Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

8 de janeiro de 2021

É Natal


 

Dia Mundial de Oração da Ordem Franciscana Secular e da Juventude Franciscana

 Dia Mundial de Oração da Ordem Franciscana Secular e da Juventude Franciscana 

No próximo Domingo, 29 de Outubro, celebramos o Dia de todos os Santos da Ordem Franciscana. O nosso Ministro Geral enviou-nos uma carta, que se encontra em anexo, pedindo que nesse dia, todos os irmãos de todo o mundo se unam em oração, rezando a Coroa Seráfica nesse dia (entre as 17h00 de Sábado até às 17h00 de Domingo) tendo como intenção o fim desta pandemia. Pedimos, então, a todos os Conselhos que façam chegar a todos os irmãos a mensagem do nosso Ministro Geral e, principalmente, que sensibilizem os irmãos para, em algum momento deste dia, rezarem em Fraternidade, em pequenos grupos, ou individualmente, a Coroa Seráfica. Como apoio, o C Conselho Executivo Nacional (CEN) irá fazer uma transmissão desta oração às 10h15 de Domingo (29 de novembro) através da página do Facebook (https://www.facebook.com/www.ofs.pt ), a partir da Fraternidade de Tomar, a quem desde já agradecemos a disponibilidade. Pedimos a todos os irmãos, dentro das suas possibilidades, se associem a esta oração. Esta será uma forma de estarmos todos juntos, ao mesmo tempo, unidos em oração.  

Crónicas da Vida da Fraternidade

 

Dia 25 de novembro de 2020

Participação da Fraternidade nas Exéquias de Frei Armindo Carvalho, OFM

Igreja da Imaculada Conceição – Seminário Franciscano da Luz

Uma DESPEDIDA comovente … e uma imensa saudade

Partiu o Frei ArmindoJá não celebrará aqui a Eucaristia. Esse momento tão especial que nos comunicava tanta paz. Não mais ouviremos as suas palavras. Umas vezes com um acento paternal, outras, de amigo, cheias de carinho e de boa disposição.

Aquelas visitas que fazia aos Irmãos da nossa Fraternidade, aos domingos depois da Eucaristia, no Bar do Centro Cultural, manifestando o seu interesse por cada um, também acabaram. Algumas vezes aceitava um cafezinho, mas nem sempre. Estava ali por amizade. Para conviver connosco.

Gestos que não se esquecem. Chama-se a isto praticar à letra a nossa saudação: Paz e Bem.

Partiu o Frei Armindo

O sofrimento era muito e foi prolongado. Começou a rarear a sua presença. Fomo-nos apercebendo que estava muito mal.

Numa época como esta, tivemos que nos manter afastados. Por isso não houve ocasião para uma palavra de conforto ou para um último abraço fraterno.

O Senhor já o tem na Sua glória. Já lhe mostrou o lugar que tinha reservado para ele.

Partiu o Frei Armindo…

Hoje, dia 25 de novembro, a Fraternidade de S. Francisco à Luz, da OFS, esteve representada nas suas exéquias, pelo Irmão Ministro, Pedro Martins da Silva e por alguns outros Irmãos. Foi uma celebração de fé. Ali estiveram os seus Irmãos da Primeira Ordem, seus familiares e muitos amigos.

A cerimónia decorreu com muita paz, mas também com muita emoção. Os cânticos a cargo do Frei Vitorino convidavam a elevar os corações. - Corações ao Alto - palavras fortes da Liturgia.

Partiu o Frei Armindo

Depois de 64 anos de profissão religiosa e 57 de sacerdócio, trabalhando na Messe do Senhor, Frei Armindo passou longo tempo em Moçambique, onde deixou a sua marca. Já em Lisboa, foi Guardião na Igreja-casa de Santo António à Sé. Além de Mestre de Noviços e Vigário Provincial, foi eleito em 2016 Ministro Provincial. Mas, passados quatro anos, teve que renunciar por motivos de saúde.

