14 de dezembro de 2018
3º DOMINGO DO ADVENTO
Advento III: A vela do
testemunho
1.º Leitor:
Ser testemunha significa partilhar a história verdadeira. O Evangelho é a
história verdadeira de onde nasce o testemunho (acende-se a 3.ª vela).
2.º Leitor:
Esta é a vela do testemunho. João Batista foi uma vida de testemunho. Ele
apontava para Jesus Cristo por palavras e acções. Nós também somos chamados a
apontar para Jesus Cristo por meio de nossas palavras, gestos, atitudes e
acções.
Resposta - celebrante:
Senhor, Nosso Deus, assim como as velas do advento brilham, possamos nós
também brilhar como testemunhas de Teu Filho Jesus, que vem novamente ao nosso
mundo trazendo amor, paz e justiça. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
(16.12.2018)
Introdução
à Eucaristia
O 3º
Domingo do advento traz até nós uma mensagem de grande alegria, um apelo à
alegria que vem da certeza que o nosso Salvador está próximo e vem ao nosso
encontro. É-nos feito um convite para o poder acolher: convertermo-nos e abrir
os nossos corações. Era assim que João Batista exortava os seus contemporâneos
a proceder.
Introdução
às Leituras
As
leituras propõem-nos um caminho de conversão que nos leva até Cristo, para o
acolher de novo, com novo vigor e com redobrada esperança. Por isso, o profeta
convida o povo de Deus a viver nesta certeza: Ele está no meio de nós. Há que
vencer o medo e o desânimo e aceitar esta força renovadora que nos vem do
encontro com o Senhor.
A segunda
leitura repete o apelo que Sofonias faz a Jerusalém: “Alegrai-vos sempre no
Senhor. Novamente vos digo, alegrai-vos”. A alegria é uma segunda identidade do
crente e por ela passa o nosso testemunho de fé.
No
Evangelho, João Batista responde aos seus contemporâneos que o interrogavam
acerca da forma de proceder. A resposta de João contempla 3 dimensões: a
transformação pessoal, a renúncia à exploração do próximo e a abertura à força
do Espírito, deixando-nos baptizar pelo ‘Espírito’ que nos concede uma vida
nova.
Padre João Lourenço, OFM
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9 de dezembro de 2018
2º DOMINGO DO ADVENTO
Advento II
A vela da preparação
1.º Leitor:
Preparamo-nos cuidadosamente para comemorações especiais em nossas vidas. O
Evangelho convida-nos a uma preparação para a vinda de Cristo (acende-se a 2ª
vela).
2.º Leitor:
Esta é a vela da preparação. Até que ponto, estamos dispostos a
prepararmo-nos para a vinda de Cristo. Nossas vozes são convidadas a unirem-se
à voz de João Batista na preparação do caminho do Senhor.
Resposta - Celebrante:
Desperta nossos corações, ó Senhor, para prepararmos o caminho de Teu
Filho. Assim como Tu te ofereceste a nós, possamos todos, em serviço, ajudar o
mundo a estar pronto para a tua vinda. Por Jesus Cristo nosso Senhor. Ámem.
(9.12.2018)
Introdução
à Eucaristia
O tempo do Advento
ajuda-nos a fazer memória da experiência de fé do povo de Israel que, na sua
caminhada histórica, sempre olhou o futuro com esperança, fortalecendo essa
caminhada com a força da Palavra de Deus e com a fidelidade à aliança. O seu
horizonte estendia-se para além da história imediata, pois a sua força tinha
como meta o projecto de Deus.
Introdução
às Leituras
Na 1ª leitura, o profeta Baruc
lança um forte apelo a Jerusalém para que exulte de alegria, pois a sua
libertação está próxima. Este apelo à alegria é aquele que deve animar todo o
crente na sua caminhada ao encontro do Senhor que vem salvar-nos. A salvação
prometida está mais próxima de cada um de nós. Compete-nos abrir o coração para
acolher o Senhor.
