Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

13 de outubro de 2017

Domingo 28º do Tempo Comum


Introdução à Liturgia:
O tema do banquete e do encontro que simboliza a comunhão entre Deus e o homem, muito presente nos textos dos profetas, é um desafio que a Palavra de Deus nos faz em ordem a superar as marcas da exclusão humana e nos introduz numa relação de amor e de comunhão com Deus. É a este banquete, de que a eucaristia é o momento central, que nós também somos chamados. 

Introdução às Leituras:
Na 1ª leitura, Isaías oferece-nos dois temas muito caros à Teologia deste profeta e que marcam o judaísmo e a fé bíblica do seu tempo: o tema do Banquete como forma de traduzir a relação de amor e de comunhão de Deus com o Seu povo; e o universalismo que abre a fé bíblica a todos os povos.

A 2ª leitura constitui um dos mais belos e impressionantes testemunhos de Paulo. A comunidade dos Filipenses foi uma das mais agradecidas a Paulo, o seu fundador. Paulo retribui essa generosidade reconhecido, deixando-nos um testemunho de grande despreendimento e de dedicação total à causa do Evangelho.

No Evangelho, estamos em presença da 3ª parábola consecutiva que Jesus dirige aos membros do Sinédrio, o órgão judaico de governo para as questões da lei e da sua interpretação. Jesus quer mostrar que é necessário ter um coração novo e aberto para acolher o Reino. O Judaísmo tinha perdido essa dimensão de comunhão, de banquete e de partilha, para se tornar num sistema jurídico e legalista e, por isso, recusava acolher a mensagem de Jesus.
Padre João Lourenço, OFM

6 de outubro de 2017

27º Domingo do Tempo Comum

O que aprendestes, recebestes, ouvistes e vistes em mim é o que deveis praticar. E o Deus da paz estará convosco (II Filip 4, 6-9 ).

Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo recorre à imagem da “vinha de Deus” para falar desse Povo que aceita o desafio do amor de Deus e que se coloca ao serviço do Reino. Desse Povo, Deus exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia. Para o conseguir, temos de cultivar a vinha que cada um de nós é, pois só assim daremos os frutos que Ele espera de nós.

Introdução às Leituras:
Isaías, na primeira leitura, mostra-nos através da sua sensibilidade poética o cuidado com que Deus nos trata, o amor e a solicitude que Ele dispensa a cada uma das cepas da sua vinha. Por isso, o profeta convida o povo de Deus a corresponder de forma generosa e gratuita a esse amor e a essa solicitude. Os frutos que Ele espera de nós são a justiça, o direito, o respeito pelas propostas e a fidelidade à Aliança.

Na segunda leitura, Paulo exorta os cristãos da cidade grega de Filipos – e todos os que fazem parte da “vinha de Deus” – a viverem na alegria e na serenidade, respeitando o que é verdadeiro, nobre, justo e digno. Partindo da sua própria experiência de fé, Paulo, testemunha assim o que é ser ‘vinha do Senhor’.


Na parábola do Evangelho, dirigindo-se aos chefes e autoridades judaicas do tempo, Jesus retoma a imagem da “vinha”. Os reparos de Jesus têm como fundamento o facto dessas autoridades se terem apropriado da ‘vinha de Deus’ para se servirem dela e não para cuidar dela e ajudar essa vinha, esse povo a produzir frutos e a retribuir na comunhão os dons que com Deus tinha cuidado e beneficiado o Seu povo. 
Padre João Lourenço, OFM

4 de outubro de 2017

S. Francisco de Assis - By the signs



Pelos sinais 

Eis os novos sinais da santidade
Que se revelam, dignos de louvor!
Miríficos sinais de bem querer
No humilde S. Francisco acreditados.

Aos professos da nova e humilde grei,
Outorga-se o direito da lei nova.
Os preceitos do Rei são renovados;
transmitidos do céu por S. Francisco.

Nova vida! Ordem nova que alvorece!
Uma regra inaudita neste mundo!
Lei sagrada que vem restaurar
O estado do Evangelho sacrossanto.

Reforma-se a aspereza do direito
por feição semelhante à lei de Cristo.
E as normas dessa regra se alevantam
Ao fastígio primeiro dos Apóstolos.

Ele veste um burel sem pretensões;
Uma corda grosseira por cintura.
O pão só por medida se permite;
E nega-se o conforto do calçado.

