Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

29 de março de 2020

Eucaristia de Santo António do Varatojo


Eucaristia - 5º Domingo da Quaresma - Santo António do Varatojo (Clique aqui)


5º DOMINGO DA QUARESMA



O sentido da Liturgia deste V Domingo:
Com a caminhada quaresmal que vamos fazendo e aproximando-nos da centralidade do Mistério Pascal, temos neste domingo a possibilidade de contemplar e deixarmo-nos tocar por um dos textos mais belos de S. João: O Diálogo entre Jesus e Marta que culmina com o sinal da Ressurreição do seu irmão, Lázaro. Estamos em presença do 3º sinal que Jesus oferece sobre a sua condição messiânica. Depois da água que ‘mata a sede e fortalece a vida’, como Ele mesmo diz à Samaritana, água que leva o crente a adorar o Pai em Espírito e Verdade; depois da cura da vista que nos abre os olhos do coração para reconhecer que Ele é o verdadeiro enviado do Pai, hoje, neste domingo a Liturgia apresenta-nos um ‘novo sinal’, o da vida plena, pelo qual Ele nos faz a todos como ‘amigos’ (e filhos) de Deus. Ele era amigo de Lázaro, mas também é nosso amigo, nosso salvador, Aquele que nos arranca da morte e nos liberta para uma vida total de comunhão com Deus. Se os sinais dados nos 2 domingos anteriores nos aproximavam de Jesus e nos ajudavam a acreditá-lo com o Enviado do Pai, neste domingo, o grande sinal é o da vida nova para ‘aqueles que acreditam’ como Marta: ‘Disse-lhe Marta: Acredito Senhor, que Tu és o Messias que havia de vir ao mundo’. E, dito isto, foi chamar a Irmã...

Meditar as Leituras:
Queiramos ou não, o temor da morte é o ‘grande virus’ (para aproveitar um sinal dos tempos que correm) que paralisa a vida do Homem. Sempre ao longo da história isso se fez presente; sempre em todas as religiões os sinais de esperança que são apresentados convergem para isso: superar e vencer esse pavor. A Escritura recorre continuamente a uma linguagem que procura dissociar a Morte do medo, abrindo o sentido da morte à comunhão com o Criador. São os textos das tradições patriarcais, primeiros fundamentos vivenciais da fé bíblica: Deus não é um Deus de Mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos. De Ezequiel, profeta de um tempo em que a morte não era apenas um estado físico e anímico, mas a condição social e religiosa a que o povo eleito estava confinado na Babilónia, vem-nos uma promessa e uma mensagem de Esperança, pois é o próprio Senhor que nos diz: ‘Vou abrir os vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar’. Como Senhor, podemos perguntar nós? A resposta é a mesma que o profeta recebe da parte de Deus: “Porei o Meu Espírito em vós e haveis de viver”.

 S. Paulo, na Carta aos Romanos deixa-nos os traços fundamentais da sua fé na ressurreição. Para ele, deixar-se habitar por Deus não é uma mera realidade social ou cultural, nem uma questão de ascendência judaica, tal como teria aprendido nas ‘escolas’ rabínicas do seu tempo que também abordavam esta temática. Para Paulo, a ressurreição é deixar-se habitar por Cristo, pelo Ressuscitado que, mediante o Seu espírito, derramado nos nossos corações, empresta uma nova vida aos nossos corpos mortais e deles faz a habitação do próprio Deus, faz-nos templos santos presentes no mundo para testemunharmos a vida de Deus..
   
O Evangelho é, como já antes referi, um dos mais belos textos de S. João, onde está tudo presente: a proximidade humana (tão oportuna nos tempos que correm); a presença dialogante que conduz as almas à descoberta dos sinais de Deus (como sentimos no diálogo entre Jesus e Marta); a oração como partilha desafiante na busca dos ‘mistérios’ do Senhor (como podemos sentir em cada passo do nosso viver e estar hoje, aqui e agora); a confiança na certeza que Jesus vem ao nosso encontro e nos liberta também das amarras que nos paralisam (… deixai-o ir); até mesmo as interrogações que se constroem à nossa volta acerca do ‘sentido de tudo isto que vai sucedendo (Ele que deu vista ao cego, não podia ter feito com que este homem não tivesse morrido?). Mas o mais importante e significativo é, hoje como ontem, ‘ver que Ele é nosso Amigo’.
Padre João Lourenço, OFM

27 de março de 2020

Benção Urbi et Urbi extraordinária


25 de março de 2020

25 de março - Anunciação do Senhor


EVANGELHO Lc 1, 26-38
«Conceberás e darás à luz um Filho»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José,
que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras
e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob
e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra».