Partiu o Frei Armindo…

Recordamo-lo com saudade. Mas a saudade é vida. É não esquecer.  Encontrá-lo-emos por aqui nos corredores por onde ele andou ou nos bancos do jardim do convento. Sabemos que o pai S. Francisco o recebeu com carinho e o apresentou ao Senhor, como um filho muito amado.

Frei Armindo,OFM.  Frei Armindo, nosso Irmão… Que o Senhor Jesus seja louvado pela bondade como olhavas para nós e pelo sorriso tranquilizador que iluminava o teu rosto.

A Fraternidade de São Francisco à Luz, da OFS, não te pode esquecer.

Paz e Bem, Irmão

Altíssimo, Omnipotente e bom Senhor

maria clara, ofs

Lisboa, 25 de novembro de 2020

 

Crónicas da Vida da Fraternidade

 

A Fraternidade e a pandemia – Março a Julho de 2020

·                 Uma nova maneira de viver.

·                Tempo de descobertas

Tempo de solidão e de amor

 

Já se noticiava que a China estava a travar grande batalha com um vírus altamente poderoso e de difícil controlo. Já era notícia, sim. Mas nós por cá, íamos ouvindo com atenção, mas com alguma tranquilidade, pois estávamos distantes e a vida corria normalmente.

Os dias iam passando e cada vez se falava mais no “COVID-19”.  E este viajante indesejável, começou a ter destaque em todos os meios de comunicação. Passou a ser a notícia mais importante, não só em Portugal, como na Europa e em todo o mundo.

No dia 7 de fevereiro de 2020, houve reunião do Conselho, tendo ficado agendada, a próxima, para o dia 14 de março. Esta já não se realizou. Mas, a 15 de fevereiro ainda tivemos a primeira reunião da Fraternidade, com o Conselho recentemente eleito. O irmão José Salpico apresentou o Relatório e Contas relativo ao ano anterior e foi dado a conhecer o PVA – Plano de Vida e Ação 2020. O novo Conselho da Fraternidade, Irmãos Ministro e Conselheiros, foram também apresentados à assembleia. E este dia terminou com a Eucaristia presidida pelo Assistente Espiritual, Frei Fernando Mota. Um momento muito especial, revestido de paz e de alegria.

Foi este o último encontro presencial da Fraternidade de S. Francisco à Luz. Já lá vão três meses…

Os Irmãos dispersaram. Cada um rumou às suas casas e, por força das normas impostas pelo Governo para combater a pandemia que se estava a instalar, começaram a experimentar uma nova forma de viver.

Escolas fechadas desde 16 de março até 9 de abril; bares, discotecas e restaurantes encerrados; a circulação de pessoas restringida. E a segurança foi sendo reforçada. Igrejas fechadas. Celebrações Litúrgicas só através dos meios de comunicação. Mais medidas tiveram que ser tomadas nesse sentido. E foi decretado “estado de emergência” por quinze dias e renovado por igual período.

Mas no meio do sofrimento que se instalou, muitos valores já um pouco esquecidos, começaram a aparecer. Atitudes de solidariedade. Partilha de bens de primeira necessidade. Gestos afetuosos, telefonemas para quebrar a solidão de quem estava só. Começou a notar-se que o EU de cada um se esbatia, para ajudar o OUTRO que necessitava

E a Quaresma teve um sabor diferente. Ninguém poderá esquecer a imagem do Papa Francisco. Sozinho, vestindo de branco, deixando transparecer cansaço e dificuldade em se movimentar, ao subir a Praça de S. Pedro. Espaço vazio. Silêncio total. Imponente e comovedor. Parecia que o Papa tinha sobre os seus ombros todo o sofrimento do mundo.

E o momento em que, à saída da Basílica de S. Pedro, virado para a Praça deserta, ergueu a sagrada custódia e abençoou o mundo… E sempre aquele silêncio profundo que nos transportava até junto de Jesus.

