Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

27 de outubro de 2013

Sobe ao Alverne - PVA 2013/2014


Plano de Vida e Ação 2013/2014
TEMA: ERAM ASSÍDUOS AO ENSINO DOS APÓSTOLOS (At 2,42)
 
Subtema: “Sobe ao Alverne e experimenta a intimidade com o Senhor”
 
Redescobrir a nossa espiritualidade Franciscana Secular
Perguntar pela espiritualidade franciscana equivale a fazê-lo sobre a essência do dom que o Espírito Santo quis fazer à Igreja, para sua edificação e aperfeiçoamento, através de S. Francisco. Antes de tudo temos de a considerar como vivência peculiar do evangelho, que manifesta «um aspeto universal da Igreja» (Paulo VI, Alocução de 19 de julho de 1967) e responde, como testemunha o Magistério, a uma perene necessidade da própria Igreja. Tratando-se de uma vivência social e prolongada no tempo, há que procurar as suas características não só na vida e no pensamento do seu iniciador (com os seus elementos primordiais e determinantes) mas também naqueles que perpetuam o carisma na Igreja vivendo-o conforme as diferentes modalidades, cujas coincidências permitem determinar, com outras tantas constantes históricas os seus elementos essenciais.
O carisma franciscano é de tipo nitidamente profético. S. Francisco apenas se “descreveu”; ele realizou com uma notável riqueza de ações simbólicas. Alguns dos seus discípulos contentaram-se em imitar os diversos aspetos da sua personalidade; outros refletiram acerca dela e elevaram-na a teoria, elaboraram intelectualmente o gesto profético, cada um conforme a sua própria índole e circunstância. O carácter peculiar do franciscanismo explica tanto a dificuldade de o reduzir a um sistema de formulações abstratas, tal como a possibilidade de que nele caibam diversas posturas e formulações, tanto vitais como intelectuais. Contento-me aqui a descrever esta espiritualidade, sem a definir, pondo de relevo os seus elementos permanentes, que se encontram em grau eminente em S. Francisco o qual validou a tradição daqueles cristãos (leigos e religiosos) que viram nele o seu modelo e seguiram o seu ideal.
A missão carismática do franciscanismo apresenta-se-nos desde o seu Fundador como a exigência de uma renovação interior da Igreja mediante uma conversão contínua (penitência), como uma reforma da mesma caracterizada pelo regresso aos aspetos vitais, essenciais, do evangelho (profetismo renovador) e realizada (o qual convém ao carisma profético) na fidelidade à norma eclesial da fé e em submissão ativa às diretivas do carisma ministerial e hierárquico , personificado no Papa e nos bispos, com carácter de ajuda, de revivificação e suplência, mais com o testemunho de vida do que com as palavras. S. Francisco tem o mérito de endereçar à Igreja por causas de unidade e ortodoxia, o potentíssimo movimento de reforma que partia da base da própria Igreja do século XII. Esta missão comportava a manifestação (profetismo testemunhal) do carácter sacramental da Igreja enquanto sinal da união mística com Cristo sacerdote e rei, mediante a comunhão ativa com os mistérios da sua paixão e ressurreição, e da união fraterna dos homens entre si e com Deus; da sua realidade como atuação de povo messiânico «pobre e humilde» (Sofonias 2,3; 3,12); do seu caráter de antecipação escatológica do homem novo que voltou a encontrar a harmonia perdida: interior, de perfeita subordinação a Deus; exterior, de redescoberta do sentido religioso do criado, de domínio fraterno sobre as criaturas (profetismo escatológico). Dentro de tais perspetivas podemos chegar a compreender os elementos essenciais do carisma.
Elementos essenciais do carisma franciscano: pobreza, humildade, amor
S. Francisco procura de todo o coração a entrega a Deus, a quem concebe principalmente como Bem supremo, Pai amoroso e providente, e Senhor magnânimo, mediante a conversão interior contínua, na oração incessante (de louvor, ação de graças, de júbilo, de amor) e por adesão amorosa a Cristo crucificado que o leva a identificar-se interiormente com Ele, a imitá-lo fielmente, à aceitação integral do seu evangelho como regra prática de vida, sem subtis distinções, ad litteram, sine glossa, como lhe é dado a entender pelo Espírito Santo e sob a guia da Igreja. S. Francisco incluiu especificamente para os seus irmãos as normas dadas por Cristo aos seus apóstolos quando os enviou a pregar (lc 9 e 10), que as ordens mendicantes quiseram perpetuar na Igreja.
O amor transformante a Jesus Cristo e a sua contemplação nos mistérios onde mais revela o seu amor aos homens (Belém, Eucaristia, Cruz) levam francisco à compreensão e vivência de três atitudes fundamentais, que constituem o cerne da sua resposta amorosa ao Crucificado: a pobreza, a humildade, e a caridade fraterna. Atitudes existenciais que por um lado são libertadoras da escravidão dos bens terrenos, da soberba, do egoísmo (dimensões capitais do homem velho); por outro, são crucificantes (supõem dor na renúncia) e assim assimilativas com Cristo, fazendo do franciscano um alter Christus crucificado (em S. Francisco a estigmatização do Alverne tem valor de símbolo profético, desvelador do mistério da sua vida); por último, estas atitudes escalonam-se e preparam-se uma à outra: a pobreza (desapego dos bens terrenos, que em S. Francisco chega a ser renúncia atual heróica) prepara à humildade (desprezo e esquecimento do eu pecador, submissão a toda a criatura) e ambas à caridade fraterna, que só é possível ao pobre e humilde e se dirige universalmente a toda a criatura com desinteresse absoluto. Finalmente constituem uma simbiose vital: pobreza e humildade quase se identificam; o amor é feito de pobreza e humildade e dirige-se preferentemente aos pobres e humildes; a pobreza e humildade encontram no amor a sua plena justificação e exercício.
Conceção de vida
Estas três virtudes cristiformes estão na raiz da conceção franciscana da vida: pobreza e humildade situam Deus como Ser supremo, transcendente, altíssimo, que se comunica às criaturas, essencialmente mendigas, por puro amor, manifestando-se assim como Pai de bondade infinita. O pecado é essencialmente uma falta de correspondência ao Amor «que não é amado», e um ato de apropriação indevida e orgulhosa. Cristo é o ideal da existência; o desejo supremo da alma é identificar-se com Ele por amor até chegar a participar, «quanto seja possível à humana criatura», da paixão que Ele abraçou «por nós, vilíssimos pecadores» (Flor. IV) atualizando visivelmente o destino cristão da participação na cruz. O franciscano sente-se «arauto do grande Rei» chamado a anunciá-lo a todos os homens com o testemunho da sua vida, que concebe sempre como empresa apostólica. Os homens são todos irmãos, filhos de Deus, pelos quais morreu Cristo, aos quais se dá o franciscano com absoluto desinteresse, na ação, na oração, na imolação; cuja salvação é suprema ânsia da sua alma. Todo o homem há de ser contemplado com humildade, com amor, por isso se há de respeitar a sua liberdade (de onde procede o amor) e a sua personalidade, sublinhando o sentido da responsabilidade pessoal: respeito face ao que pensa diversamente, face ao que erra. E os indivíduos livres e responsáveis não degeneram em anarquia porque o amor fraterno os unifica em Cristo e os leva a submeter-se uns aos outros. O binómio autoridade-obediência é concebido como serviço humilde por amor àquele que manda «os ministros sejam servos de todos», Reg. II, c. 10), e como um sacrifício feito a Deus da própria vontade, por amor a Cristo, a quem obedece.
Tal respeito feito à individualidade faz que o franciscano resista aos esquemas tanto sociais quanto individuais, aos sistemas preconcebidos, aos métodos rigorosos; fomenta personalidades intuitivas, voluntaristas, originais (mais de uma centena de santos canonizados); repugna os centralismos e autoritarismos de toda a classe que sufoquem a própria iniciativa, inclusive a prisão à verdade própria das «escolas», e o apego desordenado à própria mentalidade e cultura.
Simplicidade, abandono, alegria. Destas três virtudes destaca-se a simplicidade, que é candor sapiencial, sinceridade e retidão interiores para com Deus, o próximo e connosco mesmos. A simplicidade é desprezo da vanglória, ódio à simulação e hipocrisia; faz nascer a primazia do amor e da ação sobre o conhecimento: permite conhecer-se para amar e revela que tanto se sabe quanto se age. A purificação interior que causa a simplicidade e a iluminação amorosa com que conduz a Deus dá à alma um reto sentido da significação do universo criado e da atividade do homem nele mesmo: todas as criaturas são irmãs, vestígios da bondade e formusura divinas e todas servem de escala para conhecer e amar a Deus e de instrumentos para atingir o seu reino de amor fraterno na terra. O franciscano perfeito é como a realização do homem novo na sua dimensão escatológica, que mediante o despojamento (assimilação à morte de Cristo) e pelo amor toma o criado reduzindo-o em serviço e louvor a Deus, em fraterna e universal harmonia. De tudo o que foi dito derivam vários aspetos típicos da espiritualidade franciscana: o abandono e confiança absolutos na divina providência, base da sua pobreza; um sentimento de otimismo geral diante da vida que afugenta a tristeza; a proverbial «perfeita alegria» que se encontra inclusive na dor, une ao crucificado, e leva a acolher, cantando, a irmã morte corporal (2 Cel 162); um desejo de paz universal e um esforço perseverante por levá-la a todo o mundo; uma delicada sensibilidade para os valores estéticos; uma valorização positiva das criações humanas, todas provenientes de Deus e a Ele redutíveis quando o coração é puro; um sentido de concretude que olha para as coisas na sua realidade plástica, fugindo ao abstrato, à especulação pura, ao jogo de palavras ou de ideias, o «diletantismo»; uma mística onde o ato de contemplação é sabedoria que se resume em união de amor.
 