S. Paulo, na carta aos Filipenses que vamos escutar, exorta os cristãos a viverem na alegria, uma alegria que tem o seu fundamento na confiança em Deus e na caridade fraterna. São estes os dois grandes pilares da verdadeira alegria cristã.
O Evangelho apresenta-nos
João Baptista, o arauto e pregoeiro que vem preparar os caminhos do Senhor.
Este é o grande grito desta voz profética que se faz ouvir no início do
ministério público de Jesus. O seu grito é um apelo à conversão, pois só assim
podemos acolher o Senhor que vem ao nosso encontro.
Padre João Lourenço, OFM
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7 de dezembro de 2018
SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO
(08.12.2018)
Introdução
à Eucaristia
A Igreja celebra hoje a Solenidade
da Imaculada Conceição. Para além de celebrar Maria como aquela em quem habitou
a plenitude da graça, também celebramos a Mãe do Verbo de Deus, figura e modelo
da Igreja e de cada crente, chamados como ela para sermos os portadores do seu
amor. A Senhora do Advento é também a Mulher do acolhimento e da fidelidade. Hoje
mesmo, concluímos um conjunto de celebrações sobre os 50 anos desta nossa
Igreja, dedicada à Imaculada Conceição. A Ela agradecemos tudo quando de bom
por aqui passou e continua a passar. Senhora da Conceição, fortalece-nos na Fé.
Introdução
às Leituras
A primeira leitura, recorrendo
à imagem de Eva, prepara-nos para olhar para Maria como a Nova Eva, aquela que
pela fidelidade gerou a vida, enquanto Eva, pela soberba e pelo pecado foi
geradora de morte.
A segunda leitura, da
carta aos Efésios, Paulo fala-nos do projecto de Deus que consiste em conceder
uma plenitude de vida a cada homem, tudo isso centrado em Cristo, no qual fomos
constituídos como filhos e herdeiros dessa plenitude de vida e de comunhão.
O Evangelho fala-nos da anunciação, princípio da Encarnação do Verbo e da disponibilidade de Maria que, pelo seu sim, se entrega ao Pai para ser a Mãe do Salvador. É pelo seu sim, pela sua fidelidade, que acontece o mistério; é pelo nosso sim, pela nossa fidelidade que Cristo entra em nossos corações e nos tornamos ‘filhos no Filho’, em Cristo.
Padre João Lourenço, OFM
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30 de novembro de 2018
1º DOMINGO DO ADVENTO
Advento I
A vela da vigilância
A vela da vigilância
1.º Leitor:
No Advento preparamo-nos para a vinda de Jesus Cristo ao mundo. O Evangelho
chama-nos a vigiar (acende-se a 1.ª vela).
2.º Leitor:
Esta é a vela da vigilância. Jesus Cristo chama-nos a estar prontos para anunciar
o seu nome.
Resposta - Celebrante:
Senhor Deus, nós te louvamos pela vinda de Jesus. Ajuda-nos a estar atentos
para poder anunciar a vinda do Teu Reino e proclamar a Boa-Nova. Por Jesus
Cristo nosso Senhor. Amém.
(02.11.2018)
Introdução
à Eucaristia
Hoje, com a celebração da
Eucaristia, iniciamos um novo ano litúrgico, preparando assim o Natal do
Senhor. Quando tudo nos convida a olhar para fora, para as luzes e para as
montras, a Palavra de Deus convida-nos a olhar para Deus, reforçando a nossa
esperança na vinda do Salvador.
Introdução
às Leituras
O profeta Jeremias, no
texto que vamos escutar na 1ª leitura, anuncia um tempo novo que há-de trazer
ao povo de Israel a realização das promessas a que Deus se havia comprometido
pela Aliança. Esse tempo novo há-se concretizar-se pela acção do ‘rebento’ da
família de David, que fará surgir um mundo de justiça e de paz.
A quadra do Advento é também um tempo litúrgico que nos convida ao compromisso e ao fortalecimento da nossa fé. É esta a exortação que S. Paulo dirige aos cristãos da comunidade Tessalónica, exortando-os a estarem preparados para a vinda do Senhor.