Descuida-se de tudo o que é terreno;
De tudo S. Francisco se despoja.
Despreza as previdências do pecúlio;
A pobreza deseja tão somente.

Procura a solidão para chorar;
De coração amargo solta vozes.
Triste, lastima o tempo tão querido,
Desperdiçado outrora lá no século.

Retirado num antro da montanha,
No chão prostrado, humilde, reza e chora.
Por fim, com seu espírito sereno,
Detém-se como preso em doce ergástulo.

A coberto somente dos rochedos
medita, arrebatado nas alturas...
Recto juiz, despreza o que é do mundo
E prefere-lhe as coisas lá do céu.

Na mortificação refreia a carne
Cujo aspecto transforma e desfigura.
A Escritura Sagrada é o seu sustento.
De tudo o que é terreno se desfaz.

Um certo dia lá vem das alturas
Hierática figura de Varão.
Visão do soberano e grande Rei
Que ao santo Patriarca aterroriza.

Traz em si os sinais do bom Jesus
E imprime-lhe essas chagas sacrossantas
Enquanto ele medita na Paixão
Com seu coração triste, emudecido...

Assinalado fica o santo corpo...
Ferido nos seus pés e suas mãos.
O seu lado direito trespassado...
E assim todo escorrendo o próprio sangue!

Proferem-se palavras de mistério
E revelam-se coisas do futuro.
O Santo compreende o que lhe é dito
Por mística e sagrada inspiração.

Logo aparecem cravos admiráveis.
Por fora, negros; dentro, cor de rosa.
Dor pungente que fere cruelmente,
Atrozes grilhões que supliciam...

Não entrou instrumento de arte alguma
Para as chagas abrir naqueles membros.
Não foi a natureza que os feriu
nem tão pouco o martelo torturante.

- PELOS SINAIS da cruz que em ti trouxeste
Com os quais triunfaste deste mundo
E superaste a carne tão hostil
Em ilustre e tão ínclita vitória,

Desvela-te por nós, Pai S. Francisco!
Protege-nos em toda a adversidade
A fim de que possamos ir gozar
Lá na glória celeste a recompensa.

 Nosso bondoso Pai, nosso pai santo!
Por tua ajuda, o povo teu devoto,
Unido com a turba dos Irmãos,
possa alcançar o prémio celestial.

Oh! Faze companheiros dos eleitos
A todos os que inspiras na virtude.
Consiga o teu rebanho dos Menores
O gozo sempiterno lá nos céus.

3 de outubro de 2017

4 de outubro - S. Francisco de Assis



29 de setembro de 2017

26º Domingo do Tempo Comum

Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo convida-nos a olhar para algo que é fundamental na nossa fé: ‘Deus tem uma proposta a fazer-nos’. A sua mensagem não é vã nem vazia; pelo contrário, ela está carregada de sentido e constitui um desafio para cada um de nós. É perante esta proposta que nós podemos escolher, dizer sim ou dizer nada, fazê-la nossa ou ignorá-la. Ser cristão é, tal como Jesus, dizer sim e assumir o compromisso da fidelidade à proposta que nos é feita.

Introdução às Leituras:
A experiência do exílio na Babilónia foi o grande desafio que Deus fez ao Seu povo. O profeta Ezequiel, na 1ª leitura, convida os israelitas a comprometerem-se de forma séria e consequente com Deus, sem rodeios, sem evasivas, sem subterfúgios. Cada crente deve tomar consciência das consequências do seu compromisso com Deus e viver, com coerência, as implicações práticas da sua adesão à Aliança.

A 2ª leitura, Paulo, com um dos textos mais ricos de toda a sua teologia e de todas as suas cartas, exorta os cristãos de Filipos a seguir o exemplo de Cristo: apesar de ser Filho de Deus, Cristo assumiu a realidade da fragilidade humana, fazendo-se servidor dos homens para nos ensinar a suprema lição do amor, do serviço, da entrega total da vida por amor.