Oração e apostolado
A espiritualidade franciscana alimenta-se mediante uma oração de tipo mais afetivo, pessoal e livre. Cristo oferece-se como motivo de imitação e contemplação nos mistérios onde mais ressalta a sua pobreza, a sua humildade e o seu amor (presépio, eucaristia, via sacra). Ao lado de Cristo figura a virgem Maria, a quem S. Francisco saudou como mãe e perfeito exemplo do movimento franciscano (o qual por sua vez deu à Igreja o dogma da Imaculada Conceição).
A oração franciscana é essencialmente um encontro com Deus, fundamento e meta de toda a realização humana, é a que autentifica e define a Fraternidade como a humanidade nova, reunida em volta de Jesus, que conhece por experiência ao Pai e, em consequência, vive de forma coerente a sua relação fraterna com todos os homens.
Por isso, a Fraternidade Franciscana Secular é, antes de tudo, uma comunidade orante, que sabe da presença de Deus e procura por todos os meios responder-lhe de forma existencial, acolhendo essa Presença e fazendo-a frutificar em obras e ações de graças. Esta qualidade orante da Fraternidade não exime de forma irresponsável aos irmãos do seu encontro pessoal com o mistério. A Fraternidade é orante porque, ao mesmo tempo, os irmãos vivem e entendem-se a partir da oração, sentindo-se tocados pelo espírito para pôr em comum a decisão de procurar o rosto de Deus.
Francisco, e como ele os demais irmãos, também entendeu que o fundamental para todo o crente é o encontro com Deus. Por isso, construiu a sua vida em redor desta experiência, de modo que, para Celano, mais que ser um homem de oração, Francisco era a própria oração personificada (2 Cel 95). O apostolado franciscano é principalmente testemunho de presença e atualização de vida evangélica e dirige-se com preferência aos pobres e humildes, cuja sorte o franciscano compartilha vitalmente, pois deve ganhar-se a preferência aos pobres e humildes, cuja sorte o franciscano compartilha vitalmente, pois deve ganhar-se a vida com o trabalho humilde. A pregação é simples, sincera, direta. Ocupa lugar destacadíssimo o interesse pelas missões entre infiéis, nas quais o franciscano costuma ser missionário de vanguarda (como o comprova o franciscano secular do século XIII, o Beato Raimundo Lullo também designado por Doutor Iluminado) e para as quais se torna idóneo devido à grande mobilidade que brota do seu espírito de «estrangeiro e peregrino» e o seu desapego não só de casas, lugares e coisas, mas da própria bagagem cultural e intelectual, que lhe possibilita a compreensão e adaptação de outras realidades.
A espiritualidade franciscana secular pode dizer as seguintes coisas ao homem da nossa época: renovar nos homens a consciência do pecado, e na Igreja a da sua necessidade de se renovar e reformar mediante o regresso sincero ao evangelho; manifestar que o mundo se salva mediante a pobreza, humildade e o amor. Feito serviço; demonstrar que o profetismo reformista só é válido se é uma expressão de amor, de humildade, e em atitude de serviço e obediência à Igreja; ensinar que o individualismo, a liberdade, a responsabilidade pessoal há de contemplar-se em função de amor, solidariedade e obediência; dar sentido cristão ao trabalho, à técnica, à estética, à filosofia, unificando o saber, conjugando-o com a ação e levando-o a Deus; educar para o diálogo, que se funda no mútuo respeito, com crentes e não crentes; preparar e realizar a evangelização do mundo.
P. Paulo Ferreira OFM
Assistente Espiritual da Região Sul da Ordem Franciscana Secular