Preparando-nos para
acolher o Salvador, a liturgia do Advento fala-nos da vinda definitiva do
Salvador, ou seja, do nosso encontro com Ele, na plenitude da sua glória. Sendo
uma caminhada no tempo é também uma caminhada para a eternidade, pois é aí que
acontece o nosso encontro pleno com o Senhor. Para isso, há que estar atentos e
saber caminhar na esperança.
Padre João Lourenço, OFM
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29 de novembro de 2018
Festa de Santa Isabel da Hungria
Crónicas da vida
da Fraternidade
Celebrámos
hoje a festa de Santa Isabel da Hungria, padroeira da Ordem Franciscana Secular
e assinalou-se também o décimo segundo aniversário da Fraternidade de S.
Francisco à Luz, com o seguinte programa:
*
11:00 –
Eucaristia, na Igreja do Seminário;
12:00 –
Palestra, na Sala dos Santos Mártires de Marrocos:
A 1ª Exortação de S. Francisco, pelo nosso Assistente Espiritual
13:30 –
Almoço, no bar do Centro Cultural Franciscano;
15:00 –
Despedida.
Na
Eucaristia, Frei João Lourenço, OFM, anunciando que a nossa Fraternidade estava
em festa, falou de Santa Isabel da Hungria, padroeira de OFS. E, de tal modo
enalteceu as suas virtudes, que nada mais seria preciso dizer para se sentir
que esta jovem mãe e rainha, não faz parte dum passado longínquo, mas é, neste
nosso tempo, um modelo, um exemplo de santidade. Distribuiu amor do mesmo modo
que distribuía pão para matar a fome aos mais necessitados. Foi amada. Era
simples, humilde e desprendida dos bens materiais. Recordou, também, a toda a
assembleia que, aos domingos, participa na missa das 11 horas, a existência da
Fraternidade de S. Francisco à Luz. Nunca é demais espalhar a semente, mesmo ao
de leve, para que brotem mais vocações. Só
do conhecimento pode nascer a luz.
Seguindo
o programa estabelecido, já na Sala dos Santos Mártires de Marrocos, o nosso
Assistente Espiritual, debruçou-se sobre a 1ª
Exortação de S. Francisco (“Do Corpo de Cristo”), explicando,
detalhadamente, o seu conteúdo. Foi um tempo de formação muito enriquecedor. Frei
João Lourenço propôs ainda um pequeno diálogo. Um momento de perguntas e de
esclarecimentos, participado com entusiasmo.
E
a hora do almoço chegou. No Centro Cultural Franciscano estava tudo preparado.
Aperitivos nas mesas, a sopa a fumegar e a mesa da fruta e dos doces bem
composta, sendo uma tentação para o olhar.
Toda
a Fraternidade participou. Uns com o trabalho, outros na preparação da ementa e
outros ainda, trazendo as sobremesas.
E
houve uma novidade neste dia de festa: tivemos pratos e talheres novos.
Seguindo o exemplo do nosso pai S. Francisco tão amigo da natureza, decidiu-se
acabar com os utensílios descartáveis. Nada de plásticos ou papel. É uma
pequena contribuição nossa, enquanto franciscanos, para a limpeza desta Terra
que nos foi dada, tão bela e aprazível.
Conviveu-se.
Houve cânticos e rezou-se. O Irmão Ministro, não escondendo uma grande alegria,
falou da história desta Fraternidade. Recordou o começo, depois as sucessivas profissões
e também os que já partiram para a Pátria Eterna.
Houve
ausências neste Encontro. Alguns Irmãos que, no mesmo dia, estavam em Fátima no
Capítulo Eletivo do Conselho Nacional. As irmãs Maria Isabel e Célia
representando a nossa Fraternidade e os irmãos Fátima e Carlos em representação
da Fraternidade de Santarém que, neste momento, acompanham. Falámos neles.
Sentimos a sua falta, mas não foram esquecidos.
Outra
ausência, e esta muito nos entristeceu. O irmão Rui Batalha está de novo internado
numa unidade hospitalar. Por tal motivo, a irmã Fernanda também não pôde
comparecer. Mas, com a força deste nosso querido Irmão e a ajuda de S.
