Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

25 de setembro de 2015

26.º Domingo do Tempo Comum

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(27 de Setembro)

Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje convida-nos a saber estar e a empenhar-nos com todos os demais, crentes ou não crentes, nas grandes questões que nos envolvem e que dizem respeito ao bem comum. Ter fé e vivê-la significa, antes de mais, reconhecer o bem que há nos outros, para podermos em comum trabalhar em prol de uma sociedade mais humana e mais justa. É este o desafio que o Senhor hoje nos faz.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro dos Números, numa narrativa da caminhada do povo de Deus pelo deserto, diz que todos devemos abrir-nos à força renovadora do Espírito. O verdadeiro crente é aquele que, à semelhança de Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta e louva a Deus por eles.

       Continuando a escutar São Tiago, e na sequência dos domingos anteriores, a 2ª leitura convida-nos a não colocar as nossas esperanças nos tesouros materiais. Pelo contrário, são os valores evangélicos que dão verdadeiro sentido à nossa vida e a tornam expressão do amor de Deus.

No Evangelho, Jesus instrui os seus discípulos acerca da novidade do Reino; este, não se fecha nem se esgota naqueles que estão à nossa volta ou rezam e fazem como nós. Os sinais do Reino vão muito para além das nossos estreitas fronteiras, pois são sinais de Deus que se manifesta em todas as formas de bondade e amor.


Padre João Lourenço, OFM

20 de setembro de 2015

25.º Domingo do Tempo Comum - Introdução à Liturgia

25.º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução à Liturgia:
Na sequência dos textos da liturgia do domingo passado, Jesus convida os discípulos a assumirem as consequências da sua fé e da sua confissão de que Ele era o Messias de Deus. Por isso, hoje, Jesus vem dizer-nos que a sua missão messiânica não é a dos homens, mas sim a de Deus, aquela que o Pai lhe confiou; não passa pelo poder, mas pelo serviço.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro da Sabedoria, deixa-nos um pequeno traço daquilo que era o debate da fé na Comunidade judia de Alexandria acerca da esperança na vida futura. No meio de um mundo pagão, os crentes do Antigo Testamento sentiam essa forte esperança de imortalidade que dava sentido à sua fé.

Na segunda leitura, na continuação dos domingos anteriores, São Tiago fala-nos hoje da verdadeira e da falsa sabedoria de vida, exortando os crentes a deixarem-se conduzir pelo Espírito e não pelos impulsos da ambição nem pelos desejos mundanos. 

Nem sempre é fácil dar seguimento às nossas palavras nem às nossas resoluções. Isso mesmo nos diz S. Marcos no texto do Evangelho. Apesar de confessarem a sua fé no Mestre, os discípulos esqueceram depressa as implicações do seguimento. Jesus reafirma, uma vez mais, que o caminho que Ele propõe é o da simplicidade e do serviço fraterno.


Padre João Lourenço, OFM

17 de setembro de 2015

Impressão das Chagas de S. Francisco - 17 de setembro

Orações

Oração a São Francisco
Papa João Paulo II
Ó São Francisco, estigmatizado do Monte Alverne,
o mundo tem saudades de ti como imagem de Jesus Crucificado.
Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o homem,
dos teus pés descalços e feridos,
das tuas mãos trespassadas e implorantes.
Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo Evangelho.
Ajuda, Francisco, os homens de hoje a reconhecerem
o mal do pecado e a procurarem a purificação da penitência.
Ajuda-os a libertarem-se das próprias estruturas de pecado,
que oprimem a sociedade hodierna.
Reaviva na consciência dos governantes a urgência da paz
nas Nações e entre os povos.
Infunde nos jovens o teu vigor de vida, capaz de fazer frente
às insídias das múltiplas culturas da morte.
Aos ofendidos por toda espécie de maldade,
comunica, Francisco, a tua alegria de saber perdoar.
A todos os crucificados pelo sofrimento, pela fome e
pela guerra, reabre as portas da esperança. Amém.
(Em 17.09.1983, na Capela dos Estigmas – Alverne)

Do Prefácio – Missa das Chagas

Vós exaltastes a mais sublime perfeição do Evangelho
o vosso servo Francisco,
pelos caminhos da altíssima pobreza e humildade.
Inflamado de amor seráfico,
vós os fizestes exultar de inefável alegria
com todas as obras de vossas mãos,
e adornado dos sagrados estigmas,
nos apresentastes a imagem do Crucificado,
Jesus Cristo, Senhor Nosso.

