no deserto do Sinai e como, nos momentos de crise, responde às necessidades do seu Povo. O texto mostra-nos a proximidade de Deus e dá-nos a chave para entender a lógica de Deus, manifestada em cada passo da história da salvação.


A segunda leitura repete, noutros termos, o ensinamento da primeira: Deus acompanha o seu Povo em marcha pela história; e, apesar do pecado e da infidelidade, insiste em oferecer ao seu Povo – de forma gratuita e incondicional – a salvação.


O Evangelho fala-nos do encontro de Jesus com a Samaritana, à qual oferece o dom da ‘água viva’ que mata a sede que cada homem tem de infinito e de salvação. Como ao tempo de Jesus, hoje todos somos um pouco a imagem da Samaritana, buscando novas fontes e procurando saciar a sede de salvação. Mais uma vez, através da sua Palavra, Jesus promete àqueles que o procuram essa vida nova que Ele veio anunciar.
Padre João Lourenço, OFM

9 de março de 2020

2º Domingo da Quaresma




Introdução à Liturgia:
O tempo da quaresma é apresentado na liturgia como um caminho, uma caminhada que cada crente é convidado a fazer, seguindo os passos de Cristo. Neste segundo Domingo, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir: é o caminho da escuta atenta aos apelos de Deus em ordem à realização dos seus projetos, numa entrega radical e comprometida com os planos do Pai.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura apresenta-se um dos grandes momentos da História da Salvação: O chamamento de Abraão, “Deixa a tua terra e parte”. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que sabe ler os seus sinais e aceita os seus apelos, fazendo da sua obediência a nova terra que Deus tem para lhe oferecer.

O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva.

Na segunda leitura, há um apelo aos seguidores de Jesus, no sentido de que sejam do projeto de Deus no mundo. Nada – muito menos o medo, o comodismo e a instalação – pode distrair o discípulo dessa responsabilidade e desviá-lo desta caminhada.
Padre João Lourenço, OFM

28 de fevereiro de 2020

1º DOMINGO DA QUARESMA

 (01.03.2020)

   Introdução à Liturgia:
    Quarta-feira, com a imposição das cinzas, demos início à nossa caminhada quaresmal, que nos leva à Páscoa do Senhor. Ao longo desta caminhada a Igreja convida-nos a alimentar a nossa vida cristã com a Oração, a Palavra de Deus e a prática da caridade, os grandes meios da nossa santificação. É o grande convite à “conversão” – isto é, a recolocar Deus no centro da nossa experiência cristã, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus projetos.

    Introdução às Leituras:
    A primeira leitura afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.

   A segunda leitura, por sua vez, propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão, representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decide, por si só, os caminhos de uma pretensa salvação fechada em si mesmo. Jesus, por seu lado, é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus, de acordo com o projeto do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; a proposta de Jesus gera vida plena e definitiva.

   O Evangelho apresenta-nos o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem do plano de Deus. A Sua Palavra mostra que, na perspetiva cristã, uma vida que ignora o projeto do Pai e se fecha em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido. Toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas é uma tentação diabólica que o cristão deve rejeitar, resistindo àquilo que são as tentações da modernidade que se ficam pelo dinheiro, pelo prazer fácil e pelo culto de si próprio.
Padre João Lourenço, OFM

21 de fevereiro de 2020

7º DOMINGO DO TEMPO COMUM



Introdução:
A liturgia deste Domingo convida-nos à santidade, à perfeição, numa exigência que parte e tem como fundamento o próprio testemunho de Jesus. Este é o “caminho cristão”, o caminho que Jesus nos propõe, um caminho nunca acabado e que exige de cada e em cada dia, um compromisso sério e radical. Esta é a dinâmica do “Reino” em que Jesus envolve os discípulos e que deve ser concretizada em gestos de ternura, de amor e de perdão. Este é o desafio da nossa fé que aqui celebramos em Comunidade.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura que nos é proposta apresenta um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo, exige ser santo. A santidade é a própria identidade de Deus, do Deus em quem acreditamos. Para o autor do livro do Levítico, a santidade passa também pelo amor ao próximo.

No Evangelho, e dando continuidade ao ‘Sermão da Montanha’, Jesus continua a propor aos discípulos a sua Lei da santidade; Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; Ao invés, Ele propõe-lhes o caminho do amor que não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde Deus reside e Se dá a conhecer aos homens. Para que isso aconteça, eles devem renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo”, optando pela “sabedoria de Deus”, que é dom de vida, gratuidade total.
Padre João Lourenço, OFM

17 de fevereiro de 2020

6º Domingo do Tempo Comum



(16.02.2020)
Introdução à Eucaristia:
A liturgia de hoje leva-nos a celebrar a certeza que Jesus supera a Lei de Moisés do Antigo Testamento. A força da nova aliança que nos vem das Bem-aventuranças abre-nos à gratuidade e à misericórdia de Deus. Por isso, Jesus nos ensina que a nossa fé não se reduz a um dilema entre a graça e o pecado, mas ao dom de Deus testemunhado em Jesus Cristo.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura recorda-nos que o homem é livre de escolher entre a proposta de Deus, que conduz à vida e à felicidade, e a auto suficiência do próprio homem que destrói em nós esse caminho de paz e de harmonia interior. Deus sempre convida o homem à escolha, ao exercício da sua liberdade para escolher o caminho do bem.

Na segunda leitura, dando continuidade ao texto da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da ‘sabedoria de Deus’ que está para além do conhecimento do homem e que nos revela o dom que Deus preparou desde sempre ‘para aqueles que o ama’. Oculto aos olhos dos homens, ele o revelou em Jesus Cristo. É Ele a plenitude do dom e do amor do Pai.

No Evangelho, Jesus continua a expor aos seus discípulos a Boa-Nova que Ele veio anunciar. Essa Boa-Nova já não se configura aos preceitos da Lei de Moisés, mas à gratuidade do amor. A sua mensagem não passa pelo cumprimento da letra, mas sim por uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus que há-de marcar todos os passos da nossa caminhada.
Padre João Lourenço, OFM

Semana Vicarial da Caridade






4º Domingo do Tempo Comum


Monte das bem-aventuranças
(02 de fevereiro 2020)
Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo leva-nos até ao núcleo central da nossa vivência cristã, que marca a nossa forma de ser e de estar no mundo. Trata-se das Bem-aventuranças que nos são propostas como forma de ser e testemunho da nossa identidade cristã. Acolher esta página no Evangelho é refrescar a nossa vida, redescobrir a sua novidade e o seu sentido. É isso que a Eucaristia de hoje nos propõe.

Introdução às Leituras:
A 1ª leitura, tomada do profeta Sofonias, mostra-nos a voz de alguém que interpela o povo de Deus acerca de alguns aspetos fundamentais da sua fé, numa altura que os reis de Judá tinham abandonado os caminhos de Deus. É certamente uma interpelação para que o povo volte o seu coração para Deus e não se deixe levar pelas atitudes daqueles que o governam.
Na segunda Leitura, dando continuidade ao tema dos domingos precedentes, Paulo fala-nos da sabedoria de Deus e da sabedoria humana, dizendo-nos que Deus nos interpela através das atitudes dos simples e humildes, tal como sucede em Jesus.

No Evangelho, temos o código das Bem-aventuranças, com tudo aquilo que elas representam como novidade do reino. Poderíamos dizer que elas são o ‘manual’ da nossa vida e da nossa identidade. Viver as Bem-aventuranças é, desde já, sentir-se bem-aventurado na comunhão com Deus e os irmãos. 
Padre João Lourenço, OFM   


 
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