Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

20 de abril de 2025

DOMINGO DE PÁSCOA

 DOMINGO DE PÁSCOA - 2025


Introdução à Liturgia:

Após termos celebrado a Vigília Pascal, a liturgia deste domingo convida-nos a viver festivamente a ressurreição do Senhor, centro da nossa fé e fundamento da nossa esperança. É no Ressuscitado que reside a vida plena a que todos somos chamados. A ressurreição de Cristo é o fundamento desta nossa esperança. Por isso, hoje, em comunhão com toda a Igreja, proclamamos com os nossos cantos de aleluia a vitória de Cristo ressuscitado.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, Se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, anunciam este “caminho” a todos os homens.

A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova até à transformação plena que nos há-de levar a viver como mulheres e homens ressuscitados. É esta a nossa identidade pascal.

O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta. É assim que da cruz se faz vida e que o amor leva à comunhão.

Padre João Lourenço, OFM

17 de abril de 2025

Domingo de Ramos

 Domingo de Ramos - 2025 - (13 de abril 2025)

    Introdução à Liturgia:

      (A introdução decorre com a Bênção dos Ramos e a caminhada para a

     Igreja; ao chegar à Igreja o celebrante proclama a Oração – Coleta – e

     seguem-se as Leituras, começando pela introdução às mesmas).

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo que, segundo a profecia de Isaías, é chamado por Deus para anunciar e testemunhar a Palavra da salvação no meio das nações. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com plena fidelidade, o projecto que Deus lhe havia confiado. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus, aquele que proclama a universalidade da salvação.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu da sua glória, assumindo a condição humana para assim servir a humanidade até ao dom pleno da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.

O Evangelho narra-nos a paixão segundo o texto de São Lucas: é um texto marcado pelo humanismo do Evangelista deste ano e que podemos integrar neste contexto de vivência do Ano Jubilar e da Esperança que lhe dá conteúdo. É também importante, na narrativa da paixão escutar a confissão do Centurião romano que nos convida também a cada um de nós a confessar a nossa fé em Jesus, o filho de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

5º DOMINGO DA QUARESMA

 5º DOMINGO DA QUARESMA – ANO C - 06.04.2025

Jesus and the adulteress, by Rembrandt

   Introdução à Liturgia

   Os textos da liturgia de hoje permitem-nos refletir acerca de procedimentos que se instalaram na nossa sociedade e até nos nossos comportamentos religiosos, que se coadunam mais com processos de caráter jurídico do que com as dimensões evangélicas do perdão e da regeneração fraterna. Dispostos a atirar a 1ª pedra é já quase uma falsa virtude que assumimos sem olhar a quem e sem ter presente a mensagem do evangelho e o testemunho de Jesus. Nesta caminhada quaresmal, temos hoje na palavra de Deus um verdadeiro apelo à conversão.

Introdução às Leituras

    A 1ª leitura, do livro de Isaías, convida-nos a viver a novidade do reino de Deus e não a ficar apegado às memórias e aos procedimentos do passado, como é apanágio da nossa tradição. Sabemos que é difícil mudar e, espiritualmente falando, mais difícil isso se torna.

   A 2ª leitura, da carta aos Filipenses, da grandeza que a nossa fé nos concede perante o mistério de Cristo. É de facto um verdadeiro tesouro espiritual a graça que dele nos vem e que nos move para a verdadeira meta que é a Sua ressurreição.

    No Evangelho, tomado do texto de S. João, leva-nos até este imperativo de nos confrontarmos connosco, com os nossos procedimentos para assim aprender com é determinante sentir o perdão. Não importa, para Jesus, pensar na vivência dos outros se a nossa não for verdadeira. E isso só conseguimos quando nos deixamos tocar pela sua Palavra e pelo seu testemunho.

Padre João Lourenço, OFM

4º Domingo da Quaresma

4º Domingo da Quaresma - 2025 

O Pai - Regresso do Filho Pródigo, Rembrandt

Introdução à Liturgia:

O tempo quaresmal é sempre uma caminhada em direção a uma ‘nova terra’ a que Deus nos chama, para nessa nova relação de comunhão podermos construir uma nova identidade de vida e um novo projeto de comunhão fraterna. Assim iniciou o povo de Israel a sua entrada na Terra Prometida, um convite para que cada um e todos nós construamos também uma nova comunhão, abrindo-nos à novidade do Reino que Jesus inaugura na Sua Páscoa.    

