Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

4 de janeiro de 2019

59º Dia Mundial da Paz



MENSAGEM DO SANTO PADRE
FRANCISCO
PARA A CELEBRAÇÃO DO
DIA MUNDIAL DA PAZ
1º DE JANEIRO DE 2019
«A BOA POLÍTICA
ESTÁ AO SERVIÇO DA PAZ»

1. «A paz esteja nesta casa!»
Jesus, ao enviar em missão os seus discípulos, disse-lhes: «Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: “A paz esteja nesta casa!” E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós» (Lc 10, 5-6).
Oferecer a paz está no coração da missão dos discípulos de Cristo. E esta oferta é feita a todos os homens e mulheres que, no meio dos dramas e violências da história humana, esperam na paz.[1] A «casa», de que fala Jesus, é cada família, cada comunidade, cada país, cada continente, na sua singularidade e história; antes de mais nada, é cada pessoa, sem distinção nem discriminação alguma. E é também a nossa «casa comum»: o planeta onde Deus nos colocou a morar e do qual somos chamados a cuidar com solicitude.
Eis, pois, os meus votos no início do novo ano: «A paz esteja nesta casa!»

2. O desafio da boa política
A paz parece-se com a esperança de que fala o poeta Carlos Péguy;[2] é como uma flor frágil, que procura desabrochar por entre as pedras da violência. Como sabemos, a busca do poder a todo o custo leva a abusos e injustiças. A política é um meio fundamental para construir a cidadania e as obras do homem, mas, quando aqueles que a exercem não a vivem como serviço à coletividade humana, pode tornar-se instrumento de opressão, marginalização e até destruição.
«Se alguém quiser ser o primeiro – diz Jesus – há de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 35). Como assinalava o Papa São Paulo VI, «tomar a sério a política, nos seus diversos níveis – local, regional, nacional e mundial – é afirmar o dever do homem, de todos os homens, de reconhecerem a realidade concreta e o valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada, para procurarem realizar juntos o bem da cidade, da nação e da humanidade».[3]
Com efeito, a função e a responsabilidade política constituem um desafio permanente para todos aqueles que recebem o mandato de servir o seu país, proteger as pessoas que habitam nele e trabalhar para criar as condições dum futuro digno e justo. Se for implementada no respeito fundamental pela vida, a liberdade e a dignidade das pessoas, a política pode tornar-se verdadeiramente uma forma eminente de caridade.

3. Caridade e virtudes humanas para uma política ao serviço dos direitos humanos e da paz
O Papa Bento XVI recordava que «todo o cristão é chamado a esta caridade, conforme a sua vocação e segundo as possibilidades que tem de incidência na pólis. (…) Quando o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente secular e político. (…) A ação do homem sobre a terra, quando é inspirada e sustentada pela caridade, contribui para a edificação daquela cidade universal de Deus que é a meta para onde caminha a história da família humana».[4]Trata-se de um programa no qual se podem reconhecer todos os políticos, de qualquer afiliação cultural ou religiosa, que desejam trabalhar juntos para o bem da família humana, praticando as virtudes humanas que subjazem a uma boa ação política: a justiça, a equidade, o respeito mútuo, a sinceridade, a honestidade, a fidelidade.
A propósito, vale a pena recordar as «bem-aventuranças do político», propostas por uma testemunha fiel do Evangelho, o Cardeal vietnamita Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, falecido em 2002:
Bem-aventurado o político que tem uma alta noção e uma profunda consciência do seu papel.
Bem-aventurado o político de cuja pessoa irradia a credibilidade.
Bem-aventurado o político que trabalha para o bem comum e não para os próprios interesses.
Bem-aventurado o político que permanece fielmente coerente.
Bem-aventurado o político que realiza a unidade.
Bem-aventurado o político que está comprometido na realização duma mudança radical.
Bem-aventurado o político que sabe escutar.
Bem-aventurado o político que não tem medo.[5]
Cada renovação nos cargos eletivos, cada período eleitoral, cada etapa da vida pública constitui uma oportunidade para voltar à fonte e às referências que inspiram a justiça e o direito. Duma coisa temos a certeza: a boa política está ao serviço da paz; respeita e promove os direitos humanos fundamentais, que são igualmente deveres recíprocos, para que se teça um vínculo de confiança e gratidão entre as gerações do presente e as futuras.

