Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

25 de julho de 2025

17º Domingo do Tempo Comum

 17º Domingo do Tempo Comum

(27.07.2025)

Cornelis van Cleve - Virgem da Anunciação
Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo tem no centro da sua temática a ‘Oração’. Vendo Jesus a rezar, os discípulos pedem-lhe que os ensine também a rezar. Hoje, quando tanta gente deseja aprender coisas novas e todos querem estar capazes de acompanhar os tempos e as situações que vivem, aprender a rezar deve ser também um imperativo da nossa vida e da nossa identidade cristã. Jesus é o grande Mestre da oração: Senhor, ensina-nos a rezar! 

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o pai dos crentes, a insistir com Deus para que atenda a sua prece e considere a fragilidade humana como digna de compaixão. Insistindo, Abraão diz-nos já aquilo que o Senhor Jesus mais tarde ensinará aos seus discípulos: a quem pede sempre se dará e a quem bate à porta sempre esta será aberta.

Na segunda leitura, Paulo recorda-nos, na Carta aos Colossenses, que fomos sepultados em Cristo pelo baptismo. Por isso, sepultados em Cristo, tal como Ele havemos de ressurgir para uma vida nova, na plenitude da comunhão com o Pai, devendo testemunhar com o nosso agir essa vida nova que d’Ele recebemos.

No Evangelho, Jesus, para além de ensinar os discípulos a rezar, diz-nos como deve ser a nossa oração; ela não pode ser feita a partir de nós, mas sim a partir de Deus. A forma como rezamos marcará a nossa forma de vida e a nossa relação com o Senhor. Por isso, a vida é sempre a expressão da nossa oração.

Padre João Lourenço, OFM

16º Domingo do Tempo Comum

 16º Domingo do Tempo Comum

(20/07/2025) 


          Introdução à Liturgia:    

Celebrar a eucaristia é sempre um momento de acolhimento que dispensamos a Deus e aos Irmãos. Celebrar, é dar uma dimensão fraterna à nossa fé, partilhá-la em comunidade. Para além das interpelações que a Palavra de Deus nos coloca, vamos também fazer desta Eucaristia um momento de ação de graças pelo trabalho realizado pela Ordem Franciscana Secular que hoje vai encerrar as suas atividades deste ano pastoral 2024-2025. Também hoje vão ser admitidos à formação um grupo de irmãos que irão seguir os caminhos de Francisco de Assis. 

          Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, do livro dos Génesis, fala-nos da visita que os três personagens fizeram a Abraão e que os Padres da Igreja identificaram como sendo a imagem da Trindade. É uma visita que testemunha a gratuidade de Deus para com todos aqueles que acolhem e se abrem à Sua presença e à Sua passagem.

Continuando a ler a Carta aos Colossenses, S. Paulo fala-nos da universalidade da salvação de que ele é testemunho e também mensageiro. Por isso, ele sente esta profunda comunhão com Cristo que o leva a proclamar: completo na minha carne a dores de Cristo em prol da Igreja, dos Irmãos.

Na Sagrada Escritura, tanto no Antigo como no Novo Testamento, encontramos muitas vezes a mensagem dos dois caminhos, ou também, como sucede hoje, dos dois modelos: o serviço e a escuta; o trabalho e a adoração; a partilha e a contemplação. A resposta de Jesus diz-nos que tudo nasce da escuta da Palavra. São Francisco viveu intensamente essa escuta e convida os seus Irmãos a escutarem sempre o Senhor.

Padre João Lourenço, OFM

12 de julho de 2025

15º Domingo do Tempo Comum

15º Domingo do Tempo Comum

(13/07/2025)

          Introdução à Liturgia:    

A liturgia deste domingo deixa-nos um convite a construir formas de proximidade que se traduzem na ação que fazemos em favor daqueles que carecem do nosso cuidado. Para que sejamos verdadeiros discípulos e seguidores de Jesus, impõe-se aprender d’Ele a viver a Lei no serviço e na caridade fraterna. A verdadeira sabedoria cristã consiste em passar da ortodoxia teórica, mesmo que ela seja oportuna, à prática da caridade para com todos. 

          Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, tomado do livro do Deuteronómio, diz-nos que a verdadeira Lei do Senhor deve morar no nosso coração. Não se encontra longe nem fora de nós. Habita nos nossos corações e é pela força da Palavra de Deus que ela encontra a sua expressão suprema no amor e na misericórdia.