Hino – Salve, ó São Francisco
Salve, ó São Francisco, que do pé das fragas,
Vens assinalado de sagradas chagas.
Cheio de amor, cheio de amor,
as chagas trazes do nosso Salvador.
Eis-te na presença, de Deus-Redentor,
Serafim alado, de claro fulgor.
Meigo, a ti olhando, Cristo, o Verbo eterno,
enche tua alma de amor supremo.
E então suas chagas, lúcidos sinais,
em ti, Pai, formaram outras cinco iguais.
De tuas grandezas, tens agora o selo,
igual ao de Cristo; és nosso modelo.

Oração Coleta – Missa das Chagas

Ó Deus, que para inflamar os nossos corações
no fogo do vosso amor, renovastes de modo admirável
os sinais da paixão do vosso Filho,
na carne do bem-aventurado Pai Francisco,
concedei que, por sua intercessão,
configurados à morte do mesmo Filho,
participemos igualmente de sua Ressurreição.


Da Sequëncia de São Francisco

Busca o ermo e, comovido, chora amargo, até o gemido,
todo o tempo já perdido, quanto ao mundo consagrou.
Na montanha, retirado, chora, reza, ao chão prostrado.
Quando enfim, já serenado, vai a um antro repousar.
Por rochedos protegido, do divino é possuído;
todo mundo é preterido pelo céu que ele escolheu.
Freia a carne, quando impura; penitência o desfigura
Toma alento da Escritura, e do mundo se desfaz.
Eis do céu, varão hierarca, surge o Divinal Monarca!
Treme o Santo Patriarca, com pavor, ante a visão.
Com as chagas adornado, as transfere ao Santo amado,
que medita consternado o mistério da Paixão.
Todo o corpo é assinalado, mãos e pés; ferido o lado;
todo a Cristo conformado, chaga viva se tornou.
Num colóquio misterioso, vê o futuro radioso,
desfrutando divo gozo de celeste inspiração.
Maravilha! Surgem cravos, fora negros, dentro flavos.
Com seus membros cruciados sofre dura, ingente dor.
Não foi arte da natura dos seus membros a abertura,
nem de ferros a tortura que, implacável o feriu.
Pelas chagas que portaste e do mundo triunfaste
e da carne te livraste, em vitória sem igual.
São Francisco, te imploramos, nos perigos, te invocamos;
Que no céu, gozar possamos a celeste glória.

14 de setembro de 2015

24.º Domingo do Tempo Comum - Introdução à Liturgia

24.º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução à Liturgia:

Todos na vida criamos desafios e propomo-nos objectivos. A liturgia de hoje deixa-nos uma mensagem que vai no sentido do grande desafio da nossa vivência cristã: ganhar ou perder a vida. Um desafio que se constrói com Cristo e a partir de Cristo, pois é Ele o centro, onde tudo ganha sentido.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro de Isaías, num texto curto, denso e incisivo, fala-nos do servo que coloca a sua esperança no Senhor. Exorta à capacidade de escuta e também à fortaleza de espírito e de carácter, algo que é necessário para poder seguir Jesus e tornar-se seu discípulo

A segunda leitura, da Carta de São Tiago, fala-nos da caridade fraterna, numa linguagem muito directa e concreta, como sucede em todo este texto. Os problemas da 1ª comunidade cristã foram muito semelhantes aos que hoje vivemos. Por isso, as advertências deste texto são de grande actualidade.

No Evangelho, S. Marcos deixa-nos uma das passagens mais expressivas do seu livro: Saber quem é Jesus e como segui-lo. Estamos perante a eterna pergunta: Quem dizeis vós que Eu sou? Mas Jesus não se contenta com a resposta. O desafio está no seguimento, na forma como cada um de nós quer ou não ganhar a vida com Cristo.


