Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

29 de novembro de 2018

Encontro de Formadores


Crónicas - Peregrinação a Fátima


Participação na 46ª Peregrinação anual da Família Franciscana a Fátima

 Fátima, dias 6 e 7 de outubro de 2018
Tema: “O Arauto do Grande Rei” (Ofício da Paixão – S. Francisco de Assis)

À hora marcada, à porta da Igreja do Seminário da Luz, os Irmãos e outras pessoas amigas que costumam juntar-se à Fraternidade nesta peregrinação, tomaram lugar no autocarro que nos conduziria a Fátima. Ainda passámos pelo Campo Grande para receber os Irmãos que ali esperavam.

E lá fomos rumo ao Santuário Mariano. O altar do mundo, como lhe chamam e que o irmão Pedro nos recordou.

O irmão Luís Topa, Ministro da nossa Fraternidade, fez o acolhimento. Saudou os presentes, deu indicações e disponibilizou-se para resolver qualquer problema que surgisse.

O irmão Pedro Martins, Secretário da nossa Fraternidade, e a irmã Ministra da Fraternidade do Campo Grande, foram designados pelo irmão Luís Topa, para conduzirem as orações propostas e os cânticos franciscanos e marianos.

E, em paz e alegria, chegámos à Casa de Nossa Senhora do Carmo onde nos instalámos. Tempo livre. O almoço seria servido às 13 horas.
*

A tarde teria um programa apertado. Seria o tempo forte da Peregrinação.

O tema deste Encontro da Família Franciscana era “O Arauto do Grande Rei…”. Palavras de Francisco. Ele assim se intitulava. Tema muito bonito e que não se tem ouvido muito nos últimos anos. Soa bem. Entra no ouvido e obriga a pensar. O arauto não vive em silêncio. Faz-se ouvir. Anuncia a boa-nova. Vai à frente. Passa a mensagem.
Era assim o nosso pai S. Francisco. Será, certamente, o que ele gostaria que nós fossemos. Arautos do Senhor. Humildes mas sem medo.

Junto à Capelinha das Aparições, saudou-se Nossa Senhora. Ela que é a Rainha da Ordem Franciscana. Abrimos o coração. Depositamos a seus pés, a alegria, a emoção que ali nos levava e pedimos a sua proteção para as nossas famílias e para todos os nossos Irmãos da Fraternidade que não puderam ir.

A Família Franciscana começou a dirigir-se para o Centro Paulo VI. Cumprindo o calendário estabelecido, aí escutámos a saudação do Presidente da Família Franciscana Portuguesa, Frei Fernando Cabecinhas, OFMCap. Cantou-se com entusiasmo o “Paz e Bem”. Subiram ao palco e por todos muito aclamados, os novos membros da Direção da Família Franciscana: Frei Armindo Carvalho, Provincial dos Frades Menores, Irmã Glória, Franciscana Hospitaleira, Frei Daniel, OFM e o Irmão Rui Silva, Ministro Nacional da OFS.

Frei Sérgio, OFM, apresentou os vários movimentos de juventude franciscana. Apresentação bem concebida. Cada grupo se mostrou em vídeo, dando a conhecer como pretendem viver a mensagem de Francisco. Testemunhámos entusiasmo e alegria, características tão próprias de jovens em busca de um ideal.

 Deu ainda a conhecer o projeto poços para África. Trata-se de uma iniciativa da OFS e dos Jovens Franciscanos de toda a Europa, atendendo ao apelo do Papa Francisco na Laudato SÍ. Vamos colaborar?

A Conferência anunciada no programa, proferida pelo Dr. Carlos Liz, teve por tema - “e se um anjo nos aparecesse ao caminho?...”. Creio que, muitas vezes, os anjos se tornam visíveis, confortam e afastam do caminho obstáculos. Gostei duma frase do ilustre conferencista, enquanto desenvolvia o seu tema: “…o vosso Francisco”. Não foi lindo?! O nosso Francisco! É mesmo assim que o sentimos.

Mais uma vez um grupo da Família Franciscana percorreu, em oração, onze quilómetros a pé, para chegar ao Santuário.

A Eucaristia foi na Basílica da Santíssima Trindade. Ali sentimos que estávamos todos. Os Sacerdotes no altar, nossos Irmãos da Primeira Ordem. Em frente ao altar muitos Irmãos. Toda a Família Franciscana estava ali representada. Momento de muita paz, de abandono, de escuta da Palavra.

