Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

8 de outubro de 2019

Encontro com 800 anos de história


        


           Caríssimas Irmãs e Irmãos da OFS,
           Estimadas Amigas e Amigos da TERRA SANTA,

           Em 1219, cumprem-se agora oito séculos, a Cristandade e o Islão encontravam-se envolvidos numa das mais sangrentas guerras das Cruzadas, a Quinta. Francisco de Assis tomou então a iniciativa de se dirigir ao Médio Oriente com o firme propósito de delinear uma alternativa que superasse a lógica de terror que estava implantada entre o mundo cristão e o mundo islâmico. O seu desejo era contribuir para aproximar estes dois universos crentes, já que a guerra e as sucessivas Cruzadas tinham tornado impossível qualquer  mediação. Dirigiu-se a Damietta, onde se encontrou com o Sultão Al-Malik al-Kamil. 
        
       Este  encontro histórico está a ser celebrado um pouco por toda a parte, procurando com isso encontrar e reforçar novos caminhos de diálogo. Associando-nos a esta efeméride, vamos também nós celebrá-la, no dia 25 de OUTUBRO, às 21h, no CENTRO CULTURAL FRANCISCANO. Aqui vos envio o nosso Convite para este evento, esperando a Vossa presença amiga. Todos os dados sobre o Encontro estão no Cartaz que  anexamos, pedindo e agradecendo a sua divulgação e a partilha deste convite entre os Vossos amigos e familiares. 

      Com amizade, votos de Paz e Bem,

         Fr. João Lourenço   

7 de outubro de 2019

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM




Introdução à Liturgia:
Na liturgia deste domingo sobressai o pedido feito pelos discípulos a Jesus: ‘Senhor, aumenta a nossa fé’. A fé é a condição fundamental para que possamos assumir uma relação correta e verdadeira com Deus. A disponibilidade para construir o Reino de Deus em nós e a partir de nós, pressupõe uma fé autêntica, verdadeira e confiante. É este o desafio que o Senhor hoje nos deixa.

Introdução às Leituras:
Na nossa forma de ser e estar, nem sempre os nossos tempos se conjugam com o plano de Deus. Na primeira leitura, o profeta Habacuc como que desafia Deus a fazer-se presente no tempo e na história. Deus faz-se presente, mas a sua presença passa também por nós e é pela nossa fé que essa presença se torna actuante.

Na segunda leitura, S. Paulo convida o seu discípulo e colaborador Timóteo – é a 2ª carta que lhe dirige – a renovar em si o ardor e o empenho da vivência cristã. Por isso o convida a dar, sem medo nem cobardia, testemunho de Jesus, um convite que é também dirigido a cada um de nós.

Evangelho deixa-nos o convite a crescer na fé, pois é pela fé que nos tornamos construtores do “Reino” de Deus no mundo. Ser discípulo e seguidor de Jesus implica esta adesão sem reserva, capaz de superar montanhas e obstáculos, olhando sempre em frente e caminhando com esperança.
Padre João Lourenço, OFM


4 de outubro de 2019

4 de outubro - S. Francisco de Assis




O Pobrezinho de Assis

Pai S. Francisco, espero que tenhas um bocadinho de tempo para conversarmos. Hoje é o teu dia. Ontem, à tardinha, já começamos a recordar a tua passagem para a Vida Eterna.  Não é necessário lembrar os Irmãos. Todos celebram esta data com o coração em festa. Cada um, a seu modo, dá graças a Deus pelo santo que tu és. Pela vida que viveste - cântico permanente de louvor ao Deus que te criou.

Então senta-te aqui e ouve-me.

Porque te chamam “pobrezinho”? Quem não te conheça bem, pode ser levado a pensar numa pessoa fisicamente pouco atrativa, talvez rude, amarga e dependente da generosidade dos outros.

“Pobrezinho”, dito assim, pode inspirar caridade, mas corre-se o risco de passar ao lado da tua própria pessoa, sem se dar conta de que nos estamos cruzando com Francisco de Assis.