Padre João Lourenço, OFM

21 de julho de 2015

PVA 2015-2016 da Fraternidade Regional Sul




FRATERNIDADE REGIONAL SUL
OFS PORTUGAL

PLANO DE VIDA E AÇÃO 2015-2016


Ano Santo da Misericórdia
VIII Centenário do Perdão de Assis
Uma feliz coincidência


Tiberio d'Assisi, Concessione dell'indulgenza, 1512
Basilica di Santa Maria degli Angeli
Lema: Sede Misericordiosos

INTRODUÇÃO

Ao longo dos tempos, sucederam-se pessoas capazes do melhor bem e pessoas capazes do pior mal na Igreja e na sociedade, que parecem tantas vezes fazer vacilar a iniciativa de Deus que Ele decidiu sustentar até ao fim dos tempos. Tem havido manifestações do mistério da iniquidade, desgraças de infidelidades, ofensas à dignidade humana. Mas também superabundam maravilhosos testemunhos da grandeza e da beleza de corações puros, almas místicas, espíritos lúcidos, inteligências bondosas. Uma multidão de fiéis, homens e mulheres, eloquentes na proclamação da Palavra com clareza de doutrina; sensatos no discernimento com audaciosas reformas religiosas e sociais; corajosos na confissão da fé em Cristo; fidelíssimos ao duplo mandamento do amor - a Deus e ao próximo - com o risco da própria vida em defesa dos pobres e fracos. Lembremo-nos, por exemplo, que através das mulheres ouviu-se o primeiro anúncio de um mistério incomparável que perdura até aos dias de hoje com o vigor e a frescura de um encontro que transforma a vida: Vidimus Dominum! Vimos o Senhor!

Depois, confirmados no seu íntimo, avançaram os Apóstolos, enérgicos numa evangelização imparável. E depois, ao longo dos séculos, tantos outros, entre os quais se encontram também os Irmãos da Ordem Franciscana Secular, que vencendo «a resistência muitas vezes humanamente invencível da parte daqueles a quem se dirige o evangelizador» (EN 50) (1),  se entregaram com vontade de reviver o Evangelho inteiro, num esforço permanente de nunca se negarem à comunicação, ao diálogo, à colaboração, à revisão crítica e ao discernimento público, com o realismo histórico e a capacidade de inserção tão viva, tão próxima na evolução histórica, com todo o mundo por campo e todo o Evangelho por inspiração única.

Por isso, os desafios de mais um ano da Vida e Ação da Fraternidade Região Sul da OFS em Portugal hão-de basear-se fundamentalmente na renovação da confiança entre todos nós, Irmãos e Irmãs, com os olhos abertos criticamente, convictos de que a relação fraterna é oferta na liberdade, inclusive com aquela linguagem que pode soar dura mas que pretende anunciar uma proposta libertadora de qualquer ilusão ou desilusão acerca do próprio viver livremente. O Espírito torna-nos capazes de acolher a vida fraterna no horizonte da eternidade, sabendo que entre a liberdade de cada um e a ação divina do Espírito existe uma autêntica colaboração, «sinergia», que contribui para a verdadeira realização das nossas vidas, em Deus, cuja misericórdia é «elemento indispensável para dar forma às relações mútuas entre os homens, em espírito do mais profundo respeito por aquilo que é humano e pela fraternidade recíproca.» (DM 14) (2) .

Irmãos e Irmãs comprometidos em tempos de incertezas nos quais é preciso manter a fé sem dureza e o empenho no essencial sem fanatismos, conscientes de que «um anúncio renovado proporciona aos crentes, mesmo tíbios ou não praticantes, uma nova alegria na fé e uma fecundidade evangelizadora. Na realidade, o seu centro e a sua essência são sempre o mesmo: o Deus que manifestou o seu amor imenso em Cristo morto e ressuscitado.» (EG 11) (3) Sabendo que a palavra e a pessoa encontram-se no centro da relação entre nós, e a confiança, para lá de todos os sentimentos, assenta também na razão com que somos capazes de discernir o que melhor convém à vida segundo a vocação franciscana assumida na Ordem Franciscana Secular. Neste sentido, a obediência recíproca no amor é o grande princípio: não dominar um ao outro, mas submeter-se mutuamente, para que nenhum «escândalo», como pedra que provoca a queda ou o tropeço, impedindo a quem caminha de alcançar a sua meta, os afaste do caminho da felicidade juntos. E escandaloso seria a subserviência, a subalternização, a dominação de um sobre o outro, tolhendo assim a liberdade que deve estar presente na escolha e na decisão pelo amor que dá sentido à vida.