Depois do jantar onde convivemos com outros Irmãos (não havia lugares marcados), com as nossas capas de franciscanos seculares, estivemos na Capelinha das Aparições rezando o Terço e participando na Procissão das velas. Momento de muita fé. A grande multidão que nos circundava, não impedia que cada um se sentisse só, em frente de Nossa Senhora, numa grande intimidade.
A noite já tinha chegado há muito. O frio que se fazia sentir, reforçado pelo vento que descia da serra, era leve e cortante, não impedindo, contudo, que nos dirigíssemos à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, para uma vigília de Oração. Um lindo fim do dia seis e um bom começo do dia sete. Nossa Senhora, nossa Mãe, para ti o nosso carinho.

No dia seguinte, domingo, estivemos nas celebrações habituais do Santuário. A homilia proferida pelo Reitor, tocou-nos. Falou da família. Da desagregação da mesma. Do sofrimento de muitos casais cristãos. Claro que era um tema difícil e, daí, tenha sido tocado um pouco ao de leve. Mas deu para dialogarmos entre Irmãos. Para sentirmos que há tanto a fazer.

Foi com alguma tristeza que verificamos que este ano havia menos franciscanos. Poucos hábitos castanhos da Primeira Ordem. Menos Franciscanos Seculares do que nos outros anos. Menos Religiosas franciscanas… Porquê? Estes dias são tão importantes, para cada um, para toda a Família Franciscana…  Desejamos que, no futuro, esta peregrinação venha a ter o brilho que já teve anteriormente.

Mas também há alegrias para recordar. Pequenas, mas cheias de emoção. Uns Irmãos que, por lhes ter sido pedido para ajudarem a renascer uma Fraternidade da OFS, longe de Lisboa, têm estado um pouco ausentes da nossa “casa” da Luz. E eu retive as suas palavras: “é muito gratificante o que estamos a fazer mas sentimos enorme desejo de regressar à nossa Fraternidade-mãe”. Que lindo! Que laços fraternos! Outra situação. Uma Irmã nossa foi a Fátima integrada em peregrinação da sua paróquia onde desenvolve muito trabalho. Encontrei-a por acaso durante a Eucaristia de domingo. Abraçamo-nos. Passado um pouco veio buscar-me para me apresentar à família e a outras pessoas da sua paróquia. - É uma das minhas irmãs franciscanas – dizia ela, com muita alegria. Quando nos despedimos, uma das suas amigas que lá estava, falou-me assim: a X é muito boa, está sempre pronta a ajudar toda a gente, faz muito bem a todos, ninguém a larga”. Fiquei encantada. Que Irmãos tão bons que Francisco colocou no nosso caminho.

A Peregrinação estava a terminar. As malas prontas para colocar no autocarro. Mas ainda tínhamos um bocadinho de tempo para usarmos do modo que quiséssemos. E, assim, lá fomos… rua acima conversando tranquilamente, em busca dum saboroso cafezito.

E a viagem de regresso começou. O Irmão Ministro congratulou-se por tudo ter corrido tão bem. O seu trabalho deu-nos a tranquilidade de viver dois dias somente como peregrinos. Toda a logística ficou a seu cargo. Que S. Francisco o recompense pelo seu serviço aos Irmãos.

Cantámos, agradecemos a Nossa Senhora os momentos tão fortes que vivemos junto ao seu altar e, em santa alegria, voltamos à vida de cada dia, aos nossos compromissos.

Pai S. Francisco ensina-nos a ser como tu, embora em ponto pequenino, Arautos do Grande Rei”.


Glória ao Altíssimo, Omnipotente e bom Senhor…
maria clara, ofs
7 de Outubro 2018

27 de novembro de 2018

XVIII Capítulo Nacional Eletivo da OFS










26 de novembro de 2018

Solenidade de Cristo Rei do Universo



(2018)
Introdução à Liturgia
Celebramos, neste último domingo do ano litúrgico, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus, desse reino que Jesus veio anunciar e que, embora não seja deste mundo, Ele quer que cada um de nós seja já um sinal desse Reino de comunhão e de amor. Não sendo um reino como os demais, Jesus é rei no coração de cada crente que o testemunha com a sua vida.

Introdução às Leituras
A primeira leitura, do livro de Daniel, serve-se de uma linguagem simbólica para nos afirmar que Deus sempre se faz presente na História, não abandonando o homem à mercê do acaso, mas sim cuidando dele, o que se concretiza em Jesus.


A segunda leitura, do livro do Apocalipse, fala-nos da esperança futura. Recorrendo aos vários títulos de glorificação atribuídos a Jesus e que já faziam parte da esperança do Antigo Testamento, o autor do Apocalipse diz-nos que Jesus é a nossa esperança e é n’Ele que está o nosso futuro.

O Evangelho apresenta-nos Jesus em diálogo com Pilatos acerca do Reino. O diálogo, parecendo sobre a mesma coisa, é, na verdade, sobre realidades diferentes. É o reino do Amor e da verdade que Jesus vem propor e do qual Ele quer ser rei, rei dos corações, da paz e da harmonia entre os povos, congregando-os na comunhão com Deus.