 
OBJETIVOS DESTE NOVO ANO PASTORAL
 
*      Como adoradores do Pai, façamos da oração e contemplação, a alma da nossa vida e ação (Regra 8), procurando:
v  Conhecer e compreender o valor e o sentido da oração;
v  Sentir a necessidade da oração na nossa vida.
*      Considerar a Oração Fraterna como primazia para viver a Fraternidade.

ALGUMAS LINHAS ORIENTATIVAS
 
*      Cristo no Alverne: Escutá-Lo no silêncio, Contemplá-lo na Sua e na minha Cruz;
*      Viver, com fé, na unidade e na partilha.
*      Manifestar, com alegria e simplicidade de coração, a presença de Cristo Ressuscitado.
*      Obedecer e seguir a Doutrina e Magistério da Igreja.

 
 

17 de outubro de 2013

Felizes os Pobres (Beati Voi Poveri)

 
Felizes os pobres (Beati voi poveri)
 
Felizes os pobres, porque deles é o Reino de Deus
Felizes os pobres em espírito, deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.

Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
 
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores: serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
 
Música e interpretação: Comunidade ecuménica de Taizé

3 de outubro de 2013

Festas de S. Francisco - Mensagens


Mensagem do Ministro Geral da OFS por ocasião da Festa de S. Francisco e
Mensagem do Presidente da FFP


MENSAGEM À PEREGRINAÇÃO DA FAMILIA FRANCISCANA

Caras Irmãs e Irmãos Peregrinos.

O SENHOR VOS DÊ A PAZ

Pela 41ª vez vamos rumar a Fátima como Família unida em Peregrinação.

É extraordinário. E é, sobretudo, momento alto e espaço central da nossa vivência comum e do nosso testemunho comunitário como Família, que somos, chamada a viver e proclamar para os homens de hoje o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo os ideais e forma de vida de Francisco, de Clara, de Beatriz da Silva e de toda a plêiade de grandes santos que dão vida à nossa história e carisma comuns.

Integrando-se esta nossa Peregrinação em contexto de “Ano da Fé” e de revitalização do Concílio Vaticano II, convido todos a que, em união com o Papa Francisco, de tão belo nome, nos sintamos como peregrinos desse “povo de Deus, que caminha em busca da salvação” e que em S. Damião fomos chamados a restaurar.

Que esta seja a Peregrinação da Alegria e da Paz e daquela “Verdadeira Fé”, que S. Francisco implorava e que queremos seja a verdadeira luz, “lumen fidei”,a iluminar toda a nossa relação com todos os homens e toda a criação.

Boa peregrinação. Santas e alegres festas do Pai S. Francisco.

Frei Vitor Melicias, OFM

(presidente da F. F. P.)

11 de setembro de 2013

Peregrinação Franciscana a Fátima

Dá-me uma Fé Verdadeira 
Caríssimo(a) Irmão(ã),
Vimos convidá-lo(a) a participar na 41ª Peregrinação Franciscana a Fátima 2013, cujo programa segue nesta carta.

Partiremos rumo a Fátima no dia 5 de Outubro, desde o Centro Comercial da Pontinha/ Externato Júlio César, às 09:00 horas, e da Igreja do Seminário da Luz (entrada do Externato da Luz, junto ao Painel do Envio) às 09:15 horas. Regressaremos de Fátima no dia 6 de Outubro às 15:30 e chegaremos a Carnide pelas 16:45 horas e à Pontinha pelas 17:00 horas.
Reservámos alojamento em três locais:

1.       Casa de Retiros de Nossa Senhora das Dores: o preço da diária em pensão completa é 34€ (apenas quartos duplos, mobilidade reduzida).

2.       Centro Bíblico dos Capuchinhos: o preço da diária em pensão completa é 31€ (quartos individuais, duplos e triplos).

3.       Hotel Lux Fátima: o preço da diária em pensão completa é 49€ em quarto duplo, e 73€ em quarto individual.

  • O preço do transporte em autocarro fretado é 20€ (ida e volta).

