Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

28 de outubro de 2020

30º Domingo do Tempo Comum

 

Cuidar

(25.10.2020)

Introdução à liturgia:

A vida cristã não é nem se reduz a um mero sentimento de afeição e compaixão por Deus ou pelos outros. Pelo contrário, tal como nos refere a liturgia de hoje, ela tem no seu centro a vivência concreta do amor: o amor está no centro da vivência cristã, seja qual for a forma como fazemos essa experiência. O que Deus pede a cada um é que deixe o seu coração ser tocado pelo amor.

 Introdução às leituras:

A primeira leitura fala-nos do código da Aliança, o centro da vida do povo de Israel e faz parte integrante daquilo que é o projeto de Deus para o Seu povo. Aí se fala de situações concretas que exigem o envolvimento pessoal; a atenção aos mais frágeis da sociedade. O grito do pobre acolhe-se e socorre-se, envolvendo-nos e comprometendo-nos com ele.                        

A segunda leitura, por sua vez, apresenta-nos o exemplo da comunidade cristã de Tessalónica que, apesar da hostilidade e da perseguição, aprendeu a percorrer, com Cristo e com Paulo, o caminho do amor, da gratuidade e do dom da vida. Foi assim que, dessa experiência comum, nasceu uma verdadeira família de irmãos, tendo o evangelho como fundamento de vida. 

O Evangelho diz-nos, de forma clara e sem rodeios, que a autenticidade da minha fé está no meu agir e não no meu discurso, na minha ação e não na minha retórica discursiva, na minha entrega e não nas minhas maquinações para disfarçar e encobrir a minha falta de empenho. Somos convidados a assumir o que a cada um compete fazer. Esta é a forma de dar sentido à nossa fé.

Padre João Lourenço, OFM

29.º Domingo do Tempo Comum

 


Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo tem no centro da Palavra o grande desafio ou dilema com que Jesus se vê confrontado ao seu tempo e com o qual também muitas gerações de crentes se sentem confrontadas ao longo da história: “Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. As ambiguidades que persistem e nos envolvem dificultam, muitas vezes, a prontidão e a clareza das respostas que damos a este desafio que é feito a cada um de nós.

 Introdução às Leituras:

Na 1ª leitura, Isaías apresenta como elementos fundamentais da sua mensagem o universalismo da salvação, da eleição e da escolha de Deus que se estende a todos os povos. À semelhança de outros profetas, mostra que Deus se serve de outros povos e de seus governantes para advertir Israel do seu mau procedimento, mormente da sua infidelidade.

           A 2ª leitura da nossa Eucaristia é a introdução e saudação de Paulo, e de seus colegas de missão, à comunidade de Tessalónica. São palavras simples, mas que traduzem a relação profunda, vivida e sentida, que existia entre a Comunidade e aqueles que por ela tinham passado a difundir a mensagem do Evangelho.

 O Evangelho trás até nós o eco de uma das questões mais complexas do tempo de Jesus. As reações da sociedade judaica face à presença e aos efeitos da dominação romana eram transversais a todo o tecido social, embora nem todos se manifestassem da mesma forma. A resposta dada por Jesus não é uma fuga à questão, mas sim a abertura a uma outra realidade que é aquela de que ele se faz portador: ‘Dar a Deus’ o que é de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

19 de outubro de 2020

19 de outubro - S. Pedro de Alcântara

 



14 de outubro de 2020

Domingo 28º do Tempo Comum

  


(11.10.2020)


Introdução à Liturgia:

O tema do banquete e do encontro que simboliza a comunhão entre Deus e o homem, muito presente em textos proféticos, é um desafio que a Palavra de Deus nos faz em ordem a superar as marcas da exclusão humana e introduzir-nos numa relação de amor e de comunhão com Deus. Num tempo como este em que vivemos, procurar formas de comunhão é um imperativo da nossa fé. É a este banquete, de que a Eucaristia é o momento central, que nós também somos chamados. 

 Introdução às Leituras:

Na 1ª leitura, Isaías oferece-nos dois temas muito caros à Teologia deste profeta e que marcam o judaísmo e a fé bíblica do seu tempo: o tema do Banquete como forma de traduzir a relação de amor e de comunhão de Deus com o Seu povo, deixando o convite a todos os povos para que acolham o ‘alimento’ da Palavra de Deus. 