Padre João Lourenço, OFM

19 de novembro de 2018

33º Domingo do Tempo Comum


(18 de novembro)

Introdução à liturgia:
Ao aproximar-nos do fim do ano litúrgico, os textos da nossa Eucaristia apontam-nos para um fim, o objetivo da liturgia que nos encaminha para o encontro final com Deus. Neste domingo, a Fraternidade da Ordem Franciscana Secular que ajuda e anima as nossas Eucaristias, celebra a festa da sua Padroeira – Santa Isabel da Hungria, a rainha da caridade e a mãe exemplar que após a morte do seu marido se dedicou totalmente aos outros, fazendo-se franciscana. O seu exemplo continua a ser uma luz para nós e para todos aqueles que desejam seguir os passos do Pai S. Francisco.

Introdução às leituras:
A primeira leitura, do livro de Daniel, usa uma linguagem que é própria de um tempo de crise e de tensão, para nos falar da esperança que deve animar os crentes. Embora o texto nos possa criar alguns sentimentos de medo e de temor, o seu objectivo é gerar confiança na presença de Deus que caminha na história ao lado dos seus fiéis.
                       
A segunda leitura, continuando o tema dos domingos precedentes, diz-nos que Cristo é o verdadeiro sacerdote da reconciliação. É por Ele que chegamos à verdadeira comunhão com o Pai, mediante o perdão dos nossos pecados. Ele é o profeta da reconciliação.

O Evangelho diz-nos, de forma clara e sem rodeios, que devemos estar vigilantes, vivendo a nossa fé com empenho e sabendo que não somos senhores do tempo nem da História. A vivência da minha fé tem de ser testemunhada pelo meu agir e não por discursos de carácter retórico. Esta é a forma comprometida de viver e testemunhar a nossa fé. Tudo o mais são formas de alienarmos a nossa identidade cristã.
Padre João Lourenço, OFM 

10 de novembro de 2018

32º Domingo do Tempo Comum



(11 de novembro)

Introdução à liturgia:
Celebrar a Eucaristia, é celebrar a nossa fé em Deus e a fidelidade de Deus para connosco. Toda a história da salvação é um ato de generosidade de Deus para o homem, testemunhado no dom e no exemplo de Jesus. Ele ensina-nos e nos mostra como o dom é a melhor forma de O seguir e de colocar a nossa vida nas suas mãos.

Introdução às leituras:
Tomada do livro do Reis, a primeira leitura fala-nos de Elias e da sua confiança em Deus, o Deus que ele anuncia e que o leva ao encontro de uma viúva em terra estrangeira. Ali, através da confiança em Deus, ele faz-se testemunha dessa generosidade sem limites, mostrando como em Deus as próprias carências se fazem plenitude de vida e de partilha.
                       
Continuando a leitura da Carta aos Hebreus, o seu autor mostra-nos como em Jesus estabelecemos um novo culto, uma nova forma de adoração ao Pai. Cristo é a verdadeira vítima que nos reconcilia na plenitude da comunhão com Deus.

No Evangelho, temos de novo um eco da plena confiança em Deus. Tomando o exemplo apresentado na 1ª leitura, agora é Jesus que nos mostra como assumir a nossa fé, recusando a falsa religiosidade que se faz de palavras para assumir a nossa doação ao Senhor sem reservas nem temores.
Padre João Lourenço, OFM

5 de novembro de 2018

Semana dos Seminários


2 de novembro de 2018

Instrução Ad resurgendum cum Christo

2 de novembro - Fiéis defuntos

"Anunciamos Senhor a Vossa morte, proclamamos a Vossa Ressurreição, vinde Senhor Jesus"  

A razão da preferência pela sepultura dos corpos à cremação (uma estima maior pelos defuntos) e a fé na imortalidade da alma e na ressurreição dos corpos

Instrução Ad resurgendum cum Christo a propósito da sepultura dos defuntos e da conservação das cinzas da cremação (Clique aqui) 