Tu foste o rei da juventude de Assis… eras popular, tinhas muitos amigos, falavas bem, eras alegre. Encantavas. Tinhas compaixão pelos mais necessitados e, sempre que algum pobre te pedia esmola “por amor de Deus”, nunca recusavas. E, ainda não te tinhas convertido… Mas dos teus pais recebeste uma boa educação cívica e espiritual.  Tua mãe, cristã fervorosa, moldou o teu coração no amor de Deus e do próximo. Tiveste um berço de ouro, com tudo aquilo que poderia determinar uma vida sem grandes preocupações.

Mas depois ouviste a voz de Deus. Veio a hora da conversão. Aquilo que tu eras não chegava. E a tua vida mudou.  E quando decidiste que o teu caminho era viver segundo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, começaram a chamar-te “pobrezinho”.

Mas eu vejo-te de modo diferente. Humilde sim. Pobrezinho não.

Tu eras forte. Recuperaste com o vigor dos teus braços, as igrejas de S. Damião, a Porciúncula e a de S. Pedro.

A tua voz era maviosa quando cantavas. Era meiga e quente quando davas conselhos. Era firme quando lutavas pelo privilégio da dona Pobreza. Eras trabalhador. Só recebias esmolas em troca do teu trabalho.

Quando algum irmão estava triste, tu ias ao seu encontro. Conseguias sarar as feridas da sua alma. Se algum tinha frio, cuidavas de o agasalhar. Se tinha fome, sentavas-te a seu lado e comias com ele para que não se sentisse envergonhado da sua fraqueza.

Quando estavas cego, entoavas louvores ao Deus Altíssimo e davas graças pelos sofrimentos que sacudiam o teu corpo.

E o teu sorriso era sempre a luz duma suave madrugada.

Nada impunhas. O teu exemplo era a palavra que chegava ao coração daqueles que te conheciam. Elas, as tuas palavras, é que levavam as pessoas a fazer as suas escolhas.

Tua falavas do amor de Deus, mas respeitavas quem não tinha uma fé igual à tua. Foi o que aconteceu em Damietta. Tu pregavas a paz. A harmonia. O respeito não só pelas pessoas, como também por todas as criaturas.

Tu eras sábio. Justo. Misericordioso. A tua identificação com Cristo não diminuiu a tua afeição ao pobre, ao doente, aquele que se sentia perturbado. Pelo contrário, a tua compaixão era mais intensa e a tua presença constante.

É que tu aprendeste que amar a Deus era suavizar o sofrimento humano, era limpar as chagas da alma e do corpo. Era tornar concreto aquilo em que acreditavas.

Eras um homem sensível, de sentimentos profundos, que desenvolveste os dons naturais que estavam dentro de ti e os colocaste ao serviço dos irmãos. E isso porque um dia ouviste a voz do Senhor e decidiste ser o “Arauto do grande Rei”.

E dizem que és “probrezinho”?

No Evangelho encontraste a simplicidade de vida. A tua generosidade para com Deus e para com os homens, tornaram-te visível aos olhos de todos.

Eras grande. Eras ativo. Livre. O teu olhar transmitia serenidade e da tua boca saíam palavras de consolação e de esperança.

Não, não eras, nem és um pobrezinho. O teu coração despojado de tudo aquilo que é terreno, estava repleto de amor e de luz. Aí guardavas os tesouros que o Senhor te confiava. Tu O compreendeste. Amaste Jesus desde o presépio até ao Calvário. Transmitias alegria, vivias feliz. Não se podia sentir dó da tua pessoa.

Assim se compreende que o mundo hoje te recorde. Apesar do teu corpo terreno ter ficado escondido durante alguns séculos, num sepulcro de todos desconhecido, nem assim foste esquecido. Tens sido amado e admirado através dos tempos, por crentes e não crentes, por gente de todas as idades.

E chamam-te “pobrezinho”?!!

Pai S. Francisco, homem grande, rico de bens espirituais, continuas a ser exemplo para todo aquele que quer seguir Jesus. Obrigada por existires. Obrigada pelos Irmãos que me deste e que hoje louvam o Senhor pela graça de te conhecerem.

Não te chamo “pobrezinho” … quero sim, que muitos te conheçam, que sintam a tua grandeza repleta de humildade e que aprendam a cantar contigo, sentindo a doçura das palavras que escolheste para louvar o Senhor.