Introdução às Leituras:

A primeira Leitura, do livro de Josué, é acima de tudo um marco vivencial na história do povo eleito e é igualmente uma proposta para as comunidades de hoje se prepararem para celebrar o mistério pascal numa nova relação de comunhão, num regresso sempre proposto como meta de caminhada

 Na 2ª leitura da Carta aos Coríntios, Paulo exorta os crentes à reconciliação. Esta é a meta da caminhada e a nova identidade de vida como ‘novas criaturas’.

 No evangelho, numa das mais belas parábolas que Jesus nos propõe, sentimo-nos também nós presentes, necessitados do regresso à casa da misericórdia de Deus, onde sabemos que Ele nos acolhe com amor e carinho, de portas abertas. Ele tem sempre uma ‘túnica nova’ para nos revestir e o anel do seu amor para testemunhar que a sua aliança para connosco vai para além da nossa infidelidade. É a festa do seu amor.

Padre João Lourenço, OFM

24 de março de 2025

3º Domingo da Quaresma

 3º Domingo da Quaresma

(23 de março 2025)

Introdução à Liturgia

A quaresma sempre foi apresentada na vida e na liturgia da Igreja como uma caminhada, que tem como meta a vivência da Páscoa do Senhor. Esta caminhada exige esforço e empenho. Este empenho chama-se conversão, um contínuo recomeço, um regresso constante às origens da nossa comunhão com Deus. A palavra ‘conversão’ significa ‘regresso’ à comunhão com Deus. É este o grande desafio do tempo quaresmal.

Introdução às Leituras

A história da salvação mostra-nos que a relação com Deus não é um mero acaso nem uma feliz coincidência. Ela ensina-nos que Deus sempre se ocupou e cuidou do Seu povo. Fá-lo através de mediadores, a quem chama e envia para reconduzirem o Seu povo à comunhão com ele. A pessoa de Moisés é o paradigma da antiga aliança, chamado para libertar o povo de Deus.

 Paulo, na 2ª leitura de hoje, exorta os fiéis de Corinto a que sigam a mensagem de Jesus e se tornem seus verdadeiros seguidores.

A sociedade do tempo de Jesus, tal como ainda hoje sucede, era propensa a fazer leituras dos acontecimentos à luz de um certo fatalismo. Pelo contrário, Jesus convida os seus contemporâneos a ver os acontecimentos como sinais interpelativos, o que chamamos sinais dos tempos e que nos podem levar a refazer caminhos e a recriar uma nova vida, uma nova relação que tenha como centro a pessoa e a mensagem de Jesus.

Padre João Lourenço, OFM


17 de março de 2025

2º Domingo da Quaresma

16.03.2025

Introdução à Liturgia:

O tempo da quaresma é apresentado na liturgia como um caminho, uma caminhada que cada crente é convidado a fazer, seguindo os passos de Cristo. Neste segundo Domingo, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve pautar: é o caminho da escuta atenta aos apelos de Deus em ordem à realização dos seus projetos, numa entrega radical e comprometida com os planos do Pai.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-se um dos grandes momentos da História da Salvação: O chamamento e a caminhada de Abraão em direção à terra da promessa. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que sabe ler os seus sinais, que aceita o seu chamamento e Lhe responde com total confiança, dispondo-se a seguir os seus apelos. Nesta perspetiva, Abraão é o modelo do crente que acolhe o projeto de Deus e o segue de todo o coração.

Na segunda leitura, Paulo deixa um apelo a todos aqueles que querem seguir Jesus, no sentido de que sejam, de forma verdadeira, empenhada e coerente, as testemunhas do projeto de Deus no mundo. Nada – muito menos o medo, o comodismo ou a instalação – podem desviar o discípulo dessa responsabilidade ou bloqueá-lo na sua caminhada.

O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projecto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e, porventura, assustados, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Segui-o, vós também.
Padre João Lourenço, OFM

1º Domingo da Quaresma

 (09 março 2025)

Introdução à Liturgia

Iniciada na quarta-feira com a celebração das cinzas, hoje a liturgia introduz-nos no tempo quaresmal e apresenta-nos o projeto que nos conduz à páscoa do Senhor. A igreja propõe-nos ao longo destes 40 dias uma caminhada que acompanha Jesus na sua missão. Seguir Jesus é, antes de mais, um processo de caminhada que implica renúncia, para assim acolhermos os desafios que a Palavra de Deus hoje nos faz.