Na parábola do Evangelho, Mateus apresenta-nos a forma e o modo como se concretiza a proposta que Deus nos faz: pelas obras e compromissos e não pelas palavras e pelas boas intenções. Um desafio sempre presente na Igreja e dirigido a cada um de nós. O ‘sim’ que Deus nos pede não é uma declaração teórica de boas intenções, mas antes um compromisso firme, coerente, sério e exigente com o Reino, com os seus valores.
Padre João Lourenço, OFM

22 de setembro de 2017

25º Domingo do Tempo Comum



Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo convida-nos a descobrir um Deus cujos caminhos e cujos pensamentos estão acima dos caminhos e dos pensamentos dos homens. Será isto uma frase feita ou uma realidade a descobrir? De facto, o projecto de Deus assenta em algo que está fora do nosso horizonte moderno e que os homens de hoje têm dificuldade em compreender: a gratuidade e o dom. São estes os fundamentos radicais de novidade que Deus é para nós.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura é um apelo de Isaías a cada um de nós para que procure o Senhor. Procurá-l’O é o desejo que deve animar a nossa caminhada espiritual e isso faz-se por um processo de conversão permanente. Sem esta abertura total, podemos correr muito para a Igreja, mas isso não significa que O encontremos.

Na segunda leitura, Paulo, partindo da sua própria experiência, diz-nos o que é a vida cristã: Cristo é a nossa vida. É uma vida em plenitude que não se limita a isto ou àquilo, mas que comporta toda a nossa caminhada, seguindo as propostas do Evangelho.
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O Evangelho diz-nos que Deus chama à salvação todos os homens, sem considerar a antiguidade na fé, sem prazos nem créditos, sem olhar às qualidades ou aos comportamentos anteriormente assumidos. A Deus interessa apenas a forma como se acolhe o seu convite. Pede-nos uma transformação da nossa mentalidade, de forma que a nossa relação com Deus não seja marcada pelo interesse, mas pelo amor e pela gratuidade.
Padre João Lourenço, OFM

Crónicas da vida da Fraternidade

Fraternidade de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da vida da Fraternidade

Encontro de Fraternidades da Ordem Franciscana Secular da Região Sul
TOMAR, 18 de junho de 2017
Acolhimento pela Fraternidade Local
Conferencista: Frei Luís Oliveira, Assistente Espiritual do CERS
Presente o Ministro do CERS, Irmão Carlos Miranda Ferreira

Partimos cedo de Lisboa, rumo a Tomar.

Com um programa muito rico e variado, começou este dia com a visita ao Convento de Cristo, conduzida por um Técnico do próprio Convento. Em seguida, um passeio, em autocarro, pela bonita cidade de Tomar, terminando a manhã com o almoço num restaurante.

A tarde foi passada na Igreja de S. Francisco de Assis. A Fraternidade de Tomar saudou, com muita simpatia e calorosamente, os Irmãos ali presentes.



Seguiu-se a apresentação das Fraternidades da Região Sul. E cada uma foi presenteada com um TAU em madeira, mapas da cidade de Tomar e do Convento de Cristo, uma revista da “Festa dos Tabuleiros” e o Livro “Retalhos da minha alma”, cuja autora é a irmã Maria Emília. Gentis ofertas da Fraternidade Local. “S. Francisco à Luz”, agradeceu sensibilizada, este gesto carinhoso. 

E a tarde prosseguiu com alguns trechos de música clássica, desfile de frutas da época e uma apresentação da Festa dos Tabuleiros e respetiva explicação.
Tudo estava perfeito. Havia a preocupação, por parte da Fraternidade anfitriã, de que todos os Irmãos se sentissem bem.

E chegou o momento da Conferência. Frei Luís Oliveira, com o tema “Fraternidade com um sentido de PERTENÇA clarificado.” Palavras muito diretas. Muito práticas. Sem floreados. Palavras para serem vividas. Para serem aplicadas à vida de quem professa na OFS.

Temos que salpicar a nossa existência com bocadinhos de poesia, mas sem esquecer que S. Francisco nos pediu para vivermos segundo o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, com rigor, com os pés bem assentes na terra e com alegria.



Por último a Eucaristia. No recolhimento, nas palavras que ouvimos, nos cânticos muito bem escolhidos, a união de todos os presentes tornou-se mais viva. Jesus estava ali de braços abertos, esquecendo as nossas imperfeições   e olhando para a sinceridade de cada coração.
Estes Encontros de Fraternidades reforçam a unidade. Não importa donde viemos. Somos a Ordem Franciscana Secular. Tratamo-nos por Irmãos. É bom que nos possamos conhecer.