Dá-me a tua mão, preciso dela, e soltemos a nossa voz, entoando juntos

Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor
A Ti toda honra e toda a glória,
A Ti o louvor.

Maria clara, ofs
Lisboa, 4 de outubro de 2019

30 de setembro de 2019

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM



Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje deixa-nos um forte apelo na luta contra a indiferença e o comodismo. Uma das grandes preocupações dos Profetas foi exactamente esta de abrir a vivência da fé às inquietações sociais que, ontem como hoje, devem traduzir a nossa identidade crente, ajudando-nos a transformar o mundo num espaço de comunhão e de fraternidade

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro de Amós, mostra como o profeta é um homem atento que não usa uma linguagem de meias-tintas; bem pelo contrário, deixa fortes interpelações que mantêm a sua actualidade no nosso tempo. A luta pela justiça social foi o seu lema, assumido também por Jesus com grande empenho e vigor.

       Dando continuidade à leitura da Carta a Timóteo, Paulo exorta o seu discípulo e colaborado a manter-se fiel à doutrina que lhe ensinou e a fundamentar toda a sua vida em Cristo Jesus e no seu corajoso testemunho dado perante Pilatos, na afirmação da verdade.


No Evangelho, S. Lucas, o grande mestre das Parábolas, oferece-nos mais uma daquelas que marcam e definem a identidade da mensagem de Jesus: a Parábola do rico avarento e do pobre Lázaro, dois personagens que tipificam os dois caminhos da relação do homem com Deus: abrir-se ao outro ou fechar-se em si mesmo; a indiferença ou o acolhimento. Uma bela parábola para traduzir a misericórdia partilhada.
Padre João Lourenço, OFM

27 de setembro de 2019

Largo Padre Filipe Carreira Rosário

A Fraternidade Franciscana Secular de S. Francisco à Luz congratula-se e manifesta o seu agradecimento, por ocasião da celebração do 8.º aniversário da partida do nosso querido, estimado e saudoso Padre Filipe Carreira Rosário, OFM, para a Casa de Deus/Pai, pelo facto de o Centro Social e Paroquial de Carnide, a Igreja de S. Lourenço e a Câmara Municipal de Lisboa terem sabido interpretar os sentimentos de gratidão e homenagem dos fregueses de Carnide, dos munícipes de Lisboa e de muitos, muitos, homens e mulheres desta terra ao Padre Filipe. A atribuição da denominação toponímica ao Largo, agora designado, Padre Filipe Carreira Rosário perpetua na história, muito particularmente na freguesia de Carnide, a memória de um Padre e Frade Franciscano que, à imagem e semelhança do Senhor S. Francisco de Assis, viveu e sofreu por amor ao outro e ao bem da cidade. O Largo Padre Filipe Carreira Rosário, adjacente a espaços que o/nos retratam, é já um espaço de passagem, paragem e comunhão entre o céu e a terra, um lugar de oração, memória e reflexão e, fundamentalmente, um porto de mar de onde nos faremos ao largo de uma estima maior por tudo e por todos. Bem-hajam por tão sentida e justíssima homenagem. Bem-haja Padre Filipe por ter sido nosso Pároco. Bem-haja Comunidade Franciscana. 
Luís e Maria Francisca Rebordão Topa, OFS e fregueses de Carnide  
Deixamos alguns elementos sobre a atribuição da denominação toponímica Largo Padre Filipe Carreira Rosário. 
Por despacho camarário foi dado o nome do Padre Filipe Carreira Rosário a um Largo do Centro da Freguesia de Carnide.
São estes os termos da Deliberação Camarária:
De acordo com a proposta Nº 32/2019 vinda do Centro Social Paroquial de Carnide, com data de 12 de Setembro de 2018, dirigida aos serviços competentes da Câmara Municipal de Lisboa, considerando o sentimento generalizado dos fregueses de Carnide, assente numa petição de cerca de 1060 assinaturas solicitaram a atribuição de uma denominação toponímica a um pequeno Largo, junto à entrada da Igreja do São Lourenço e do Centro Paroquial, nomeadamente, com o nome do Padre Filipe Carreira Rosário. A Câmara Municipal de Lisboa dignou-se, deste modo, por unanimidade homenagear este nosso confrade, saudoso Pároco de Carnide.
 Assim deliberou:
de acordo com o disposto na alínea ss) do n.º 1 do artigo 33.º do Anexo I da Lei 75/2013, de 12 de setembro, atribuir o seguinte topónimo:

