Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

19 de outubro de 2020

19 de outubro - S. Pedro de Alcântara

 



14 de outubro de 2020

Domingo 28º do Tempo Comum

  


(11.10.2020)


Introdução à Liturgia:

O tema do banquete e do encontro que simboliza a comunhão entre Deus e o homem, muito presente em textos proféticos, é um desafio que a Palavra de Deus nos faz em ordem a superar as marcas da exclusão humana e introduzir-nos numa relação de amor e de comunhão com Deus. Num tempo como este em que vivemos, procurar formas de comunhão é um imperativo da nossa fé. É a este banquete, de que a Eucaristia é o momento central, que nós também somos chamados. 

 Introdução às Leituras:

Na 1ª leitura, Isaías oferece-nos dois temas muito caros à Teologia deste profeta e que marcam o judaísmo e a fé bíblica do seu tempo: o tema do Banquete como forma de traduzir a relação de amor e de comunhão de Deus com o Seu povo, deixando o convite a todos os povos para que acolham o ‘alimento’ da Palavra de Deus. 

A 2ª leitura constitui um dos mais belos e impressionantes testemunhos de Paulo. A comunidade dos Filipenses foi uma das mais agradecidas a Paulo, o seu fundador. Paulo retribui essa generosidade reconhecido, deixando-nos um testemunho de grande despreendimento e de dedicação total à causa do Evangelho.

     No Evangelho, estamos em presença da 3ª parábola consecutiva que Jesus dirige aos membros do Sinédrio, o órgão judaico de governo para as questões da lei e da sua interpretação. Jesus quer mostrar que é necessário ter um coração novo e aberto para acolher o Reino. O Judaísmo tinha perdido essa dimensão de comunhão, de banquete e de partilha, para se tornar num sistema jurídico e legalista e, por isso, recusa acolher a mensagem de Jesus.

Padre João Lourenço, OFM

 

7 de outubro de 2020

SAUDAÇÃO DOS ASSISTENTES ESPIRITUAIS NACIONAIS - Dia de S. Francisco de Assis

 

SAUDAÇÃO DOS ASSISTENTES ESPIRITUAIS NACIONAIS

 Dia de S. Francisco de Assis

Caríssimos irmãos e irmãs,

Na proximidade da festa do seráfico pai S. Francisco, dirigimo-nos a todos e cada um de vós, para vos manifestar o nosso apreço e o desejo sincero de que possais continuar a viver no mundo a alegria de construir juntos a paz e o bem. No tempo que nos é dado viver, pensamos não apenas nas dificuldades provocadas pela pandemia, mas também noutras situações mais positivas que vão acontecendo um pouco por todo o lado. Não podemos esquecer, por exemplo, que “os destinos da Igreja” não estão confiados apenas ao Papa, aos cardeais, bispos ou padres. Na verdade, cada um de nós é chamado a amar a Igreja como Mãe, gastar-se por ela, dar-se, lutar e dar testemunho.

Começamos a viver um novo ano pastoral marcado pela proposta do Santo Padre: um ano especial dedicado ao estudo da Laudato Si, para que nos formemos sempre mais e melhor no cuidado da nossa casa comum. Várias vezes o Papa nos tem lembrado que “é necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo, que vale a pena ser bons e honestos”.

Caríssimos irmãos e irmãs, convidamo-vos a reler a encíclica Laudato Si, e a deixar que nasçam nas vossas fraternidades iniciativas que “incentivem uma cultura do cuidado na vida de cada um, pelos outros, mas também pela criação inteira e pela sociedade que habitamos”.

O ano de 2021, ver-nos-á ocupados no PVA com a celebração do VIII centenário do início da Ordem Terceira de S. Francisco, hoje OFS. As Fontes referem o entusiasmo popular que a pessoa de Francisco de Assis suscitava em tanta gente. Muitos queriam segui-lo, isto é, desejavam comportar-se como ele, na generosa fidelidade ao Evangelho, a Cristo e à sua palavra de vida. Francisco acolhia a todos como dom de Deus: muitos homens e mulheres, inspiram-se em Francisco sem entrar no convento, mas permanecendo no mundo e continuando as próprias atividades.

Convosco louvamos o Senhor pelo dom da vossa vocação franciscana, e rezamos: que o Senhor vos dê a paz!

 Nesta saudação desejamos ainda recordar o evento extraordinário que Assis viverá, e pelo qual vos convidamos a rezar. De facto, o Papa Francisco voltará a Assis para ali assinar e tornar pública a sua nova encíclica com o nome: “Todos irmãos”. O documento tem o subtítulo "Sobre a fraternidade e a amizade social" e será assinado após a missa que o Papa celebrará na Basílica Inferior, sem a presença de fiéis no respeito da atual situação sanitária.

