(12.12.2021)
III – terceiro Domingo do
Advento
Com
esta nossa celebração, entramos na terceira semana do advento. Acendemos hoje a
terceira vela da nossa caminhada de preparação para a celebração e vivência do
Natal do Senhor, antevendo já a alegria da vinda do Salvador e a exigência de O
acolher com uma vida irrepreensível.
Ó luz de Deus, ó doce luz…
[Do
Evangelho de São Lucas]: Como todos pensavam, em seus corações, se João não
seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: “Eu batizo-vos com água,
mas está a chegar quem é mais forte do que eu. Ele batizar-vos-á com o Espírito
Santo e com o fogo.” (Lc 3,15 16)
[Da
Fratelli tutti, do Papa Francisco]: Se a música do Evangelho parar de vibrar
nas nossas entranhas, perderemos a alegria (…), a ternura (...), a capacidade
da reconciliação(…). Se a música do Evangelho cessar de repercutir nas nossas
casas, nas nossas praças, nos postos de trabalho, na política e na economia,
teremos extinguido a melodia que nos desafiava a lutar pela dignidade de todo o
homem e mulher. Outros bebem doutras fontes. Para nós, este manancial de
dignidade humana e fraternidade está no Evangelho de Jesus Cristo. (n. 277)
"Juntos
como irmãos, membros de uma igreja..."
Oremos,
Deus de infinita bondade, que vedes o vosso povo esperar fielmente o Natal do
Senhor, fazei-nos chegar às solenidades da nossa salvação e celebrá-las com
renovada alegria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo. R/ Ámen. (segue-se a oração da Coleta)
O 3º Domingo do advento traz até nós uma mensagem de alegria, um apelo à alegria que vem da certeza que o nosso Salvador está próximo e vem ao nosso encontro. É-nos feito um convite para o acolher; para isso, temos de nos converter e abrir os nossos corações. Era assim que João Batista exortava os seus contemporâneos a proceder e essa exortação é também para nós.
As leituras de hoje têm um sentido de
grande oportunidade, face ao tempo que vivemos. Elas propõem-nos um caminho de
conversão que nos leva até Cristo, para o acolher de novo, com novo vigor e com
redobrada esperança. Por isso, o profeta convida o povo de Deus a viver nesta
certeza: Ele está no meio de nós. Há que vencer o medo e o desânimo e aceitar
esta força renovadora que nos vem do encontro com o Senhor.
A segunda leitura repete o apelo que
Sofonias faz a Jerusalém: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo,
alegrai-vos”. A alegria é uma segunda identidade do crente e por ela passa o
nosso testemunho de fé.
No Evangelho, João Batista responde aos
seus contemporâneos que o interrogavam acerca da forma de proceder. A resposta
de João contempla 3 dimensões: a transformação pessoal, a renúncia à exploração
do próximo e a abertura à força do Espírito, deixando-nos batizar pelo mesmo ‘Espírito’
que nos concede uma vida nova.
Padre João Lourenço, OFM