(20
de outubro)
No
meio das fadigas e dos afazeres da vida há sempre um tempo para levantar as
mãos e recomeçar, redobrando até os esforços para ir em frente. Como se
consegue consolidar este dinamismo na nossa vida? A liturgia de hoje ajuda-nos
a olhar para uma dimensão importante e fundamental da nossa vivência cristã: a
oração. Orar, é restabelecer de forma permanente a nossa intimidade com Deus e
encontrar aí a força que nos dá uma nova vida.
Na
primeira leitura, do livro do Êxodo narra-nos um dos momentos marcantes do
itinerário do povo de Israel na sua caminhada pelo deserto em direção à Terra
Prometida, no qual a confiança de Moisés é acompanhada pela oração, ajudando o
povo a superar as dificuldades encontradas. A oração ajuda-nos a viver hoje
aquilo que muitas vezes dizemos: ‘confiar, mesmo quando nos falta a esperança’.
Exortar à esperança e à confiança é também
a mensagem que Paulo envia ao seu discípulo e companheiro de missão, Timóteo.
Tudo isso deve ter o seu centro na Palavra de Deus, na Escritura, pois é ela
que nos guia na caminhada da fé.
O Evangelho reforça o tema da oração e da confiança. Se os homens são insensíveis aos apelos da justiça e da fraternidade, Lucas diz-nos que Deus não fechará os seus olhos nem os seus ouvidos aos apelos que Lhe são dirigidos, mostrando-se atento a todo aquele que levanta para Ele as suas mãos e a sua voz.
Padre João Lourenço, OFM