Francisco, temos a certeza de irá recuperar rapidamente. Houve ainda outros
Irmãos que, por razões diversas, não puderam estar connosco. Cada um deixou
aqui, vazio, o seu espaço. Porque cada Irmão é único. Assim, de
todos nos lembrámos.
O
almoço decorreu serenamente, com muita tranquilidade e visível satisfação. Todos
ajudaram. Tirar pratos das mesas, colocar outros, verificar se algo faltava e
até mesmo limpar alguma louça. E o nosso Assistente Espiritual também aí
estava. Mangas arregaçadas, trabalhando ao nosso lado.
Que
maravilha podermos viver momentos fraternos como este! Simplesmente “simples”. Que riqueza maravilhosa S.
Francisco nos deixou: - Os Irmãos que nos deu!
É
necessário fazer festa. Celebrar com emoção estes dias de Encontro. Dá força.
Reforça o “Compromisso”. Conhecer o Irmão que está ao lado. Faze-lo sentir que
nos interessamos por ele. Distribuir carinho. O almoço é apenas um motivo para,
descontraidamente, nos juntarmos. Aquilo que se leva, no final, dentro do coração – alegria e paz, é o mais importante.
Santa
Isabel da Hungria, rogai por nós.
Glória
ao Altíssimo, Omnipotente e bom Senhor…
*Dia 17 de novembro –
festa de Santa Isabel da Hungria
Dia 19 de novembro – 12º aniversário da
Fraternidade de S. Francisco à Luz
- Celebramos as duas festas no
domingo, dia 18 de novembro de 2018
maria clara, ofs
18nov2018
Publicada por OFS LUZ à(s) 17:10:00 0 comentários
Formação Litúrgica
Neste dia, pode-se afirmar, concretizou-se o Proémio da CONSTITUIÇÃO CONCILIAR
SACROSANCTUM CONCILIUM SOBRE A SAGRADA LITURGIA na parte em que se refere:
«1. O sagrado Concílio propõe-se fomentar a vida cristã entre os fiéis, adaptar melhor às necessidades do nosso tempo as instituições susceptíveis de mudança, promover tudo o que pode ajudar à união de todos os crentes em Cristo, e fortalecer o que pode contribuir para chamar a todos ao seio da Igreja. Julga, por isso, dever também interessar-se de modo particular pela reforma e incremento da Liturgia.
2. A Liturgia, pela qual, especialmente no sacrifício eucarístico, «se opera o fruto da nossa Redenção» (1), contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultâneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na acção e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a acção à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos (2). A Liturgia, ao mesmo tempo que edifica os que estão na Igreja em templo santo no Senhor, em morada de Deus no Espírito (3), até à medida da idade da plenitude de Cristo (4), robustece de modo admirável as suas energias para pregar Cristo e mostra a Igreja aos que estão fora, como sinal erguido entre as nações (5), para reunir à sua sombra os filhos de Deus dispersos (6), até que haja um só rebanho e um só pastor (7)».
(in http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19631204_sacrosanctum-concilium_po.html.)
Publicada por OFS LUZ à(s) 17:04:00 0 comentários
Formação da Família Franciscana
Nos dias 30 de novembro a 2 de dezembro irá decorrer mais uma Formação da Família Franciscana Portuguesa.
Desta vez a formação será sobre os Testamentos de S. Francisco e Santa Clara e as Exortações. Terá lugar em Fátima, no Centro Bíblico dos Capuchinhos.
Em anexo, enviamos o prospeto com o Programa e condições de participação e respetivos preços.
Lembramos que esta formação é um bom contributo para a Formação Permanente dos irmãos, nomeadamente na área dos Franciscanismo.
Publicada por OFS LUZ à(s) 11:58:00 0 comentários
Crónicas - Peregrinação a Fátima
Participação
na 46ª Peregrinação anual da Família Franciscana a Fátima
Fátima, dias 6 e 7 de outubro de 2018
Tema:
“O Arauto do Grande Rei” (Ofício da Paixão – S.