4. Os vícios da política
A par das virtudes, não faltam infelizmente os vícios, mesmo na política, devidos quer à inépcia pessoal quer às distorções no meio ambiente e nas instituições. Para todos, está claro que os vícios da vida política tiram credibilidade aos sistemas dentro dos quais ela se realiza, bem como à autoridade, às decisões e à ação das pessoas que se lhe dedicam. Estes vícios, que enfraquecem o ideal duma vida democrática autêntica, são a vergonha da vida pública e colocam em perigo a paz social: a corrupção – nas suas múltiplas formas de apropriação indevida dos bens públicos ou de instrumentalização das pessoas –, a negação do direito, a falta de respeito pelas regras comunitárias, o enriquecimento ilegal, a justificação do poder pela força ou com o pretexto arbitrário da «razão de Estado», a tendência a perpetuar-se no poder, a xenofobia e o racismo, a recusa a cuidar da Terra, a exploração ilimitada dos recursos naturais em razão do lucro imediato, o desprezo daqueles que foram forçados ao exílio.

5. A boa política promove a participação dos jovens e a confiança no outro
Quando o exercício do poder político visa apenas salvaguardar os interesses de certos indivíduos privilegiados, o futuro fica comprometido e os jovens podem ser tentados pela desconfiança, por se verem condenados a permanecer à margem da sociedade, sem possibilidades de participar num projeto para o futuro. Pelo contrário, quando a política se traduz, concretamente, no encorajamento dos talentos juvenis e das vocações que requerem a sua realização, a paz propaga-se nas consciências e nos rostos. Torna-se uma confiança dinâmica, que significa «fio-me de ti e creio contigo» na possibilidade de trabalharmos juntos pelo bem comum. Por isso, a política é a favor da paz, se se expressa no reconhecimento dos carismas e capacidades de cada pessoa. «Que há de mais belo que uma mão estendida? Esta foi querida por Deus para dar e receber. Deus não a quis para matar (cf. Gn 4, 1-16) ou fazer sofrer, mas para cuidar e ajudar a viver. Juntamente com o coração e a inteligência, pode, também a mão, tornar-se um instrumento de diálogo».[6]
Cada um pode contribuir com a própria pedra para a construção da casa comum. A vida política autêntica, que se funda no direito e num diálogo leal entre os sujeitos, renova-se com a convicção de que cada mulher, cada homem e cada geração encerram em si uma promessa que pode irradiar novas energias relacionais, intelectuais, culturais e espirituais. Uma tal confiança nunca é fácil de viver, porque as relações humanas são complexas. Nestes tempos, em particular, vivemos num clima de desconfiança que está enraizada no medo do outro ou do forasteiro, na ansiedade pela perda das próprias vantagens, e manifesta-se também, infelizmente, a nível político mediante atitudes de fechamento ou nacionalismos que colocam em questão aquela fraternidade de que o nosso mundo globalizado tanto precisa. Hoje, mais do que nunca, as nossas sociedades necessitam de «artesãos da paz» que possam ser autênticos mensageiros e testemunhas de Deus Pai, que quer o bem e a felicidade da família humana.