1. Para ressuscitar com Cristo, é necessário morrer com Cristo, isto é, “exilarmo-nos do corpo para irmos habitar junto do Senhor” (2 Cor 5, 8). Com a Instrução Piam et constantem, de 5 de Julho de 1963, o então chamado Santo Ofício, estabeleceu que “seja fielmente conservado o costume de enterrar os cadáveres dos fiéis”, acrescentando, ainda, que a cremação não é “em si mesma contrária à religião cristã. Mais ainda, afirmava que não devem ser negados os sacramentos e as exéquias àqueles que pediram para ser cremados, na condição de que tal escolha não seja querida “como a negação dos dogmas cristãos, ou num espírito sectário, ou ainda, por ódio contra a religião católica e à Igreja”.1 Esta mudança da disciplina eclesiástica foi consignada no Código de Direito Canónico (1983) e no Código dos Cânones da Igreja Oriental (1990).
Entretanto, a prática da cremação difundiu-se bastante em muitas Nações e, ao mesmo tempo, difundem-se, também, novas ideias contrastantes com a fé da Igreja. Depois de a seu tempo se ter ouvido a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, o Pontifício Conselho para os Textos Legislativos e numerosas Conferências Episcopais e Sinodais dos bispos das Igrejas Orientais, a Congregação para a Doutrina da Fé considerou oportuno publicar uma nova Instrução, a fim de repôr as razões doutrinais e pastorais da preferência a dar à sepultura dos corpos e, ao mesmo tempo, dar normas sobre o que diz respeito à conservação das cinzas no caso da cremação.
Foto mostra local onde se acredita que o corpo de
Jesus foi deixado. Túmulo foi aberto durante trabalhos
de restauração. A igreja do Santo Sepulcro,
em Jerusalém, atrai milhares de visitantes anualmente
(Foto: Gali Tibbon / AFP)

2. A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da fé cristã, anunciada come parte fundamental do Mistério pascal desde as origens do cristianismo: “Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze” (1 Cor 15, 3-5).
Pela sua morte e ressurreição, Cristo libertou-nos do pecado e deu-nos uma vida nova: “como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivemos uma vida nova” (Rom 6, 4). Por outro lado, Cristo ressuscitado é princípio e fonte da nossa ressurreição futura: “Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram….; do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo todos serão restituídos à vida” (1 Cor 15, 20-22).
Se é verdade que Cristo nos ressuscitará “no último dia, é também verdade que, de certa forma já ressuscitámos com Cristo. De facto, pelo Baptismo, estamos imersos na morte e ressurreição de Cristo e sacramentalmente assimilados a Ele: “Sepultados com Ele no baptismo, também com Ele fostes ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus, que O ressuscitou dos mortos” (Col 2, 12). Unidos a Cristo pelo Baptismo, participamos já, realmente, na vida de Cristo ressuscitado (cf. Ef 2, 6).
Graças a Cristo, a morte cristã tem um significado positivo. A liturgia da Igreja reza: “Para os que crêem em vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma; e, desfeita a morada deste exílio terrestre, adquirimos no céu uma habitação eterna”.2 Na morte, o espírito separa-se do corpo, mas na ressurreição Deus torna a dar vida incorruptível ao nosso corpo transformado, reunindo-o, de novo, ao nosso espírito. Também nos nossos dias a Igreja é chamada a anunciar a fé na ressurreição:A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos: acreditando nisso somos o que professamos”.3

3. Seguindo a antiga tradição cristã, a Igreja recomenda insistentemente que os corpos dos defuntos sejam sepultados no cemitério ou num lugar sagrado.4
Ao lembrar a morte, sepultura e ressurreição do Senhor, mistério à luz do qual se manifesta o sentido cristão da morte,5 a inumação é, antes de mais, a forma mais idónea para exprimir a fé e a esperança na ressurreição corporal.6
A Igreja, que como Mãe acompanhou o cristão durante a sua peregrinação terrena, oferece ao Pai, em Cristo, o filho da sua graça e entrega à terra os restos mortais na esperança de que ressuscitará para a glória.7
Enterrando os corpos dos fiéis defuntos, a Igreja confirma a fé na ressurreição da carne,8 e deseja colocar em relevo a grande dignidade do corpo humano como parte integrante da pessoa da qual o corpo condivide a história.9 Não pode, por isso, permitir comportamentos e ritos que envolvam concepções erróneas sobre a morte: seja o aniquilamento definitivo da pessoa; seja o momento da sua fusão com a Mãe natureza ou com o universo; seja como uma etapa no processo da reincarnação; seja ainda, como a libertação definitiva da “prisão” do corpo.
Por outro lado, a sepultura nos cemitérios ou noutros lugares sagrados responde adequadamente à piedade e ao respeito devido aos corpos dos fiéis defuntos, que, mediante o Baptismo, se tornaram templo do Espírito Santo e dos quais, “como instrumentos e vasos, se serviu santamente o Espírito Santo para realizar tantas boas obras”.10
O justo Tobias é elogiado pelos méritos alcançados junto de Deus por ter enterrado os mortos,11 e a Igreja considera a sepultura dos mortos como uma obra de misericórdia corporal.12
Ainda mais, a sepultura dos corpos dos fiéis defuntos nos cemitérios ou noutros lugares sagrados favorece a memória e a oração pelos defuntos da parte dos seus familiares e de toda a comunidade cristã, assim como a veneração dos mártires e dos santos.
Mediante a sepultura dos corpos nos cemitérios, nas igrejas ou em lugares específicos para tal, a tradição cristã conservou a comunhão entre os vivos e os mortos e opõe-se à tendência a esconder ou privatizar o acontecimento da morte e o significado que ela tem para os cristãos.