A Via Sacra de sexta-feira santa, com leituras testemunhando o sofrimento real de quem as escreveu, conduziam-nos ao calvário. Tudo tão próximo daquele Jesus que um dia morreu por amor a cada um de nós. Os temas escolhidos para meditação nada tinham de transcendente. Eram testemunhos verídicos. Factos que foram vividos. Sofrimentos reais. Simplicidade na sua comunicação. Quanta dor partilhada!

As Eucaristias transmitidas através da Radio ou da TV, entravam nas nossas casas. Família reunida participando, escutando as sagradas leituras com uma atenção redobrada, meditando em cada palavra, seguindo todos os passos da celebração, com recolhimento. E assim se ia vivendo.

Muitos telefonemas. Mesmo de longe procuravam-se notícias dos Irmãos. Trocavam-se palavras afetuosas. Eram momentos de carinho e de proximidade. Felizmente que, quando há empenho e se vive com amor, encontram-se sempre outras formas de comunicar.

Em ABRIL, o Conselho reuniu, pela primeira vez, usando os meios de videoconferência e, no dia 2 de MAIO, do mesmo modo, juntámo-nos para a Lectio Divina. Ainda em maio, a 16, reuniu a Fraternidade.

Faltava a presença, mas, mesmo assim, estes encontros foram muito reconfortantes e proveitosos. Ganhou-se uma nova energia. Foi como se voltássemos a “casa”.

E chegou o Domingo do Pentecostes. Dia 31 de MAIO. Houve permissão para que as Igrejas abrissem as portas aos fiéis, cumprindo e fazendo cumprir inúmeras exigências que as autoridades impunham.

E, a Igreja do “nosso convento”, acolheu com alegria todos os que puderam rumar até lá. Franqueou alegremente as suas portas. O nosso Assistente Espiritual e Guardião do Convento, Frei Fernando Mota, OFM, com alguns Irmãos da nossa Fraternidade que, generosamente, se ofereceram para servir, ajudaram a implementar as regras impostas, para defesa de todos e para que as cerimónias corressem bem.

A partir desta data, os nossos encontros passaram a ser presenciais. Mas, porque alguns Irmãos não podiam estar presentes, o Irmão Ministro, pensando em todos, achou por bem que se continuasse a utilizar, também, a via ZOOM. É que a vida de todos sofreu transformação. Uns trabalhavam em casa e tinham crianças a cuidar, outros tinham saído da cidade, outros ainda com alguns problemas de saúde viam-se forçados a permanecer casa. E os Irmãos da OFS, como manda a sua Regra, devem cuidar uns dos outros. Era isso que S. Francisco fazia. É isso que nós devemos fazer.

No meio de todas as limitações, o Pai S. Francisco esteve connosco. Ele tinha dito isso antes da sua partida. Que não esqueceria os seus filhos, os que estavam com ele nessa altura e os que viriam através dos tempos.

Assim, em maio, quando se vivia em ansiedade e algum medo, Francisco pôs no nosso caminho, o Irmão Gonçalo Cadete e, uns meses mais tarde, o Irmão Pedro Ferreira. Procuraram a Fraternidade de S. Francisco à Luz, para iniciarem uma caminhada connosco.

Foram recebidos com muita alegria e demos graças ao Senhor e ao nosso Seráfico Pai, pela graça de podermos contar com mais dois Irmãos.

E, assim, chegámos a JULHO. O irmão sol, convidando a dias de lazer, fez lembrar que era época de férias. A intenção dele era boa, só que havia limites e muito sofrimento pelo mundo.

Aqui fez-se uma paragem. Mesmo distantes, em férias ou a trabalhar, os Irmãos continuaram a procurar notícias uns dos outros. Os doentes foram uma preocupação para toda a Fraternidade. E era na oração que nos encontrávamos. A oração une…  como se estivéssemos de mãos dadas pedindo uns pelos outros.