Mas, atenção, pois às vezes, por incauta credulidade, pensa-se que a experiência da comunhão pode acontecer à flor da pele ou simplesmente com o aproximar a superfície da alma. Mas a vida ensina-nos que pensando deste jeito, sofremos inevitavelmente fracasso e desolação, devolvidos ao isolamento, amargados diante do facto de não conseguirmos aquela comunhão desejada que sacia e acalma, que concentra e ao mesmo tempo desafoga o nosso espírito. Importa entender que esta comunhão realiza-se a partir da fé, esculpida na rocha viva do silêncio e da palavra, em oração, uma fé humilde mas segura de si mesma, capaz de alicerçar-se na convicção de inserir na relação, isto é, de criar laços interpessoais com Cristo e com os outros. Certamente, um percurso árduo, pois é bem sabido, como dado da psicologia geral, que existe sempre uma dialética entre solidão e comunhão, entre silêncio e palavra, entre distância e proximidade ao outro.

 Por tudo isto, importa, pois, para todos nós, membros da Ordem Franciscana Secular em Portugal, viver da consciência e da liberdade acolhedoras de uma oferta, feita com a capacidade crítica e a confiança atrevida, sem lugar à lamúria nem ao engulho de uma fraca estima por si próprio. Importa manter uma simultânea docilidade à voz do Espírito e à voz de todos os Irmãos, que equilibre a seriedade com a mansidão, e a perseverança para alcançar a meta com a humildade para recomeçar novos caminhos que conduzam mais diretamente a essa mesma meta. Importa cultivar a sabedoria na simplicidade das nossas relações interpessoais, pois «não devemos ser sábios e prudentes segundo a carne, mas procuremos ser simples, humildes e puros. (…) Nunca devemos estar acima dos outros, mas antes devemos ser servos e sujeitos a toda a humana criatura por amor de Deus.» (2CF 45, 47) (4).

ORAÇÃO

«Deus omnipotente, eterno, justo e misericordioso, concede-nos a nós, miseráveis, que por ti façamos o que sabemos que tu queres, e sempre queiramos o que te apraz, / para que, interiormente purificados, interiormente alumiados e abrasados pelo fogo do Espírito Santo, possamos seguir os passos do teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, / e mediante somente tua graça, chegar até ti, ó Altíssimo, que, em Trindade perfeita e em simples Unidade, vives e reinas e tens toda a glória, ó Deus omnipotente, por todos os séculos dos séculos. Amén(CO 50-52) (5).


Frei Luís de Oliveira, OFM
Lisboa, 11 de Julho de 2015
Objetivos:


Viver a Paz e a Misericórdia no Coração da Fraternidade.

– Estudar nas Fraternidades o Documento do Capítulo Geral:
   «Como Gerir uma Ordem como a OFS, nos dias de hoje».


Motivações

O Santo Padre, o Papa Francisco, convocou a Igreja a viver um Ano Santo extraordinário, a que deu o nome de «Ano Santo da Misericórdia». Este Ano Santo, terá o seu início com a solenidade da Imaculada Conceição, a 8 de Dezembro de 2015, e concluir-se-á, na solenidade de Cristo Rei, em 20 de Novembro de 2016.

Segundo os Ministros Gerais da Primeira Ordem Franciscana e da TOR, esta iniciativa proposta pelo Papa Francisco, é uma feliz coincidência com o que a Família Franciscana se propõe viver em 2016, isto é, o Oitavo Centenário do Perdão de Assis.

Por esta razão os referidos Ministros Gerais dirigiram a todos os frades do mundo, uma carta datada de 12 de Março de 2015, onde manifestam o «desejo sincero de caminhar juntos e crescer na comum vocação e missão», conforme as expectativas que o Papa Francisco tem sobre os religiosos de hoje, e que apresentou por ocasião do Ano da Vida Consagrada.