Palavra da salvação.

22 de março de 2020

Eucaristia do Convento de Santo António do Varatojo



Agradecemos mais uma vez ao Convento de Santo António do Varatojo pelas mensagens e pela Eucaristia que nos fizeram chegar através da TVON.
Retemos da mensagem de Frei Hermínio Araújo, Superior do Convento, que é tempo de voltar ao essencial da vida e das coisas.  É tempo de ser e viver como se tudo dependesse de Deus. É tempo de ser e viver como se tudo dependesse do ser humano.
A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. (Carta Encíclica do Papa João Paulo II). E ainda, no coração não mora o isolamento. Unidos vislumbraremos caminhos de futuro e novas oportunidades. Muita paz, bem e saúde. 

Eucaristia do IV Domingo da Quaresma - Convento de Santo António do Varatojo - Torres Vedras (clique aqui)


Mensagens e Guia - Pandemia - Coronavirus


4.º Domingo da Quaresma

Túnel da piscina de Siloé, Jerusalém
Introdução à Eucaristia:
As leituras deste Domingo colocam-nos perante o tema da “luz” como sendo um desafio que é apresentado e proposto a todo o homem. Sempre na vida buscamos uma luz que nos oriente, que nos permita ter horizonte e que alimente a nossa esperança na caminhada que fazemos. Somos ‘pessoas’ carentes de luz e em busca de luz. Duas luzes procuramos: a luz de um projeto de vida e a Luz de um horizonte espiritual. As duas, para quem tem fé e esperança, são uma e a mesma coisa, pois ambas têm em Deus a sua origem e a sua plenitude.
A Quaresma é este tempo de procura e de encontro da Luz plena que é Cristo e de nos deixarmos tocar pela Sua claridade, pela saliva da Sua Palavra, pelo gesto dos Seus dedos. Celebrando a Eucaristia na ‘ausência da companhia humana, próxima, mais sentimos a necessidade de fazer esta aproximação à Sensibilidade dos gestos de Jesus, deixando-nos lavar por Ele, já que Ele é o verdadeiro ‘Enviado, o autêntico Siloé’ que o Pai faz chegar até nós. No início desta semana, passei pelo local da antiga ‘piscina de Siloé’, com os seus restos e túneis ainda bem visíveis, um dos quais percorri, por cerca de 500m, subterrâneo, e que os Zelotas na altura da 1ª revolta contra Roma usaram para recolher água para assim viveram. Isso fez-lhe recordar não só o texto da liturgia deste domingo, mas o da nossa ‘liturgia diária’ de vida que é a água que Ele nos dá e a Luz que Ele nos oferece. Como outrora o cego (e de alguma forma os Zelotas), todos precisamos da Luz e da água que nos vem d’Aquele que é o verdadeiro ‘Siloé’ – o Enviado.
De facto, os textos da liturgia de hoje definem a experiência cristã como um “viver na luz” que é Cristo, confessando que é Ele que nos abre os olhos da vida e os horizontes do Coração.