Que S. Francisco interceda por nós. Que o Senhor tenha misericórdia deste mundo em sofrimento. Que aumente a nossa fé e, em cada dia, que a esperança renasça nos nossos corações. Voltaremos aos nossos encontros, não teremos os nossos sorrisos tapados com máscaras e poderemos, então, matar saudades com abraços muito fortes, com muito carinho e alegria. O Senhor é o nosso pastor… nada nos faltará.

Pai S. Francisco, canta connosco, o teu hino de louvor e de ação de graças:

 Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor, a Ti toda a honra e toda a Glória…

maria clara, ofs

JULHO 2020

17 de novembro de 2020 - Santa Isabel da Hungria

 

Isabel da Hungria por Francisco de Zurbaran

1 - Introdução

O Concílio Vaticano II  recuperou  a conceção de Igreja fundada na comunhão , o que permite compreender melhor que, enquanto batizados, todos os cristãos têm igual dignidade diante do Senhor: todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade, segundo a palavra do Apóstolo: essa é a vontade de Deus, a vossa santificação (1 Tess. 4,3; cfr. Ef. 1,4) – Lumen Gentium 39.

A santidade é um dom, dádiva do Senhor Jesus quando nos toma consigo e nos reveste de Si; dom oferecido a todos, cunho distintivo de cada cristão. A Exortação Apostólica do Papa Francisco, Gaudete et exsultate (março de 2018), sobre o “chamado à santidade no mundo contemporâneo”,  convida-nos a sermos santos hoje, explicando que não se trata de um chamado para poucos, mas um caminho para todos, que deve ser vivido na vida cotidiana: “O Senhor, que é perfeitamente Santo, quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa”, esperando que os Seus filhos vivam com santidade.  Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o testemunho cristão nas ocupações diárias; é vontade de Deus que sejamos santos: Esta é a vontade de Deus, vossa santificação (1 Ts 4,3). O  Senhor só pede que permaneçamos em comunhão com Ele e ao serviço dos irmãos, a viver e a oferecer com alegria cada momento  da nossa vida, abertos aos irmãos e às suas necessidades.

 Isabel, princesa do reino da Hungria, que  já  foi descrita como “filha de rei e mãe de pobres” , foi a segunda filha de André II da Hungria,   tia-avó de Isabel de Aragão, rainha de Portugal   consorte de D. Dinis, que ficou conhecida como “a rainha santa”. 

Isabel da Hungria nasceu a 7 de julho de 1207, tendo falecido a 17 de novembro de 1231. Uma vida  breve, mas intensa, em que brilhou uma alma nobre, dedicada ao bem-fazer, à proteção dos mais desvalidos, o que conduziu à sua canonização pelo Papa Gregório IX em 1235.

Ingressou na Ordem Terceira Franciscana e é padroeira da Ordem Franciscana Secular, sendo a sua festa litúrgica a 17 de novembro.

 2 - Meditação

[ Sir 15, 16-21 ]  Se quiseres, guardarás os mandamentos: ser fiel depende da tua vontade. Deus pôs diante de ti o fogo e a água: estenderás a mão para o que desejares. Diante do homem estão a vida e a morte: o que ele escolher, isso lhe será dado. Porque é grande a sabedoria do Senhor, Ele é forte e poderoso e vê todas as coisas. Seus olhos estão sobre aqueles que O temem, Ele conhece todas as coisas do homem. Não mandou a ninguém fazer o mal, nem deu licença a ninguém de cometer o pecado

[Heb 12:14] Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. 

 A santidade foi feita para nós. Não há outra fonte de santidade além de Jesus Cristo crucificado, não há também outro caminho de santidade senão o caminho da Cruz, a via estreita da Cruz: 

 Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e são muitos os que por ela entram. Quão estreita é a porta, quão apertado é o caminho que leva à vida, e são poucos os que a encontram (Mt 7,13-14).