Regressámos a Lisboa. Foi um dia de festa. De Paz e Bem. Um dia de louvor ao
“Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor…”

maria clara (18junho2017)

Crónicas da Vida da Fraternidade

Fraternidade de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da Vida da Fraternidade
Frei Michael Perry, Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores
Convento da Imaculada Conceição
Lisboa, 8 de junho de 2017







Com a amabilidade do nosso Assistente Espiritual, Frei João Lourenço e do Ministro Provincial, Frei Armindo Carvalho, o Conselho da Fraternidade de S. Francisco à Luz, representando todos os Irmãos, foi convidado a participar na Eucaristia e no almoço no Convento, por ocasião da visita fraterna do Ministro Geral da OFM a Lisboa, Frei Michael Perry.

Frei Michael Perry visitou a Província Franciscana de Portugal, no ano em que se comemora o oitavo centenário da presença dos Franciscanos no nosso País.

A celebração eucarística, na Igreja do Convento, foi um momento muito especial. Profundamente franciscano. Tanto no louvor ao Deus Altíssimo, como no envolvimento de toda a assembleia, em total recolhimento, participando no mistério que se desenrolava no altar.


O Ministro Geral teve palavras amáveis para a OFS e foi com visível satisfação que conversou, durante algum tempo, com os Irmãos da Fraternidade, ali presentes.

A seguir ao almoço, serviu-se o café no Bar do CCF. Oferta da Fraternidade. Um pequeno gesto de agradecimento. A simpatia dos nossos Irmãos da Ordem dos Frades Menores, o acolhimento amigo que nos dispensaram, permitindo que vivêssemos este dia com eles, deixou-nos muito sensibilizados.

Nesta união da Família Franciscana, que tanto fortalece os laços entre a Primeira e a Terceira Ordem de S. Franvisco, rezou-se pelos Irmãos ausentes. Aqueles que não puderam estar presentes e os que já partiram para o Pai. Cantou-se com emoção. Falou-se de Francisco. Foram momentos de pura alegria.

Por este dia tão belo, a Fraternidade de S. Francisco à Luz, apresenta ao Ministro Provincial e ao Guardião do Convento da Imaculada Conceição, os mais sinceros agradecimentos. Paz e Bem!

Glória ao Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor…
maria clara, ofs
Lisboa, 8 de junho de 2017