Introdução às Leituras

A primeira leitura, do livro do Deuteronómio, fala-nos do projeto de Deus para o Seu povo e mostra-nos como esse mesmo projeto tem como fundamento as ações históricas que Deus realizou para libertar e conduzir Israel da casa da escravidão à terra da liberdade. É um autêntico programa a pôr em prática ao longo deste nosso percurso quaresmal; outrora, foi para o Povo de Israel; hoje, na nossa caminhada com Cristo, temos aqui um verdadeiro programa de vida.

 O projeto de Deus tem sempre a sua centralidade na Palavra; é por ela que Deus se faz presente na nossa vida; é nela que encontramos a força e os desafios que nos motivam; é através dela que respondemos com a nossa adesão às propostas do Senhor. A Quaresma é o tempo da Palavra. É isso mesmo que nos diz Paulo: ela deve habitar os nossos corações.

 O Evangelho narra-nos, como sempre sucede no 1º domingo da quaresma, as tentações de Jesus. Estamos perante a centralidade da sua missão que se concretiza nesta proposta de libertação interior que nos deve conduzir à ressurreição pascal.

Padre João Lourenço, OFM

6 de março de 2025

8º Domingo do Tempo Comum – Ano C

 

(27.02.2022)

Introdução à Eucaristia:

A liturgia de hoje interpela-nos fortemente acerca da sinceridade da vida, da verdade que decorre não das palavras que dizemos da verdade da nossa ação e dos nossos comportamentos. Tecida com muitas imagens e comparações, a palavra do Senhor que hoje nos é proposta, interpela à vida prática e à transformação do coração. Que a nossa Eucaristia seja um momento de encontro com o Senhor e que o nosso coração se deixe tocar pela Sua palavra.

 Introdução às Leituras:

A 1ª Leitura, do livro de Ben Sirah, diz-nos, de uma forma veemente, que a palavra é o espelho do coração humano. De facto, não é a boca que testemunha a verdade da nossa fé, nem esta é confirmada pelas nossas palavras. A verdade da fé só pode ser testemunhada pela verdade da nossa vida.

No evangelho, S. Lucas mostra-nos como Jesus reforça esta mensagem e exorta os seus discípulos à sinceridade de vida. Continuamos hoje, tal como Jesus o sentia no seu tempo, a ver como há mil formas de tentar ludibriar a verdade, pensando que com isso estamos acolhendo os desafios da Palavra. Jesus interpela-nos, antes de mais, para que cada um se deixe converter, pois só um coração convertido pela Palavra do Evangelho poderá olhar o rosto do Outro, tal como deseja ser contemplado pelo rosto de Deus.

 Na 2ª leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da esperança que deve fortalecer o nosso coração, pois é pelo nosso esforço, juntamente com a graça de Deus, que alcançamos a vitória da vida eterna.

Padre João Lourenço, OFM

24 de fevereiro de 2025

7º Domingo do Tempo Comum

ANO C - (24.02.2025) 

Introdução à Eucaristia:

O amor aos inimigos é um tema constante na vivência da fé, aliás já presente no Antigo Testamento e tomado por Jesus como o seu grande mandamento. Esta novidade cristã revolucionou a espiritualidade e deu à fé cristã uma nova dimensão, uma dimensão universal que faz da nossa fé uma realidade aberta a todos e onde não há lugar para o ódio nem para a vingança. É esta novidade que hoje somos chamados a celebrar na nossa eucaristia.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do primeiro livro de Samuel, mostra-nos como o rei David preservou a vida do seu adversário, o rei Saul, porque ele era o ungido do Senhor. A bondade de David tornou-se assim exemplar, já que a sua fidelidade a Deus impunha o respeito pelo outro, mesmo quando ele é nosso adversário.

 Na segunda leitura, dando continuidade ao texto da 1ª Carta aos Coríntios que já meditamos nos domingos anteriores, Paulo fala-nos de Cristo como o novo Adão, figura e modelo do novo homem que aspira às coisas do alto, vivendo segundo os valores de Deus e não se deixando aprisionar pelos apetites ou instintos terrenos.