Introdução às Leituras:
A primeira Leitura antecipa-nos que a Luz é também fruto da ‘escolha’, da eleição que o Senhor faz de cada um de nós. Ungidos pelo óleo da sua escolha, o perfume do Batismo, Ele se apresenta agora como a “Luz” verdadeira, a quem devemos seguir e servir. Da figura de David, o Messias por excelência, todos participamos para sermos também sinais de esperança na difícil situação em que nos encontramos. Samuel confiou em Deus para o exercício da Missão que lhe foi confiada; cada um de nós deve reforçar a esperança neste tempo de horizontes fechados, mas que a fé nos rasga para além do amanhã.
No Evangelho, temos um dos textos mais belos de S. João, todo ele é uma narrativa catequética, uma proposta de caminho até Jesus e a partir do Cristo Ressuscitado. Tal como ao cego que quer sentir a beleza da Luz ou a Madalena na manhã da Ressurreição, Jesus é sempre Aquele que nos oferece uma nova vida e que nos envia a confessá-l’O. Ontem, como hoje, há sempre nuvens que vêm e passam, mas nós temos a certeza que a água que nos vem do Lado do Salvador, essa jorra para a vida eterna. Neste tempo que estamos a viver, talvez com algumas sombras e nuvens, Jesus volta a apresentar-se como “a luz do mundo”; a sua missão é libertar os homens das trevas do egoísmo, do orgulho e da auto-suficiência, da vaidade pessoal e do exibicionismo, pecados estes que obscurecem a Luz de Cristo em cada um de nós. Aderir à proposta de Jesus é enveredar por um caminho de liberdade e de realização que conduz à vida plena.
Na segunda Leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que procurem viver conforme a vontade de Deus, que recusem as trevas e escolham a “luz”. Em concreto, para Paulo, viver na “luz” é praticar as obras de Deus que são bondade, justiça, verdade, sinceridade, connosco, com Deus e com os Irmãos. Como estes textos, designadamente este da Carta de Paulo, se enquadram de forma tão intensa e existencial na nossa experiência de vida. Que Ele continue a ser a nossa Luz e a nossa Esperança. Um santo domingo para todos em direção à Páscoa do Senhor,
Padre João Lourenço. OFM
(Jerusalém, 17/03/2020)

17 de março de 2020

Eucaristia - Convento de Santo António do Varatojo

Coronavírus-19 - Eucaristia - III Domingo da Quaresma (Clique aqui)

Com um muito obrigado ao Convento de Santo António do Varatojo deixamos o link com a transmissão da Eucaristia do III Domingo da Quaresma, celebrada pela Fraternidade dos irmãos  Franciscanos daquele Convento, neste tempo verdadeiramente extraordinário que nos é dado viver. A mesa da Palavra e da Eucaristia, sustenta-nos, acompanha-nos, responsabiliza-nos e salva-nos, afirmou consistentemente, o Padre Frei Hermínio Araújo, que presidiu à celebração e que apelou como sacerdote franciscano e profissional de saúde, e em nome de todos os profissionais de saúde, por imperativo ético, à responsabilidade de todos os cidadãos para o cumprimento das orientações das autoridades, especialmente de saúde.  Afirmou: «somos responsáveis uns pelos outros» e «isolamento social» não é «abandono social». Citou S. Paulo na segunda leitura: «Ora, a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado». Neste amor, concluiu a Eucaristia, confirmando a todos na certeza de que Nosso Senhor Jesus Cristo é o nosso Salvador.

O Senhor salvou-me,
O Senhor salvou-me,
O Senhor salvou-me,
Porque me tem amor. bis
1
Por aquilo que o Senhor fez por ti, 
Reconhece quanto vales para Ele.
2
Não há maior prova de amor,
 Do que dar a sua vida pelo amigo.
3
Quando éramos seus inimigos,
Jesus Cristo deu a vida por nós.
4
Eu vivo da fé no Filho de Deus 
Que me amou e se entregou por mim.

15 de março de 2020

3º Domingo da Quaresma



Introdução à Liturgia:

A liturgia quaresmal convida-nos a olhar a vida nos seus ritmos do quotidiano e a questionar aquilo que ela comporta de menos bom em ordem a uma nova etapa que seja marcada pela ressurreição do Senhor. A Palavra de Deus que hoje nos é proposta mostra que o nosso Deus está sempre presente ao longo da nossa caminhada pela história, mesmo no meio das maiores vicissitudes, e que só Ele nos pode oferecer um horizonte de plenitude e de esperança.



Introdução às Leituras:

A primeira leitura mostra como Yahwé acompanha a caminhada do povo de Israel no deserto do Sinai e como, nos momentos de crise, responde às necessidades do seu Povo. O texto mostra-nos a proximidade de Deus e dá-nos a chave para entender a lógica de Deus, manifestada em cada passo da história da salvação.


