Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

17 de setembro de 2022

24º Domingo do Tempo Comum

 

(11/09/2022) 

          Introdução à Liturgia:    

A liturgia de hoje, através das leituras que nos são propostas, conduz-nos ao núcleo central daquilo que é a misericórdia de Deus que somos convidados a viver na nossa experiência cristã. Acolher as ‘Parábolas’ da misericórdia que S. Lucas nos propõe no capítulo 15 do deu Evangelho, é a expressão suprema desta vivência que a Eucaristia de hoje nos convida a celebrar.

           Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, tomado do livro do Êxodo, Moisés põe à prova a misericórdia de Deus, estabelecendo o contraste entre a fragilidade do povo, a bondade de Deus e o testemunho dos antepassados. É um episódio estranho, marcando a caminhada do deserto, onde Deus se deixa provocar pela insistência de Moisés. A vivência da misericórdia é um contínuo desafio a Deus para que nos aceite como filhos na nossa fragilidade.

Na 2ª leitura, da carta a Timóteo, Paulo diz-nos que Cristo veio ao mundo para nos dizer, a nós pecadores que andávamos longe de Deus, que estamos salvos pela fé e pela graça que Cristo nos concedeu. Esta é a expressão mais sublime da misericórdia de Deus para connosco.

Acolher as 3 parábolas da misericórdia – a ovelha tresmalhada, a moeda perdida e o regresso do Filho Pródigo – é um momento único na vivência da nossa fé, deixando-nos tocar por elas. O que pretendem estas parábolas transmitir-nos? Apenas uma coisa: Deus é sempre Pai, e isso não depende do nosso comportamento de filhos. Ele sempre nos aguarda e espero o nosso regresso ao seio da sua comunhão. 

Padre João Lourenço, OFM

2 de setembro de 2022

23º Domingo do Tempo Comum

 

(Ano C – 04.9.2022)

Introdução à Liturgia:

Um dos traços mais sensíveis que Jesus propõe na sua mensagem é a radicalidade; Jesus é profundamente radical naquilo que são os princípios de vida para o seguir, embora seja totalmente humano e compreensível nas formas de seguimento. Ele é o fundamento de toda e qualquer opção e, isso, Ele, exigi-o em absoluto. Escolher por Ele é renunciar a todos os ídolos: materiais, familiares, sociais. A primazia está sempre n’Ele. 

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro da Sabedoria, fala-nos dos desígnios de Deus e diz-nos que eles são diferentes dos nossos. Precisamos desse dom admirável, da sabedoria de Deus, para podermos conhecer os Seus desígnios. A sabedoria é um dom do Espírito e, por isso, temos de a pedir e estar abertos à sua inspiração. 

Na segunda leitura, tomada da Carta de Paulo a Filémon, um dos seus discípulos mais próximos, Paulo mostra-nos uma vez mais a faceta da sua pessoa: o carinho e a atenção que dispensa àqueles que lhe estão próximos na missão. Tudo isto, como ele mesmo o diz, fá-lo por causa do Evangelho. 

O Evangelho fala-nos das renúncias que devemos fazer para poder seguir Jesus. Ele define prioridades e exige que cada um as defina também. Tais prioridades têm sempre a ver com as opções que fazemos. Ele deixa um convite que tem uma marca de grande exigência e um tom algo provocatório; é um desafio de grande exigência, mas é o único que nos conduz à liberdade plena.

Padre João Lourenço, OFM

27 de agosto de 2022

22.º Domingo do Tempo Comum

 


(Ano C – 28.8.2022)

 Introdução à Liturgia:


Vivemos numa sociedade cada vez mais condicionada pelo consumo, em que tudo se compra e se vende, resultando daí uma forma de viver profundamente egocêntrica e sem horizontes de partilha e comunhão. A atual situação social é bem a prova disto mesmo. São raros os gestos de gratuidade e de doação. Mesmos estes, muitas vezes, são de tal forma mediatizados que se transformam mais em aparato do que em testemunho de verdadeira partilha. Por isso, é importante escutar a palavra que o Senhor hoje nos dirige. 