6. Não à guerra nem à estratégia do medo
Cem anos depois do fim da I Guerra Mundial, ao recordarmos os jovens mortos durante aqueles combates e as populações civis dilaceradas, experimentamos – hoje, ainda mais que ontem – a terrível lição das guerras fratricidas, isto é, que a paz não pode jamais reduzir-se ao mero equilíbrio das forças e do medo. Manter o outro sob ameaça significa reduzi-lo ao estado de objeto e negar a sua dignidade. Por esta razão, reiteramos que a escalada em termos de intimidação, bem como a proliferação descontrolada das armas são contrárias à moral e à busca duma verdadeira concórdia. O terror exercido sobre as pessoas mais vulneráveis contribui para o exílio de populações inteiras à procura duma terra de paz. Não são sustentáveis os discursos políticos que tendem a acusar os migrantes de todos os males e a privar os pobres da esperança. Ao contrário, deve-se reafirmar que a paz se baseia no respeito por toda a pessoa, independentemente da sua história, no respeito pelo direito e o bem comum, pela criação que nos foi confiada e pela riqueza moral transmitida pelas gerações passadas.
O nosso pensamento detém-se, ainda e de modo particular, nas crianças que vivem nas zonas atuais de conflito e em todos aqueles que se esforçam por que a sua vida e os seus direitos sejam protegidos. No mundo, uma em cada seis crianças sofre com a violência da guerra ou pelas suas consequências, quando não é requisitada para se tornar, ela própria, soldado ou refém dos grupos armados. O testemunho daqueles que trabalham para defender a dignidade e o respeito das crianças é extremamente precioso para o futuro da humanidade.

7. Um grande projeto de paz
Celebra-se, nestes dias, o septuagésimo aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada após a II Guerra Mundial. A este respeito, recordemos a observação do Papa São João XXIII: «Quando numa pessoa surge a consciência dos próprios direitos, nela nascerá forçosamente a consciência do dever: no titular de direitos, o dever de reclamar esses direitos, como expressão da sua dignidade; nos demais, o dever de reconhecer e respeitar tais direitos».[7]
Com efeito, a paz é fruto dum grande projeto político, que se baseia na responsabilidade mútua e na interdependência dos seres humanos. Mas é também um desafio que requer ser abraçado dia após dia. A paz é uma conversão do coração e da alma, sendo fácil reconhecer três dimensões indissociáveis desta paz interior e comunitária:
- a paz consigo mesmo, rejeitando a intransigência, a ira e a impaciência e – como aconselhava São Francisco de Sales – cultivando «um pouco de doçura para consigo mesmo», a fim de oferecer «um pouco de doçura aos outros»;
- a paz com o outro: o familiar, o amigo, o estrangeiro, o pobre, o atribulado..., tendo a ousadia do encontro, para ouvir a mensagem que traz consigo;
- a paz com a criação, descobrindo a grandeza do dom de Deus e a parte de responsabilidade que compete a cada um de nós, como habitante deste mundo, cidadão e ator do futuro.
A política da paz, que conhece bem as fragilidades humanas e delas se ocupa, pode sempre inspirar-se ao espírito do Magnificat que Maria, Mãe de Cristo Salvador e Rainha da Paz, canta em nome de todos os homens: A «misericórdia [do Todo-Poderoso] estende-se de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes (...), lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre» (Lc 1, 50-55).
Vaticano, 8 de dezembro de 2018.
Franciscus

[1] Cf. Lc 2, 14: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado».
[2] Cf. Le Porche du mystère de la deuxième vertu (Paris 1986).
[3] Carta ap. Octogesima adveniens (14/V/1971), 46.
[4] Carta enc. Caritas in veritate (29/V/2009), 7.
[5] Cf. «Discurso na Exposição-Encontro “Civitas” de Pádua»: Revista 30giorni (2002-nº 5).
[6] Bento XVI, Discurso às Autoridades do Benim (Cotonou, 19/XI/2011).
[7] Carta enc. Pacem in terris (11/IV/1963), 24 (44).

3 de janeiro de 2019

Mapa de serviço no bar do CCF 2019


Mapa de Leitores 2019


2 de janeiro de 2019

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus


(01 de janeiro 2019)

Introdução à Liturgia:
Hoje, todos nos saudamos, desejando um novo ano, cheio de paz e harmonia. Dois termos traduzem, de forma muito concreta, aquilo que a Palavra de Deus nos convida a viver, neste dia em que celebramos três realidades da nossa identidade cristã:
.Maria, a mãe do Salvador que as comunidades cristãs, desde as origens, louvavam e enalteciam como Mãe de Deus;
.O Dia mundial da Paz – aquilo que resulta da misericórdia de Deus para connosco;
.O início de um novo ano, no ritmo das nossas vidas, que colocamos nas mãos do Senhor.
    Três motivos que dão sentido a este novo ano que hoje iniciamos.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro dos Números, fala-nos da bênção que Deus confia a Moisés para dar a todo o povo. Aí se anuncia que a Paz e a Misericórdia, a ternura e a bondade de Deus são um dom para nós. Acolhamos esta bênção em nossos corações.