4. Onde por razões de tipo higiénico, económico ou social se escolhe a cremação; escolha que não deve ser contrária à vontade explícita ou razoavelmente presumível do fiel defunto, a Igreja não vê razões doutrinais para impedir tal práxis; uma vez que a cremação do cadáver não toca o espírito e não impede à omnipotência divina de ressuscitar o corpo. Por isso, tal facto, não implica uma razão objectiva que negue a doutrina cristã sobre a imortalidade da alma e da ressurreição dos corpos.13
A Igreja continua a preferir a sepultura dos corpos uma vez que assim se evidencia uma estima maior pelos defuntos; todavia, a cremação não é proibida,a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à doutrina cristã”.14
Na ausência de motivações contrárias à doutrina cristã, a Igreja, depois da celebração das exéquias, acompanha a escolha da cremação seguindo as respectivas indicações litúrgicas e pastorais, evitando qualquer tipo de escândalo ou de indiferentismo religioso.

5. Quaisquer que sejam as motivações legítimas que levaram à escolha da cremação do cadáver, as cinzas do defunto devem ser conservadas, por norma, num lugar sagrado, isto é, no cemitério ou, se for o caso, numa igreja ou num lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica.
Desde o início os cristãos desejaram que os seus defuntos fossem objecto de orações e de memória por parte da comunidade cristã. Os seus túmulos tornaram-se lugares de oração, de memória e de reflexão. Os fiéis defuntos fazem parte da Igreja, que crê na comunhãodos que peregrinam na terra, dos defuntos que estão levando a cabo a sua purificação e dos bem-aventurados do céu: formam todos uma só Igreja”.15
A conservação das cinzas num lugar sagrado pode contribuir para que não se corra o risco de afastar os defuntos da oração e da recordação dos parentes e da comunidade cristã. Por outro lado, deste modo, se evita a possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer, sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas inconvenientes ou supersticiosas.

6. Pelos motivos mencionados, a conservação das cinzas em casa não é consentida. Em casos de circunstâncias gravosas e excepcionais, dependendo das condições culturais de carácter local, o Ordinário, de acordo com a Conferência Episcopal ou o Sínodo dos Bispos das Igrejas Orientais, poderá autorizar a conservação das cinzas em casa. As cinzas, no entanto, não podem ser dividias entre os vários núcleos familiares e deve ser sempre assegurado o respeito e as adequadas condições de conservação das mesmas

7. Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não seja permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar. Exclui-se, ainda a conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objectos, tendo presente que para tal modo de proceder não podem ser adoptadas razões de ordem higiénica, social ou económica a motivar a escolha da cremação.

8. No caso do defunto ter claramente manifestado o desejo da cremação e a dispersão das mesmas na natureza por razões contrárias à fé cristã, devem ser negadas as exéquias, segundo o direito.16

O Sumo Pontífice Francisco, na Audiência concedida ao abaixo-assinado, Cardeal Prefeito, em 18 de Março de 2016, aprovou a presente Instrução, decidida na Sessão Ordinária desta Congregação em 2 de Março de 2016, e ordenou a sua publicação.

Roma, Congregação para a Doutrina da Fé, 15 de Agosto de 2016, Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria.
Gerhard Card. Müller

Prefeito

Luis F. Ladaria, S.I.

Arcebispo titular de Thibica

Secretário

____________________
[1] AAS 56 (1964), 822-823.
2 Missal Romano, Prefácio dos Defuntos I.
3 Tertuliano, De resurrectione carnis, 1,1: CCL 2, 921.
4 Cf. CDC, can. 1176, § 3; can. 1205; CCIO, can. 876, § 3; can. 868.
5 Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1681.
6 Cf. CDC, can. 1176, § 3; can. 1205; CCIO, can. 876, § 3; can. 868.
7 Cf. 1 Cor 15,42-44; Catecismo da Igreja Católica, n. 1683.
8 Cf. Santo Agostinho, De cura pro mortuis gerenda, 3, 5: CSEL 41, 628.
8 Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Constituição pastoral Gaudium et spes, n. 14.
10 Cf. Santo Agostinho, De cura pro mortuis gerenda, 3, 5: CSEL 41, 627.
11 Cf. Tb 2, 9; 12, 12.
12 Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2300.
13Cf. Suprema e Sagrada Congregação do Santo Ofício, Istruçao Piam et constantem, de 5 de Julho de 1963: AAS 56 (1964), 822.
14 CDC, can. 1176, § 3; cf. CCIO, can. 876, § 3.
15 Catecismo da Igreja Católica, n. 962.
16 CDC, can. 1184; CCIO, can. 876, § 3.
[01683-PO.01] [Texto original: Português]




31 de outubro de 2018

Solenidade de Todos os Santos

Todos os santos -  - Wassily KANDINSKYPintor russo (1866-1944)
(1 de novembro 2018)

Introdução à liturgia:
A Igreja celebra hoje um dos dias mais emblemáticos e significativos do seu calendário litúrgico. Desta vez, a centralidade da nossa liturgia está focada no seguimento de Jesus, nas propostas de vida em ordem à santidade: ‘Sede Santos’ porque Eu sou santo’. Este é o apelo de Deus ao seu povo no livro do Levítico. Hoje, celebramos a santidade a que somos chamados e também os nossos Irmãos que a viveram e a testemunham.