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Ben-Sirá, deixa-nos uma forte interpelação à humildade, dizendo que a grandeza de cada se mede pela sua bondade e generosidade. Pelo contrário, a soberba e a ambição não têm cura e afastam-nos da comunhão com o Senhor.

 Na segunda leitura, continuamos a escutar a Carta aos Hebreus e o autor recorda aos fiéis que, pela fé em Cristo, eles constituem agora uma comunidade nova, devendo deixar as realidades antigas para que Cristo seja neles a plenitude da sua esperança.

 No Evangelho, S. Lucas mostra-nos como Jesus ensina a partir da vida e convida aqueles que o escutam a colocar em prática a sua mensagem, tornando-se servidores uns dos outros. Há que partilhar sem esperar retribuição e há que confraternizar com aqueles que não podem retribuir. Colocar isto em prática é sempre um desafio, mas também um imperativo da nossa fé.

Padre João Lourenço, OFM

22 de agosto de 2022

21º Domingo do Tempo Comum

 

(21/08/2022)

           Introdução à Liturgia:

A liturgia dominical, para além da celebração da fé comunitária, elemento fundamental da nossa identidade eclesial, ajuda-nos também a tomar consciência que a salvação é um dom de Deus, embora implique sempre uma opção pessoal. Essa opção não é apenas um sentimento teórico nem se traduz em atitudes de caráter afetivo, mas implica uma prática corrente de vida de acordo com aquilo que o Evangelho nos propõe. 

          Introdução às leituras:       

Na 1ª leitura, Isaías anuncia que a salvação de Deus é para todos os povos, não tem que ver com a raça nem com a identidade cultural. Todos são chamados, todos podem subir à montanha e contemplar a glória de Deus. Com isto, o profeta diz-nos que é necessário fazer um caminho e esse caminho pressupõe a comunhão com todos. 

Continuando a leitura da Carta aos Hebreus, o texto que hoje nos é apresentado exorta-nos a aceitar a correção. É a pedagogia da salvação que tem como referência o amor de Deus. Trata-se daquela ascese que todos temos de empreender na vida para crescer na comunhão com Deus e com os irmãos. 

         No texto do Evangelho, mediante a parábola da ‘porta estreita’, Jesus reforça o convite à escolha, à opção pessoal que cada um tem de realizar. Dessa opção ninguém está dispensado e não bastará invocar os atributos que nos acompanham ou que herdamos daqueles que nos precederam.

Padre João Lourenço, OFM

13 de agosto de 2022

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

 (15.08.2022)

Introdução à Eucaristia 

Hoje, é um dia solene para a Igreja; a festa que celebramos – a Assunção de Nossa Senhora – é a solenidade da plenitude da missão de Maria, elevada à glória da Trindade, e é também a solenidade da plenitude da Igreja, de que Maria é imagem e primícias. N’Ela se cumprem as palavras do Magnificat: Deus a enalteceu, porque Ele eleva os humildes e os cumula de bens. A glória da Virgem Maria faz-nos também participantes da esperança que anima a nossa caminhada: chegar um dia à plenitude da glória do Pai. 

Introdução às Leituras 

Na primeira leitura, o livro do Apocalipse recorre a uma visão para nos descrever, de forma simbólica, Maria como símbolo da Igreja que luta para testemunhar a salvação que brota do Menino gerado pela Mãe. Da mãe Maria, surge a mãe Igreja que anuncia e testemunha no tempo a esperança da salvação. 

Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da vitória de Cristo, o novo Adão. Na sua ressurreição todos renascemos para a vida nova e é nessa vida nova que chegamos à plenitude da comunhão com Deus.


No Evangelho, temos a visitação de Maria a Isabel, completada depois pelo hino do Magnificat. Ela é a mensageira da nova-aliança, Aquela que Deus escolheu para morada do Seu Filho. Por isso, ela canta, agradecida, todos os dons com que Deus beneficiou o Seu povo.

