Parable of the Labourers in the Vineyard, 1637, Rembrandt van Rijn (Dutch Baroque Era Painter and Engraver, 1606-1669), Oil on panel, 31 x 42 cm, The Hermitage, St. Petersburg, Russia. Large size here.
Introdução
à Liturgia:
A liturgia deste domingo
convida-nos a descobrir um Deus cujos caminhos e cujos pensamentos estão acima
dos caminhos e dos pensamentos dos homens. Será isto uma frase feita ou uma
realidade a descobrir? De facto, o projeto de Deus assenta em algo que está para
além do nosso horizonte moderno e da nossa lógica moderna. Os homens de hoje
têm dificuldade em compreender a gratuidade e o dom. São estes os fundamentos
radicais de novidade que Deus é para nós.
A primeira leitura é um
apelo de Isaías a cada um de nós para que procure o Senhor. Procurá-l’O é o
desejo que deve animar a nossa caminhada espiritual e isso faz-se por um
processo de conversão permanente. Sem esta abertura total, podemos correr muito
para a Igreja, mas isso não significa que O encontremos.
Na segunda leitura, Paulo, partindo da sua própria experiência,
diz-nos o que é a vida cristã: Cristo é a nossa vida. É uma vida em plenitude
que não se limita a isto ou àquilo, mas que comporta toda a nossa caminhada,
seguindo as propostas que Cristo nos faz.
.O Evangelho diz-nos que Deus chama à salvação todos os homens, sem considerar a antiguidade na fé, sem prazos nem créditos, sem olhar às qualidades ou aos comportamentos anteriormente assumidos. A Deus interessa apenas a forma como se acolhe o Seu convite e nos disponibilizamos para o Seu Reino. Pede-nos uma transformação da nossa mentalidade, de forma que a nossa relação com Deus não seja marcada pelo interesse, mas pelo amor e pela gratuidade.
Padre João Lourenço, OFM
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