Francisco de Assis)
À hora
marcada, à porta da Igreja do Seminário da Luz, os Irmãos e outras pessoas
amigas que costumam juntar-se à Fraternidade nesta peregrinação, tomaram lugar
no autocarro que nos conduziria a Fátima. Ainda passámos pelo Campo Grande para
receber os Irmãos que ali esperavam.
E lá
fomos rumo ao Santuário Mariano. O altar do mundo, como lhe chamam e que o
irmão Pedro nos recordou.
O irmão
Luís Topa, Ministro da nossa Fraternidade, fez o acolhimento. Saudou os presentes,
deu indicações e disponibilizou-se para resolver qualquer problema que
surgisse.
O irmão
Pedro Martins, Secretário da nossa Fraternidade, e a irmã Ministra da
Fraternidade do Campo Grande, foram designados pelo irmão Luís Topa, para
conduzirem as orações propostas e os cânticos franciscanos e marianos.
E, em paz
e alegria, chegámos à Casa de Nossa Senhora do Carmo onde nos instalámos. Tempo
livre. O almoço seria servido às 13 horas.
*
A tarde
teria um programa apertado. Seria o tempo forte da Peregrinação.
O tema
deste Encontro da Família Franciscana era “O
Arauto do Grande Rei…”. Palavras de Francisco. Ele assim se intitulava.
Tema muito bonito e que não se tem ouvido muito nos últimos anos. Soa bem.
Entra no ouvido e obriga a pensar. O arauto não vive em silêncio. Faz-se ouvir.
Anuncia a boa-nova. Vai à frente. Passa a mensagem.
Era assim
o nosso pai S. Francisco. Será, certamente, o que ele gostaria que nós
fossemos. Arautos do Senhor. Humildes mas sem medo.
Junto à
Capelinha das Aparições, saudou-se Nossa Senhora. Ela que é a Rainha da Ordem
Franciscana. Abrimos o coração. Depositamos a seus pés, a alegria, a emoção que
ali nos levava e pedimos a sua proteção para as nossas famílias e para todos os
nossos Irmãos da Fraternidade que não puderam ir.
A Família
Franciscana começou a dirigir-se para o Centro Paulo VI. Cumprindo o calendário
estabelecido, aí escutámos a saudação do Presidente da Família Franciscana
Portuguesa, Frei Fernando Cabecinhas, OFMCap. Cantou-se com entusiasmo o “Paz e
Bem”. Subiram ao palco e por todos muito aclamados, os novos membros da Direção
da Família Franciscana: Frei Armindo Carvalho, Provincial dos Frades Menores,
Irmã Glória, Franciscana Hospitaleira, Frei Daniel, OFM e o Irmão Rui Silva,
Ministro Nacional da OFS.
Frei Sérgio,
OFM, apresentou os vários movimentos de juventude franciscana. Apresentação bem
concebida. Cada grupo se mostrou em vídeo, dando a conhecer como pretendem
viver a mensagem de Francisco. Testemunhámos entusiasmo e alegria,
características tão próprias de jovens em busca de um ideal.
Deu ainda a conhecer o projeto poços
para África. Trata-se de uma iniciativa da OFS e dos Jovens
Franciscanos de toda a Europa, atendendo ao apelo do Papa Francisco na Laudato SÍ. Vamos colaborar?
A Conferência
anunciada no programa, proferida pelo Dr.
Carlos Liz, teve por tema - “e se um anjo nos aparecesse ao caminho?...”.
Creio que, muitas vezes, os anjos se tornam visíveis, confortam e afastam do
caminho obstáculos. Gostei duma frase do ilustre conferencista, enquanto
desenvolvia o seu tema: “…o vosso Francisco”. Não foi lindo?!
O nosso Francisco! É mesmo assim que o sentimos.
Mais uma
vez um grupo da Família Franciscana percorreu, em oração, onze quilómetros a
pé, para chegar ao Santuário.
A Eucaristia
foi na Basílica da Santíssima Trindade. Ali sentimos que estávamos todos. Os Sacerdotes
no altar, nossos Irmãos da Primeira Ordem. Em frente ao altar muitos Irmãos.