Padre João Lourenço, OFM

20º Domingo do Tempo Comum

 


(Ano C - 14/08/2022)

           Introdução à Liturgia:

Dando continuidade ao tema da fé de que nos falava a liturgia do passado domingo, hoje a palavra de Deus diz-nos que a fé exige resposta, pressupõe opções de vida, implica discernimento e compromisso. A fidelidade é a maior exigência que nos é feita e é também o melhor testemunho que podemos dar da esperança cristã que anima a nossa vida.  

           Introdução às leituras:       

Na 1ª leitura, é-nos narrado um momento marcante da vida do profeta Jeremias, testemunhando que a fidelidade a Deus implica, muitas vezes, ficarmos ‘nas mãos dos outros’ e entregues aos seus caprichos, sendo vítimas da sua maldade. Jeremias é, de facto, o testemunho único de alguém que viveu a sua entrega à Palavra de Deus sem recuos, mesmo quando tinha de enfrentar os seus adversários, que não eram os seus inimigos, mas sim os inimigos da Palavra.

 A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, diz-nos que o centro e o guia da nossa fé é o Ressuscitado que nos congrega na comunhão com o Pai. O testemunho da sua entrega por nós, tal como nos é referido na 1ª leitura a respeito de Jeremias, abre-nos o caminho da fidelidade e reforça a nossa esperança.

          No texto do Evangelho, Lucas diz-nos que Jesus é aquele que vem estabelecer ruturas. Estas, são a consequência direta da vivência da fé. Acreditar implica sempre fazer opções. A missão de Jesus é anunciada como um novo fogo que há de aquecer os corações dos crentes, levando-os a superar a frivolidade e o marasmo de uma vida sem sentido e sem horizontes.

Padre João Lourenço, OFM

5 de agosto de 2022

19º Domingo do Tempo Comum

(07.08.2022)

Introdução à Liturgia:

Um dos riscos grande da nossa vivência cristã é entrar numa espécie de adormecimento acerca da forma como vivemos a nossa fé. Este risco, sempre presente, mais se sente neste período de férias, já que muitas vezes subalternizamos tudo a este desejo legítimo de descanso e de paragem. No entanto, não devemos com isso esquecer que a nossa fé em Jesus e o testemunho que devemos dar não conhecem férias. A palavra de Deus interpela-nos hoje para a vigilância que deve estar sempre presente na nossa caminhada.   

Introdução às Leituras:

A 1ª leitura, tomada do livro da Sabedoria, fala-nos da libertação do Egito, convidando os israelitas da comunidade de Alexandria a estar atentos e vigilantes como outrora o tinham estado os hebreus para deixarem a terra da escravidão e partirem para a terra da liberdade.

 Na segunda leitura, a Carta aos Hebreus fala-nos da fé como sendo a ‘garantia dos bens futuros’. Neste contexto, são apresentados muitos personagens bíblicos que servem de testemunhos e de fundamento da verdadeira fé que anima e motiva os crentes na sua caminhada.

O Evangelho é um verdadeiro convite à vigilância cristã. É uma espécie de estado, de forma de vida que nos incentiva a não nos conformarmos com o mundo presente, ou seja, com os valores ou contravalores que nos são apresentados, tais como o consumo, a banalidade. Importa estar despertos para aceitarmos a passagem do Senhor nas nossas vidas. 

Padre João Lourenço, OFM

31 de julho de 2022

18º Domingo do Tempo Comum

 

(31.07.2022)

Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje vem recordar-nos que a nossa fé exige profundidade de vida. Por isso, não nos podemos limitar às coisas temporais que, por mais preciosas que sejam, não realizam a plenitude a que Deus nos chama. Neste tempo de férias e de algum descanso, importa não esquecer nem por de parte o fundamental. Este é, certamente, um grande desafio que não devemos relativizar.  