LARGO PADRE FILIPE CARREIRA ROSÁRIO

ANTIGO PRIOR DE CARNIDE

1948-2011


Pelo Edital nº 8/2019 de 15/02/2019, foi atribuído ao Largo à Estrada da Correia, na Freguesia de Carnide, o nome de Largo Padre Filipe Carreira Rosário.







23 de setembro de 2019

25º Domingo do Tempo Comum





         Introdução à Liturgia:    
O uso dos bens temporais e a luta pela justiça são dois temas centrais da nossa fé e sempre presente na vida social. Talvez, nunca como hoje, sintamos a urgência em olhar de frente para esta temática. A palavra de Deus que hoje nos é proposta enfrenta este dilema da radicalidade das nossas opções: ‘fazer do dinheiro uma divindade’, como sucede na nossa sociedade, trás consigo todas as consequência nefastas que vamos experimentando no dia-a-dia das nossas vidas.

            Introdução às Leituras 
A 1ª leitura, do livro de Amós, fala-nos das injustiças do tempo do profeta e do empenho que Amós em construir um sistema social justo e autêntico, que seja a expressão de uma verdadeira vivência de fé. O vigor das suas palavras e da sua denúncia fazem com que Amós seja um exemplo para todos os tempos na luta pela justiça e pela fraternidade.

Na carta ao seu discípulo Timóteo, Paulo recorda-lhe quais são as suas obrigações enquanto testemunha do Evangelho que anuncia. Em primeiro lugar, temos a oração por todos, pois esse é o desígnio de Deus: que todos se salvem.

Na sequência das parábolas da misericórdia do domingo passado, hoje Lucas apresenta-nos uma outra parábola sobre o uso dos bens temporais e a gestão dos mesmos. Trata-se de um texto de difícil compreensão, pois pressupõe o conhecimento das tradições próprias do tempo. No entanto, a conclusão da parábola é uma mensagem para todos os tempos: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. Com esta mensagem, Jesus quer-nos advertir que a 1ª opção da nossa vida tem de ser por Ele.
Padre João Lourenço, OFM 

16 de setembro de 2019

24º Domingo do Tempo Comum



(15/09/2019)

         Introdução à Liturgia:    
Celebramos ao longo deste ano, como todos sabemos, e por proposta do Papa Francisco, o Ano da Misericórdia. Hoje, a liturgia, através das leituras que nos são propostas, conduz-nos ao núcleo central daquilo que é a misericórdia que somos convidados a viver na nossa experiência cristã. Acolher as ‘Parábolas’ da misericórdia que S. Lucas nos propõe no capítulo 15 do deu Evangelho, é a expressão suprema desta vivência que nos leva a celebrar a nossa fé na eucaristia.

            Introdução às Leituras 
A 1ª leitura, tomado do livro do Êxodo, Moisés põe à prova a misericórdia de Deus, estabelecendo o contraste entre a fragilidade do povo, a bondade de Deus e o testemunho dos antepassados. É um episódio estranho, marcante da caminhada do deserto, onde Deus se deixa provocar pela insistência de Moisés. A vivência da misericórdia é um contínuo desafio a Deus para que nos aceite como filhos.

Na 2ª leitura, da carta a Timóteo, Paulo diz-nos que Cristo veio ao mundo para nos dizer, a nós pecadores que andávamos longe de Deus, que estamos salvos pela fé e pela graça que Cristo nos concedeu. Esta é a expressão mais sublime da misericórdia de Deus para connosco.