Toda a Família Franciscana estava ali representada. Momento de muita paz, de
abandono, de escuta da Palavra.
Depois do
jantar onde convivemos com outros Irmãos (não havia lugares marcados), com as
nossas capas de franciscanos seculares, estivemos na Capelinha das Aparições
rezando o Terço e participando na Procissão das velas. Momento de muita fé. A
grande multidão que nos circundava, não impedia que cada um se sentisse só, em
frente de Nossa Senhora, numa grande intimidade.
A noite
já tinha chegado há muito. O frio que se fazia sentir, reforçado pelo vento que
descia da serra, era leve e cortante, não impedindo, contudo, que nos
dirigíssemos à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, para uma vigília de
Oração. Um lindo fim do dia seis e um bom começo do dia sete. Nossa Senhora,
nossa Mãe, para ti o nosso carinho.
No dia
seguinte, domingo, estivemos nas celebrações habituais do Santuário. A homilia proferida
pelo Reitor, tocou-nos. Falou da família. Da desagregação da mesma. Do
sofrimento de muitos casais cristãos. Claro que era um tema difícil e, daí,
tenha sido tocado um pouco ao de leve. Mas deu para dialogarmos entre Irmãos.
Para sentirmos que há tanto a fazer.
Foi com
alguma tristeza que verificamos que este ano havia menos franciscanos. Poucos
hábitos castanhos da Primeira Ordem. Menos Franciscanos Seculares do que nos
outros anos. Menos Religiosas franciscanas… Porquê? Estes dias são tão
importantes, para cada um, para toda a Família Franciscana… Desejamos que, no futuro, esta peregrinação
venha a ter o brilho que já teve anteriormente.
Mas
também há alegrias para recordar. Pequenas, mas cheias de emoção. Uns Irmãos
que, por lhes ter sido pedido para ajudarem a renascer uma Fraternidade da OFS,
longe de Lisboa, têm estado um pouco ausentes da nossa “casa” da Luz. E eu
retive as suas palavras: “é muito gratificante o que estamos a fazer
mas sentimos enorme desejo de regressar à nossa Fraternidade-mãe”. Que
lindo! Que laços fraternos! Outra situação. Uma Irmã nossa foi a Fátima
integrada em peregrinação da sua paróquia onde desenvolve muito trabalho.
Encontrei-a por acaso durante a Eucaristia de domingo. Abraçamo-nos. Passado um
pouco veio buscar-me para me apresentar à família e a outras pessoas da sua
paróquia. - É uma das minhas irmãs franciscanas – dizia ela, com muita
alegria. Quando nos despedimos, uma das suas amigas que lá estava, falou-me
assim: a X é muito boa, está sempre pronta a ajudar toda a gente, faz muito
bem a todos, ninguém a larga”. Fiquei encantada. Que Irmãos tão bons
que Francisco colocou no nosso caminho.
A
Peregrinação estava a terminar. As malas prontas para colocar no autocarro. Mas
ainda tínhamos um bocadinho de tempo para usarmos do modo que quiséssemos. E,
assim, lá fomos… rua acima conversando tranquilamente, em busca dum saboroso cafezito.
E a
viagem de regresso começou. O Irmão Ministro congratulou-se por tudo ter
corrido tão bem. O seu trabalho deu-nos a tranquilidade de viver dois dias
somente como peregrinos. Toda a logística ficou a seu cargo. Que S. Francisco o
recompense pelo seu serviço aos Irmãos.
Cantámos,
agradecemos a Nossa Senhora os momentos tão fortes que vivemos junto ao seu
altar e, em santa alegria, voltamos à vida de cada dia, aos nossos
compromissos.
Pai S.
Francisco ensina-nos a ser como tu, embora em ponto pequenino, “Arautos
do Grande Rei”.
Glória ao Altíssimo, Omnipotente e bom
Senhor…
maria clara, ofs
7 de Outubro 2018
Publicada por OFS LUZ à(s) 10:44:00 0 comentários
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