A 2ª leitura constitui um dos mais belos e impressionantes testemunhos de Paulo. A comunidade dos Filipenses foi uma das mais agradecidas a Paulo, o seu fundador. Paulo retribui essa generosidade reconhecido, deixando-nos um testemunho de grande despreendimento e de dedicação total à causa do Evangelho.

     No Evangelho, estamos em presença da 3ª parábola consecutiva que Jesus dirige aos membros do Sinédrio, o órgão judaico de governo para as questões da lei e da sua interpretação. Jesus quer mostrar que é necessário ter um coração novo e aberto para acolher o Reino. O Judaísmo tinha perdido essa dimensão de comunhão, de banquete e de partilha, para se tornar num sistema jurídico e legalista e, por isso, recusa acolher a mensagem de Jesus.

Padre João Lourenço, OFM

 

7 de outubro de 2020

SAUDAÇÃO DOS ASSISTENTES ESPIRITUAIS NACIONAIS - Dia de S. Francisco de Assis

 

SAUDAÇÃO DOS ASSISTENTES ESPIRITUAIS NACIONAIS

 Dia de S. Francisco de Assis

Caríssimos irmãos e irmãs,

Na proximidade da festa do seráfico pai S. Francisco, dirigimo-nos a todos e cada um de vós, para vos manifestar o nosso apreço e o desejo sincero de que possais continuar a viver no mundo a alegria de construir juntos a paz e o bem. No tempo que nos é dado viver, pensamos não apenas nas dificuldades provocadas pela pandemia, mas também noutras situações mais positivas que vão acontecendo um pouco por todo o lado. Não podemos esquecer, por exemplo, que “os destinos da Igreja” não estão confiados apenas ao Papa, aos cardeais, bispos ou padres. Na verdade, cada um de nós é chamado a amar a Igreja como Mãe, gastar-se por ela, dar-se, lutar e dar testemunho.

Começamos a viver um novo ano pastoral marcado pela proposta do Santo Padre: um ano especial dedicado ao estudo da Laudato Si, para que nos formemos sempre mais e melhor no cuidado da nossa casa comum. Várias vezes o Papa nos tem lembrado que “é necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo, que vale a pena ser bons e honestos”.

Caríssimos irmãos e irmãs, convidamo-vos a reler a encíclica Laudato Si, e a deixar que nasçam nas vossas fraternidades iniciativas que “incentivem uma cultura do cuidado na vida de cada um, pelos outros, mas também pela criação inteira e pela sociedade que habitamos”.

O ano de 2021, ver-nos-á ocupados no PVA com a celebração do VIII centenário do início da Ordem Terceira de S. Francisco, hoje OFS. As Fontes referem o entusiasmo popular que a pessoa de Francisco de Assis suscitava em tanta gente. Muitos queriam segui-lo, isto é, desejavam comportar-se como ele, na generosa fidelidade ao Evangelho, a Cristo e à sua palavra de vida. Francisco acolhia a todos como dom de Deus: muitos homens e mulheres, inspiram-se em Francisco sem entrar no convento, mas permanecendo no mundo e continuando as próprias atividades.

Convosco louvamos o Senhor pelo dom da vossa vocação franciscana, e rezamos: que o Senhor vos dê a paz!

 Nesta saudação desejamos ainda recordar o evento extraordinário que Assis viverá, e pelo qual vos convidamos a rezar. De facto, o Papa Francisco voltará a Assis para ali assinar e tornar pública a sua nova encíclica com o nome: “Todos irmãos”. O documento tem o subtítulo "Sobre a fraternidade e a amizade social" e será assinado após a missa que o Papa celebrará na Basílica Inferior, sem a presença de fiéis no respeito da atual situação sanitária.

Depois da “Lumen fidei” (2013) e “Laudato si'” (2015) - que faz eco do Cântico das Criaturas - desta vez será em Assis, junto do túmulo de S. Francisco, que o Papa assinará, na tarde do dia 3 de outubro, a nova encíclica.