No Carta aos Colossenses, S. Paulo diz-nos que é a partir de Cristo que devemos pensar e organizar o nosso plano de vida e o nosso agir. Ele é a referência fundamental que sempre devemos ter presente nos momentos das nossas opções, já que é por Ele que tudo ganha sentido na nossa caminhada.

    Qual é o mandamento maior, perguntaremos nós, muitas vezes, tal como o fez o mestre da Lei de que nos fala o Evangelho de hoje. A resposta nunca será teórica; não consiste num discurso nem na recitação de um elenco de preceitos e de normas. Pelo contrário, o mandamento maior é o do amor que consiste em criar proximidade e agir com misericórdia.

Padre João Lourenço, OFM 

14º Domingo do Tempo Comum

14º Domingo do Tempo Comum

(06.7.2025)

Introdução à Eucaristia:

Aceitar o desafio e o chamamento de Deus é algo que faz parte da nossa experiência de vida cristã. O crente não pode olhar o mundo à sua volta e manter-se inativo, alheio aos dramas da história e da sociedade que o envolvem. Mas isso não basta; cada um de nós tem de deixar-se enviar, de aceitar o apelo e pôr-se a caminho, um caminho de missão e de testemunho.


Introdução às Leituras:

A primeira leitura é um hino de alegria e de esperança para Jerusalém que está a ser reconstruía após o regresso do exílio da Babilónia. Numa época ainda carregada de incertezas, o profeta Isaías exorta à confiança, para que o povo não esmoreça no seu empenho para refazer a sua vida e renovar a sua fidelidade a Deus.

Na Carta aos Gálatas, Paulo faz um confronto entre o judaísmo e a fé em Cristo. Esse confronto tem como marca distintiva a cruz de Cristo. Para ele, a cruz é o centro de todo o mistério da redenção, já que ela simboliza a plenitude da gratuidade com que Deus beneficiou todos os povos, podendo todos aceder ao dom do seu amor.

Um dos momentos marcantes dos Evangelho, em todos eles, é o envio dos discípulos. Ser discípulo é ser operário do Evangelho e não apenas seu ouvinte ou contemplativo da sua mensagem. ‘Ir’, é um dos verbos fortes que o Senhor usa na sua relação com aqueles que o seguem. Todos devemos aceitar, mesmo em medidas diferentes, este imperativo do anúncio da Boa-Nova. 

Padre João Lourenço, OFM

13.º Domingo do Tempo Comum

13º Domingo do Tempo Comum

(29.6.2025)

Solenidade de s. pedro e são paulo

Introdução à Eucaristia:

A celebração da Eucaristia de hoje, solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, leva-nos até às origens da Igreja e deixa-nos uma forte interpelação: Pedro de Paulo foram e são os grandes construtores da Igreja; eles são ‘pedras´ angulares onde assentou e continuam a assentar as grandes colunas da Igreja, construída pela Palavra de Deus e pelo testemunho dos Apóstolos. Como diz o Apocalipse, eles são as portas através das quais entramos na Jerusalém celeste e é nela que encontramos o verdadeiro sol que é Cristo. A Igreja que conhecemos, que nos acolhe e alimenta a nossa fé tem neles os seus verdadeiros alicerces.

Introdução às Leituras:

A 1ª leitura oferece-nos a narrativa dos Atos dos Apóstolos acerca de um momento dramática da Igreja de Jerusalém que nos testemunha a fé dos crentes na força e na proteção do Ressuscitado que guarda e protege aqueles que a Ele se confiam. Pedro era a ‘cabeça’ e a testemunha da Igreja e na sua fidelidade ele mantém viva a esperança de todos aqueles que aderiram a Jesus

Na 2ª Carta a Timóteo, Paulo deixa-nos o mais belo testemunho da sua cainhada na fé. São palavras de grande sentido e, eu diria, únicas. Só Paulo nos pode deixar este testemunho: ‘Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé’. Que riqueza de palavras e de testemunhos, Paulo nos oferece. Ele torna-se assim uma referência para todos os tempos e é uma exortação para todos os crentes.    

No Evangelho, escutamos uma vez mais o diálogo entre Pedro e Jesus em ordem à afirmação da identidade de Jesus e da sua messianidade. Por isso, o ministério de Pedro que hoje celebramos na liturgia é, acima de tudo, um serviço à Igreja e à comunhão dos crentes, na afirmação da messianidade de Jesus.

Padre João Lourenço, OFM


 
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