Agradecemos que confirme a sua participação e o local onde deseja ficar alojado, o mais tardar, até ao próximo dia 21 de Setembro, por um dos seguintes meios:

·         Telefone: 961880735 ou 217161898

·         Email: francisca.topa@sapo.pt

O preço das diárias não inclui o almoço de Sábado. O cancelamento da inscrição, após 21/9, implica o pagamento do valor do transporte (20€).

Contamos com a sua presença de Paz e Bem,
Maria Francisca e António Luís Topa
Programa
 
Sábado, 5 de Outubro:

 ·        14:00 – Acolhimento (Centro Paulo VI);

·        14:15 – Saudação pelo Presidente da Família Franciscana Portuguesa;

·        14:30 – Mensagem “O meu Francisco”;

·        15:30 – Melodias Franciscanas com Rão Kyao, Pe. Mário Silva e Coro;

·        16:30 – Conferência: “Os desafios do Vaticano II em Ano da Fé”, Guilherme de Oliveira Martins;

·        18:00 – Eucaristia (Basílica da Santíssima Trindade);

·        21:30 – Terço (Capelinha das Aparições) e Procissão de velas;

·        23:00 – Vigília de oração (Basílica de Nossa Senhora do Rosário).

 Domingo, 6 de Outubro:
      ·        10:00 – Terço (Capelinha das Aparições);
·       11:00 – Eucaristia Internacional (recinto do Santuário).

3 de setembro de 2013

Oração pela Síria


30-8-2013

SEMANA DE ORAÇÃO PELA PAZ NA SÍRIA

A AIS tencionava organizar uma campanha de oração pela Síria em Outubro, mês dedicado a Nossa Senhora e ao Rosário, mas com as notícias e decisões dos últimos dias, não podemos esperar: a urgência de lançar esta campanha é iminente. AGORA é o momento de rezar pelo povo Sírio e pela paz.
O Patriarca Greco-Católico Melquita de Antioquia, Gregório III Laham, sublinhou que apesar da realidade presente, as iniciativas de paz ainda são viáveis e deveria ser a prioridade máxima de todos os países envolvidos nesta crise. Em resposta a este apelo, a AIS lançou uma campanha de oração durante a semana de 30 de Agosto a 6 de Setembro pela paz e reconciliação na Síria. A AIS acredita no poder da oração. Por esta razão, preparou um conjunto de textos para estes sete dias de oração. Convidamos as pessoas de todas as crenças a unir-se nesta campanha de oração pela paz neste país sofredor.

Nota: As frases em itálico chegam-nos da Síria. Nem sempre podemos citar a fonte, mas queremos transmitir a todos as suas palavras.

Oração pela Paz na Síria (para rezar todos os dias)

Deus de Compaixão,
escuta o clamor do povo Sírio,
conforta os que sofrem violência,
consola os que choram os seus mortos.
Fortalece os países vizinhos para que acolham os refugiados.
Toca os corações dos que recorrem às armas
e protege os que trabalham pela paz.
Deus da Esperança,
inspira os líderes para que escolham a paz em vez da violência e para que procurem a reconciliação com os seus inimigos.
Inflama a compaixão na Igreja Universal para com o povo Sírio
e dá-nos esperança num futuro com base na justiça para todos.
Nós Te pedimos por Jesus Cristo, Príncipe da Paz e Luz do mundo.
Ámen.

PRIMEIRO DIA: Escuta o clamor do povo Sírio

O sofrimento já ultrapassou todos os limites. Toda a Síria se transformou num campo de batalha. Todos os aspectos da democracia, dos direitos humanos, da liberdade, da laicidade e da cidadania se perderam de vista e ninguém se preocupa. A crise já abateu milhares de milhares de soldados, opositores, civis, homens, mulheres, crianças, xeques muçulmanos e sacerdotes cristãos.
Patriarca Gregório III Laham da Igreja Greco-Católica Melquita
Rezemos pela paz na Síria. Rezemos para que as armas sejam silenciadas. Rezemos pelo fim de toda a violência e de todo o conflito armado. Rezemos, com o Santo Padre, todos juntos: Maria, Rainha da Paz, rogai pela Síria, rogai por nós.

SEGUNDO DIA: Conforta os que sofrem violência

Síria, um campo de batalha. Destruído o mundo laboral, a inocência das crianças, as famílias e os lares, as escolas, os lugares de culto, os hospitais... Uma tragédia cruel perante o olhar silencioso de tantos. Um país pequeno que carrega a dura e pesada imagem de Jesus com a Cruz. “Simão de Cirene” ainda tem de aparecer.
São 6,8 milhões de pessoas afectadas pelo conflito bélico na Síria. O tempo do silêncio está a aproximar-se... olhares silenciosos, cheios de lágrimas e de corações despedaçados, são uma linguagem que nos une ao Imaculado Coração de Maria aos pés da Cruz...
Por todos aqueles que sofrem por causa deste conflito bélico. Rezemos para que depois de tanto sofrimento e tantos horrores, não percam a esperança de alcançar uma solução pacífica e justa. Rezemos para que surjam muitos “Simão de Cirene”, dispostos a levar a cruz e a tornar esse peso mais leve. Maria, Rainha da Paz, rogai pela Síria, rogai por nós.