A carta aos Gálatas fala-nos da plenitude dos tempos, quando Deus enviou ao nosso mundo a plenitude do Seu amor: Jesus Cristo. É Ele esta plenitude que dá sentido à nossa vida. Que este ano seja um tempo de procura e de encontro dessa plenitude.

No Evangelho, S. Lucas diz-nos que a bênção e a plenitude de que nos falam as duas leituras se alcança, fazendo como Maria: ‘Escutando e meditando no nosso coração’ o mistério de Cristo.
Padre João Lourenço, OFM

Festa da Sagrada Família



Igreja da Paróquia dos Santos Mártires de Marrocos - Marrakech - Marrocos
(30 de dezembro 2018)

Introdução à Liturgia:
A família de Jesus sempre foi apresentada como modelo e paradigma da família cristã que acolhe a vida, a vive e a promove como um dom. Por isso, este dia é também um momento de testemunhar a nossa gratuidade a Deus pela família que nos concede e de reforçar, uma vez mais, os nossos esforços e empenho para que haja mais famílias a testemunhar o amor de Deus.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro de Ben Sirá, fala-nos da família no contexto da cultura bíblica, um mundo diferente do nosso, mas onde imperam também as relações de comunhão entre pais e filhos que dão sentido à vida familiar e onde se exortam, tanto uns como outros, a contribuir com o seu empenho na edificação dessa mesma comunidade.

A segunda leitura, da carta aos Colossenses, reafirma de novo este dom da gratuidade que se vive e se testemunha pela fé na experiência do dia a dia. O apelo de Paulo à unidade da Família deve ser assumido por todos, cada um na sua singularidade e todos na mesma comunhão.

No Evangelho, Lucas apresenta-nos o cuidado da Família de Nazaré com Jesus, fazendo com que Ele realize também a sua função de filho. É esta dinâmica entre pais e filhos que importa reforçar nas nossas famílias, para que elas sejam, na verdade, expressão plena do amor de Deus.
Padre João Lourenço, OFM

24 de dezembro de 2018

SOLENIDADE DO NATAL

SOLENIDADE DO NATAL

Natal: a Vela de Cristo
(Após o Evangelho acende-se a Vela do Natal)


Leitor:
Esta é a vela de Cristo. Dois nomes foram dados ao Deus-Menino na narrativa de São Mateus: Jesus significa "Deus salva": Emanuel significa "Deus connosco". Acolhamos inteiramente o Dom desta vinda. Somos convidados neste Natal a viver, mais uma vez, a plenitude do Amor de Deus.
Resposta - Celebrante:
Com os anjos e os pastores, vamos a jesus com alegria e louvor! Que através da sua vinda a cada um de nós, sejamos preenchidos de amor, fé, alegria e paz. Amém.

SOLENIDADE DO NATAL
Introdução à Liturgia:
A celebração do Natal leva-nos até Belém, ao encontro de Jesus e permite-nos através da liturgia contemplar o mistério da encarnação do Senhor. É este mistério que alimenta a nossa fé e a fortalece na força da Palavra que se fez carne e habitou entre nós, como nos diz o Evangelho.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, tomada do livro de Isaías, anuncia a chegada de Deus ao meio do seu Povo. É a boa-nova que nos é anunciada e felizes são aqueles que dela se fazem testemunhas. O anúncio da libertação feito outrora ao povo de Israel, faz-se hoje realidade para nós em Jesus Cristo.

        A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, diz-nos que em Jesus Cristo se manifesta a plenitude dos tempos, a aurora de um tempo novo, em que se consuma a verdadeira comunhão de Deus connosco que, ao entrar na nossa história, assumiu também a nossa condição humana, elevando-a à condição divina.