Jesus chama-nos para sermos santos, mas alerta-nos que o caminho para chegar à santidade não é tão fácil quanto o caminho que pode conduzir à perdição. Aqueles que se afastam do caminho da Cruz afastam-se também da santidade, pois  fecham-se automaticamente à sua única fonte, que é Jesus crucificado. Ao olhar para Jesus, que morre por causa de nossos pecados, começamos a entender como somos pecadores e, portanto, o quanto precisamos de sua misericórdia! Ao mesmo tempo, entendemos que essa misericórdia nos é dada todos os dias, que Jesus nos salva e abre as portas do seu Reino para nós. No episódio do Calvário, “o bom ladrão” é, de certa forma, a representação dos marginalizados de todos os tipos. No fundo, ele representa-nos a todos, mesmo que não tenhamos cometido nenhum crime, porque nós somos todos pecadores, grandes ou pequenos. Das profundezas de sua miséria, o chamado “bom ladrão” clama a Jesus. Sem esperança em tudo o que é humano, ele coloca sua única esperança na Cruz de Jesus. É isso que nos é pedido: colocar a nossa esperança na Cruz de Jesus e somente nela. Não devemos colocar a nossa esperança em nossas riquezas, sejam elas materiais ou espirituais, ou em nossas boas ações, virtudes ou sucesso pessoal. A nossa esperança deve ser colocada apenas em Jesus, o Cristo crucificado. É isso que nos é pedido: colocar nossa esperança na Cruz de Jesus e somente nela.

Somente Jesus, a “rocha” ( Mt 7,24), nos pode oferecer o que realmente nos leva para a felicidade e tanto Maria quanto os santos alicerçaram as suas casas na rocha, ou seja, escutaram os ensinamentos de Jesus 

2 - Oração

Deus, nosso Pai, que haveis dado  a Santa Isabel da Hungria a graça de reconhecer e venerar  Cristo nos pobres, concedei-nos, por sua intercessão, a conversão que nos faça renascer na fé, de modo que  os nossos corações  se iluminem para que sejamos luz para o mundo de hoje, como Santa Isabel o foi para o seu tempo e que em nós floresça  o sentimento de caridade para todos os nossos Irmãos, em particular para com os mais desvalidos, difundindo a bondade do coração onde, aos olhos humanos, parece faltar a misericórdia do Pai.  Por Cristo Nosso Senhor, Amém.

Rezar uma Ave-Maria e uma Salve-Rainha. 

24 de dezembro de 2020

Carta Natal dos Ministros Gerais Franciscanos







 

Mensagem de Natal do Ministro Geral da OFS



 

FELIZ NATAL!

 

99. Segundo a compreensão cristã da realidade, o destino da criação inteira passa pelo mistério de Cristo, que nela está presente desde a origem: «Todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele» (Cl 1, 16).[80] O prólogo do Evangelho de João (1, 1-18) mostra a atividade criadora de Cristo como Palavra divina (Logos). Mas o mesmo prólogo surpreende ao afirmar que esta Palavra «Se fez carne» (Jo 1, 14). Uma Pessoa da Santíssima Trindade inseriu-Se no universo criado, partilhando a própria sorte com ele até à cruz. Desde o início do mundo, mas de modo peculiar a partir da encarnação, o mistério de Cristo opera veladamente no conjunto da realidade natural, sem com isso afectar a sua autonomia.

 236. A criação encontra a sua maior elevação na Eucaristia. A graça, que tende a manifestar-se de modo sensível, atinge uma expressão maravilhosa quando o próprio Deus, feito homem, chega ao ponto de fazer-Se comer pela sua criatura. No apogeu do mistério da Encarnação, o Senhor quer chegar ao nosso íntimo através dum pedaço de matéria. Não o faz de cima, mas de dentro, para podermos encontrá-Lo a Ele no nosso próprio mundo. Na Eucaristia, já está realizada a plenitude, sendo o centro vital do universo, centro transbordante de amor e de vida sem fim. Unido ao Filho encarnado, presente na Eucaristia, todo o cosmos dá graças a Deus.