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura coloca-nos a pergunta: Qual é o grande sentido da vida? Porque nos preocupamos tanto de coisas que não são importantes para a nossa vida nem fundamentais para a nossa felicidade? Será isto uma tragédia para nós ou, antes, um desafio para procurar o fundamental?

Na segunda leitura, dando continuidade à palavra de Paulo na Carta aos Colossenses, temos a resposta para algumas das questões que o texto da 1ª leitura nos deixa: despojar-se do homem velho para sermos novas criaturas em Cristo.

No Evangelho, partindo do pedido de alguém que pretende fazer de Jesus um juiz entre heranças fraternas, Ele diz-nos que as riquezas não vão acrescentar nada à nossa vida, mesmo que possam contribuir, como hoje se diz, para ‘uma melhor qualidade de vida’. No entanto, importa ter presente que a verdadeira qualidade de vida se faz de dentro para fora e não de fora para dentro; nasce e tem o seu fundamento no coração.

Padre João Lourenço, OFM

 

17º Domingo do Tempo Comum

 

(24.07.2022)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo tem no centro da sua temática a ‘Oração’. Vendo Jesus a rezar, os discípulos pedem-lhe que os ensine a rezar. Hoje, quando tanta gente deseja aprender coisas novas e todos querem estar capazes de acompanhar os tempos e as situações que vivem, aprender a rezar é também um imperativo da nossa vida e da nossa identidade cristã. Jesus é o grande Mestre da oração: Senhor, ensina-nos a rezar!

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o pai dos crentes, a insistir com Deus para que atenda a sua prece e considere a fragilidade humana como digna de compaixão. Insistindo, Abraão diz-nos já aquilo que o Senhor Jesus mais tarde ensinará aos seus discípulos: a quem pede sempre se dará e a quem bate à porta sempre esta será aberta.

Na segunda leitura, Paulo recorda-nos, na Carta aos Colossenses, que fomos sepultados em Cristo pelo batismo. Por isso, sepultados em Cristo, tal como Ele havemos de ressurgir para uma vida nova, na plenitude da comunhão com o Pai, devendo testemunhar com o nosso agir essa vida nova que d’Ele recebemos.

No Evangelho, Jesus, para além de ensinar os discípulos a rezar, diz-nos como deve ser a nossa oração; ela não pode ser feita a partir de nós, mas sim a partir de Deus. A forma como rezamos marcará a nossa forma de vida e a nossa relação com o Senhor. Por isso, a vida é sempre a expressão da nossa oração.

Padre João Lourenço, OFM

15º Domingo do Tempo Comum

 


(10/07/2022)

           Introdução à Liturgia:    

A liturgia deste domingo está marcada pelo tema da proximidade, deixando-nos um convite: ‘Vai e faz o mesmo’. Para que sejamos verdadeiros discípulos e seguidores de Jesus, impõe-se aprender d’Ele a viver a Lei no serviço e na caridade fraterna. A verdadeira sabedoria cristã consiste em passar da ortodoxia teórica, mesmo que ela seja oportuna, à prática da caridade para com todos.

           Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, tomado do livro do Deuteronómio, diz-nos que a verdadeira Lei do Senhor deve morar no nosso coração. Não se encontra longe nem fora de nós. Habita nos nossos corações e é pela força da Palavra de Deus que ela encontra a sua expressão suprema no amor e na misericórdia.

No Carta aos Colossenses, S. Paulo diz-nos que é a partir de Cristo que devemos pensar e organizar o nosso plano de vida e o nosso agir. Ele é a referência fundamental que sempre devemos ter presente nos momentos das nossas opções, já que é por Ele que tudo ganha sentido na nossa caminhada.

Qual é o mandamento maior, perguntaremos nós, muitas vezes, tal como o fez o mestre da Lei de que nos fala o Evangelho de hoje. A resposta nunca será teórica, não consiste num discurso nem na recitação de um elenco de preceitos e de normas. Pelo contrário, o mandamento maior é o do amor que consiste em criar proximidade e agir com misericórdia.

Padre João Lourenço, OFM

 
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