Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

28 de novembro de 2024

Solenidade de Cristo Rei do Universo


(24.11.2024)

Introdução à Liturgia

Celebramos, neste último domingo do ano litúrgico, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus, desse reino que Jesus veio anunciar e que, embora não seja deste mundo, Ele quer que cada um de nós seja já neste mundo um sinal desse Reino de comunhão e de amor. Não sendo um reino como os demais, Jesus é rei no coração de cada crente que d’Ele dá testemunho com a sua vida.

Introdução às Leituras

A primeira leitura, do livro de Daniel, serve-se de uma linguagem simbólica para nos afirmar que Deus sempre se faz presente na História, não abandonando o homem à mercê do acaso, mas sim cuidando dele, o que se concretiza em Jesus. 

A segunda leitura, do livro do Apocalipse, fala-nos da esperança futura. Recorrendo aos vários títulos de glorificação atribuídos a Jesus e que já faziam parte da esperança do Antigo Testamento, o autor do Apocalipse diz-nos que Jesus é a nossa esperança e é n’Ele que está o nosso futuro. 

O Evangelho, tomado do capítulo 18º de S. João, apresenta-nos Jesus em diálogo com Pilatos acerca do Reino. Parecendo que dialogam sobre a mesma realidade, na verdade falam de coisas diferentes, numa linguagem que Pilatos não pode compreender. Para Jesus, o reino é o amor e a verdade que Ele vem propor e dessa que ele quer ser rei:  rei dos corações, da paz e da harmonia entre os povos, congregando-os na comunhão com Deus. 

Padre João Lourenço, OFM

33º Domingo do Tempo Comum

 


(17 de novembro) 

Introdução à liturgia:

Ao aproximar-nos do fim do ano litúrgico, os textos da nossa eucaristia apontam-nos para um fim, o objetivo da liturgia que nos encaminha para o encontro final com Deus. Hoje, por iniciativa do Papa Francisco e na continuação de anos anteriores, celebramos o chamado ‘Domingo dos Pobres’, uma preocupação a que o Papa dedica grande atenção, recentrando o sentido da caridade cristã, não apenas para o dar, mas para a pessoa de todos aqueles que continuam a viver esta dramática condição. Redescobrir a dignidade do Pobre é um imperativo da nossa vivência cristã.  

Introdução às leituras:

A primeira leitura, do livro de Daniel, usa uma linguagem que é própria de um tempo de crise e de tensão, para nos falar da esperança que deve animar os crentes. Embora o texto nos possa criar alguns sentimentos de medo e de temor, o seu objectivo é gerar confiança na presença de Deus que caminha na história ao lado dos seus fiéis.                             

A segunda leitura, continuando o tema dos domingos precedentes, diz-nos que Cristo é o verdadeiro sacerdote da reconciliação. É por Ele que chegamos à verdadeira comunhão com o Pai, mediante o perdão dos nossos pecados. Ele é o profeta da reconciliação. 

O Evangelho diz-nos, de forma clara e sem rodeios, que devemos estar vigilantes, vivendo a nossa fé com empenho e sabendo que não somos senhores de nada, nem do tempo nem da História. A vivência da minha fé tem de ser testemunhada pelo meu agir e não por discursos de caráter retórico. Esta é a forma comprometida de viver e testemunhar a nossa fé. Tudo o mais são formas de alienarmos a nossa identidade cristã e de andar a alienar os outros.

Padre João Lourenço, OFM

32º Domingo do Tempo Comum

 


(10 de novembro)

Introdução à liturgia:

Celebrar a eucaristia, é celebrar a nossa fé em Deus e a fidelidade de Deus para connosco. Toda a história da salvação é um ato de generosidade de Deus para com o homem, testemunhado no dom e no exemplo de Jesus. Ele ensina-nos e mostra-nos como o dom é a melhor forma de O seguir e de colocar a nossa vida nas suas mãos.