Com efeito a Eucaristia é, por si mesma, um acto de amor cósmico. «Sim, cósmico! Porque mesmo quando tem lugar no pequeno altar duma igreja da aldeia, a Eucaristia é sempre celebrada, de certo modo, sobre o altar do mundo».[166] A Eucaristia une o céu e a terra, abraçe penetra toda a criação. O mundo, saído das mãos de Deus, volta a Ele em feliz e plena adoração: no Pão Eucarístico, «a criação propende para a divinização, para as santas núpcias, para a unificação com o próprio Criador».[167] Por isso, a Eucaristia é também fonte de luz e motivação para as nossas preocupações pelo meio ambiente, e leva-nos a ser guardiões da criação inteira. (Laudato Si).

 

 

21 de dezembro de 2020

4º DOMINGO DO ADVENTO

 20 de Dezembro de 2020

Ano B

Advento IV: A vela do serviço

  



1.º Leitor:

Maria foi chamada por Deus para desempenhar um papel especial, como serva do Senhor ao serviço do Seu projeto salvador (o acólito acende a 4ª vela).

2.º Leitor:

Esta é a vela do serviço: Deus chama Maria para ser a Mãe do Senhor. Mesmo quando lhe pareceu tarefa impossível, para além das suas forças, ela disse sim a Deus. Tenhamos nós também essa confiança e coragem, dizendo: SIM, AQUI ESTOU!

Cântico (Refrão)

 

Resposta - Celebrante:

Deus, nosso Auxílio e Fortaleza, as necessidades do mundo parecem tão grandes, e a nossa força tão pequena. Ajuda-nos a responder ao Teu chamamento como Maria o fez, por nosso Senhor, Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amén.




 Introdução à Liturgia:

     Celebramos, hoje, o Quarto Domingo do Advento. A liturgia deste Domingo aproxima-nos ao mistério do Natal do Senhor, referindo repetidamente o projeto de salvação que Deus tem para oferecer aos homens. Esse projeto, anunciado já no Antigo Testamento, torna-se agora uma realidade concreta e plena na Incarnação de Jesus. É esta proximidade que somos convidados a preparar e a celebrar.

Introdução às Leituras:

     A primeira leitura apresenta a “promessa” de Deus feita a David de que o Messias futuro havia de ser um descendente seu. Deus anuncia, pela boca do profeta Natã, que nunca abandonará o seu Povo nem desistirá de o conduzir ao encontro da felicidade e da realização plena. Por esta “promessa”, Deus oferecerá ao seu Povo a estabilidade, a segurança, a paz, e uma felicidade sem fim.

     A segunda leitura, da Carta aos Romanos, diz-nos que o projeto de salvação, preparado por Deus desde sempre, se manifestou, em Jesus, a todos os povos, de modo que toda a humanidade possa constituir a verdadeira família de Deus.

     O Evangelho refere-se ao momento em que Jesus encarna na história dos homens, a fim de lhes trazer a salvação e a vida definitivas. Por Maria, o Evangelho mostra-nos como a concretização do projeto de Deus só é possível quando damos o nosso “sim” e nos disponibilizamos para o serviço do Reino: “Faça-se em mim a Vossa Palavra”.

 Pe. João Lourenço OFM

8 de dezembro de 2020

IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA

 


PREFÁCIO O mistério de Maria e da Igreja

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
e louvar-Vos, bendizer-Vos e glorificar-Vos
na Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria.
Vós a preservastes de toda a mancha do pecado original,
para que, enriquecida com a plenitude da vossa graça,
fosse a digna Mãe do vosso Filho.
Nela destes início à santa Igreja,
esposa de Cristo, sem mancha e sem ruga,
resplandecente de beleza e santidade.
Dela, Virgem puríssima, devia nascer o vosso Filho,
Cordeiro inocente que tira o pecado do mundo.
Vós a destinastes, acima de todas as criaturas,
a fim de ser, para o vosso povo,
advogada da graça e modelo de santidade.
Por isso, com os Anjos e os Santos,
proclamamos com alegria a vossa glória,
cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.

 
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