Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

25 de agosto de 2025

21º Domingo do Tempo Comum

 21º Domingo do Tempo Comum

(24/08/2025) 

          Introdução à Liturgia:

A liturgia dominical, para além da celebração da fé comunitária, elemento fundamental da nossa identidade eclesial, ajuda-nos também a tomar consciência que a salvação é um dom de Deus, embora implique sempre uma opção pessoal. Essa opção não é apenas um sentimento teórico nem se traduz em atitudes de caráter afetivo, mas implica uma prática corrente de vida de acordo com aquilo que o Evangelho nos propõe

           Introdução às leituras:       

Na 1ª leitura, Isaías anuncia que a salvação de Deus é para todos os povos, nada tem a ver com a raça nem com a identidade cultural. Todos são chamados, todos podem subir à montanha e contemplar a glória do Senhor. Com isto, o profeta diz-nos que é necessário fazer um caminho e esse caminho pressupõe a comunhão com todos. 

Continuando a leitura da Carta aos Hebreus, o texto que hoje nos é apresentado exorta-nos a aceitar a correção. É a pedagogia da salvação que tem como referência o amor de Deus. Trata-se daquela ascese que todos temos de empreender na vida para crescer na comunhão com Deus e com os irmãos.

         No texto do Evangelho, mediante a parábola da ‘porta estreita’, Jesus reforça o convite à escolha, à opção pessoal que cada um tem de realizar. Dessa opção ninguém está dispensado e não bastará invocar os atributos que nos acompanham ou que herdamos daqueles que nos precederam. O empenho pessoal é constante e faz parte das exigências da nossa fé.

Padre João Lourenço, OFM

19 de agosto de 2025

20º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 20º DOMINGO DO TEMPO COMUM

(17.08.2025)


Introdução à Liturgia:

Na sequência das temáticas dos últimos domingos, centrando sempre a nossa reflexão em dimensões importantes da nossa vivência cristã, a liturgia deste domingo fala-nos do sentido profético da vida e da mensagem de Jesus, tomando como enquadramento a própria experiência dos profetas. Logo nas origens cristãs, os primeiros seguidores de Jesus sentiram que Ele era, tal como estava anunciado, o verdadeiro profeta que havia de vir para testemunhar a presença de Deus no meio do Seu povo. Assim o sentimos também nós pela palavra que hoje nos é proposta na liturgia. 

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro do profeta Jeremias, mostra-nos a coragem e a fidelidade do profeta à vocação e à missão que lhe foi confiada, expondo a sua própria vida como testemunho da sua missão. Jeremias é, na realidade, o homem da coragem que não desiste nem se acobarda perante as ameaças que lhe movem. A sua verticalidade é um verdade anúncio da missão de Jesus. 

Dando continuidade à Carta aos Hebreus, a segunda leitura fala-nos hoje do testemunho da fidelidade da missão de Jesus, o verdadeiro exemplo e guia da nossa fé. Tal como Jeremias, Jesus assume a sua missão na fidelidade ao Pai, sem desanimar ou retrair-se perante as dificuldades encontradas. Tal como Ele, também nós devemos caminhar com coragem e sem desânimo.

No Evangelho, S. Lucas fala-nos do ‘batismo’ da fidelidade de Jesus que não veio para nos anunciar uma fé fácil e cómoda, mas sim uma experiência de vida que se assume no seguimento de Jesus. Ele veio trazer a paz, mas não o comodismo; o cristão não pode nem deve remeter-se para soluções de conveniência, mas antes para a fidelidade que muitas vezes implica opções de rutura social e até mesmo religiosa.

Padre João Lourenço, OFM

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

(15.08.2025)

Introdução à Eucaristia 

Hoje, é um dia solene para a Igreja; a festa que celebramos – a Assunção de Nossa Senhora – é uma solenidade que nos testemunha a plenitude da missão de Maria, elevada à glória da Trindade. É também a solenidade que nos mostra a plenitude da Igreja, de que Maria é imagem e as primícias. N’Ela se cumprem as palavras do Magnificat: Deus a enalteceu, porque Ele eleva os humildes e os cumula de bens. A glória da Virgem Maria faz-nos também participantes da esperança que anima a nossa caminhada: chegar um dia à plenitude da glória do Pai. 