TERCEIRO DIA: Consola os que choram os seus mortos

A crise na Síria, que começou a 15 de Março de 2011, já roubou muitas vidas, demasiadas, e a política actual continua a transformar e a agravar a situação sem precedentes neste país.
A ONU informa: mais de 100.000 mortos. Perante este drama, as palavras têm pouco valor...
As cidades são destruídas e os projectos de desenvolvimento estão nos cemitérios. Da Síria chega-nos um relato: Uma menina de seis anos brincava às escondidas com o irmão, quando um franco-atirador disparou contra ele... No cemitério, a menina gritava junto do túmulo do irmão: “Sai do teu esconderijo! Já não quero brincar mais!”
Rezemos pelas vítimas desta guerra. Por todas e cada uma delas. Não são números, mas nomes, membros de uma família. São mães, pais, filhos e filhas. São nossos irmãos e irmãs, filhos de Deus criados à Sua imagem e semelhança. Rezemos para que se respeite e defenda o direito à vida de todas as pessoas. Maria, Rainha da Paz, rogai pela Síria, rogai por nós.

QUARTO DIA: Fortalece os países vizinhos para que acolham os refugiados

Segundo o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) actualmente existem 1.971.003 refugiados sírios, sobretudo na Turquia, Líbano, Iraque e Jordânia. Além disso, há muitos refugiados que não estão registrados por terem medo ou por estarem deslocados dentro do próprio país. Em cada segundo do dia tenho um único desejo: regressar à minha pátria. O meu coração está ferido. A única coisa que me prende aqui são os meus filhos. Mesmo que regressar significasse morrer, eu regressaria, lamenta-se, chorando, uma mãe de dois filhos refugiada na Turquia. É impossível imaginar o futuro deste país, esta terra pacífica que outrora foi o lar de muitos refugiados do Médio Oriente: Nós fugimos do Iraque durante a guerra e fomos para a Síria. Tínhamos conseguido refazer as nossas vidas, mas há quase dois anos tivemos de fugir novamente para o Iraque. Aí o meu filho foi atingido por uma bala na cabeça enquanto jogava futebol. Sobreviveu, mas ficou paralisado, e a bala ficou alojada na cabeça. É uma cirurgia de risco. Chegámos à Turquia há dois meses. Uma família acolheu-nos na sua casa. Talvez aqui nos possam ajudar.
No Líbano há mais de 700.000 refugiados. O Arcebispo, D. Darwish, escreve-nos: Há dez meses que estamos a ajudar. Começámos com dezanove famílias, mas o número aumentou drasticamente. Actualmente ajudamos 580 famílias. Se o conflito se complicar e a violência se propagar a todo o país, este número aumentará ainda mais.
Rezemos por todos aqueles que tiveram de abandonar as suas famílias, as suas casas, as suas terras e os seus bens. Por todos aqueles que têm fome e não têm um tecto para se abrigar. Rezemos pelos que vivem em campos de refugiados. Rezemos por todos os países que acolhem os deslocados, por todos aqueles que em todo o mundo oferecem ajuda, assistência e cuidados aos emigrantes e aos refugiados. Maria, Rainha da Paz, rogai pela Síria, rogai por nós.

QUINTO DIA: Toca os corações dos que recorreram às armas e protege os que trabalham pela paz

O mais dramático é a ausência de diálogo nos últimos três anos, a angústia e o desespero que se estão a apoderar deste povo...
Já lá vão mais de dois anos de combates e conflitos. Quem se lembra agora que, no início, o objectivo era combater a injustiça, a falta de liberdade e a opressão? As frentes opostas do conflito endureceram. O que começou por ser uma guerra civil tornou-se um tema internacional, mas de forma negativa. Os interesses económicos e geopolíticos estão a ganhar uma batalha há muito alheia aos interesses do povo Sírio: Faz com que acabe a guerra e que possamos voltar para casa! rezam as crianças sírias dia após dia. É só isso que querem. É só isso que desejam, que acabe a guerra. Rezemos pelos líderes políticos do país e de todo o mundo, para que se decidam a procurar a paz e o bem do país, e para que deixem de pensar nos seus próprios interesses e poder. Rezemos pelos que trabalham pela paz, para aliviar a dor do povo Sírio, para secar as suas lágrimas, para que não se cansem de o fazer, apesar das ameaças internas e da indifrença do mundo. Maria, Rainha da Paz, rogai pela Síria, rogai por nós.

SEXTO DIA: Inflama a compaixão na Igreja Universal para com o povo Sírio

Hoje rezamos principalmente pela minoria cristã na Síria (5,2%). Depois do Sínodo para o Médio Oriente (2010), os Cristãos queriam ser testemunhas activas do Evangelho no coração do mundo judaico-muçulmano. … A violência rapidamente sufocou os frutos deste Sínodo em muitos países.
A minoria cristã está sempre numa situação frágil, num status quo ambíguo: Quando há conflitos no mundo árabe, os Cristãos normalmente mantêm-se neutros: não apoiam o Governo, nem a oposição. … É por essa razão que acabam por ser rejeitados por ambas as partes. Ambos desejam a sua lealdade. Assim, a neutralidade não salvou os dois bispos e três sacerdotes que foram raptados, nem as centenas de cristãos que foram assassinados ou raptados, nem evitou o êxodo massivo de jovens e família inteiras.
Paulo de Tarso, que se tinha dedicado a perseguir a Igreja, mudou radicalmente a sua forma de pensar e agir como resultado da sua experiência na estrada de Damasco. Foi aí que ele se tornou São Paulo, apóstolo e missionário, e foi aí que pregou pela primeira vez.
Rezemos pelos nossos irmãos e irmãs na fé. São Paulo, abençoa a Cristandade na Síria, ajuda os Cristãos deste país. Não esqueças este lugar, que foi o berço do Cristianismo. Que a sua fé não diminua! Que eles possam sentir o apoio e o consolo dos seus irmãos e irmãs cristãos em todo o mundo. Maria, Rainha da Paz, rogai pela Síria, rogai por nós.