 Introdução às leituras:

Tomada do livro do Reis, a primeira leitura fala-nos de Elias e da sua confiança em Deus, o Deus que ele anuncia e que o leva ao encontro de uma viúva em terra estrangeira. Ali, através da confiança em Deus, ele faz-se testemunha dessa generosidade sem limites, mostrando como em Deus as próprias carências se fazem plenitude de vida e de partilha.                       

Continuando a leitura da Carta aos Hebreus, o seu autor mostra-nos como em Jesus estabelecemos um novo culto, uma nova forma de adoração ao Pai. Cristo é a verdadeira vítima que nos reconcilia na plenitude da comunhão com Deus.

No Evangelho, temos de novo um eco da plena confiança em Deus. Tomando o exemplo apresentado na 1ª leitura, agora é Jesus que nos mostra como assumir a nossa fé, recusando a falsa religiosidade que se faz de palavras para assumir a nossa doação ao Senhor sem reservas nem temores.

Padre João Lourenço, OFM

1 de novembro de 2024

XXXI Domingo do Tempo Comum

 03 de novembro de 2024 - Ano B

  Introdução à Liturgia: 

 A liturgia deste Domingo diz-nos que o amor está no centro da experiência cristã. O caminho da fé que, dia a dia, somos convidados a percorrer, resume-se no amor a Deus e no amor aos irmãos – duas dimensões que não se excluem nem se sobrepõem; para o crente, o importante é encontrar a complementaridade entre essas duas dimensões e torná-las efetivas na sua caminhada., 

 Introdução às Leituras: 

 A primeira leitura apresenta-nos o início do “Shemá Israel” – a solene proclamação de fé que todo o israelita devia fazer diariamente. É uma afirmação da unicidade de Deus e um convite a amar a Deus com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças. 

 A segunda leitura apresenta-nos Jesus Cristo como o sumo-sacerdote que veio ao mundo para cumprir o projeto salvador do Pai e para oferecer a sua vida em doação de amor aos homens. Cristo, com a sua obediência ao Pai e com a sua entrega em favor dos homens, diz-nos qual a melhor forma de expressarmos o nosso amor a Deus. 

 O Evangelho diz-nos, de forma clara e inquestionável, que toda a experiência de fé do discípulo de Jesus se resume no amor – amor a Deus e amor aos irmãos. Os dois mandamentos não podem separar-se: “amar a Deus” é cumprir a sua vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de partilha, de serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto é explicação, desenvolvimento, aplicação à vida prática dessas duas coordenadas fundamentais da vida cristã. 

Padre João Lourenço, OFM

Solenidade de Todos os Santos

 1 de novembro de 2024

Ano B 

Introdução à liturgia:

 Celebramos, hoje, a Solenidade de Todos os Santos, um dos dias mais emblemáticos e significativos do calendário litúrgico. Desta vez, a centralidade da nossa liturgia está focada no seguimento de Jesus, nas propostas de vida em ordem à santidade: “Sede Santos porque Eu sou santo.” Este é o apelo de Deus, ao seu povo, no livro do Levítico. Hoje, celebramos a santidade a que somos chamados e também os nossos Irmãos que a viveram e a testemunharam.

Nesta Eucaristia, teremos presentes as seguintes intenções…

 Introdução às leituras:

 A primeira leitura, tomada do Livro do Apocalipse, apresenta-nos a grande festa da santidade, de todos aqueles que “banharam” as suas vidas no sangue do Cordeiro. Por isso, celebram festivamente a sua glorificação. É a festa da universalidade do povo de Deus, onde todos são acolhidos: uma multidão incontável, vinda de todos os povos, raças e nações; Ninguém está excluído dela.

A segunda leitura fala-nos daquilo que nos faz santos e filhos de Deus: O amor. Este é o nosso fermento de santidade, uma santidade que nos abre à plenitude de Deus e à comunhão fraterna com todos os irmãos.