O Evangelho, que é o prólogo do texto de S. João, é um hino que traduz a fé da Igreja, desde as origens, proclamando que Jesus é a Palavra, o Lógos, que Deus enviou ao mundo e pelo qual Ele nos deu a conhecer a sua glória, o Seu rosto, o Seu amor de Pai. É por Ele que nós nos tornamos novas criaturas.
Padre João Lourenço, OFM

20 de dezembro de 2018

4º DOMINGO DO ADVENTO


Advento IV: A vela do serviço  



1.º Leitor:
Maria foi chamada por Deus para desempenhar um papel especial, como serva do Senhor (acende-se a 4ª vela).
2.º Leitor:
Esta é a vela do serviço: Deus chama Maria para ser a Mãe do Senhor. Mesmo quando lhe pareceu tarefa impossível, para além das suas forças, ela disse sim a Deus. Tenhamos nós também essa confiança e coragem, dizendo: SIM, AQUI ESTOU!
Resposta - Celebrante:
Deus, nosso Auxílio e Fortaleza, as necessidades do mundo parecem tão grandes, e a nossa força tão pequena. Ajuda-nos a responder ao Teu chamamento como Maria o fez, por nosso Senhor, Jesus Cristo na unidade do espírito santo. Amém.


(23.12.2018)

Introdução à Eucaristia

A liturgia deste domingo, que precede o Natal, aproxima-nos já do mistério do nascimento do Senhor. Ele está à porta e convida-nos a fazer uma caminhada de peregrinação até Ele. Belém é não só o local da Sua presença entre nós, mas também o do nosso encontro com Ele. Para isso, há que preparar os nossos corações, abrir as nossas portas e superar as barreiras que nos impedem e O acolher.

Introdução às Leituras

O Evangelho fala-nos da caminhada de Maria para levar o anúncio da Boa-Nova a Isabel. O encontro destas duas mulheres simboliza a continuidade das duas alianças, em que o Verbo de Deus, de que Maria é portadora, santifica João, o último profeta, desde o ventre materno, mostrando assim que em cristo toda a vida ganha sentido. Cristo é a plenitude da salvação e por Ele a vida tem sentido pleno em todos os momentos da sua existência.

É em Jesus, o descendente de David, nascido em Belém, que ganha sentido o mundo novo que é dom de Deus. O nome de Jesus é “a Paz”: Ele veio apresentar uma proposta de um “reino” de paz e de amor, não construído com a força das armas, mas construído e acolhido nos corações dos homens de boa vontade.

Tomada da carta aos Hebreus, a 2ª leitura diz-nos que entra no mundo para inaugurar um tempo novo e que a sua missão libertadora visa o estabelecimento de uma relação de comunhão e de proximidade entre Deus e os homens. Para que esta relação de comunhão se concretize, cada um tem de dar o seu sim com a mesma disponibilidade com que Jesus aceitou a missão que o Pai lhe confiou.
Padre João Lourenço, OFM


14 de dezembro de 2018

3º DOMINGO DO ADVENTO


Advento III: A vela do testemunho


1.º Leitor:
Ser testemunha significa partilhar a história verdadeira. O Evangelho é a história verdadeira de onde nasce o testemunho (acende-se a 3.ª vela).
2.º Leitor:
Esta é a vela do testemunho. João Batista foi uma vida de testemunho. Ele apontava para Jesus Cristo por palavras e acções. Nós também somos chamados a apontar para Jesus Cristo por meio de nossas palavras, gestos, atitudes e acções.
Resposta - celebrante:
Senhor, Nosso Deus, assim como as velas do advento brilham, possamos nós também brilhar como testemunhas de Teu Filho Jesus, que vem novamente ao nosso mundo trazendo amor, paz e justiça. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.   



(16.12.2018)

Introdução à Eucaristia

O 3º Domingo do advento traz até nós uma mensagem de grande alegria, um apelo à alegria que vem da certeza que o nosso Salvador está próximo e vem ao nosso encontro. É-nos feito um convite para o poder acolher: convertermo-nos e abrir os nossos corações. Era assim que João Batista exortava os seus contemporâneos a proceder.