Introdução às Leituras 

Na primeira leitura, o livro do Apocalipse recorre a uma visão para nos descrever, de forma simbólica, Maria como símbolo da Igreja que luta para testemunhar a salvação que brota do Menino gerado pela Mãe. Da mãe, Maria, surge a figura da mãe Igreja que anuncia e testemunha no tempo a esperança da salvação. 

Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da vitória de Cristo, o novo Adão. Na sua ressurreição todos renascemos para a vida nova e é nessa vida nova que chegamos à plenitude da comunhão com Deus.

No Evangelho, temos a visitação de Maria a Isabel, completada depois pelo hino do Magnificat. Ela é a mensageira da nova-aliança, Aquela que Deus escolheu para morada do Seu Filho. Por isso, ela canta, agradecida, todos os dons com que Deus beneficiou o Seu povo. 

Padre João Lourenço, OFM

19º Domingo do Tempo Comum

 19º Domingo do Tempo Comum

(07.08.2022)


Introdução à Liturgia:

Um dos riscos grande da nossa vivência cristã é entrar numa espécie de adormecimento acerca da forma como vivemos a nossa fé. Este risco, sempre presente, mais se sente neste tempo de férias, já que muitas vezes subalternizamos tudo a este desejo legítimo de descanso e de paragem. No entanto, não devemos com isso esquecer que a nossa fé em Jesus e o testemunho que devemos dar não conhecem férias. A palavra de Deus interpela-nos hoje para a vigilância que deve estar sempre presente na nossa caminhada.   


Introdução às Leituras:

A 1ª leitura, tomada do livro da Sabedoria, fala-nos da libertação do Egito, convidando os israelitas da comunidade de Alexandria a estar atentos e vigilantes como outrora tinham estado os hebreus ao deixarem a terra da escravidão e partirem para a terra da liberdade. 

Na segunda leitura, a Carta aos Hebreus fala-nos da fé como sendo a ‘garantia dos bens futuros’. Neste contexto, são apresentados muitos personagens bíblicos que servem de testemunhos e de fundamento da verdadeira fé que anima e motiva os crentes na sua caminhada.


O Evangelho é um verdadeiro convite à vigilância cristã. É uma espécie de estado, de forma de vida que nos incentiva a não nos conformarmos com o mundo presente, ou seja, com os valores ou contravalores que diariamente nos são apresentados, tais como o consumo, as banalidades dos passatempos e dos espetáculos rotineiros. Importa estar despertos para aceitarmos a passagem do Senhor nas nossas vidas.

Padre João Lourenço, OFM

1 de agosto de 2025

18º Domingo do Tempo Comum

 18º Domingo do Tempo Comum

(03.08.2025)


Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje vem recordar-nos que a nossa fé exige profundidade de vida. Por isso, não nos podemos limitar às coisas temporais que, por mais preciosas que sejam, não realizam a plenitude a que Deus nos chama. Neste tempo de férias e de algum descanso, importa não esquecer nem por de parte o fundamental. Este é, certamente, um grande desafio que não devemos relativizar.  

Introdução às Leituras:

A primeira leitura coloca-nos a pergunta: Qual é o grande sentido da vida? Porque nos preocupamos tanto de coisas que não são importantes para a nossa vida nem fundamentais para a nossa felicidade? Será isto uma tragédia para nós ou, antes, um desafio para procurar o fundamental?

Na segunda leitura, dando continuidade à palavra de Paulo na Carta aos Colossenses, temos a resposta para algumas das questões que o texto da 1ª leitura nos deixa: despojar-se do homem velho para sermos novas criaturas em Cristo.

No Evangelho, partindo do pedido de alguém que pretende fazer de Jesus um juiz entre heranças fraternas, Ele diz-nos que as riquezas não vão acrescentar nada à nossa vida, mesmo que possam contribuir, como hoje se diz, para ‘uma melhor qualidade de vida’. No entanto, importa ter presente que a verdadeira qualidade de vida se faz de dentro para fora e não de fora para dentro; nasce e tem o seu fundamento no coração.

Padre João Lourenço, OFM

 
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