 No Evangelho, Jesus continua a expor aos seus discípulos a Boa-Nova que Ele veio anunciar. Em contraste com os procedimentos do judaísmo, Jesus fala do amor aos inimigos e da gratuidade da vida cristã, reforçando assim a diferença total em relação aos preceitos do Antigo Testamento. O centro da sua mensagem está no amor aos inimigos. É esta mensagem que os discípulos de Jesus devem viver, tal como Ele a propôs àqueles que o seguiam. 

Padre João Lourenço, OFM

17 de fevereiro de 2025

6º Domingo do Tempo Comum

 

(Ano C – 2025)

Introdução à Eucaristia:

A liturgia de hoje convida-nos a fazer um confronto entre a nossa autossuficiência, uma espécie de culto idolátrico de nós mesmos, algo muito comum no nosso tempo e a verdadeira fé que se entrega nas mãos de Deus e n’Ele confia plenamente. Sendo um desafio que nos é feito, é também uma prova que nos é proposta acerca dos valores do Evangelho, bem identificados nas Bem-aventuranças. 

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Jeremias, fala-nos dos dois caminhos que nos são propostos: o da confiança no Senhor que conduz à vida e à felicidade, e o da autossuficiência que é comparado à aridez do deserto, sem vida e sem esperança, em que nada tem futuro, pois acabamos por viver fechados nos nossos próprios muros.

 Na segunda leitura, dando continuidade ao texto da 1ª Carta aos Coríntios que nos fala da ressurreição, Paulo diz, de uma forma muito expressiva, que o centro da nossa fé está na ressurreição do Senhor e que é aí que tem fundamento a nossa esperança. Cristo é as primícias daquela vida que também nos está reservada em Deus.

 No Evangelho, Jesus continua a expor aos seus discípulos a Boa-Nova que Ele veio anunciar. E fá-lo de uma forma muito clara através da mensagem dos dois caminhos: o da felicidade e da liberdade da fé, vivendo as Bem-aventurança, ou o da autossuficiência que nos fecha e reduz a vida à posse das coisas e à contemplação do narcisismo pessoal que mais não é do que a ‘árvore estéril’ do deserto.

Padre João Lourenço, OFM

8 de fevereiro de 2025

5º Domingo do Tempo Comum

 5º Domingo do Tempo Comum

(9 fevereiro 2025)

Introdução à Liturgia

A liturgia deste domingo convida-nos a refletir sobre a centralidade da Palavra de Deus, do Seu chamamento, que nos desafia e nos motiva para uma vida nova, deixando tudo e seguindo Jesus. Temos o chamamento de Isaías e dos discípulos; são exemplos e paradigmas de adesão à Palavra que motiva e dá sentido à nossa caminhada. É na Palavra e pela Palavra que nós celebramos a nossa fé. 

 Introdução às Leituras

A primeira leitura, do livro de Isaías, fala-nos da vocação do Profeta, fascinado pela glória do Senhor, aceita o convite que lhe é feito para ser o arauto da santidade de Deus no meio dos homens do seu tempo.

Na segunda leitura, S. Paulo recorda aos cristãos qual é o núcleo central do evangelho: a morte e a ressurreição de Jesus. Era esse o conteúdo da fé da Igreja que ele recebeu da comunidade apostólica e que agora transmite aos cristãos de Corinto. Foi isso mesmo que ele descobriu a partir do seu encontro com Cristo.

O Evangelho fala-nos do ensino de Jesus, junto às margens do Lago da Galileia e do seu encontro com as multidões que o procuravam. É desse ensino, da escuta da Palavra que nasce a vocação e o seguimento dos discípulos. A Palavra de Deus está sempre no centro que dá sentido e horizontes à vida cristã.

Padre João Lourenço, OFM

FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR

 FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR

Giotto Di Bondone  -Apresentação de Jesus no templo, 1320

(02.02.2025)

Introdução à Liturgia:

A igreja celebra hoje, dia 2 de fevereiro, a festa da Apresentação do Senhor, que antes da reforma litúrgica do Concílio era chamada de Festa da Senhora das Candeias. Trata-se de uma festa de matriz bíblica, em que ao completar os 40 dias de dar à luz, de acordo com a Lei, a Mãe deve apresentar-se no templo para assim dar início à sua reintegração na Comunidade. Os Evangelho, designadamente S. Lucas, realça que a família de Nazaré foi também apresentar ao Senhor e à Comunidade o Menino Jesus que era o Primogénito, para assim agradecer ao Deus da vida a nova vida que d’Ele nos vem trazer e é neste contexto que Ele é acolhido.  