Acolher as 3 parábolas da misericórdia – a ovelha tresmalhada, a moeda perdida e o regresso do Filho Pródigo – é um momento único neste ano da misericórdia. O que pretendem estas parábolas transmitir-nos? Apenas uma coisa: Deus é sempre Pai, e isso não depende do nosso comportamento de filhos.
Padre João Lourenço, OFM 

12 de setembro de 2019

23º Domingo do Tempo Comum



(Ano C – 8.9.2019)

Introdução à Liturgia:

Um dos traços mais sensíveis que Jesus propõe na sua mensagem é a radicalidade; Jesus é profundamente radical naquilo que são os princípios de vida para o seguir, embora seja totalmente humano e compreensível nas formas de seguimento. Ele é o fundamento de toda e qualquer opção e, isso, Ele, exigi-o em absoluto. Escolher por Ele é renunciar a todos os ídolos: materiais, familiares, sociais. A primazia está sempre n’Ele.  

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, tomada do livro da Sabedoria, fala-nos dos desígnios de Deus e diz-nos que eles são diferentes dos nossos. Precisamos desse dom admirável, da sabedoria de Deus, para podermos conhecer os Seus desígnios. A sabedoria é um dom do Espírito e, por isso, temos de estar abertos à sua inspiração.

Na segunda leitura, tomada da Carta de Paulo a Filémon, seu discípulo, Paulo mostra-nos mais uma faceta da sua pessoa: o carinho e a atenção que dispensa àqueles que lhe estão próximos na missão. Tudo isto, como ele mesmo o diz: por causa do Evangelho.

O Evangelho fala-nos das renúncias que devemos fazer para poder seguir Jesus. Ele define prioridades e exige que cada um as defina também. Tais prioridades têm sempre a ver com as opções que fazemos. Ele deixa um convite que tem uma marca de grande exigência e um tom algo provocatório; é um desafio de grande exigência, mas é o único que nos conduz à liberdade plena.
Padre João Lourenço, OFM

5 de setembro de 2019

Festas de Nossa Senhora da Luz


4 de setembro de 2019

22º Domingo do Tempo Comum



(Ano C – 1.9.2019)

Introdução à Liturgia:

Vivemos numa sociedade cada vez mais condicionada pelo consumo, em que tudo se compra e se vende, resultando daí uma forma de viver profundamente egocêntrica e sem horizontes de partilha e comunhão. É raro, cada vez mais raro, encontrar gestos de gratuidade e de doação. Mesmos estes, muitas vezes, são de tal forma mediatizados que se transformam mais em aparato do que em testemunho de verdadeira partilha. Por isso, é importante escutar a palavra que o Senhor hoje nos dirige. 

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro de Ben-Sirá, deixa-nos uma forte interpelação à humildade, dizendo que a grandeza de cada se mede pela sua bondade e generosidade. Pelo contrário, a soberba e a ambição não têm cura e afastam-nos da comunhão com o Senhor.

Na segunda leitura, continuamos a escutar a Carta aos Hebreus e o autor recorda aos fiéis que, pela fé em Cristo, eles constituem agora uma comunidade nova, devendo deixar as realidades antigas para que Cristo seja neles a plenitude da sua esperança.

No Evangelho, S. Lucas mostra-nos como Jesus ensina a partir da vida e convida aqueles que o escutam a colocar em prática a sua mensagem, tornando-se servidores uns dos outros. Há que partilhar sem esperar retribuição e há que confraternizar com aqueles que não podem retribuir. Colocar isto em prática é sempre um desafio, mas também um imperativo da nossa fé.
Padre João Lourenço, OFM

11 de agosto de 2019

Santa Clara de Assis -11 de agosto

Mensagem do Ministro Geral - Clique aqui

2 de agosto de 2019

18º Domingo do Tempo Comum


Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje vem recordar-nos que a nossa fé exige profundidade de vida. Por isso, não nos podemos limitar às coisas temporais que, por mais preciosas que sejam, não realizam a plenitude a que Deus nos chama. Neste tempo de férias e de algum descanso, importa não esquecer nem por de parte o fundamental. Este é, certamente, um grande desafio que não devemos relativizar.  