Depois da “Lumen fidei” (2013) e “Laudato si'” (2015) - que faz eco do Cântico das Criaturas - desta vez será em Assis, junto do túmulo de S. Francisco, que o Papa assinará, na tarde do dia 3 de outubro, a nova encíclica.

Fátima, outubro 2020

Os vossos assistentes,

frei José Augusto, ofmconv

frei Álvaro, ofm

frei Luís, ofmcap

Celebração do Trânsito de S. Francisco

 


Celebração do Trânsito de S. Francisco

 Francisco de Assis viveu segundo o Evangelho, com alegria baseada no amor a Cristo pobre e crucificado, amando os pobres e últimos, fazendo-se menor entre os menores, espalhando a Paz e o Bem; por tudo, louvava o Criador, e em todas as criaturas via o próprio Deus.

 Ao celebrarmos o Trânsito de São Francisco, mais do que recordar os seus últimos momentos de vida, celebramos a sua partida para junto do seu, e nosso, querido Pai do Céu.

Na nossa Fraternidade, a celebração, dirigida por Frei Fernando Mota, terá lugar na Igreja do Seminário, no próximo dia 3 de outubro, sábado, às 17 h.

Peço-vos que façais o possível para estardes presentes, será mais uma oportunidade de aproximar à espiritualidade de S. Francisco. E como há urgência nesta aproximação face aos mitos de derrotismo em termos de sentido de vida que hoje abundam!

 Vosso irmão

Pedro

26º Domingo do Tempo Comum


 (27.09.2020)

Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje convida-nos a olhar para algo que é fundamental na nossa fé: ‘Deus tem uma proposta a fazer-nos’. A sua mensagem não é vã nem vazia; pelo contrário, ela está carregada de sentido e constitui um desafio para cada um de nós. É perante esta proposta que nós podemos escolher, dizer sim ou dizer não, fazê-la nossa ou ignorá-la. Ser cristão é, tal como Jesus, dizer sim e assumir o compromisso da fidelidade à proposta que nos é feita.

 Introdução às Leituras:

A experiência do exílio na Babilónia foi o grande desafio que Deus fez ao Seu povo. O profeta Ezequiel, na 1ª leitura, convida os israelitas a comprometerem-se de forma séria e consequente com Deus, sem rodeios, sem evasivas, sem subterfúgios. Cada crente deve tomar consciência das consequências do seu compromisso com Deus e viver, com coerência, as implicações práticas da sua adesão à Aliança.

A 2ª leitura, Paulo, com um dos textos mais ricos de toda a sua teologia e de todas as suas Cartas, exorta os cristãos de Filipos a seguir o exemplo de Cristo: apesar de ser Filho de Deus, Cristo assumiu a realidade da fragilidade humana, fazendo-se servidor dos homens para nos ensinar a suprema lição do amor, do serviço, da entrega total da vida por amor.

 Na parábola do Evangelho, Mateus apresenta-nos a forma e o modo como se concretiza a proposta que Deus nos faz: pelas obras e compromissos e não pelas palavras e pelas boas intenções. Um desafio sempre presente na Igreja e dirigido a cada um de nós. O ‘sim’ que Deus nos pede não é uma declaração teórica de boas intenções, mas antes um compromisso firme, coerente, sério e exigente com o Reino, com os seus valores.

Padre João Lourenço, OFM

6 de outubro de 2020

SOLENIDADE DE S. FRANCISCO



 (04.10.2020)

Introdução à Liturgia:

          Celebramos hoje a solenidade de S. Francisco, nosso fundador e inspirador do nosso carisma de vida. S. Francisco foi uma luz num tempo de dúvidas e de inquietações, razão pela qual a sua mensagem continua hoje a ser acolhida e vivida por tantos seguidores. Muitas das suas intuições espirituais continuam atuais, mormente o amor e o respeito pela natureza e a fraternidade universal.

         Introdução às Leituras:

          A liturgia da palavra que hoje acolhemos na nossa celebração é própria e tem como referência a pessoa e a experiência vivida e partilhada por Francisco de Assis. Ele é aquele que cuidou da casa de Deus, a Igreja, a reparou e a fortaleceu. Tal como Paulo, ele tornou-se um apaixonado do Cristo crucificado que na cruz testemunha a plenitude do amor do Pai. A simplicidade da sua vida é o melhor eco das palavras de Jesus no Evangelho: ‘vinde a mim, todos vós que andais sobrecarregados’. Cristo é a nossa paz e a nossa esperança. Num tempo marcado por tantas inquietações e desafios, Francisco aponta-nos a plenitude de Deus – meu Deus e meu Tudo – convidando-nos a seguir o caminho da fraternidade, da harmonia com a natureza e da paz com todos os homens.  

Padre João Lourenço, OFM

21 de setembro de 2020

Laudato Si - Padre Joaquim Cerqueira Gonçalves

 


25º Domingo do Tempo Comum

 


Parable of the Labourers in the Vineyard, 1637, Rembrandt van Rijn (Dutch Baroque Era Painter and Engraver, 1606-1669), Oil on panel, 31 x 42 cm, The Hermitage, St. Petersburg, Russia. Large size here.


Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo convida-nos a descobrir um Deus cujos caminhos e cujos pensamentos estão acima dos caminhos e dos pensamentos dos homens. Será isto uma frase feita ou uma realidade a descobrir? De facto, o projeto de Deus assenta em algo que está para além do nosso horizonte moderno e da nossa lógica moderna. Os homens de hoje têm dificuldade em compreender a gratuidade e o dom. São estes os fundamentos radicais de novidade que Deus é para nós.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura é um apelo de Isaías a cada um de nós para que procure o Senhor. Procurá-l’O é o desejo que deve animar a nossa caminhada espiritual e isso faz-se por um processo de conversão permanente. Sem esta abertura total, podemos correr muito para a Igreja, mas isso não significa que O encontremos.

Na segunda leitura, Paulo, partindo da sua própria experiência, diz-nos o que é a vida cristã: Cristo é a nossa vida. É uma vida em plenitude que não se limita a isto ou àquilo, mas que comporta toda a nossa caminhada, seguindo as propostas que Cristo nos faz.

.O Evangelho diz-nos que Deus chama à salvação todos os homens, sem considerar a antiguidade na fé, sem prazos nem créditos, sem olhar às qualidades ou aos comportamentos anteriormente assumidos. A Deus interessa apenas a forma como se acolhe o Seu convite e nos disponibilizamos para o Seu Reino. Pede-nos uma transformação da nossa mentalidade, de forma que a nossa relação com Deus não seja marcada pelo interesse, mas pelo amor e pela gratuidade.

Padre João Lourenço, OFM

12 de setembro de 2020

24º Domingo do Tempo Comum


 (13/09/2020– Ano A)

           Introdução à Liturgia:    

Ser cristão, discípulo de Jesus, pressupõe que a nossa vida, em cada um dos seus momentos, está marcada pela mensagem, pelos gestos e pelo testemunho do Mestre. Um dos sinais que define a identidade do nosso seguimento de Jesus está no perdão, aquilo que mais e melhor o distinguiu do judaísmo do seu tempo e que ele assumiu como núcleo central da sua mensagem. É do perdão que a palavra de Deus hoje nos fala e nos convida a pôr em prática.

Hoje, as nossas ofertas destinam-se à Terra Santa. Como na sexta-feira santa não foi possível realizar a Coleta Pontifícia para esse fim, a Santa Sé transferiu para o dia de hoje, em toda a Igreja.

           Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, tomado do livro de Ben Sirah, relaciona a cólera e o ódio com o pecado, convidando o crente a saber perdoar. O perdão de que a Palavra de Deus nos fala tem o seu fundamento no próprio Deus; não se trata de um esquecimento cómodo nem de um procedimento de boas maneiras. Pelo contrário, ele é expressão da nossa fé e da nossa vontade em seguir Jesus. 

Na 2ª leitura, da carta aos Romanos, S. Paulo, num texto muito breve, diz-nos algo que é fundamental para a nossa vida. Ela pertence a Cristo, em todos os seus momentos. Somos do Senhor e para o Senhor, o que nos fortalece na comunhão fraterna, já que também somos da Igreja e para a Igreja.

 Hoje, Jesus, como é tão próprio de S. Mateus, apresenta-nos uma parábola sobre o perdão e os procedimentos que isso implica. Para o cristão, o perdão deve ser incondicional, assumido plenamente na nossa vida e nas nossas relações. Não se trata apenas e só de uma atitude pessoal; o perdão é também uma questão social, com implicações importantes na construção da nossa sociedade. Não podemos agir de uma forma, e esperar que Deus proceda connosco de outra. Sobre o perdão, a oração e o agir têm de estar em harmonia total.

Padre João Lourenço, OFM

 

9 de setembro de 2020

Mensagem do Irmão Ministro

 Caras Irmãs e Caros Irmãos,

 No dia Festa da Natividade da Santíssima Virgem Maria, permiti-me uma saudação muito especial.

Maria está no centro da devoção franciscana. A vida espiritual de S. Francisco foi acentuadamente marcada por Nossa Senhora, pelo que a devoção mariana influencia profundamente a Família Franciscana; segundo S. Boaventura, por Maria, tálamo onde Deus se uniu à natureza humana,  é-nos dada a graça divina.

Maria, ou seja Estrela do Mar, quantas vezes nos terá livrado de sucumbir nos períodos procelosos do mar da nossa existência, quando nos sentíamos perdidos sem leme e quantas vezes, nas acalmias, a sentimos como luz refulgente iluminando de graça divina os nossos corações…

Saudemos Maria, invocando a sua proteção!

 Com um abraço fraterno em Cristo e S. Francisco,

 Pedro

 


 
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