 Mas como chegar à santidade? Qual o código de vida que devemos seguir? Há algum caminho que nos conduza a essa plenitude de vida? A regra é a vivência das bem-aventuranças, o verdadeiro caminho de santidade que Jesus viveu e nos deixou como itinerário a seguir.

 Pe. João Duarte Lourenço, OFM

30º Domingo do Tempo Comum – Ano B



 (27 outubro 2024)

Introdução à liturgia:

A liturgia deste domingo fala-nos do cuidado de Deus para com o Seu povo, presente de forma mais intensa e direta naqueles de quem ninguém cuida. Isto constitui o tempo novo que estava anunciado pelos profetas e agora realizado em Jesus Cristo, verdadeiramente Aquele que nos cura e restabelece na comunhão com Deus. Jesus é a luz que nos abre os caminhos do Pai e nos faz caminhar para Ele.  

 Introdução às leituras:

A primeira leitura é tomada de um dos mais significativos textos do Antigo Testamento, do capítulo 31º de Jeremias que nos fala da ‘nova aliança’. O profeta apresenta-nos o tempo novo, uma nova relação de comunhão, construída a partir do amor e não do peso da Lei.                         

A segunda leitura, por sua vez, e dando continuidade ao texto do domingo passado, fala-nos de Jesus, o verdadeiro sumo-sacerdote que testemunha o amor do Pai e nos reintroduz numa verdadeira comunhão com Ele mediante a fé.

 O Evangelho mostra-nos como a alegria do encontro com Jesus constitui um passo para uma nova vida e segui-lo é reencontrar esse projeto de Deus para cada um de nós. Jesus é, na verdade, o verdadeiro caminho que devemos seguir na nossa caminhada para Deus.

Padre João Lourenço, OFM

29º DOMINGO DO TEMPO COMUM

20 de outubro

Ano B

Introdução à Liturgia:

 Na nossa cultura, tanto hoje como no passado, o desejo de ser grande, de se fazer servir faz parte do quotidiano de muita gente que não sabe viver sem dar largas a este instinto de querer usar e servir-se dos outros. Na Igreja, tal como na sociedade, esta tentação está sempre presente. Por isso, é bom escutar as palavras de Jesus que nos convidam a segui-lo, servindo os Irmãos. Hoje celebra-se também o dia mundial das Missões, uma das obras mais importantes da Igreja e que nos envolve a todos, pois a missão é obra de toda a Igreja.

Introdução às Leituras:

 Na primeira leitura, do livro de Isaías, o Senhor promete ao seu servo uma recompensa, porque ele se disponibilizou para carregar os fardos dos outros, suportar as suas culpas, tornando-se assim um protótipo do messias, de Jesus Cristo.

Continuando a escutar a Carta aos Hebreus, Jesus é apresentado, no texto de hoje, como Sumo-sacerdote, como aquele que intercede por nós e se oferece ao Pai. Não oferece coisas nem animais; oferece-se a si próprio, ganhando a misericórdia de Deus para todos aqueles que n’Ele acreditam. 

 No Evangelho, Jesus responde ao pedido dos dois Irmãos, Tiago e João, fazendo-lhes o desafio do serviço fraterno e não o do poder e do mando. Ser grande, não é ser poderoso, mas sim fazer-se servidor, tornar-se disponível na vida para acolher os outros, dando a vida por eles. 

Padre João Lourenço, OFM

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 (13 de outubro 2024)

 Introdução à Liturgia:

O maior de todos os empenhos que nos move e interpela na vida é o desejo de felicidade, a procura da nossa realização como pessoas, como seres em relação e como crentes, quando o somos. Por isso, há que saber escolher, há opções a fazer, há caminhos a percorrer. Pedir a sabedoria de Deus para que saibamos escolher é uma constante da Palavra bíblica. A liturgia de hoje convida-nos a procurar esta sabedoria que nos abre à plenitude do amor.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro da Sabedoria diz-nos que a sabedoria de Deus é o bem mais precioso, nada lhe é comparável, pois é a partir dela que tudo ganha sentido na vida cristã.