Neste sentido, é nosso desejo que a Fraternidade Nacional da Ordem Franciscana Secular de Portugal, se deixe plasmar pelo Espirito Santo, a fim de que este ano de graça que Deus nos concede, a todos fortaleça na alegria da fidelidade reconciliada.

Conclusão

Cada uma das nossas Fraternidades possa viver com profundidade a graça deste Ano, para oferecer de maneira renovada a riqueza do nosso carisma, antes de mais, a toda a nossa família espiritual, e depois, de maneira especial aos irmãos seculares que se alimentam da espiritualidade franciscana. Por isso, cada Fraternidade estabeleça na sua formação permanente, momentos de tomada de consciência, de pedido de perdão e de acolhimento alegre da misericórdia.

As diferentes celebrações deste ano contribuam para que todos os Irmãos renovem a sua relação com a Igreja, com a Ordem, e com todo o Povo de Deus, sabendo que o carisma partilhado e posto ao serviço, é uma graça para todos.

Conferência dos Assistentes Espirituais












Sassetta
S. Francisco diante do Papa Honório IIII
1437-44
National Gallery, Londres




(1) Papa Paulo VI, Evangelii Nuntiandi
(2) Papa João Paulo II, Dives in Misericordia
(3) Papa Francisco, Evangelii Gaudium
(4) São Francisco de Assis, Carta a todos fiéis (segunda redação)
(5) São Francisco de Assis, Carta a toda a Ordem





4 de julho de 2015

XIV Domingo do Tempo Comum


27 de junho de 2015

Encontro Nacional de Fraternidades


13 de junho de 2015

11º DOMINGO DO TEMPO COMUM

11.º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(14.06.2015)



Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo convida-nos a olhar para a vida e para o mundo com confiança e esperança, tornando-nos sinais do Reino. É esta a grande sementeira que Deus quer fazer nos nossos corações para que sejamos novos semeadores da Sua palavra e das sementes do bem e do amor. Que esta celebração nos transforme em sementes do Reino de Deus.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do profeta Ezequiel, mostra-nos que Deus não se esqueceu do seu povo no exílio da Babilónia e, mesmo lá, Ele assegura ao Seu Povo que cumprirá as Suas promessas e o fará de novo regressar à sua terra e aí poderá gozar de paz e de tranquilidade.

Na segunda leitura, Paulo convida-nos à confiança na vida futura. Ele mesmo dá o seu testemunho e mostra a firmeza da sua fé perante todos os obstáculos. A confiança em Deus é a garantia da sua caminhada.


O Evangelho apresenta algumas das mais belas parábolas sobre o Reino de Deus, comparando-o à pequena semente que se lança à terra e que, germinando, produz frutos abundantes. É este o modo de ser e de agir de Deus; não age a partir da grandeza, nem se impõe. Nasce da simplicidade e impõe-se pelo amor. 

