Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

27 de agosto de 2022

22.º Domingo do Tempo Comum

 


(Ano C – 28.8.2022)

 Introdução à Liturgia:


Vivemos numa sociedade cada vez mais condicionada pelo consumo, em que tudo se compra e se vende, resultando daí uma forma de viver profundamente egocêntrica e sem horizontes de partilha e comunhão. A atual situação social é bem a prova disto mesmo. São raros os gestos de gratuidade e de doação. Mesmos estes, muitas vezes, são de tal forma mediatizados que se transformam mais em aparato do que em testemunho de verdadeira partilha. Por isso, é importante escutar a palavra que o Senhor hoje nos dirige. 

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Ben-Sirá, deixa-nos uma forte interpelação à humildade, dizendo que a grandeza de cada se mede pela sua bondade e generosidade. Pelo contrário, a soberba e a ambição não têm cura e afastam-nos da comunhão com o Senhor.

 Na segunda leitura, continuamos a escutar a Carta aos Hebreus e o autor recorda aos fiéis que, pela fé em Cristo, eles constituem agora uma comunidade nova, devendo deixar as realidades antigas para que Cristo seja neles a plenitude da sua esperança.

 No Evangelho, S. Lucas mostra-nos como Jesus ensina a partir da vida e convida aqueles que o escutam a colocar em prática a sua mensagem, tornando-se servidores uns dos outros. Há que partilhar sem esperar retribuição e há que confraternizar com aqueles que não podem retribuir. Colocar isto em prática é sempre um desafio, mas também um imperativo da nossa fé.

Padre João Lourenço, OFM

22 de agosto de 2022

21º Domingo do Tempo Comum

 

(21/08/2022)

           Introdução à Liturgia:

A liturgia dominical, para além da celebração da fé comunitária, elemento fundamental da nossa identidade eclesial, ajuda-nos também a tomar consciência que a salvação é um dom de Deus, embora implique sempre uma opção pessoal. Essa opção não é apenas um sentimento teórico nem se traduz em atitudes de caráter afetivo, mas implica uma prática corrente de vida de acordo com aquilo que o Evangelho nos propõe. 

          Introdução às leituras:       

Na 1ª leitura, Isaías anuncia que a salvação de Deus é para todos os povos, não tem que ver com a raça nem com a identidade cultural. Todos são chamados, todos podem subir à montanha e contemplar a glória de Deus. Com isto, o profeta diz-nos que é necessário fazer um caminho e esse caminho pressupõe a comunhão com todos. 

Continuando a leitura da Carta aos Hebreus, o texto que hoje nos é apresentado exorta-nos a aceitar a correção. É a pedagogia da salvação que tem como referência o amor de Deus. Trata-se daquela ascese que todos temos de empreender na vida para crescer na comunhão com Deus e com os irmãos. 

         No texto do Evangelho, mediante a parábola da ‘porta estreita’, Jesus reforça o convite à escolha, à opção pessoal que cada um tem de realizar. Dessa opção ninguém está dispensado e não bastará invocar os atributos que nos acompanham ou que herdamos daqueles que nos precederam.

Padre João Lourenço, OFM

13 de agosto de 2022

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

 (15.08.2022)

Introdução à Eucaristia 

Hoje, é um dia solene para a Igreja; a festa que celebramos – a Assunção de Nossa Senhora – é a solenidade da plenitude da missão de Maria, elevada à glória da Trindade, e é também a solenidade da plenitude da Igreja, de que Maria é imagem e primícias. N’Ela se cumprem as palavras do Magnificat: Deus a enalteceu, porque Ele eleva os humildes e os cumula de bens. A glória da Virgem Maria faz-nos também participantes da esperança que anima a nossa caminhada: chegar um dia à plenitude da glória do Pai. 

Introdução às Leituras 

Na primeira leitura, o livro do Apocalipse recorre a uma visão para nos descrever, de forma simbólica, Maria como símbolo da Igreja que luta para testemunhar a salvação que brota do Menino gerado pela Mãe. Da mãe Maria, surge a mãe Igreja que anuncia e testemunha no tempo a esperança da salvação. 

Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da vitória de Cristo, o novo Adão. Na sua ressurreição todos renascemos para a vida nova e é nessa vida nova que chegamos à plenitude da comunhão com Deus.


No Evangelho, temos a visitação de Maria a Isabel, completada depois pelo hino do Magnificat. Ela é a mensageira da nova-aliança, Aquela que Deus escolheu para morada do Seu Filho. Por isso, ela canta, agradecida, todos os dons com que Deus beneficiou o Seu povo.

Padre João Lourenço, OFM

20º Domingo do Tempo Comum

 


(Ano C - 14/08/2022)

           Introdução à Liturgia:

Dando continuidade ao tema da fé de que nos falava a liturgia do passado domingo, hoje a palavra de Deus diz-nos que a fé exige resposta, pressupõe opções de vida, implica discernimento e compromisso. A fidelidade é a maior exigência que nos é feita e é também o melhor testemunho que podemos dar da esperança cristã que anima a nossa vida.  

           Introdução às leituras:       

Na 1ª leitura, é-nos narrado um momento marcante da vida do profeta Jeremias, testemunhando que a fidelidade a Deus implica, muitas vezes, ficarmos ‘nas mãos dos outros’ e entregues aos seus caprichos, sendo vítimas da sua maldade. Jeremias é, de facto, o testemunho único de alguém que viveu a sua entrega à Palavra de Deus sem recuos, mesmo quando tinha de enfrentar os seus adversários, que não eram os seus inimigos, mas sim os inimigos da Palavra.

 A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, diz-nos que o centro e o guia da nossa fé é o Ressuscitado que nos congrega na comunhão com o Pai. O testemunho da sua entrega por nós, tal como nos é referido na 1ª leitura a respeito de Jeremias, abre-nos o caminho da fidelidade e reforça a nossa esperança.

          No texto do Evangelho, Lucas diz-nos que Jesus é aquele que vem estabelecer ruturas. Estas, são a consequência direta da vivência da fé. Acreditar implica sempre fazer opções. A missão de Jesus é anunciada como um novo fogo que há de aquecer os corações dos crentes, levando-os a superar a frivolidade e o marasmo de uma vida sem sentido e sem horizontes.

Padre João Lourenço, OFM

5 de agosto de 2022

19º Domingo do Tempo Comum

(07.08.2022)

Introdução à Liturgia:

Um dos riscos grande da nossa vivência cristã é entrar numa espécie de adormecimento acerca da forma como vivemos a nossa fé. Este risco, sempre presente, mais se sente neste período de férias, já que muitas vezes subalternizamos tudo a este desejo legítimo de descanso e de paragem. No entanto, não devemos com isso esquecer que a nossa fé em Jesus e o testemunho que devemos dar não conhecem férias. A palavra de Deus interpela-nos hoje para a vigilância que deve estar sempre presente na nossa caminhada.   

Introdução às Leituras:

A 1ª leitura, tomada do livro da Sabedoria, fala-nos da libertação do Egito, convidando os israelitas da comunidade de Alexandria a estar atentos e vigilantes como outrora o tinham estado os hebreus para deixarem a terra da escravidão e partirem para a terra da liberdade.

 Na segunda leitura, a Carta aos Hebreus fala-nos da fé como sendo a ‘garantia dos bens futuros’. Neste contexto, são apresentados muitos personagens bíblicos que servem de testemunhos e de fundamento da verdadeira fé que anima e motiva os crentes na sua caminhada.

O Evangelho é um verdadeiro convite à vigilância cristã. É uma espécie de estado, de forma de vida que nos incentiva a não nos conformarmos com o mundo presente, ou seja, com os valores ou contravalores que nos são apresentados, tais como o consumo, a banalidade. Importa estar despertos para aceitarmos a passagem do Senhor nas nossas vidas. 

Padre João Lourenço, OFM

 
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