Pouco
passava do meio dia. Estavam já os Irmãos da Fraternidade de S. Francisco à Luz,
de pé, no Centro Cultural Franciscano, preparados para receber os Irmãos de
Penafiel e o seu Assistente Espiritual, quando estes chegaram.
Numa
explosão de alegria os Irmãos de Lisboa, ao jeito do nosso Pai comum, Francisco
de Assis, saudaram-nos cantando:
Sois
de bênção nas mãos e na voz
Os
Irmãos de Penafiel vêm
Com
frei Domingos gritando para nós
PAZ
E BEM, PAZ E BEM, PAZ E BEM!
Houve
troca de palavras fraternas dos Ministros das duas Fraternidades. O Padre
Domingos, com o seu ar bondoso, sereno e exigente, conhecendo bem os Irmãos que
tinha à sua volta, fez uma breve apresentação e deixou transparecer a sua
satisfação por este encontro. Foi entregue a todos os Irmãos, pelo Ministro da
Fraternidade de S. Francisco à Luz, António Luís Topa, a pagela que podemos
ver, na primeira página desta crónica, selando este dia.
Depois
seguiu-se o almoço nos claustros do Convento. Mas antes, junto à imagem de S.
Francisco, com o som da irmã água que jorra da fonte e cai no pequeno lago, entoou-se,
com emoção, o cântico “Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor”.
O Padre João Lourenço, nosso Assistente Espiritual e Guardião do Convento, fez
as honras da casa, saudando os Irmãos de Penafiel e o seu Assistente
Espiritual, Padre Domingos Casal Martins.
Estes
Irmãos ofereceram à nossa Fraternidade uma belicíssima tela de Cristo
Ressuscitado, pintada pelo seu Ministro. Trouxeram, também, uma caixa de “vinho
fino” da produção do Pai do Irmão Ministro, encomendado propositadamente pela
Fraternidade de Penafiel para a OFS da Luz. Bem hajam Irmãos! As vossas ofertas
muito nos sensibilizaram! A Fraternidade de S. Francisco à Luz, reconhecida
agradeceu.
Eram
cerca de oitenta pessoas. Foi um almoço feito com muito amor e dedicação. De salientar todo o trabalho de coordenação da
irmã Maria Salpico. Estabelecida a
Ementa,
esta nossa Irmã, teve o cuidado de integrar as sugestões que os Irmãos lhe iam
sugerindo. Foi incansável em pedir colaboração e conselhos. De tal modo que
conseguiu sanar alguns atritos e motivar a participação e o interesse de
muitos. Foi grande o seu empenho, irmã Maria. O seu esforço foi precioso.
Cerca das dezasseis horas, o Padre Domingos e os
Irmãos de Penafiel despediram-se. Era visível a alegria de todos. Foram uma
horas passadas em ameno convívio. Somos irmãos. Franciscanos seculares.
É bom conhecermos outras Fraternidades. Faz-nos
tomar consciência de que não somos um grupo isolado. Pertencemos à Ordem
Franciscana Secular. Fomos todos convidados a seguir, com entusiasmo verdadeiro,
a Regra que S. Francisco nos deixou. É uma felicidade. E temos tanto a aprender
uns com os outros…
O dia avançava. Todos se foram dispersando. Houve
palavras de agradecimento, carinho, abraços. E, em PAZ e BEM, depois de tudo
arrumado, fecharam-se as portas. Partimos para as nossas casas com os corações
cheios de alegria. Aquela alegria que só se sente quando fazemos da nossa vida
uma dádiva. Um hino de louvor ao
“Altíssimo,
Omnipotente e Bom Senhor”
maria clara, ofs
Lisboa, 8 de julho de 2017
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