Padre João Lourenço, OFM

13 de Junho - Santo António

 As escolhas de António

 O nosso irmão António que hoje se festeja nasceu em Lisboa, bem pertinho do Tejo. Foi a 15 de Agosto. Seus pais levaram-no à Igreja de Santa Maria Maior (hoje Sé de Lisboa), para ser batizado. Deram-lhe o nome de Fernando. Aí iniciou a sua formação, tendo por mestres os Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
E foi crescendo como outro qualquer menino que se sente amado, estudando e dando os primeiros passos no caminho da fé que um dia o levaria aos altares.
Muito jovem ainda, fez a sua primeira escolha. Ingressou na mesma Ordem e, no Mosteiro de S. Vicente de Fora, começou o noviciado. Na vasta biblioteca da sua nova morada, encontrou o noviço imensa documentação para prosseguir os seus estudos religiosos e de literatura científica e clássica.
Mas estava muito perto da casa paterna. A família e os amigos frequentemente o visitavam. Embora gostasse muito de estar com eles, Fernando sentia que a vida monástica que tinha escolhido era constantemente devassada. Pretendia viver silencioso, fora dos ruídos do mundo, numa entrega total a Deus.
Então, fez a sua segunda escolha: pediu aos superiores que o transferissem para Coimbra. Foi assim que, no Mosteiro de Santa Cruz, com o cargo de “irmão porteiro”, pode continuar a aprofundar os seus conhecimentos e a prosseguir a a busca espiritual, com a tranquilidade que o espírito lhe exigia.
Mas os desígnios de Deus são insondáveis. Dá plena liberdade ao homem e deixa que seja ele a tomar as suas decisões.
Por essa altura chegaram a Coimbra cinco frades franciscanos que se dirigiam a Marrocos. Pobres, com túnicas toscamente remendadas, irradiando felicidade. Fernando conversou com eles e ficou maravilhado com a sua pregação e com a sua simplicidade. Pouco tempo depois tornaram a Coimbra os mesmos frades. Só que, desta vez, vinham apenas os seus restos mortais. Foram martirizados por se recusarem a negar a sua identidade cristã.
Foi então que Fernando, que já tinha sido ordenado sacerdote, fez a sua terceira escolha: decidiu entrar na Ordem dos Frades Menores e viver o Evangelho ao jeito de Francisco de Assis. Trocou o nome que lhe tinham dado no batismo, pelo de ANTÓNIO. Frei António, assim seria conhecido.
Nem sempre é fácil tomar decisões. Quando se está numa encruzilhada, quer o sol brilhe por todo o lado ou as nuvens escureçam o horizonte, é preciso ter o coração livre, para escutar a Palavra que o Espírito segreda. E o nosso Irmão António esteve atento à voz do Senhor e deixou-se guiar pela sua mão.
Envergando o burel feito de tecido áspero, abraçou a “santa pobreza” e, humildemente, como Irmão Menor, foi pelo mundo anunciando a boa nova do Senhor Jesus. E nem a doença, que lhe deformou o corpo e lhe deu muito sofrimento, o impediu de o fazer, até ao fim dos seus dias. São Boaventura disse que ele “possuía a ciência dos anjos” e S. Francisco chamou-lhe, na carta que lhe enviou, “meu bispo”.
Que o nosso irmão António interceda por nós, nos ensine a descobrir a verdadeira alegria, a viver intensamente a nossa vocação franciscana e a estarmos sempre disponíveis para escutar o que o Senhor tem para nos dizer, a fim de que possamos “cumprir a sua santa e verdadeira vontade”.
Paz e Bem irmão António. Parabéns! Hoje o céu e a terra estão em festa. É o teu dia. Que o Senhor seja louvado.
Maria Clara, ofs

13Junho 2015

6 de junho de 2015

Solenidade do Corpo de Deus

SOLENIDADE DO CORPO DE DEUS


Introdução à Liturgia:
A Igreja celebra hoje a solenidade do Corpo de Deus, convidando todos os fiéis a dedicar à Eucaristia um dia solene, de modo que este mistério da presença do Senhor assuma a centralidade da vida comunitária. A Igreja vive da Eucaristia e para a Eucaristia. Hoje, reunimo-nos em festa e celebramos esta presença do Senhor no meio de nós.

Introdução às Leituras:
A primeira aliança feita entre Deus e o Seu povo, foi estabelecida através da Lei. Tendo o Sinai como lugar de encontro e Moisés como seu mediador. A aliança definitiva teve como mediador o Senhor Jesus e o testemunho do seu sangue.

A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, fala-nos do sangue de Cristo que nos purifica e que nos congrega na comunhão plena com Deus, fazendo de nós o seu povo eleito.

No evangelho, S. Marcos, fala-nos da última Ceia do Senhor com os discípulos, aos quais entrega a sua vida, corpo e sangue, símbolos da sua plenitude e expressão do amor total e definitivo de Deus pela sua igreja.


Padre João Lourenço, OFM

4 de junho de 2015

Malta - Peregrinação Nacional da OFS




Encontro Nacional de Fraternidades


31 de maio de 2015

Domingo da Santíssima Trindade

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Introdução à Liturgia:
Celebrar a Santíssima Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se esconde num “Deus único em três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer participar desse mistério de amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura apresenta-nos o Deus da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços familiares com o homem, dá-se a conhecer a Moisés como ‘sendo um Deus clemente e compassivo, lento para a ira e rico de misericórdia’. É este Deus que Jesus nos deu a conhecer e testemunhou na sua caminhada.