Introdução às Leituras:
A primeira leitura coloca-nos a pergunta: Qual é o grande sentido da vida? Porque nos preocupamos tanto de coisas que não são importantes para a nossa vida nem fundamentais para a nossa felicidade? Será isto uma tragédia para nós ou, antes, um desafio para procurar o fundamental?
Na segunda leitura, dando continuidade à palavra de Paulo na Carta aos Colossenses, temos a resposta para algumas das questões que o texto da 1ª leitura nos deixa: despojar-se do homem velho para sermos novas criaturas em Cristo.
No Evangelho, partindo do pedido de alguém que pretende fazer de Jesus um juiz entre heranças fraternas, Ele diz-nos que as riquezas não vão acrescentar nada à nossa vida, mesmo que possam contribuir, como hoje se diz, para ‘uma melhor qualidade de vida’. No entanto, importa ter presente que a verdadeira qualidade de vida se faz de dentro para fora e não de fora para dentro; nasce e tem o seu fundamento no coração.
Padre João Lourenço, OFM

2 de agosto - Indulgência da Porciúncula



Santa Maria dos Anjos
Indulgência da Porciúncula

Vamos estar juntos, hoje, dia dois de agosto, em Santa Maria dos Anjos. O berço Franciscano. O Local onde S. Francisco escreveu algumas das mais belas páginas da sua vida.
Estamos, não só lembrando, mas gozando a graça que ele obteve do Senhor para nós: A Indulgência da Porciúncula. Indulgência plenária. O Perdão de Assis.
Aproveitemos esta dádiva que Francisco nos deixou. O seu amor pela Senhora Mãe de Deus e a sua entrega total a Jesus, não foram apenas gestos bonitos e cheios de poesia. Ele materializou tudo isso no amor ao próximo. Viveu espalhando alegria e ajudando quantos dele se abeiravam. Estava sempre atento às necessidades dos outros, quer materiais quer espirituais.
Assim, quando no dia 2 de agosto de 2016, comunicou à multidão que o cercava junto à capelinha de Santa Maria dos Anjos, que a indulgência do Perdão por ele pedida ao Senhor tinha sido confirmada pelo Santo Padre, disse: “quero enviar-vos a todos para o céu”.
É este o encanto de Francisco que vive enamorado por Jesus, mas que está de olhos bem abertos para as dificuldades dos que labutam no mundo. Um amor desinteressado, sincero, sereno e revestido de humildade.
Aceitemos este convite à perfeição, esta ajuda que Francisco obteve para nós e celebremos também a nossa Mãe, a Virgem Santíssima, Nossa Senhora dos Anjos.
Pai S. Francisco, canta connosco e ajuda-nos a fazer do dom precioso da vida de cada um, um hino de louvor e de ação de graças e a confiar na misericórdia do Senhor.
Altíssimo, Omnipotente e bom Senhor, a Ti toda a toda a honra e toda a glória…
maria clara, ofs
 (2agosto2019)

29 de julho de 2019

Do Conselho Nacional








17º Domingo do Tempo Comum



Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo tem no centro da sua temática a ‘Oração’. Vendo Jesus a rezar, os discípulos pedem-lhe que os ensine a rezar. Hoje, quando tanta gente deseja aprender coisas novas e todos querem estar capazes de acompanhar os tempos e as situações que vivem, aprender a rezar é também um imperativo da nossa vida e da nossa identidade cristã. Jesus é o grande Mestre da oração: Senhor, ensina-nos a rezar!

 

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o pai dos crentes, a insistir com Deus para que atenda a sua prece e considere a fragilidade humana como digna de compaixão. Insistindo, Abraão diz-nos já aquilo que o Senhor Jesus mais tarde ensinará aos seus discípulos: a quem pede sempre se dará e a quem bate à porta sempre esta será aberta.

Na segunda leitura, Paulo recorda-nos, na Carta aos Colossenses, que fomos sepultados em Cristo pelo baptismo. Por isso, sepultados em Cristo, tal como Ele havemos de ressurgir para uma vida nova, na plenitude da comunhão com o Pai, devendo testemunhar com o nosso agir essa vida nova que d’Ele recebemos.

No Evangelho, Jesus, para além de ensinar os discípulos a rezar, diz-nos como deve ser a nossa oração; ela não pode ser feita a partir de nós, mas sim a partir de Deus. A forma como rezamos marcará a nossa forma de vida e a nossa relação com o Senhor. Por isso, a vida é sempre a expressão da nossa oração.