A segunda leitura repete, noutros termos, o ensinamento da primeira: Deus acompanha o seu Povo em marcha pela história; e, apesar do pecado e da infidelidade, insiste em oferecer ao seu Povo – de forma gratuita e incondicional – a salvação.


O Evangelho fala-nos do encontro de Jesus com a Samaritana, à qual oferece o dom da ‘água viva’ que mata a sede que cada homem tem de infinito e de salvação. Como ao tempo de Jesus, hoje todos somos um pouco a imagem da Samaritana, buscando novas fontes e procurando saciar a sede de salvação. Mais uma vez, através da sua Palavra, Jesus promete àqueles que o procuram essa vida nova que Ele veio anunciar.
Padre João Lourenço, OFM

9 de março de 2020

2º Domingo da Quaresma




Introdução à Liturgia:
O tempo da quaresma é apresentado na liturgia como um caminho, uma caminhada que cada crente é convidado a fazer, seguindo os passos de Cristo. Neste segundo Domingo, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir: é o caminho da escuta atenta aos apelos de Deus em ordem à realização dos seus projetos, numa entrega radical e comprometida com os planos do Pai.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura apresenta-se um dos grandes momentos da História da Salvação: O chamamento de Abraão, “Deixa a tua terra e parte”. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que sabe ler os seus sinais e aceita os seus apelos, fazendo da sua obediência a nova terra que Deus tem para lhe oferecer.

O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva.

Na segunda leitura, há um apelo aos seguidores de Jesus, no sentido de que sejam do projeto de Deus no mundo. Nada – muito menos o medo, o comodismo e a instalação – pode distrair o discípulo dessa responsabilidade e desviá-lo desta caminhada.
Padre João Lourenço, OFM

28 de fevereiro de 2020

1º DOMINGO DA QUARESMA

 (01.03.2020)

   Introdução à Liturgia:
    Quarta-feira, com a imposição das cinzas, demos início à nossa caminhada quaresmal, que nos leva à Páscoa do Senhor. Ao longo desta caminhada a Igreja convida-nos a alimentar a nossa vida cristã com a Oração, a Palavra de Deus e a prática da caridade, os grandes meios da nossa santificação. É o grande convite à “conversão” – isto é, a recolocar Deus no centro da nossa experiência cristã, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus projetos.

    Introdução às Leituras:
    A primeira leitura afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.

   A segunda leitura, por sua vez, propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão, representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decide, por si só, os caminhos de uma pretensa salvação fechada em si mesmo. Jesus, por seu lado, é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus, de acordo com o projeto do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; a proposta de Jesus gera vida plena e definitiva.

   O Evangelho apresenta-nos o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem do plano de Deus. A Sua Palavra mostra que, na perspetiva cristã, uma vida que ignora o projeto do Pai e se fecha em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido. Toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas é uma tentação diabólica que o cristão deve rejeitar, resistindo àquilo que são as tentações da modernidade que se ficam pelo dinheiro, pelo prazer fácil e pelo culto de si próprio.
Padre João Lourenço, OFM

21 de fevereiro de 2020

7º DOMINGO DO TEMPO COMUM



Introdução:
A liturgia deste Domingo convida-nos à santidade, à perfeição, numa exigência que parte e tem como fundamento o próprio testemunho de Jesus. Este é o “caminho cristão”, o caminho que Jesus nos propõe, um caminho nunca acabado e que exige de cada e em cada dia, um compromisso sério e radical. Esta é a dinâmica do “Reino” em que Jesus envolve os discípulos e que deve ser concretizada em gestos de ternura, de amor e de perdão. Este é o desafio da nossa fé que aqui celebramos em Comunidade.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura que nos é proposta apresenta um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo, exige ser santo. A santidade é a própria identidade de Deus, do Deus em quem acreditamos. Para o autor do livro do Levítico, a santidade passa também pelo amor ao próximo.