SÉTIMO DIA: Dá-nos esperança num futuro com base na justiça para todos

Está na hora de acabar com o uso das armas e, em vez de apelar à violência, os poderes internacionais precisam de trabalhar para a paz. Durante todo este tempo de crise, as nossas igrejas têm estado quase cheias. As pessoas dão-se conta que, apesar dos problemas, Deus pode realizar milagres. Há um misto de esperança e desespero. As pessoas não sabem o que é que o futuro lhes reserva. As pessoas sentem medo mas, apesar de tudo, a sua fé é forte.
Patriarca Gregório III, Laham da Igreja Greco-Católica Melquita
Por isso, não desfalecemos, e mesmo se, em nós, o homem exterior vai caminhando para a ruína, o homem interior renova-se, dia após dia. Com efeito, a nossa momentânea e leve tribulação proporciona-nos um peso eterno de glória, além de toda e qualquer medida.
2ª Coríntios 4:16-18
Rezemos para que a esperança não enfraqueça. Rezemos para que Jesus Cristo, príncipe da Paz e Luz do Mundo, conceda ao povo Sírio a confiança, para que transborde de esperança, pela força do Espírito Santo. Maria, Rainha da Paz, rogai pela Síria, rogai por nós.

11 de agosto de 2013

11 de agosto-Santa Clara de Assis


Santa Clara de Assis  
Clara, “plantazinha” de S. Francisco, colocada por ele no jardim de S. Damião, aí cresceu em santidade, no amor a Deus e a todas as criaturas por Ele criadas. Deixou para trás riqueza, glória e bem-estar. Teve que fazer escolhas. Mas, certa da sua vocação, tomou por modelo o seráfico Pai e abraçou com heroicidade a senhora santa pobreza.
Encerrada no seu mosteiro, em oração, penitência e trabalho, ela tornou-se serva e mãe das suas irmãs, conduzindo-as com desvelado amor e caridade extrema, pelo caminho que Francisco lhe apontara, talhado no Santo Evangelho.
Pobre e humilde, os muros de São Damião não impediram que a sua luz se projetasse pelo mundo e tenha chegado até nós.
Debruçando-nos sobre a sua vida, ficamos maravilhados com a generosidade, a fortaleza e a alegria que a tornaram “…mais clara que o seu nome”.
Falar de S. Francisco e não pensar em Jesus, é quase impossível. A sua passagem pelo mundo foi um testemunho maravilhoso de fidelidade a Cristo. Falar de Clara, sem evocar Francisco, também é inevitável. Com o seu exemplo ela moldou o seu coração e, como ele, radicalmente modificou o seu modo de viver.
“Plantazinha” de S. Francisco, nossa Irmã maior. Deixemos que o eco das suas virtudes e do seu exemplo, estejam presentes nas nossas vidas de franciscanos seculares. Debrucemo-nos sobre a sua pessoa, procuremo-la no jardim de S. Damião, marquemos aí encontro com ela e, inebriados com a fragância das rosas e o doce cantar das irmãs avezinhas, peçamos que nos fale de Francisco, que nos ajude a nunca nos desviarmos do ideal que decidimos abraçar, sendo sempre fiéis à Regra que prometemos seguir.
Cristo é a nossa meta, mas é bom sabermos que podemos contar com a ajuda daqueles que atingiram a santidade, sendo pessoas frágeis como nós.
Francisco tornou-se nosso pai, abençoou o nosso compromisso de vida na terceira Ordem por ele criada. E, todos os dias, no silêncio do nosso coração, nos pede, carinhosamente, que vivamos o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Clara é nossa irmã. Também ela tomou Francisco por pai e seguiu-o no caminho da perfeição. Não escolheu uma via fácil, não terão sido só alegrias que povoaram os seus dias. Em S. Damião também terá entrado sofrimento, momentos sombrios, incompreensões. Mas, como estava certa do caminho escolhido, o sol que brilhava no seu jardim e dava cor às suas flores, também fortalecia e aquecia o seu coração.
Soror Clara - a plantazinha de Francisco -, aprendeu com ele a tratar por irmãos, o sol, a lua, as estrelas e a todos os seres. E nós, ao entrarmos na família franciscana, também por ela fomos acolhidos fraternalmente. Olhemos para esta Irmã como modelo a seguir, na aceitação dos nossos deveres, nas contrariedades, na renúncia ao nosso egoísmo, na simplicidade de vida, na busca permanente da nossa Fé e no amor ao nosso Deus.

Maria clara, ofs
Agosto 2013

MENSAGENS DOS IRMÃOS DA FRATERNIDADE
 
DA IRMÃ MARIA CLARA
Queridos Irmãos: hoje também estamos em festa. Santa Clara, a nossa irmã de Assis é lembrada, especialmente, hoje como modelo de santidade. É motivo para louvarmos o nosso Deus por esta nossa Irmã, a "plantazinha de Francisco".

O livro de frei Joaquim Capela - Santa Clara de Assis - duma candura enternecedora, tem no final a Regra de Vida que ela mesma escreveu e viu aprovada. Nesta leitura encontra-se a paz, a força, a humildade e a renúncia, que se viveu em S. Damião. Foi assim que eu aprendi a considera-la uma amiga, uma irmã querida, que sempre me tem acompanhado.
Neste dia, logo de manhazinha, tive presentes todos os meus Irmãos da Fraternidade.
Continuação de boas férias (eu prometo não escrever mais).
Paz e Bem!
maria clara, ofS

DOS IRMÃOS FÁTIMA E CARLOS RATÃO   Irmãos de caminhada em Cristo, neste dia em que a Igreja faz memória daquela que tanto amou Jesus ao jeito de Francisco, Sta Clara de Assis, queremos enviar os nossos melhores votos de PAZ e BEM!
Abraço,
Carlos e Fátima, Ofs

2 de agosto de 2013

2 de agosto - Santa Maria dos Anjos

Solenidade do "Perdão de Assis"