Introdução às Leituras

As leituras propõem-nos um caminho de conversão que nos leva até Cristo, para o acolher de novo, com novo vigor e com redobrada esperança. Por isso, o profeta convida o povo de Deus a viver nesta certeza: Ele está no meio de nós. Há que vencer o medo e o desânimo e aceitar esta força renovadora que nos vem do encontro com o Senhor.

A segunda leitura repete o apelo que Sofonias faz a Jerusalém: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo, alegrai-vos”. A alegria é uma segunda identidade do crente e por ela passa o nosso testemunho de fé.

No Evangelho, João Batista responde aos seus contemporâneos que o interrogavam acerca da forma de proceder. A resposta de João contempla 3 dimensões: a transformação pessoal, a renúncia à exploração do próximo e a abertura à força do Espírito, deixando-nos baptizar pelo ‘Espírito’ que nos concede uma vida nova.
Padre João Lourenço, OFM

9 de dezembro de 2018

2º DOMINGO DO ADVENTO







Advento II
 A vela da preparação



1.º Leitor:
Preparamo-nos cuidadosamente para comemorações especiais em nossas vidas. O Evangelho convida-nos a uma preparação para a vinda de Cristo (acende-se a 2ª vela).

2.º Leitor:

Esta é a vela da preparação. Até que ponto, estamos dispostos a prepararmo-nos para a vinda de Cristo. Nossas vozes são convidadas a unirem-se à voz de João Batista na preparação do caminho do Senhor.

Resposta - Celebrante:

Desperta nossos corações, ó Senhor, para prepararmos o caminho de Teu Filho. Assim como Tu te ofereceste a nós, possamos todos, em serviço, ajudar o mundo a estar pronto para a tua vinda. Por Jesus Cristo nosso Senhor. Ámem.





(9.12.2018)
Introdução à Eucaristia

O tempo do Advento ajuda-nos a fazer memória da experiência de fé do povo de Israel que, na sua caminhada histórica, sempre olhou o futuro com esperança, fortalecendo essa caminhada com a força da Palavra de Deus e com a fidelidade à aliança. O seu horizonte estendia-se para além da história imediata, pois a sua força tinha como meta o projecto de Deus.

Introdução às Leituras
Na 1ª leitura, o profeta Baruc lança um forte apelo a Jerusalém para que exulte de alegria, pois a sua libertação está próxima. Este apelo à alegria é aquele que deve animar todo o crente na sua caminhada ao encontro do Senhor que vem salvar-nos. A salvação prometida está mais próxima de cada um de nós. Compete-nos abrir o coração para acolher o Senhor.

S. Paulo, na carta aos Filipenses que vamos escutar, exorta os cristãos a viverem na alegria, uma alegria que tem o seu fundamento na confiança em Deus e na caridade fraterna. São estes os dois grandes pilares da verdadeira alegria cristã.  

O Evangelho apresenta-nos João Baptista, o arauto e pregoeiro que vem preparar os caminhos do Senhor. Este é o grande grito desta voz profética que se faz ouvir no início do ministério público de Jesus. O seu grito é um apelo à conversão, pois só assim podemos acolher o Senhor que vem ao nosso encontro.
Padre João Lourenço, OFM

7 de dezembro de 2018

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO



(08.12.2018)

Introdução à Eucaristia

A Igreja celebra hoje a Solenidade da Imaculada Conceição. Para além de celebrar Maria como aquela em quem habitou a plenitude da graça, também celebramos a Mãe do Verbo de Deus, figura e modelo da Igreja e de cada crente, chamados como ela para sermos os portadores do seu amor. A Senhora do Advento é também a Mulher do acolhimento e da fidelidade. Hoje mesmo, concluímos um conjunto de celebrações sobre os 50 anos desta nossa Igreja, dedicada à Imaculada Conceição. A Ela agradecemos tudo quando de bom por aqui passou e continua a passar. Senhora da Conceição, fortalece-nos na Fé.  

Introdução às Leituras

A primeira leitura, recorrendo à imagem de Eva, prepara-nos para olhar para Maria como a Nova Eva, aquela que pela fidelidade gerou a vida, enquanto Eva, pela soberba e pelo pecado foi geradora de morte.