 Padre João Lourenço, OFM

16º Domingo do Tempo Comum




Introdução à Liturgia:    

Celebrar a Eucaristia é sempre um momento de acolhimento que dispensamos a Deus e aos Irmãos. Por vezes, talvez nem nos apercebamos do que é fundamental na palavra que nos é proposta. Ao concluir, talvez nos sintamos tão vazios como no início. No entanto, cada momento eucarístico é sempre uma opção ‘pela melhor parte’, pois Deus e a Sua Palavra são a melhor parte que dá sentido à nossa caminhada.

 

            Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, do livro dos Génesis, fala-nos da visita que os três personagens fizeram a Abraão e que os Padres da Igreja identificaram como sendo a imagem da Trindade. É uma visita que testemunha a gratuidade de Deus para com todos aqueles que acolhem e se abrem à Sua presença e à Sua passagem.

Continuando a ler a Carta aos Colossenses, S. Paulo fala-nos da universalidade da salvação de que ele é testemunho e também mensageiro. Por isso, ele sente esta profunda comunhão com Cristo que o leva a proclamar: completo na minha carne a dores de Cristo em prol da Igreja, dos Irmãos.

Na Sagrada Escritura, tanto no Antigo como no Novo Testamento, encontramos muitas vezes a mensagem dos dois caminhos, ou também, como sucede hoje, dos dois modelos: o serviço e a escuta; o trabalho e a adoração; a partilha e a contemplação. A resposta de Jesus diz-nos que tudo nasce da escuta da Palavra. Mas essa escuta deve ser depois colocada ao serviço de todos na comunhão fraterna.
Padre João Lourenço, OFM

17 de julho de 2019

Encontro "PORTAS ABERTAS"


Canonização de S. Francisco de Assis


St Francis Of Assisi - by Regina Ammerman
Canonização de S. Francisco de Assis    

 Dia 16 de Julho de 1228. Assis estava em festa. O Papa Gregório IX, grande amigo da Ordem dos Frades Menores, ali se deslocou para, solenemente, proceder à canonização do nosso querido S. Francisco.

Foi na Igreja de S. Jorge onde, um ano antes o nosso Santo fora sepultado. Mais tarde também para ali seria levada, depois da irmã morte a ter visitado, a sua plantazinha, a irmã Clara.

Na presença de bispos, cardeais, companheiros dos primeiros tempos e de uma multidão imensa da gente de Assis, o Senhor Papa proclamou a santidade do Poverello, inscrevendo-o no Livro dos Santos. E terminou esta cerimónia cantando o Te Deum, acompanhado por todos os presentes.

A alegria com que Francisco viveu, estava ali. Uns cantando, outros pronunciando o nome do seu santo, outros ainda chorando de comoção.

E se nós lá estivéssemos? Qual seria o nosso comportamento? Certamente um grande e santo orgulho encheria os nossos corações. Manifestaríamos o nosso entusiasmo, e daríamos graças ao nosso Deus. Mas hoje, fazendo memória deste acontecimento tão belo, também somos felizes por podermos viver na Ordem Franciscana Secular, tendo como exemplo Francisco de Assis. Não foi por acaso que chegámos aqui. Não foi por capricho que nos tornamos franciscanos. Olhemos para dentro. Cada um de nós Irmãos, sentirá qual foi o chamamento que teve. O que o levou a aceitar o TAU que traz ao peito.

São Francisco continuou na Igreja de São Jorge. Mas, a 25 de maio de 1230, as suas relíquias foram trasladadas para a linda Basílica que Frei Elias mandou construir numa encosta de Assis, agora chamada Colina do Paraíso.

Assim, hoje, com ele, cantemos ao Senhor, usando as suas próprias palavras tão belas, tão cheias de amor, que enchem a alma de todo aquele que as pronuncia.

“Altíssimo, Omnipotente, Bom Senhor, a Ti o Louvor, a Glória, a Honra e toda a Bênção”.

Maria clara, ofs

16julho2019

 
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