(11/09/2022)
Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje, através das leituras que nos são
propostas, conduz-nos ao núcleo central daquilo que é a misericórdia de Deus que
somos convidados a viver na nossa experiência cristã. Acolher as ‘Parábolas’ da
misericórdia que S. Lucas nos propõe no capítulo 15 do deu Evangelho, é a
expressão suprema desta vivência que a Eucaristia de hoje nos convida a
celebrar.
A 1ª leitura, tomado do livro do Êxodo, Moisés põe à
prova a misericórdia de Deus, estabelecendo o contraste entre a fragilidade do
povo, a bondade de Deus e o testemunho dos antepassados. É um episódio
estranho, marcando a caminhada do deserto, onde Deus se deixa provocar pela
insistência de Moisés. A vivência da misericórdia é um contínuo desafio a Deus
para que nos aceite como filhos na nossa fragilidade.
Na 2ª leitura, da carta a Timóteo, Paulo diz-nos que Cristo veio ao mundo para nos dizer, a nós pecadores que andávamos longe de Deus, que estamos salvos pela fé e pela graça que Cristo nos concedeu. Esta é a expressão mais sublime da misericórdia de Deus para connosco.
Acolher as 3 parábolas da misericórdia – a ovelha tresmalhada, a moeda perdida e o regresso do Filho Pródigo – é um momento único na vivência da nossa fé, deixando-nos tocar por elas. O que pretendem estas parábolas transmitir-nos? Apenas uma coisa: Deus é sempre Pai, e isso não depende do nosso comportamento de filhos. Ele sempre nos aguarda e espero o nosso regresso ao seio da sua comunhão.
Padre João Lourenço, OFM