No Evangelho, e dando continuidade ao ‘Sermão da Montanha’, Jesus continua a propor aos discípulos a sua Lei da santidade; Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; Ao invés, Ele propõe-lhes o caminho do amor que não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde Deus reside e Se dá a conhecer aos homens. Para que isso aconteça, eles devem renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo”, optando pela “sabedoria de Deus”, que é dom de vida, gratuidade total.
Padre João Lourenço, OFM

17 de fevereiro de 2020

6º Domingo do Tempo Comum



(16.02.2020)
Introdução à Eucaristia:
A liturgia de hoje leva-nos a celebrar a certeza que Jesus supera a Lei de Moisés do Antigo Testamento. A força da nova aliança que nos vem das Bem-aventuranças abre-nos à gratuidade e à misericórdia de Deus. Por isso, Jesus nos ensina que a nossa fé não se reduz a um dilema entre a graça e o pecado, mas ao dom de Deus testemunhado em Jesus Cristo.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura recorda-nos que o homem é livre de escolher entre a proposta de Deus, que conduz à vida e à felicidade, e a auto suficiência do próprio homem que destrói em nós esse caminho de paz e de harmonia interior. Deus sempre convida o homem à escolha, ao exercício da sua liberdade para escolher o caminho do bem.

Na segunda leitura, dando continuidade ao texto da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da ‘sabedoria de Deus’ que está para além do conhecimento do homem e que nos revela o dom que Deus preparou desde sempre ‘para aqueles que o ama’. Oculto aos olhos dos homens, ele o revelou em Jesus Cristo. É Ele a plenitude do dom e do amor do Pai.

No Evangelho, Jesus continua a expor aos seus discípulos a Boa-Nova que Ele veio anunciar. Essa Boa-Nova já não se configura aos preceitos da Lei de Moisés, mas à gratuidade do amor. A sua mensagem não passa pelo cumprimento da letra, mas sim por uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus que há-de marcar todos os passos da nossa caminhada.
Padre João Lourenço, OFM

Semana Vicarial da Caridade






4º Domingo do Tempo Comum


Monte das bem-aventuranças
(02 de fevereiro 2020)
Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo leva-nos até ao núcleo central da nossa vivência cristã, que marca a nossa forma de ser e de estar no mundo. Trata-se das Bem-aventuranças que nos são propostas como forma de ser e testemunho da nossa identidade cristã. Acolher esta página no Evangelho é refrescar a nossa vida, redescobrir a sua novidade e o seu sentido. É isso que a Eucaristia de hoje nos propõe.

Introdução às Leituras:
A 1ª leitura, tomada do profeta Sofonias, mostra-nos a voz de alguém que interpela o povo de Deus acerca de alguns aspetos fundamentais da sua fé, numa altura que os reis de Judá tinham abandonado os caminhos de Deus. É certamente uma interpelação para que o povo volte o seu coração para Deus e não se deixe levar pelas atitudes daqueles que o governam.
Na segunda Leitura, dando continuidade ao tema dos domingos precedentes, Paulo fala-nos da sabedoria de Deus e da sabedoria humana, dizendo-nos que Deus nos interpela através das atitudes dos simples e humildes, tal como sucede em Jesus.

No Evangelho, temos o código das Bem-aventuranças, com tudo aquilo que elas representam como novidade do reino. Poderíamos dizer que elas são o ‘manual’ da nossa vida e da nossa identidade. Viver as Bem-aventuranças é, desde já, sentir-se bem-aventurado na comunhão com Deus e os irmãos. 
Padre João Lourenço, OFM   


5º Domingo do Tempo Comum



(09 de fevereiro 2020)

Introdução à Liturgia:
A liturgia deste Domingo continua a falar-nos da novidade radical da proposta que Jesus faz aos seus discípulos, mostrando-lhes que a sua mensagem não é apenas um novo ensino, mas e acima de tudo, um novo caminho de vida. É este novo caminho de vida que nos compete assumir e anunciar,

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, tomada do livro de Isaías, o profeta exorta o povo acerca da necessidade de empreender um novo percurso que supere as injustiças, que crie formas de partilha e de comunhão. Não é possível reconstruir a nova comunidade da aliança, ficando apenas pelas pedras e pelas estruturas exteriores. A verdadeira reconstrução faz-se a partir do coração. 

Na segunda leitura, Paulo fala-nos de Cristo como a verdadeira sabedoria de Deus, aquela sabedoria que deve pautar a nossa forma de ser e de agir. Esta sabedoria constrói-se também a partir de um esforço pessoal, mas deve ter sempre como paradigma a pessoa de Jesus.