Introdução às leituras:
A primeira leitura apresenta-nos a grande festa da santidade, daqueles que ‘banharam’ as suas vidas no sangue do Cordeiro. Por isso, celebram festivamente a sua glória. É uma festa onde todos são acolhidos, uma multidão incontável, vinda de todos os povos, raças e nações; Ninguém está excluído dela.
                       
A segunda leitura fala-nos daquilo que nos faz santos e filhos de Deus: o amor. Este é o nosso fermento de santidade, uma santidade que nos abre à plenitude de Deus e à comunhão fraterna com todos os irmãos.

Como chegar à santidade? Qual o código de vida que devemos seguir? Há algum caminho que nos conduza a essa plenitude de vida? A regra é a vivência das bem-aventuranças, o verdadeiro caminho de santidade que Jesus viveu e nos deixou como itinerário a seguir.
Padre João Lourenço, OFM

26 de outubro de 2018

30º Domingo do Tempo Comum

Emaús


(28 outubro 2018)

Introdução à liturgia:
A liturgia deste domingo fala-nos do cuidado de Deus para com o Seu povo, presente de forma mais intensa e direta naqueles de quem ninguém cuida. Isto constitui o tempo novo que nos é anunciado pelos profetas e realizado em Jesus Cristo, o verdadeiro sacerdote da nossa salvação. É acolhendo as suas propostas que chegamos à plenitude da vida que é a nossa comunhão com Ele e com os irmãos. 

Introdução às leituras:
A primeira leitura é tomada de um dos mais significativos textos do Antigo Testamento, do capítulo 31º de Jeremias que nos fala da ‘nova aliança’. O profeta apresenta-nos o tempo novo, uma nova relação de comunhão, construída a partir do amor e não do peso da Lei.
                       
A segunda leitura, por sua vez, e dando continuidade ao texto do domingo passado, fala-nos de Jesus o verdadeiro sumo-sacerdote que testemunha o amor do Pai e nos reintroduz numa verdadeira comunhão com Ele mediante a fé.

O Evangelho mostra-nos como a alegria do encontro com Jesus constitui um passo para uma nova vida e segui-lo é reencontrar esse projecto de Deus para cada um de nós. Jesus é, na verdade, o verdadeiro caminho que devemos seguir na nossa caminhada para Deus.
Padre João Lourenço, OFM

25 de outubro de 2018

A Páscoa da Irmã Kátia, OFS


Caros Irmãos,

É com profunda consternação que vos comunico, por indicação do nosso Irmão Ministro, o falecimento da nossa jovem Irmã Kátia Dâmaso, ontem dia 24 de outubro de 2018.
Atualmente, a Irmã Kátia Dâmaso pertencia à Fraternidade do Varatojo.
Foi Presidente Nacional da Jufra-OFS e desempenhou vários ofícios na OFS, nomeadamente Responsável de Formação, no anterior Conselho Executivo Regional Sul, tendo ministrado formação à Fraternidade nascente de Santarém.
Agradecemos a Irmã Kátia Dâmaso toda a dedicação que prestou à nossa Fraternidade.
Presidiu ao último Capitulo Eletivo da nossa Fraternidade, a 15/10/2016,  e colaborou com a nossa Ir. Célia Vicente nas tarefas preparatórias de lançamento de um grupo da Jufra, no âmbito da nossa Fraternidade e do  Externato da Luz.
Na Peregrinação da FFP a Fátima, nos passados dias 6 e 7 de Outubro, podemos vê-la muito empenhada na organização da Peregrinação, no Centro Paulo VI.
O funeral realiza-se amanhã, 6ª feira, 26/10, às 10:30, na Igreja de S. João, em Torres Vedras.
Peçamos ao Senhor que tenha esta nossa Irmã  na Sua Paz.


Pedro

*****

Salvé queridos Irmãos!

Estamos ainda consternados com a notícia do falecimento da nossa querida Irmã Kátia Dâmaso. Estamos profundamente tristes...