Na segunda leitura, Paulo diz-nos que todos somos conduzidos pelo Espírito e é por Ele que nos tornamos filhos de Deus. É isso que nos leva a proclamar ‘Abbá’ (Pai) e assim, como filhos, somos Irmãos na grande família da Trindade divina.

No Evangelho, S. Mateus, fala-nos do mandato divino entregue aos Apóstolos e pelo qual entramos na comunhão com Deus. A fórmula do nosso baptismo é o testemunho da fé eclesial na Trindade que nos congrega como filhos da grande família de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

28 de maio de 2015

Itinerário Franciscano


22 de maio de 2015

Solenidade do Pentecostes



SOLENIDADE DO PENTECOSTES

Introdução à Liturgia:

O Espírito Santo é o grande Dom que Deus faz à sua Igreja. É por Ele que somos congregados na Comunhão e podemos testemunhar no mundo o Cristo Ressuscitado. Celebrar o Pentecostes é celebrar as origens da Igreja, do novo povo de Deus que o Espírito renova e congrega na comunhão.

Introdução à Leituras:

A primeira leitura mostra-nos como a Comunidade reunida em nome do Senhor Jesus recebe o dom do Espírito Santo, a nova Lei do ressuscitado que é a fonte dessa vida nova. É por Ele que a vida dos fiéis ganha um novo sentido e se tornam testemunhos vivos de Cristo.

Na segunda leitura, Paulo ajuda os crentes de Corinto a reconhecerem a acção do Espírito Santo em cada um dos baptizados. A diversidade de ministérios e de dons é uma riqueza grande para a Igreja. A finalidade de todos esses carismas é o contributo para que a comunidade cresça na comunhão e no serviço fraterno. 

O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para S. João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É pelo Espírito que a Comunidade vence o medo e se torna testemunho vivo da força de Deus no mundo.


Padre João Lourenço, OFM

16 de maio de 2015

Solenidade da Ascensão do Senhor



VINDE, ADOREMOS O  ESPÍRITO SANTO!

Introdução à Liturgia:

A Igreja celebra neste domingo a Solenidade da Ascensão do Senhor, seguindo assim a perspectiva que S. Lucas nos narra no livro dos Actos doa Apóstolos. Para S. Lucas, a Ascensão é a plenitude do mistério pascal. Quarenta dias após a Páscoa, Jesus é elevado para Deus, tendo realizado a missão que o Pai lhe confiou. Foi durante 40 dias que Ele se preparou para a missão; é por 40 dias que Ele a leva à plenitude. O simbolismo do número quer mostrar essa plenitude do mistério e da missão realizada..

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos a cena e deixa-nos a teologia da mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projecto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus. É esta vida que Ele anunciou e promete a todos os que percorrem o mesmo "caminho" que Ele percorreu. Os discípulos não podem ficar a olhar para o céu, esperando que de lá venha a transformação do mundo. Isso acontece pelo empenho e pelo vigor do seu testemunho.

A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados; eles devem fazer com que essa esperança seja para eles a força dinamizadora das suas vidas, capaz de transformar o mundo para que este cresça até à plenitude de Deus.


No Evangelho, Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, ajuda-os a vencer a desilusão e o comodismo e envia-os em missão, como testemunhas do projecto de salvação de Deus. Agora, junto do Pai, Ele continuará a acompanhar os discípulos e, através deles, a oferecer aos homens a vida nova e definitiva. 

Padre João Lourenço, OFM

10 de maio de 2015

6.º Domingo da Páscoa



6.º DOMINGO DA PÁSCOA
Introdução à Liturgia:
A experiência pascal dos discípulos leva-os a descobrir o autêntico rosto do Mestre, pelo qual chegam à perfeita contemplação do Pai. A liturgia deste domingo mostra-nos essa nova dimensão da fé: Ele não é apenas o Senhor; Ele é, acima de tudo, o Amigo que os leva à plenitude da comunhão com Deus, feita amizade e vida nova.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura mostra-nos como a salvação oferecida por Deus através de Jesus Cristo, e agora anunciada e testemunhada pelos discípulos, é para todos os homens, sem distinção de raça, cultura ou tradições religiosas. Ela é universal e esse é o primeiro e o maior dom que em Cristo Deus oferece a todos os homens. A cada homem compete apenas acolhê-la e dispor-se a aceitá-la.