A segunda leitura, da carta aos Efésios, Paulo fala-nos do projecto de Deus que consiste em conceder uma plenitude de vida a cada homem, tudo isso centrado em Cristo, no qual fomos constituídos como filhos e herdeiros dessa plenitude de vida e de comunhão.


O Evangelho fala-nos da anunciação, princípio da Encarnação do Verbo e da disponibilidade de Maria que, pelo seu sim, se entrega ao Pai para ser a Mãe do Salvador. É pelo seu sim, pela sua fidelidade, que acontece o mistério; é pelo nosso sim, pela nossa fidelidade que Cristo entra em nossos corações e nos tornamos ‘filhos no Filho’, em Cristo.
Padre João Lourenço, OFM

30 de novembro de 2018

1º DOMINGO DO ADVENTO

Advento I

A vela da vigilância

1.º Leitor:
No Advento preparamo-nos para a vinda de Jesus Cristo ao mundo. O Evangelho chama-nos a vigiar (acende-se a 1.ª vela). 
2.º Leitor:
Esta é a vela da vigilância. Jesus Cristo chama-nos a estar prontos para anunciar o seu nome.
Resposta - Celebrante:
Senhor Deus, nós te louvamos pela vinda de Jesus. Ajuda-nos a estar atentos para poder anunciar a vinda do Teu Reino e proclamar a Boa-Nova. Por Jesus Cristo nosso Senhor. Amém.   


(02.11.2018)

Introdução à Eucaristia

Hoje, com a celebração da Eucaristia, iniciamos um novo ano litúrgico, preparando assim o Natal do Senhor. Quando tudo nos convida a olhar para fora, para as luzes e para as montras, a Palavra de Deus convida-nos a olhar para Deus, reforçando a nossa esperança na vinda do Salvador.

Introdução às Leituras
O profeta Jeremias, no texto que vamos escutar na 1ª leitura, anuncia um tempo novo que há-de trazer ao povo de Israel a realização das promessas a que Deus se havia comprometido pela Aliança. Esse tempo novo há-se concretizar-se pela acção do ‘rebento’ da família de David, que fará surgir um mundo de justiça e de paz.

A quadra do Advento é também um tempo litúrgico que nos convida ao compromisso e ao fortalecimento da nossa fé. É esta a exortação que S. Paulo dirige aos cristãos da comunidade Tessalónica, exortando-os a estarem preparados para a vinda do Senhor.

Preparando-nos para acolher o Salvador, a liturgia do Advento fala-nos da vinda definitiva do Salvador, ou seja, do nosso encontro com Ele, na plenitude da sua glória. Sendo uma caminhada no tempo é também uma caminhada para a eternidade, pois é aí que acontece o nosso encontro pleno com o Senhor. Para isso, há que estar atentos e saber caminhar na esperança.
Padre João Lourenço, OFM

29 de novembro de 2018

Encontros de Espiritualidade


Festa de Santa Isabel da Hungria

Crónicas da vida da Fraternidade

Celebrámos hoje a festa de Santa Isabel da Hungria, padroeira da Ordem Franciscana Secular e assinalou-se também o décimo segundo aniversário da Fraternidade de S. Francisco à Luz, com o seguinte programa: 
*


11:00 – Eucaristia, na Igreja do Seminário;
12:00 – Palestra, na Sala dos Santos Mártires de Marrocos:
A 1ª Exortação de S. Francisco, pelo nosso Assistente Espiritual
13:30 – Almoço, no bar do Centro Cultural Franciscano;
15:00 – Despedida.


Na Eucaristia, Frei João Lourenço, OFM, anunciando que a nossa Fraternidade estava em festa, falou de Santa Isabel da Hungria, padroeira de OFS. E, de tal modo enalteceu as suas virtudes, que nada mais seria preciso dizer para se sentir que esta jovem mãe e rainha, não faz parte dum passado longínquo, mas é, neste nosso tempo, um modelo, um exemplo de santidade. Distribuiu amor do mesmo modo que distribuía pão para matar a fome aos mais necessitados. Foi amada. Era simples, humilde e desprendida dos bens materiais. Recordou, também, a toda a assembleia que, aos domingos, participa na missa das 11 horas, a existência da Fraternidade de S. Francisco à Luz. Nunca é demais espalhar a semente, mesmo ao de leve, para que brotem mais vocações.  Só do conhecimento pode nascer a luz.