Assis (RV) – Nesta quinta e sexta-feira, celebra-se, na Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis, a cidade de São Francisco, a Abertura da Solenidade do “Perdão de Assis”, com uma Santa Missa presidida, de manhã, pelo Ministro Geral da Ordem dos Franciscanos Menores, Padre Michael Perry. À noite, o bispo de Assis, Dom Domenico Sorrentino, preside à Peregrinação da Diocese de Assis e às Primeiras Vésperas da Solenidade do “Perdão de Assis”. Assim, neste mês de agosto, a família Franciscana celebra, portanto, duas importantes festas: o Perdão de Assis, 02 de agosto, e o dia de Santa Clara de Assis, no dia 11. Mas, qual é o verdadeiro significado desta festa franciscana, conhecida no mundo inteiro?
O Perdão de Assis é a máxima expressão da Misericórdia de Deus. Segundo relatos de fontes franciscanas, em certa noite do ano de 1216, Francisco encontrava-se em profunda oração na igrejinha da Porciúncula, que ficava nos arredores de Assis, quando, de repente, todo o local ficou iluminado e Francisco viu sobre o altar o Cristo e a sua direita sua Santíssima Mãe e ao redor deles uma multidão de anjos. Perguntaram-lhe o que desejava para a salvação das almas ao que de imediato respondeu: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço que, a todos quantos arrependidos e confessados, vierem a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”. O Senhor lhe disse: “Ó irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. No dia seguinte Francisco apresenta-se diante do Papa Honório III e partilha a visão que teve, e o Papa lhe concede a aprovação da indulgência plenária. Logo após, o Santo Padre pergunta se não quer nenhum documento que comprove a autorização, no que Francisco responde: “Santo Pai, se é de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. Com o passar dos séculos a indulgência concedida às pessoas que visitassem a igrejinha de Santa Maria dos Anjos (Porciúncula) se estendeu também a todos que, no dia 02 de agosto, visitarem uma igreja paroquial. Essas pessoas devem se confessar, rezar o credo, um Pai Nosso, participar da Eucaristia e comungar e rezar uma oração na intenção do Santo Padre. (RV)

A Indulgência da Porciúncula
No ano de 1216, numa silenciosa noite do mês de Julho, São Francisco, ajoelhado sobre a terra nua, estava profundamente mergulhado nas suas orações, na silenciosa solidão da pequena Igreja da Porciúncula. Quando de súbito, uma luz vivíssima e fulgurante encheu todo o recinto e no meio dela, apareceu a doce figura de Jesus ao lado da Virgem Maria sorridente, sentados num trono e circundados por diversos Anjos. Jesus perguntou-lhe: “Qual o melhor auxílio que desejarias receber, para conseguir a salvação eterna da Humanidade?”
Sem hesitar Francisco respondeu: “Senhor Jesus, conquanto eu seja miserável e pecador, rogo-te que a todos quantos, arrependidos e confessados, vierem visitar esta Igreja, lhes concedas amplo e generoso perdão, com completa remissão de todas as suas culpas."
- “O que tu pedes, ó Frei Francisco, é um benefício muito grande,” disse-lhe o Senhor, “mas de maiores coisas és digno, e maiores coisas terás. Acolho, pois a tua prece, mas com a condição de que, de minha parte, peças ao meu Vigário na terra essa indulgência”.
No dia seguinte, bem cedinho, Francisco acompanhado de Frei Masseu, seguiu para Perusa, a fim de se encontrar com o Papa Honório III.
Chegando disse-lhe:
“Santo Padre, há algum tempo, com o auxílio de Deus, restaurei uma Igreja em honra a Santa Maria dos Anjos. Agora suplico a Vossa Santidade ponhais nesta Igreja uma indulgência, sem obrigação nenhuma de ofertas, no dia da dedicação dela.”
O Papa ficou surpreso e comoveu-se com o tal pedido. Depois perguntou: “Por quantos anos pedes esta indulgência?”
“Santo Padre”, respondeu Francisco, “não peço anos, mas almas.”
“Que queres dizer com isto?” retorquiu o Papa.
“Eu queria, se a vós assim apraz, que todos aqueles que forem à Porciúncula, contritos dos seus pecados, e depois de se confessarem e de receberem a absolvição, obtenham a remissão de todos os seus pecados, na pena e na culpa, no céu e na terra, desde o dia do seu batismo até o dia e a hora em que entrarem nessa Igreja de Maria.”
Respondeu o Papa: “Não sabes que não é costume da Cúria Romana conceder tal indulgência?"
“Senhor”, redargüiu o “Poverello”, “não sou eu que peço isto, mas vo-lo pede Aquele da parte de quem eu venho: Jesus Cristo.”
Ouvindo isto, o Papa cheio de amor respondeu, repetindo por três vezes: “Em nome de Deus, Francisco, concedo-te a indulgência que em nome de Cristo me pedes.”
Tendo alguns Cardeais, ali presentes, manifestado algum desacordo, o Papa reafirmou: “Já concedi a indulgência. Todo aquele que entrar na Igreja de Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, sinceramente arrependido das suas faltas e confessado, seja absolvido de toda pena e de toda culpa. Esta indulgência valerá somente durante um dia, em cada ano, “in perpetuo”, desde as primeiras vésperas, incluída a noite, até às vésperas do dia seguinte.”
Logo que o Pontífice terminou de falar, Francisco inclinou-se respeitosamente e fez menção de partir. Mas o Papa, chamando-o, lhe disse: “Ó simplório, aonde vais, sem um documento que ateste a nossa concessão?”
Respondeu o "Poverello": “Padre santo, a mim basta a vossa palavra. Se esta indulgência é obra de Deus, Ele cuidará de manifestar a sua obra; eu não preciso de nenhum instrumento: esse documento deve ser a Virgem Maria, Cristo o tabelião, e os Anjos as testemunhas.”
Após isto, Francisco partiu retornando para Santa Maria dos Anjos. Sentiu necessidade de repousar e, ao adormecer, lhe foi revelado por Deus que a indulgência a ele concedida na terra pelo Vigário tinha sido confirmada no Céu.
A “consagração” da Igrejinha aconteceu no dia 2 de Agosto do mesmo ano de 1216. Francisco assim falou, à imensa multidão de povo que o escutava, anunciando a Indulgência:
“Quero mandar-vos todos para o Paraíso. Nosso Senhor o Papa Honório concedeu de voz esta indulgência. Pela qual tanto vós que estais aqui presentes, como aqueles que neste dia, nos anos subseqüentes, vierem a esta igreja, com o coração bem disposto, e estiverem verdadeiramente arrependidos, terão o perdão de todos os seus pecados.”
A Indulgência da Porciúncula somente era concedida a quem visitasse a Igreja de Santa Maria dos Anjos, entre a tarde do dia 1 de agosto e o pôr-do-sol do dia 2 de agosto. (Texto - baseado nas palavras de Johannes Joergensen, biógrafo de São Francisco)