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro do profeta Malaquias, faz-se o anúncio da vinda do mensageiro do Senhor que vem para proceder a uma renovação do povo, dando assim início a uma nova etapa na história da salvação. Neste ano jubilar sob o lema da esperança, Jesus é esse mensageiro que nos anuncia um tempo novo de comunhão com Deus.

 A segunda leitura, Carta aos Hebreus, faz-se já uma leitura teológica da encarnação de Cristo, já que Ele vem assumir a nossa condição, elevando-nos à dignidade de filhos e tornando-nos participantes da sua condição.  

 No Evangelho de S. Lucas que hoje a liturgia nos propõe, estamos perante a melhor interpretação que nos é oferecida acerca deste momento da vida de Jesus. Ele é apresentado no templo e também àqueles justos do Antigo Testamento que aguardavam a salvação e a chegada do messias. Jesus é, como diz Simeão, a luz das nações que Deus oferece ao Seu povo.

Padre João Lourenço, OFM

3º Domingo do Tempo Comum

3º Domingo do Tempo Comum

(26.01.2025)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo dá-nos a oportunidade de iniciar a leitura contínua do Evangelho de S. Lucas que nos acompanhará na nossa caminhada de fé ao longo deste ano, nos chamados domingos do ‘tempo comum’. Através de Lucas seguimos a caminhada de Jesus e somos convidados a redescobrir o sentido da misericórdia, um dom da gratuidade de Deus que nos aproxima da casa do Pai. Celebramos também hoje o ‘Domingo da Palavra. A Palavra é o caminho que nos leva ao coração de Deus.  

Introdução às Leituras:

Num texto muito belo que é tomado do livro de Neemias, a 1ª leitura fala-nos do tempo novo que o povo de Israel inicia após o seu regresso do exílio da Babilónia. No centro desse tempo novo está a Palavra de Deus que se faz polo agregador e motivador de uma nova dinâmica de comunhão. Por isso, celebrar e partilhar é o grande desafio da nossa Fé.

 A segunda leitura, na continuação do domingo anterior, fala-nos da unidade em Cristo que se constrói na comunhão das diversas formas de viver a fé. Paulo, recorre à imagem do corpo, para nos ajudar a construir essa comunhão. Estando nós a celebrar o oitavário de oração pela Unidade dos Cristãos aqui temos uma bela motivação para construir esta comunhão à volta do Senhor Jesus.

O Evangelho fala-nos das motivações que levam Lucas a escrever os acontecimentos à volta de Jesus, dizendo-nos que eles devem fortalecer a fé dos ‘servidores da Palavra’ e consolidar os crentes na vivência da sua fé. Depois, fala-nos da missão de Jesus no anúncio da Boa-Nova, tal como o profeta Isaías o havia anunciado. 

Padre João Lourenço, OFM

20 de janeiro de 2025

2º Domingo do Tempo Comum

2º Domingo do Tempo Comum

(19.01.2025)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo oferece-nos uma oportunidade de estabelecer uma relação entre as celebrações natalícias e os conteúdos da mensagem anunciada e proposta por Jesus, na sua vida pública pelos caminhos da Palestina. Para nos mostrar isso, Jesus é apresentado como aquele que é o ‘vinho’ novo do amor e da misericórdia de Deus, dizendo-nos que Deus não esquece o Seu povo e envia-lhe agora a plenitude da salvação esperada.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Isaías, através de uma linguagem figurativa, fala-nos do amor ‘esponsal’ de Deus pelo Seu povo, não deixando que este pereça abandonado nos caminhos da história. Deus dedica ao Seu povo todo o carinho que o jovem marido dedica à sua amada. Nós, a Igreja, somos esta ‘amada de Deus’ a quem Ele continua a dirigir palavras de amor e a deixar desafios de esperança.  

Na segunda leitura, Paulo exorta os cristãos de Corinto a viverem de forma harmoniosa, tendo em conta a pluralidade de dons e carismas que enriquecem a comunidade. Para isso, cada um deve colocar-se ao serviço do bem-comum, não a pensar em si, mas sim no bem comum, pois todos os dons são graça do Espírito Santo.

