Fraternidade
de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da Vida
da Fraternidade
Passeio Pascal da Fraternidade - 2019
Programa
6ª feira,
3 de maio - Lisboa – Huelva
08:00
- Partida do Seminário da Luz, com destino a Huelva. Alojamento ao hotel NH Luz
de Huelva. 14:00 - Almoço num restaurante local em Punta Úmbria. Rota de
Colombo (Ruta Colombina): Convento Franciscano de La Rábida, Palos de la
Frontera, Muelle de las Carabelas, Monumento de La Fé Descubridora, Sanctuário
de Nuestra Senõra de La Cinta; 20:00 - Jantar no restaurante do Parador de
Mazagón. Regresso ao hotel NH Luz de Huelva.
Sábado,
4 de maio: Huelva – Sevilha
Pequeno-almoço
no hotel NH Luz de Huelva; Partida para Sevilha, às 09:00. Alojamento na
Hospedaria do Convento Franciscano do Loreto e no Exe
Gran Hotel Solucar; Visita guiada à Praça de Espanha, Torre del Oro e Torre
da Giralda; 14:00 - Almoço num restaurante local; Visita ao Real Alcazar,
Parque Maria Luísa, Bairro de Santa Cruz e Igreja e Convento dos Terceiros.
20:00 - Jantar no Exe Gran Hotel Solucar.
Domingo,
5 de maio: Sevilha – Lisboa
Pequeno-almoço
no Exe Gran Hotel Solucar, 10:00 - Visita ao Santuário de Nuestra Senõra del
Loreto. Visita à Catedral de Sevilha; Eucaristia; 14:00 - Almoço num
restaurante na Triana, junto ao rio Guadalquivir; tarde livre com partida para
Lisboa às 16:00;
Às
oito horas (não digo em ponto, mas quase), saiu da porta principal do Seminário
da Luz, o autocarro, conduzido pelo Sr. Vítor, rumo a terras de Espanha.
A
Fraternidade da Ordem Franciscana Secular de S. Francisco à Luz iria, como já é
costume, realizar o seu passeio a seguir à Páscoa. Este ano com a duração de
três dias. Irmãos, familiares e amigos enchiam o autocarro.
Cumprindo
o programa, chegamos a Huelva. Foi um dia de história.
Falou-se
de Cristóvão Colombo. Da sua permanência na Ilha da Madeira, onde casou com a
filha de Bartolomeu Perestrelo. Da sua tentativa de convencer D. João II de
Portugal a apoiar uma viagem a terras do Oriente e, posteriormente, a oferecer
os seus préstimos de navegador aos Reis Católicos, Isabel e Fernando de Espanha.
Sabemos que foi difícil convence-los. Acabaram por patrocinar o seu projeto com
a intervenção de Frei Juan Perez, franciscano. Assim, com as três caravelas – la
Pinta, la Niña e la Santa Maria, rumou através do Oceano Atlântico, com o
propósito de chegar à India.
E
nesta descoberta da “Ruta Colombina”,
visitámos o Convento de Santa Maria de
La Rábida que, por esse tempo, era habitado por Frades da Ordem
Franciscana. Situa-se em Palos de la Frontera, na província de Huelva.
Cristovão
Colombo aí viveu algum tempo. Aproveitando a guarida que os Franciscanos lhe
deram, estudou melhor o seu plano, conheceu gente do mar habituada a conviver
com o AtLântico, que também o ajudou. Mas foi, como acima mencionado, Frei Juan
Perez, Franciscano, que lhe abriu as portas da Corte Real, para que o seu sonho
fosse realizado.
Neste
Convento venera-se a Virgen de los Milagros, imagem de
alabastro do século IV, também chamada, Nuestra Señora de La Rábida.
Como
podemos ver no programa inserido no início desta crónica, no dia 4, ficaram
alojados na Hospedaria do Convento Franciscano do Loreto os Irmãos da
Fraternidade e no Exe Gran Hotel Solucar, os restantes companheiros de viagem.
Neste
Convento Franciscano, habitado por uma Comunidade da Ordem dos Frades Menores,
fomos gentilmente recebidos pelo seu Guardião, Frei Joaquín Domínguez. Tivemos
a Eucaristia à tardinha e conhecemos Irmãos da Fraternidade da OFS local, que
aí tem a sua sede. Acolheram-nos com muita simpatia e estiveram connosco
enquanto visitamos o Convento. O
ambiente de simplicidade e de silêncio, proporcionou-nos uma noite tranquila.
Um pormenor que eu achei delicioso: Cada quarto era identificado, não por um
número, mas sim, pelo o nome de um santo franciscano. O meu era “Santa Inês de Assis” (a irmã de Santa
Clara), por quem tenho um carinho especial. Acho que foi um miminho da parte
dela… não foi por acaso, penso eu.
Em
Sevilha foi pouco o tempo para visitar tudo aquilo que se pretendia. Mas as
belezas da cidade, o colorido dos fatos sevilhanos, o almoço junto ao rio
Guadalquivir e as caminhadas pelas suas ruas planas, deixam o desejo de lá
voltar.
Era
domingo, O III da Páscoa. Participámos na celebração Eucarística, na Catedral.
Foi um momento de muita paz interior.
Estivemos
também, na Basílica da Macarena. Um símbolo desta cidade andaluza. A Virgem das
cinco lágrimas. Representa a dor de Nossa Senhora quando viu o seu Filho a
caminho do calvário, injuriado e maltratado.
.
E chegou
a hora do regresso. Sevilha buliçosa e bela, nem deu pela nossa partida. Mas
connosco veio o seu encanto. Tudo o que é belo deixa marca. E a boa disposição
com que entrámos no autocarro era sinal disso mesmo. As senhoras com os cabelos
adornados com flores coloridas, muito ao jeito sevilhano, (repolhos no dizer de Frei
João Lourenço), iam mostrando os “abanicos” (leques) e outros “recuerdos” que
tinham comprado.
Mas, este
dia cinco de maio, era dedicado às “Mães”. Desde cedo, os telefones iam
tocando. Abraços, beijinhos, ternura… Também houve algumas lágrimas. Há datas
cujo registo torna os corações mais sensíveis e até podem doer. Mas Nossa
Senhora, a MÃE, estava lá. Afagou os rostos entristecidos e fez sorrir quem se
sentia mais vulnerável.
Não
podemos deixar de salientar todo o trabalho do nosso Irmão Ministro. O Irmão
Luís Topa, mais uma vez foi incansável. Dedicado, sempre pronto a ajudar,
preocupado com os mínimos detalhes, não se poupou a esforços para que tudo
corresse bem. Obrigada, Irmão. Que S. Francisco o recompense.
Também ao
Assistente Espiritual da Fraternidade, Frei João Lourenço, OFM, que regressou a
Lisboa com a voz danificada, agradecemos
a sua disponibilidade, dando esclarecimentos e espalhando alegria, durante os
três dias que dedicou a este passeio. O Senhor não esquecerá todo o apoio que
deu à nossa Fraternidade.
Foi uma
viagem cultural e também de convívio. Conhecemo-nos melhor. Apreciámos os
gestos fraternos, os sorrisos, as palavras amáveis que se ouviam. Somos uma
Fraternidade que procura caminhar, ir cada dia mais além, apoiada no exemplo do
Pai S. Francisco, querendo viver em alegria e amor.
PAZ e
BEM!
Glória ao Altíssimo, Omnipotente e Bom
Senhor…
maria clara, ofs
5MAIO2019