Ela era diabética, pela manhã sentiu-se mal, a mãe fez-lhe o pequeno almoço e deu-lhe a medicação. Melhorou e foi trabalhar. Pela tarde, saiu mais cedo do trabalho, e pelo caminho telefonou à mãe para a irem buscar à Mealhada, que não estava a sentir-se bem e quando chegaram já tinha adormecido no Senhor.

Ainda não sei mais detalhes das Celebrações fúnebres, assim que souber comunicar-vos-ei.

Imploramos do Pai que a acolha no Seu Reino, num lugar bem lindo e rezamos preces e orações que ajudem a confortar pais, família e amigos.

Abraço fraterno com amizade e estima no Senhor e S. Francisco.

Vossa Irmã,
Maria Paula Canário

22 de outubro de 2018

29º DOMINGO DO TEMPO COMUM



(18 de outubro)

Introdução à Liturgia:
Na nossa cultura, tal como no passado, o desejo de ser grande, de se fazer servir faz parte do quotidiano de muita gente que não sabe viver sem dar largas a este instinto de querer usar e servir-se dos outros. Na Igreja, tal como na sociedade, esta tentação está sempre presente. Por isso, é bom escutar as palavras de Jesus que nos convidam a segui-lo, servindo os Irmãos.

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, do livro de Isaías, o Senhor promete ao seu servo uma recompensa, porque ele se disponibilizou para carregar os fardos dos outros, suportar as suas culpas, tornando-se assim um protótipo do Messias, de Jesus Cristo.


       Continuando a escutar a Carta aos Hebreus, Jesus é apresentado, no texto de hoje, como Sumo-sacerdote, como aquele que intercede por nós e se oferece ao Pai. Não oferece coisas nem animais; oferece-se a si próprio, ganhando a misericórdia de Deus para todos aqueles que n’Ele acreditam. 

No Evangelho, Jesus responde ao pedido dos dois Irmãos, Tiago e João, fazendo-lhes o desafio do serviço fraterno e não o do poder e do mando. Ser grande, não é ser poderoso, mas sim fazer-se servidor, tornar-se disponível na vida para acolher os outros, dando a vida por eles.
Padre João Lourenço, OFM

19 de outubro de 2018

Encontro de Formação Litúrgica


15 de outubro de 2018

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM




Introdução à Liturgia:
O maior de todos os empenhos que nos move e interpela na vida é o desejo de felicidade, a procura da nossa realização como pessoas, como seres em relação e como crentes, quando o somos. Por isso, há que saber escolher, há opções a fazer, há caminhos a percorrer. Pedir a sabedoria de Deus para que saibamos escolher é uma constante da Palavra bíblica. A liturgia de hoje convida-nos a procurar esta sabedoria que nos abre à plenitude do amor.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro da Sabedoria diz-nos que a sabedoria de Deus é o bem mais precioso, nada lhe é comparável, pois é a partir dela que tudo ganha sentido na vida cristã.

       Que sabedoria é esta? A resposta encontra-se na Carta aos Hebreus, no texto que hoje lemos; essa sabedoria é a Palavra de Deus que envolve plenamente o crente e o abre à plena comunhão com Deus.


No Evangelho, num texto admirável, S. Marcos deixa-nos a resposta que Jesus dá ao jovem que o procura: ainda te falta uma coisa para seres perfeito. O que lhe falta é apostar na verdadeira sabedoria da vida que se entrega nas mãos de Deus, já que ‘aquilo que é impossível aos homens é possível para Deus’.
Padre João Lourenço, OFM

9 de outubro de 2018

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM



(07 de outubro)

Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje fala-nos da união matrimonial como algo que é querido por Deus e está nas origens da mensagem bíblica, vindo a ser confirmada por Jesus, numa espécie de interpelação para que os crentes regressem às fontes da própria identidade humana. Numa época tão controversa e com tantas questões aberta sobre a família, é sempre bom ter presente a palavra de Jesus, como ideal e como meta que nos é proposta.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, a partir do livro dos Génesis, numa linguagem figurativa e simbólica que é própria das Origens bíblicas, fala-nos da criação e diz-nos que ela é a expressão o amor de Deus que se traduz e se diversifica na complementaridade entre o Homem e a Mulher. A vida a dois é também sinal da comunhão a que Deus nos chama.

       O pequeno texto da Carta aos Hebreus que hoje escutamos na 2ª leitura, mostra-nos a solidariedade de Jesus com todos nós. Ele não nos salvou a partir de fora, mas sim assumindo a nossa condição, fazendo-se um de nós. Aquele que santifica e os que são santificados partilham a mesma natureza; o que somos, também Ele o foi.