 O Evangelho, tomado do texto de São João, apresenta-nos as Bodas de Caná, onde Jesus se dá a conhecer aos discípulos, num contexto de ‘boda’, uma das imagens mais ricas do Antigo testamento para nos falar do amor de Deus. Ele é agora o centro desse banquete de comunhão, o ‘vinho novo’ que empresta aos homens um novo alento para a sua caminhada. Por isso, o texto termina, com a adesão dos discípulos que acreditam n’Ele e O seguem. 

Padre João Lourenço, OFM

Festa do Batismo do Senhor

 Festa do Batismo do Senhor

(12.01.2025)

Introdução à Liturgia:

Dando continuidade ao tempo de Natal, a liturgia de hoje fala-nos do batismo de Jesus nas margens do Jordão. É a 1ª manifestação pública de Jesus, pela qual o Pai o confirma como o Seu amado Filho, enviado ao mundo com a missão de salvar e libertar os homens. Neste ano jubilar sob o lema da esperança, o batismo é também um momento de fortalecer a nossa esperança em Cristo, a âncora da nossa vida.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar no mundo a justiça, a reconciliação e uma paz sem fim. Revestido da força do Espírito de Deus, Jesus concretiza essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses não são os procedimentos de Deus.

 A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projeto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.

No Evangelho, S. Lucas oferece-nos o testemunho de João acerca da messianidade de Jesus que se inicia no seu batismo. É pela voz do Pai que este mesmo testemunho se confirma: Ele é o filho muito amado que devemos escutar e acolher a sua proposta de vida. 

Padre João Lourenço, OFM

4 de janeiro de 2025

Solenidade da Epifania do Senhor

 Solenidade da Epifania do Senhor

5 de janeiro de 2025

Ano C

Adoração dos Reis Magos por Bartolomé Esteban Murillo, século XVII, (Museu de Arte de ToledoOhio).

Introdução à Liturgia: 

Celebramos, hoje, a Solenidade da Epifania do Senhor. Fazendo parte da quadra natalícia, a liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens, dando assim uma dimensão universal ao mistério da encarnação do Senhor: Ele dá-se a conhecer a todos os povos. Ele é a “luz” que resplandece na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Esta “luz” encarnou na nossa história, fez-se presente na vida dos homens e iluminou os seus caminhos, conduziu-os ao encontro da salvação e da vida em plenitude.

Introdução às Leituras: 

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora que Deus fará brilhar sobre Jerusalém, simbolizando assim a chegada da plenitude da vida de que Jesus é portador. A centralidade universal de Cristo atrai a Ele todos os povos que caminham guiados por essa luz.

Atualizando, em Cristo, o anúncio da primeira leitura, a segunda leitura diz-nos que essa “Luz” se concretiza através dos arautos do Evangelho de que Paulo é testemunho; já não apenas aos Judeus, mas a todos os povos, pois todos são chamados a partilhar a mesma comunhão em Cristo. 

No Evangelho, numa narrativa muito bela e profundamente simbólica, Mateus dá-nos a conhecer a forma como a Luz que é Cristo convida todos os povos, simbolizados nos Magos, a caminharem ao encontro de Jesus. Importa estar atentos aos seus sinais, à sua estrela e deixar-se conduzir por Ele, pois só assim podemos encontrar um novo caminho para construir um mundo diferente. Neste tempo de tantas incertezas e incógnitas, só a Luz de Cristo nos pode abrir horizontes de esperança.

 Padre João Duarte Lourenço, OFM

31 de dezembro de 2024

SOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

 SOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

1 de janeiro de 2025

Ano C (Ciclo único) 

Introdução à Liturgia:

     Celebramos, hoje, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. A todos saudamos com votos de um Novo Ano, cheio de Paz e Harmonia. Hoje, a liturgia convida-nos a celebrar várias evocações: a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, a primeira das evocações com que os cristãos honraram a Mãe de Jesus; o Dia Mundial da Paz que, desde 1968, é um apelo constante da Igreja, através da oração, para a construção da paz no mundo; o primeiro dia do ano, início de uma nova caminhada, percorrida de mãos dadas com o Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.

Introdução às Leituras:

     As leituras que hoje nos são propostas evocam os vários temas a que já aludimos. Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-nos que é da sua bênção e da sua presença que brota e resplandece em nós a plenitude da vida.

Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É este privilégio de sermos “filhos” que nos leva a dirigirmo-nos a Deus e chamar-lhe “Ábbá” (“PAI”).

O Evangelho mostra como a chegada do projeto libertador de Deus, através de Jesus, provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.