Fátima, outubro 2020

Os vossos assistentes,

frei José Augusto, ofmconv

frei Álvaro, ofm

frei Luís, ofmcap

Celebração do Trânsito de S. Francisco

 


Celebração do Trânsito de S. Francisco

 Francisco de Assis viveu segundo o Evangelho, com alegria baseada no amor a Cristo pobre e crucificado, amando os pobres e últimos, fazendo-se menor entre os menores, espalhando a Paz e o Bem; por tudo, louvava o Criador, e em todas as criaturas via o próprio Deus.

 Ao celebrarmos o Trânsito de São Francisco, mais do que recordar os seus últimos momentos de vida, celebramos a sua partida para junto do seu, e nosso, querido Pai do Céu.

Na nossa Fraternidade, a celebração, dirigida por Frei Fernando Mota, terá lugar na Igreja do Seminário, no próximo dia 3 de outubro, sábado, às 17 h.

Peço-vos que façais o possível para estardes presentes, será mais uma oportunidade de aproximar à espiritualidade de S. Francisco. E como há urgência nesta aproximação face aos mitos de derrotismo em termos de sentido de vida que hoje abundam!

 Vosso irmão

Pedro

26º Domingo do Tempo Comum


 (27.09.2020)

Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje convida-nos a olhar para algo que é fundamental na nossa fé: ‘Deus tem uma proposta a fazer-nos’. A sua mensagem não é vã nem vazia; pelo contrário, ela está carregada de sentido e constitui um desafio para cada um de nós. É perante esta proposta que nós podemos escolher, dizer sim ou dizer não, fazê-la nossa ou ignorá-la. Ser cristão é, tal como Jesus, dizer sim e assumir o compromisso da fidelidade à proposta que nos é feita.

 Introdução às Leituras:

A experiência do exílio na Babilónia foi o grande desafio que Deus fez ao Seu povo. O profeta Ezequiel, na 1ª leitura, convida os israelitas a comprometerem-se de forma séria e consequente com Deus, sem rodeios, sem evasivas, sem subterfúgios. Cada crente deve tomar consciência das consequências do seu compromisso com Deus e viver, com coerência, as implicações práticas da sua adesão à Aliança.

A 2ª leitura, Paulo, com um dos textos mais ricos de toda a sua teologia e de todas as suas Cartas, exorta os cristãos de Filipos a seguir o exemplo de Cristo: apesar de ser Filho de Deus, Cristo assumiu a realidade da fragilidade humana, fazendo-se servidor dos homens para nos ensinar a suprema lição do amor, do serviço, da entrega total da vida por amor.

 Na parábola do Evangelho, Mateus apresenta-nos a forma e o modo como se concretiza a proposta que Deus nos faz: pelas obras e compromissos e não pelas palavras e pelas boas intenções. Um desafio sempre presente na Igreja e dirigido a cada um de nós. O ‘sim’ que Deus nos pede não é uma declaração teórica de boas intenções, mas antes um compromisso firme, coerente, sério e exigente com o Reino, com os seus valores.

Padre João Lourenço, OFM

6 de outubro de 2020

SOLENIDADE DE S. FRANCISCO



 (04.10.2020)

Introdução à Liturgia:

          Celebramos hoje a solenidade de S. Francisco, nosso fundador e inspirador do nosso carisma de vida. S. Francisco foi uma luz num tempo de dúvidas e de inquietações, razão pela qual a sua mensagem continua hoje a ser acolhida e vivida por tantos seguidores. Muitas das suas intuições espirituais continuam atuais, mormente o amor e o respeito pela natureza e a fraternidade universal.

         Introdução às Leituras:

          A liturgia da palavra que hoje acolhemos na nossa celebração é própria e tem como referência a pessoa e a experiência vivida e partilhada por Francisco de Assis. Ele é aquele que cuidou da casa de Deus, a Igreja, a reparou e a fortaleceu. Tal como Paulo, ele tornou-se um apaixonado do Cristo crucificado que na cruz testemunha a plenitude do amor do Pai. A simplicidade da sua vida é o melhor eco das palavras de Jesus no Evangelho: ‘vinde a mim, todos vós que andais sobrecarregados’. Cristo é a nossa paz e a nossa esperança. Num tempo marcado por tantas inquietações e desafios, Francisco aponta-nos a plenitude de Deus – meu Deus e meu Tudo – convidando-nos a seguir o caminho da fraternidade, da harmonia com a natureza e da paz com todos os homens.  

Padre João Lourenço, OFM

 
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