18 de setembro de 2017

Estigmatização de S. Francisco


Hoje, 17 de setembro, dia grande para toda a Família Franciscana. Celebramos a festa dos Estigmas com que o Senhor adornou S. Francisco.
Já tinham passado dezoito anos desde a sua conversão. Estando ele em Santa Maria dos Anjos, por inspiração divina, foi-lhe revelado que só permaneceria neste mundo mais dois.
Ficou o nosso seráfico Pai muito sereno e logo pensou retirar-se para  sítio mais sossegado onde nada perturbasse a sua intimidade com Deus. E não exitou: o Alverne! Sim, iria para a montanha querida que o conde Orlando de Chiúsi lhe ofereceu por ser um lugar propício à contemplação. E pôs-se a caminho. Com Frei Leão, Frei Ângelo e Frei Masseu. Aí iniciaria a quaresma em honra do Arcanjo São Miguel.
Mas Francisco, atormentado pelas doenças, frágil e com poucas forças, não aguentava a caminhada. Então os seus companheiros pediram a um camponês que se dirigia para aqueles lados, que lhes emprestasse o jumentinho para o levar. E lá seguiram todos. Caminho duro. Viagem difícil, com poucas palavras. Até que o dono do jumento quebrou o silêncio. Virou-se para Francisco e com toda a simplicidade disse “- és de verdade o irmão Francisco de Assis, como me disseram? Então ouve um conselho de amigo: cuida bem em ser o que as pessoas pensam de ti. Vê lá, não as desmintas!”. Francisco, humildemente, agradeceu. E uma santa alegria inebriou o seu coração.
Assim, nesta caminhada para o Monte Alverne, o Senhor ia preparando o coração de Francisco para o grande momento. A beleza imponente do local, o silêncio, o tempo agreste, ajudavam ao alheamento do bulício do mundo.  
Ali chegados e procurando em tudo saber o que o Senhor queria dele, abriu por três vezes o Evangelho (três vezes em honra da Santíssima Trindade) e sempre lhe apareceu a narração da Paixão. E foi essa a sua meditação. Em cabana isolada dos Irmãos, aí se instalou, louvando, agradecendo e oferecendo-se para sentir o sofrimento que Cristo suportou no Calvário. Só Frei Leão – a ovelhinha de Deus como lhe chamava – se aproximava para lhe levar algum mantimento.
E neste isolamento voluntário, numa visão doce e terna, o Senhor  comunicou-lhe que acedia ao seu desejo. Ao acordar, Francisco viu que tinha as mãos e os pés trespassados por cravos e uma chaga aberta no peito. E muito sofrimento físico. Meu Senhor e meu Deus, Contigo tudo suporto, terá desabafado…Comovido e embaraçado, não sabendo como esconder este privilégio, agradeceu e, procurando tapar com o burel as Santas Chagas, continuou a sua vida de oração intensa.
Neste dia em que se recorda S. Francisco, tantos pensamentos nos são oferecidos. Também nós vamos subindo o nosso Monte Alverne. Talvez demasiado carregados. Talvez sem nos apercebermos da beleza deste percurso. E quando o Senhor se faz ouvir, chamando a nossa atenção para os erros que cometemos, como reagimos? Na voz daquele camponês que emprestou o jumento, Francisco foi alertado para não descurar a sua verdadeira humildade e para viver segundo aquilo que pregava. Seremos nós sempre coerentes com aquilo que afirmamos e os atos que praticamos?
Francisco também se isolou. Não para fugir à convivência com os seus Irmãos, mas para estar só com Deus. No silêncio é mais facil escutar a voz do Altíssimo. Mas, antes de nos entregarmos a Deus ou ao próximo, precisamos de nos encontrar connosco. Numa conversa franca. Com toda a sinceridade. Conhecermo-nos interiormente. Assim, a mensagem que passaremos será uma mensagem de verdade e de paz. Temos que apagar qualquer fogo incómodo que moleste o coração. Nunca chegaremos aos outros quando aquilo que tentamos transmitir não faça parte do nosso modo de viver.
Francisco foi maravilhoso! Deixou-se guiar e guiou aqueles que o seguiam. Com o desvelo de um pai. Com a caridade de um irmão. Com a humildade de quem tudo recebeu de Deus. Com o desprendimento de que nada lhe pertencia.
Vivamos bem este dia. Saudemos o querido pai S. Francisco, pedindo que nos ajude também a subir ao nosso Monte Alverne, com firmeza, com disponibilidade, para espalhar no mundo de cada um de nós, a Paz e o Bem, o Amor e a Alegria, segundo aquilo que o Senhor nos inspirar e com a gratidão de que tudo nos foi dado por Ele.
Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor, a Ti toda a Honra, Glória e Louvor…
maria clara, ofs
17setembro2017 


24º Domingo do Tempo Comum


(17/09/2017 – Ano A)

         Introdução à Liturgia:                
Ser cristão, discípulo de Jesus, pressupõe que a nossa vida, em cada um dos seus momentos, está marcada pela mensagem, pelos gestos e pelo testemunho do Mestre. Um dos sinais que define a identidade do nosso seguimento de Jesus está no perdão, aquilo que mais e melhor o distinguiu do judaísmo do seu tempo e que ele assumiu como núcleo central da sua mensagem. É do perdão que a palavra de Deus hoje nos fala e nos convida a pôr em prática.

            Introdução às Leituras 
A 1ª leitura, tomado do livro de Ben Sirah, relaciona a cólera e o ódio com o pecado, convidando o crente a saber perdoar. O perdão de que a Palavra de Deus nos fala tem o seu fundamento no próprio Deus; não se trata de um esquecimento cómodo nem de um procedimento de boas maneiras. Pelo contrário, ele é expressão da nossa fé e da nossa vontade em seguir Jesus. 

Na 2ª leitura, da carta aos Romanos, S. Paulo, num texto muito breve, diz-nos algo que é fundamental para a nossa vida. Ela pertence a Cristo, em todos os seus momentos. Somos do Senhor e para o Senhor, o que nos fortalece na comunhão fraterna, já que também somos da Igreja e para a Igreja.

Hoje, Jesus, como é tão próprio de S. Mateus, apresenta-nos uma parábola sobre o perdão e os procedimentos que isso implica. Para o cristão, o perdão deve ser incondicional, assumido plenamente na nossa vida e nas nossas relações. Não podemos agir de uma forma, e esperar que Deus proceda connosco de outra. Sobre o perdão, a oração e o agir têm de estar em harmonia total.
Padre João Lourenço, OFM

 
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