 Padre João Duarte Lourenço, OFM

30 de dezembro de 2024

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

29 de dezembro de 2024

Ano C 

Introdução à Liturgia: 

Celebramos, hoje, a Festa da Sagrada Família. Num tempo em que as famílias se reúnem e que a Igreja vem dedicando particular atenção, a liturgia deste domingo propõe-nos a família de Jesus como exemplo e modelo das nossas comunidades familiares. Tal como a família de Jesus – diz-nos a liturgia deste dia – as nossas famílias devem viver numa permanente atenção aos desafios de Deus e às necessidades dos irmãos.

Introdução às Leituras: 

A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar o amor que deve unir esposos e filhos. Embora mudem as circunstâncias, o essencial da identidade humana e familiar permanece. Sem amor e comunhão de vida não há família. 

A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos dos que vivem “em Cristo” e aceitaram ser “novas criaturas”. Esse amor deve tocar, de forma muito especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em atitudes de bondade, de respeito, de partilha, de serviço e de perdão.

O Evangelho, pela palavra de Lucas, mostra-nos uma família que escuta a Palavra de Deus, que se deixa desafiar por essa mesma Palavra e que se faz sinal de esperança e de plenitude da ação de Deus na história dos homens. Jesus é a luz que se revela às nações e nos leva a descobrir e a caminhar na construção de uma verdadeira comunhão de amor. 

Padre João Duarte Lourenço, OFM 

26 de dezembro de 2024

NATAL DO SENHOR – MISSA DO DIA

NATAL DO SENHOR – MISSA DO DIA

 25 de dezembro de 2024

Ano C (Leituras únicas)

 Introdução à Liturgia:

    Celebramos, hoje, o Natal do Senhor. Hoje, somos convidados a dirigir o nosso olhar e contemplar o amor de Deus, manifestado e testemunhado na Encarnação de Jesus – o Deus Menino – que nos foi dado. Ele é a “Palavra” que se faz pessoa e vem habitar no meio dos homens, a fim de nos oferecer a vida em plenitude e nos elevar à dignidade de “filhos de Deus”.

 Introdução às Leituras:

     A primeira leitura anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade sem fim. Assim diz Isaías: “Como são belos os pés do Mensageiro que anuncia a paz”. Ele é esse Mensageiro que nos convida e desafia a ser também mensageiros como Ele.

     A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projeto alcança a sua plenitude em Jesus, pois Ele é a “Palavra” de Deus que os homens devem escutar e acolher.

     O Evangelho, tomado do início do texto de S. João, apresenta-nos Jesus como a plenitude da Palavas, o Logos de Deus. Contemplá-lo é acolher essa Palavra feita vida entre nós e descobrir nela a Luz que nos guia e conduz até ao Pai, tornando-nos assim o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive numa relação filial com Deus.

 Padre João Duarte Lourenço, OFM

4º DOMINGO DO ADVENTO

 

(22.12.2024)

 Introdução à Liturgia

A liturgia deste Domingo, o 4º do Advento, aproxima-nos ao mistério do Natal do Senhor e faz-nos sentir que Deus escolheu os simples para serem a morada do Verbo encarnado. É a simplicidade de Belém, de onde deve vir o Messias, é a simplicidade da condição humana, é a simplicidade do encontro entre duas mulheres que testemunham, desde o ventre materno este mistério salvador. Tudo nos aproxima de Deus na simplicidade da condição humana.

 Introdução à Liturgia

A primeira leitura trás até nós os ecos da profecia de Miqueias sobre as origens Messias, a povoação de Belém, que era a garantia da descendência de David de quem devia vir um Salvador para o povo eleito e em Jesus esse salvador é para toda a humanidade.

A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, mostra-nos que em Jesus se aboliu o culto do Antigo Testamento, feito de ritos sacrificiais, para dar início a um novo culto: ‘Eis que venho para fazer a Tua vontade’. É este o verdadeiro culto que devemos prestar a Deus.

 No Evangelho, São Lucas fala-nos do encontro entre Maria e Isabel, na visitação, mostrando que a Mãe do Salvador é a primeira missionária a levar a Boa-Nova no seu seio para santificar a vida nas suas origens, e encher de graça e esperança toda a humanidade: ‘feliz aquela que acreditou´. Está aqui o fundamento da nossa esperança.

Padre João Lourenço, OFM

 
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