No Evangelho, Jesus apresenta aos seus discípulos duas imagens que definem a identidade do discípulo: ser sal e ser luz. Ser sal, significa dar tempero e sabor à vida, abrindo-a à esperança e à comunhão. Ser luz, quer dizer descobrir novos horizontes e novos caminhos que apontem para a vida plena e a eternidade. Ser discípulo é, desta forma, construir um horizonte em que Ele é a luz e o verdadeiro sal que Deus concede a cada um de nós.
Padre João Lourenço, OFM

4 de fevereiro de 2020

Conferência no CCF


3 de fevereiro de 2020

Encontro Nacional - OFS



FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR


(02.02.2020)
Introdução à Liturgia:
Hoje, dia 2 de fevereiro, a Igreja celebra a festa da apresentação do Senhor, em que Jesus é levado ao Templo, tal como todos os meninos hebreus o eram e aí apresentado ao Senhor para assim agradecer o dom da vida que era dado às famílias. José e Maria fazem também o mesmo e S. Lucas descreve esse momento como sinal de grande significado na história da Salvação: Aquele que era a Luz, apresenta-se como luz para os homens. Esta festa era já era celebrada em Jerusalém, no século IV. Mais tarde, estende-se a toda a Igreja e, como símbolo da Luz, benzem-se, neste dia, as velas.
Introdução às Leituras:
Além da Festa da Apresentação do Senhor, a Igreja dedica este dia à Vida Consagrada, para assim significar que a vida dos religiosos e consagrados deve ser totalmente dedicada ao Senhor. Como nos refere o Profeta Malaquias na 1ª leitura, todos são convidados a dedicar a sua vida ao projeto de Deus e a colocar-se nas Suas mãos.
A 2ª leitura, da Carta aos Hebreus, fala-nos do sacerdócio de Jesus em prol dos Seus irmãos; Ele é o sacerdote misericordioso que se coloca ao serviço de Deus para assim, através da sua entrega, provar que é na entrega da nossa vida que se realiza a plenitude da consagração ao Senhor.  
No Evangelho, S. Lucas, num jeito muito familiar e muito belo, narra-nos esta presença da Sagrada Família no Templo para aí apresentar o Menino e oferecer, como o faziam os crentes judeus, os símbolos da gratidão pelo dom da vida. Começam assim a realizar-se as esperanças dos crentes que aguardavam a salvação prometida por Deus. 
Padre João Lourenço, OFM

24 de janeiro de 2020

3º Domingo do Tempo Comum



A liturgia deste domingo apresenta-nos o projeto de salvação e de vida plena que Deus tem para oferecer ao mundo e aos homens: o projeto do seu “Reino”. Este projeto tem o seu fundamento na Palavra; esta foi a missão de Jesus. Para este 3º domingo do tempo comum, o Papa Francisco instituiu o "Domingo da Palavra", com o objetivo de interpelar os cristãos a fazerem a sua experiência de vida como uma resposta à Palavra que deve estar no centro da nossa caminhada eclesial e pessoal.

Na primeira leitura, o profeta Isaías fala-nos da luz que Deus vai fazer raiar a partir da Galileia, terra que era considerada pagã e desviada dos caminhos de Deus, mas que será a primeira a acolher a Voz do Mestre que assim faz chegar a ‘luz àqueles que estavam distantes, no mundo das trevas’.

Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo exorta os crentes a manterem-se firmes na unidade, construída à volta de Cristo, não a partir dos evangelizadores, mas sim do Evangelho que é Cristo. Temos aqui uma lição, muito oportuna para os nossos dias.

O Evangelho descreve-nos o início do anúncio da Boa-Nova pela Galileia, deixando uma mensagem nova, toda ela centrada na realização das promessas anunciadas pelo profeta Isaías. Ao mesmo tempo, temos também o chamamento dos primeiros discípulos e a sua resposta ao convite que Jesus lhes deixa. Hoje, este convite faz-se pela Palavra de Jesus e também pelo nosso testemunho, uma bela forma de celebrar este domingo da Palavra.
Padre João Lourenço, OFM

BAR CCF - 2020


 
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