A segunda leitura confirma aquilo que Jesus vai dizer aos discípulos no Evangelho: “Deus é amor”. A vinda de Jesus ao encontro dos homens e a sua morte na cruz revelam a grandeza desse amor de Deus pelos homens. Ser “filho de Deus” e “conhecer a Deus” é deixar-se envolver por este dinamismo de amor, amando os irmãos.


Num dos textos mais belos e expressivos do seu Evangelho, S. João mostra-nos como Jesus estabelece uma nova relação com os discípulos e, na pessoa deles, com todos aqueles que acreditam no seu Nome. Os discípulos já não são servos, mas sim os “amigos” a quem Jesus revelou o amor do Pai; a sua missão é testemunhar o amor de Deus no meio dos homens. 

Padre João Lourenço, OFM

2 de maio de 2015

5.º Domingo da Páscoa


5.º Domingo da Páscoa


Introdução à liturgia:
    A liturgia do tempo pascal leva-nos a contemplar a glória do Ressuscitado junto do Pai e a viver em unidade e comunhão com Ele. Tal como o ramo agradece à videira a vida e a seiva que dela recebe, também nós, unidos a Cristo, nos tornamos fonte de vida, de uma vida em plenitude que se dá em gratuidade aos irmãos.

Introdução às leituras:
A primeira leitura diz-nos que o cristão é membro de um corpo – o Corpo de Cristo. A sua vocação é seguir Cristo, integrado numa família de irmãos que partilha a mesma fé, percorrendo o mesmo caminho de amor. É assim que a Igreja se constrói, na mesma comunhão, aceitando a diversidade entre os Irmãos.

A segunda leitura define o ser cristão como “acreditar em Jesus” e “amar-nos uns aos outros como Ele nos amou”. É pela coerência de vida que podemos testemunhar a nossa fé e, ao mesmo tempo, anunciar a vida nova que nos vem do Ressuscitado.

O Evangelho apresenta Jesus como “a verdadeira videira” que dá bons frutos, tal como Deus espera de cada um de nós. Viver e permanecer unido a Cristo é a condição para nos tornarmos ‘ramos’ fecundos de vida e de comunhão. É assim que nos tornaremos verdadeiras testemunhas no meio dos homens da vida e do amor de Deus.

Padre João Lourenço, OFM 

24 de abril de 2015

4,º Domingo da Páscoa

Domingo do Bom Pastor


Introdução à Liturgia:
A Igreja celebra hoje um dos domingos mais significativos da sua liturgia anual: o “Domingo do Bom Pastor”. Para além da representatividade desta imagem de Jesus como ‘Bom Pastor’, é também o dia dedicado às vocações sacerdotais e aos ministérios do serviço pastoral na Igreja. Este é o tema central da liturgia da Palavra e constitui um convite muito forte à oração e ao empenho de todos na causa das vocações sacerdotais, para que todos os Pastores do Povo de Deus o sejam verdadeiramente à imagem do Bom Pastor.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro dos Atos dos Apóstolos, afirma pelo testemunho de Pedro, que Jesus é o único Salvador, já que “não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos”. Jesus não é só o pastor que nos conduz, mas também fonte da salvação para todos os homens; é por Ele e n’Ele que chegamos ao Pai.
A segunda leitura fala-nos do amor de Deus, testemunhado em Jesus Cristo, que nos abre à comunhão com Eles. É mediante esse “amor admirável” que cada um de nós é capaz de superar a sua condição de debilidade e de fragilidade. O objectivo de Deus é integrar-nos na sua família e como filhos levar-nos a participar da Sua plenitude.
O Evangelho centra-se na pessoa de Jesus como “o Bom Pastor”, modelo e paradigma de todo o serviço na Igreja, o seu rebanho, a quem Ele ama de forma gratuita e desinteressada, dando a vida pelas suas ovelhas. Elas sabem que podem confiar n’Ele de forma incondicional, pois Ele não busca o próprio bem, mas o bem do seu rebanho.

Padre João Lourenço, OFM

 
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