Seguindo o programa estabelecido, já na Sala dos Santos Mártires de Marrocos, o nosso Assistente Espiritual, debruçou-se sobre a 1ª Exortação de S. Francisco (“Do Corpo de Cristo”), explicando, detalhadamente, o seu conteúdo. Foi um tempo de formação muito enriquecedor. Frei João Lourenço propôs ainda um pequeno diálogo. Um momento de perguntas e de esclarecimentos, participado com entusiasmo.



 E a hora do almoço chegou. No Centro Cultural Franciscano estava tudo preparado. Aperitivos nas mesas, a sopa a fumegar e a mesa da fruta e dos doces bem composta, sendo uma tentação para o olhar.

Toda a Fraternidade participou. Uns com o trabalho, outros na preparação da ementa e outros ainda, trazendo as sobremesas.

E houve uma novidade neste dia de festa: tivemos pratos e talheres novos. Seguindo o exemplo do nosso pai S. Francisco tão amigo da natureza, decidiu-se acabar com os utensílios descartáveis. Nada de plásticos ou papel. É uma pequena contribuição nossa, enquanto franciscanos, para a limpeza desta Terra que nos foi dada, tão bela e aprazível.

Conviveu-se. Houve cânticos e rezou-se. O Irmão Ministro, não escondendo uma grande alegria, falou da história desta Fraternidade. Recordou o começo, depois as sucessivas profissões e também os que já partiram para a Pátria Eterna.

Houve ausências neste Encontro. Alguns Irmãos que, no mesmo dia, estavam em Fátima no Capítulo Eletivo do Conselho Nacional. As irmãs Maria Isabel e Célia representando a nossa Fraternidade e os irmãos Fátima e Carlos em representação da Fraternidade de Santarém que, neste momento, acompanham. Falámos neles. Sentimos a sua falta, mas não foram esquecidos.

Outra ausência, e esta muito nos entristeceu. O irmão Rui Batalha está de novo internado numa unidade hospitalar. Por tal motivo, a irmã Fernanda também não pôde comparecer. Mas, com a força deste nosso querido Irmão e a ajuda de S. Francisco, temos a certeza de irá recuperar rapidamente. Houve ainda outros Irmãos que, por razões diversas, não puderam estar connosco. Cada um deixou aqui, vazio, o seu espaço. Porque cada Irmão é único. Assim, de todos nos lembrámos.

O almoço decorreu serenamente, com muita tranquilidade e visível satisfação. Todos ajudaram. Tirar pratos das mesas, colocar outros, verificar se algo faltava e até mesmo limpar alguma louça. E o nosso Assistente Espiritual também aí estava. Mangas arregaçadas, trabalhando ao nosso lado.

Que maravilha podermos viver momentos fraternos como este! Simplesmente “simples”. Que riqueza maravilhosa S. Francisco nos deixou: - Os Irmãos que nos deu!  

É necessário fazer festa. Celebrar com emoção estes dias de Encontro. Dá força. Reforça o “Compromisso”. Conhecer o Irmão que está ao lado. Faze-lo sentir que nos interessamos por ele. Distribuir carinho. O almoço é apenas um motivo para, descontraidamente, nos juntarmos. Aquilo que se leva, no final, dentro do coração – alegria e paz, é o mais importante.

Santa Isabel da Hungria, rogai por nós.

Glória ao Altíssimo, Omnipotente e bom Senhor…
*Dia 17 de novembro – festa de Santa Isabel da Hungria
 Dia 19 de novembro – 12º aniversário da Fraternidade de S. Francisco à Luz
           - Celebramos as duas festas no domingo, dia 18 de novembro de 2018

maria clara, ofs
18nov2018


 
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