No Evangelho, com a narrativa que hoje escutamos, Jesus assume duas denúncias; uma, tem como destinatários os dignatários do judaísmo que sobrecarregavam os seus seguidores com cargas pesadas; a outra denúncia, visa interpelar os crentes, aqueles que o seguiam, que a novidade do Reino passa sempre pelo regresso à verdadeira conversão do coração.
Padre João Lourenço, OFM

4 de outubro de 2018

4 de outubro - SOLENIDADE DE S. FRANCISCO



Introdução à Liturgia:
            Celebramos hoje a solenidade de S. Francisco, nosso fundador e inspirador do nosso carisma de vida. S. Francisco foi uma luz num tempo de dúvidas e de inquietações, razão pela qual a sua mensagem continua hoje a ser acolhida e vivida por tantos seguidores. Muitas das suas intuições espirituais continuam actuais, mormente o amor e o respeito pela natureza e a fraternidade universal.

Introdução às Leituras:
            A liturgia da palavra que hoje acolhemos na nossa celebração é própria e tem como referência a pessoa e a experiência vivida e partilhada por Francisco de Assis. Ele é aquele que cuidou da casa de Deus, a Igreja, a reparou e a fortaleceu. Tal como Paulo, ele tornou-se um apaixonado do Cristo crucificado que na cruz testemunha a plenitude do amor do Pai. A simplicidade da sua vida é o melhor eco das palavras de Jesus no Evangelho: ‘vinde a mim, todos vós que andais sobrecarregados’. Cristo é a nossa paz e a nossa esperança. 
Padre João Lourenço, OFM 

S. Francisco – il Poverello



 A tarde ia caindo vagarosamente naquele dia três de outubro de 1226. Era sábado.
Depois de ter abençoado a sua cidade de Assis, Francisco tinha pedido que o levassem para a Porciúncula, pois sabia que a sua viagem estava próxima.
Aí pediu que o deitassem nu sobre a terra. Pobre, sem nada próprio, assim queria partir. Mas, um dos irmãos, “foi buscar um hábito, um cordão e umas bragas, e entregou-lhas com estas palavras: toma lá! Empresto-te isto, como pobre que és; recebe-o por santa obediência” (LM-S. Boaventura)”. Aceitou e foi visível a sua alegria. Até ao último momento conseguiu ser livre e “fiel à Senhora Pobreza”.
E, enquanto os Frades choravam, Francisco recitou o Salmo 142 “Em voz alta clamo ao Senhor…”. E, serenamente, iniciou a sua passagem para a nova Vida onde Jesus o esperava de braços abertos.
O Santo alegre, o santo poeta, amigo da natureza, que a todos tratava por irmãos, tem a simpatia de crentes e não crentes.
Mas Francisco é muito mais…o programa que escolheu para a sua vida e para aqueles que o seguiam, foi o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quis acompanhar os passos de Jesus. Deixou-se conquistar por Ele.
Querido Pai S. Francisco, é tão bom ouvir falar de ti. Conhecer o modo como viveste, como te converteste, como direcionaste a tua vida, numa ânsia de te identificares com o Senhor crucificado. E, nessa simplicidade de que te revestiste, não pretendeste ser original. Somente compreendeste que para viver o Evangelho, era preciso deixar orgulho, vaidade, riqueza. E começaste a sentir que eras muito feliz.
E, no convite que endereçaste para professarmos na Ordem que para nós criaste, pediste para vivermos o Evangelho no dia a dia, em caridade e amor. Não necessitamos de copiar os teus gestos, de vestir como tu ou até de usar sempre as tuas próprias palavras.
O que tu nos pedes é que façamos do Evangelho a nossa norma de vida. Que não fiquemos indiferentes com a tristeza de quem sofre. Que sejamos misericordiosos e saibamos confortar. Que nos alegremos com as alegrias dos nossos irmãos. Que sejamos verdadeiros, retos nas nossas intenções. Que usemos os bens materiais pela necessidade que deles temos, mas que não estejamos presos, agarrados a eles, como amarras que nos tolhem a liberdade.
O que tu nos pedes pai S. Francisco é que escutemos a voz do Senhor, o que ele pede a cada um. Depois caminharemos a teu lado, aprendendo contigo o verdadeiro significado das palavras amor e alegria. 
Neste dia da tua festa – quatro de outubro, é tempo também de ação de graças. Por ti. Por existires. Pela nossa vocação franciscana – verdadeira joia de que devemos cuidar com muito carinho. E por termos o privilégio de te conhecer.
Pai S. Francisco, acompanha-nos, ajuda-nos a aproveitar bem a beleza que a vida encerra. Que deixemos para trás tudo o que nos possa dificultar a caminhada para Jesus. Que fiquemos apenas com o essencial.
Hoje, canta connosco, usando as palavras tão belas que saíram da tua alma de poeta:
Altíssimo, omnipotente, bom Senhor, a Ti o louvor, a glória, a honra e toda a bênção.
Maria clara, ofs
4out2018


 
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