      Que sabedoria é esta? A resposta encontra-se na Carta aos Hebreus, no texto que hoje lemos; essa sabedoria é a Palavra de Deus que envolve plenamente o crente e o abre à plena comunhão com Deus.

 No Evangelho, num texto admirável, S. Marcos deixa-nos a resposta que Jesus dá ao jovem que o procura: ainda te falta uma coisa para seres perfeito. O que lhe falta é apostar na verdadeira sabedoria da vida que se entrega nas mãos de Deus, já que ‘aquilo que é impossível aos homens é possível para Deus’. A vida do crente é feita desta possibilidade de Deus, apesar da nossa impossibilidade.

Padre João Lourenço, OFM

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 


6 de outubro de 2024

Ano B

Introdução à Liturgia:

 Celebramos, hoje, o Vigésimo Sétimo Domingo do Tempo Comum. A liturgia de hoje fala-nos da união matrimonial como algo que é querido por Deus e está nas origens da mensagem bíblica, vindo a ser confirmada por Jesus, numa espécie de interpelação para que os crentes regressem às fontes da própria identidade humana. Numa época tão controversa e com tantas questões aberta sobre a família, é sempre bom ter presente a palavra de Jesus, como ideal e como meta que nos é proposta.

Nesta Eucaristia teremos presentes as seguintes intenções…

 Introdução às Leituras:

 A primeira leitura, a partir do livro dos Génesis, numa linguagem figurativa e simbólica que é própria das origens bíblicas, fala-nos da criação e diz-nos que ela é a plena expressão do amor de Deus que se traduz e se diversifica na complementaridade entre o Homem e a Mulher. A vida a dois é também sinal da comunhão a que Deus nos chama.

 O pequeno texto da Carta aos Hebreus que hoje escutamos na 2ª leitura, mostra-nos a solidariedade de Jesus com todos nós. Ele não nos salvou a partir de fora, mas sim assumindo a nossa identidade humana, fazendo-se um de nós. Aquele que santifica e os que são santificados partilham a mesma natureza; o que somos, também Ele o foi.

No Evangelho, com a narrativa que hoje escutamos, Jesus assume duas denúncias: Uma, tem como destinatários os dignatários do judaísmo que sobrecarregavam os seus seguidores com pesados fardos; A outra denúncia, visa interpelar os crentes, aqueles que o seguiam, que a novidade do Reino passa sempre pelo regresso à verdadeira conversão do coração.

Pe. João Duarte Lourenço OFM

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

(29.09.2024)

Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje convida-nos a saber estar e a empenhar-nos com todos os demais, crentes ou não crentes, nas grandes questões que nos envolvem e que dizem respeito ao bem comum. Ter fé e vivê-la significa, antes de mais, reconhecer o bem que há nos outros, para podermos trabalhar fraternalmente em prol de uma sociedade mais humana e mais justa. É este o desafio que o Senhor hoje nos faz.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro dos Números, tomando um dos episódios da caminhada do povo de Deus pelo deserto, diz que todos devemos abrir-nos à força renovadora do Espírito. O verdadeiro crente é aquele que, à semelhança de Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta e louva a Deus por eles.

Continuamos a escutar São Tiago, e na sequência dos domingos anteriores, a 2ª leitura convida-nos a não colocar as nossas esperanças nos tesouros materiais nem a construir os nossos projetos a partir deles. Pelo contrário, são os valores evangélicos que dão verdadeiro sentido à nossa vida e a tornam expressão do amor de Deus.

 No Evangelho, Jesus apresenta aos seus discípulos a novidade do Reino; este, não se fecha nem se esgota naqueles que estão à nossa volta ou rezam e fazem como nós. Os sinais do Reino vão muito para além das nossas estreitas fronteiras, pois são sinais do Deus que se manifesta em todas as formas de bondade e amor.

Padre João Lourenço, OFM

 
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