26 de junho de 2013

Profissões na OFS de S. Francisco à Luz

















19 de junho de 2013

Deus é Amor - Encontro de Oração da Fraternidade

1 .ª Carta de S. Paulo aos Coríntios

  
Cântico do amor
13 1* Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, sou como um bronze que soa
ou um címbalo que retine.
2Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios e toda a ciência,
ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas,
se não tiver amor, nada sou.
3Ainda que eu distribua todos os meus bens
e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada me aproveita.
4*O amor é paciente,
o amor é prestável,
não é invejoso,
não é arrogante nem orgulhoso,
5nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento.
6Não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
7Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
8*O amor jamais passará.
As profecias terão o seu fim,
o dom das línguas terminará
e a ciência vai ser inútil.
9Pois o nosso conhecimento é imperfeito
e também imperfeita é a nossa profecia.
10Mas, quando vier o que é perfeito,
o que é imperfeito desaparecerá.
11Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Mas, quando me tornei homem,
deixei o que era próprio de criança.
12*Agora, vemos como num espelho,
de maneira confusa;
depois, veremos face a face.
Agora, conheço de modo imperfeito;
depois, conhecerei como sou conhecido.
13*Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor;
mas a maior de todas é o amor.


7 de junho de 2013

Sagrado Coração de Jesus - Solenidade

A Grande Promessa do Sagrado Coração de Jesus



Eucaristia do Dia do Sagrado Coração de Jesus
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 32, 11.19
Os pensamentos do seu coração permanecem
 por todas as gerações
 para libertar da morte as almas dos seus fiéis,
 para os alimentar no tempo da fome.
 
A reparação Eucarística é uma característica fundamental nesta devoção, pelo que disse o próprio Senhor a Santa Margarida Maria:
«Eis aqui o Coração que a tal ponto amou os homens, que nada poupou, até esgotar-se e consumir-se, para testemunhar-lhes seu amor; e entretanto só recebo da maior parte deles ingratidões, pelas irreverências, sacrilégios, desprezo e tibieza com que me tratam no meu Sacramento de amor. O que me é ainda mais sensível, é serem corações que me foram consagrados, os que assim me tratam. Por isso te peço que se dedique a primeira sexta-feira depois da oitava do Santíssimo Sacramento a uma festa particular com o fim de venerar o meu Coração, fazendo-lhe ato de reparação, comungando-se nesse dia em desagravo pelas indignidades recebidas durante o tempo em que esteve exposto sobre os altares.»

19 de maio de 2013

Novo Conselho da Fraternidade 2013/16


Em resultado do Capítulo Electivo da Fraternidade Franciscana Secular de S. Francisco à Luz, de 11 de Maio de 2013, foi constituído o seguinte Conselho para o triénio 2013/2016:

Assistente Espiritual: Padre Domingos Casal Martins

Ministro: António Luís Campos da Silva Topa

Vice-Ministra: Maria Isabel de Lemos Monteiro Fernandes Corrêa D'Almeida

Mestre de Formação: José Júlio de Carvalho Costa

Secretária: Maria Francisca Monteiro Neves Vaz Rebordão Topa

Tesoureiro: José Carvalho Salpico

Vogal: Maria Clara Nunes de Almeida Mourão Rodrigues

Vogal: Luís António Mourão Rodrigues

"Compete ao Conselho da Fraternidade:
- promover as necessárias iniciativas para fomentar a vida franciscana, incrementar a formação humana, cristã e franciscana dos seus membros, apoiá-los no seu testemunho e missão no mundo;
- fazer opções concretas e corajosas, conformes à situação da Fraternidade, entre as múltiplas atividades possíveis no campo apostólico.
Além disso compete ao Conselho:
- decidir sobre a aceitação e a admissão à Profissão dos novos irmãos;
-estabelecer diálogo fraterno, com os membros que se encontram em dificuldades particulares e tomar providências adequadas;
-receber o pedido de afastamento e decidir sobre a suspensão de um membro da Fraternidade;
- decidir a formação de seções ou grupos em conformidade com as Constituições e os Estatutos;
- decidir sobre o destino dos fundos disponíveis e, em geral, deliberar sobre matérias relativas à administração financeira e aos assuntos económicos da Fraternidade;
- conferir responsabilidades aos Conselheiros e aos demais professos;
- pedir, aos competentes Superiores da Primeira ordem e da TOR, religiosos idóneos e preparados para Assistentes;
- cumprir os outros deveres mencionados nas Constituições ou necessários para atingir os próprios fins." (artigo 50-º das CCGG). 

Que o Senhor Jesus Cristo e nosso Pai S. Francisco nos ajudem.

Um abraço fraterno em dia da Solenidade da Ascensão do Senhor,
António Luís Topa

 
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