Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

31 de julho de 2017

Crónicas da vida da Fraternidade

Pouco passava do meio dia. Estavam já os Irmãos da Fraternidade de S. Francisco à Luz, de pé, no Centro Cultural Franciscano, preparados para receber os Irmãos de Penafiel e o seu Assistente Espiritual, quando estes chegaram.
Numa explosão de alegria os Irmãos de Lisboa, ao jeito do nosso Pai comum, Francisco de Assis, saudaram-nos cantando:
Sois de bênção nas mãos e na voz
Os Irmãos de Penafiel vêm
Com frei Domingos gritando para nós
PAZ E BEM, PAZ E BEM, PAZ E BEM!
Houve troca de palavras fraternas dos Ministros das duas Fraternidades. O Padre Domingos, com o seu ar bondoso, sereno e exigente, conhecendo bem os Irmãos que tinha à sua volta, fez uma breve apresentação e deixou transparecer a sua satisfação por este encontro. Foi entregue a todos os Irmãos, pelo Ministro da Fraternidade de S. Francisco à Luz, António Luís Topa, a pagela que podemos ver, na primeira página desta crónica, selando este dia.
Depois seguiu-se o almoço nos claustros do Convento. Mas antes, junto à imagem de S. Francisco, com o som da irmã água que jorra da fonte e cai no pequeno lago, entoou-se, com emoção, o cântico “Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor”. O Padre João Lourenço, nosso Assistente Espiritual e Guardião do Convento, fez as honras da casa, saudando os Irmãos de Penafiel e o seu Assistente Espiritual, Padre Domingos Casal Martins.
Estes Irmãos ofereceram à nossa Fraternidade uma belicíssima tela de Cristo Ressuscitado, pintada pelo seu Ministro. Trouxeram, também, uma caixa de “vinho fino” da produção do Pai do Irmão Ministro, encomendado propositadamente pela Fraternidade de Penafiel para a OFS da Luz. Bem hajam Irmãos! As vossas ofertas muito nos sensibilizaram! A Fraternidade de S. Francisco à Luz, reconhecida agradeceu. 
Eram cerca de oitenta pessoas. Foi um almoço feito com muito amor e dedicação.  De salientar todo o trabalho de coordenação da irmã Maria Salpico. Estabelecida a
Ementa, esta nossa Irmã, teve o cuidado de integrar as sugestões que os Irmãos lhe iam sugerindo. Foi incansável em pedir colaboração e conselhos. De tal modo que conseguiu sanar alguns atritos e motivar a participação e o interesse de muitos. Foi grande o seu empenho, irmã Maria. O seu esforço foi precioso.

Cerca das dezasseis horas, o Padre Domingos e os Irmãos de Penafiel despediram-se. Era visível a alegria de todos. Foram uma horas passadas em ameno convívio. Somos irmãos. Franciscanos seculares.
É bom conhecermos outras Fraternidades. Faz-nos tomar consciência de que não somos um grupo isolado. Pertencemos à Ordem Franciscana Secular. Fomos todos convidados a seguir, com entusiasmo verdadeiro, a Regra que S. Francisco nos deixou. É uma felicidade. E temos tanto a aprender uns com os outros… 
O dia avançava. Todos se foram dispersando. Houve palavras de agradecimento, carinho, abraços. E, em PAZ e BEM, depois de tudo arrumado, fecharam-se as portas. Partimos para as nossas casas com os corações cheios de alegria. Aquela alegria que só se sente quando fazemos da nossa vida uma dádiva. Um hino de louvor ao
“Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor”
maria clara, ofs
Lisboa, 8 de julho de 2017

26 de julho de 2017

Somos a Igreja de Cristo


Não aspiramos à unidade do ser. As divisões do templo que habitamos são muitas e os apelos dos sentidos e interesses que pretensamente garantem o espírito de sobrevivência espartilha-nos e aprisiona-nos no círculo restrito do espaço que nos rodeia.
Não vemos e saboreamos a partir do centro o horizonte que desponta incessante e incansavelmente para nós e não escutamos o odor da palavra que nos faz filhos da mesma terra e irmãos na parentalidade única que nos precede e espera como um todo em marcha para a eterna eternidade.
A resposta ao apelo a sair de nós e a fazer festa no belíssimo parque do encontro do ser com o amor, a dor, a doença, o trabalho, a injustiça, a fadiga e a morte é um sentido de vida credível para a nossa humanidade sedente de repouso, alegria  e unidade. É saciedade no Ser pessoa, único, intransmissível e incomunicável, na Trindade e na Igreja. 
Fazemos memória que somos, vivemos, trabalhamos e oramos como povo ao serviço do povo. E que para lá das divisões há um outro, um outro eu, um outro nós que é presença viva e nos chama e espera e ama misericordiosamente na plenitude do Ser criação, encarnação e redenção. Celebramos que somos comunhão no sangue e corpo de Jesus Cristo e na unidade do Ser amor de Deus para sempre. E acreditamos, no Espírito de liberdade, que somos a Igreja de Cristo, as pedras vivas do templo do Senhor.  
Chicabanica, OFS     

21 de julho de 2017

16º Domingo do Tempo Comum


(23.07.2017)
A liturgia de hoje convida-nos a descobrir o Deus paciente e cheio de misericórdia que sempre aguarda e espera que a semente da sua palavra germine no coração de cada crente. Para Ele, o tempo conta pouco; o que importa é que cada um abra o seu coração, acolha a Palavra e deixe que ela germine na sua vida. A lógica de Deus não é a nossa, nem a nossa é a d’Ele. Nisto consiste a fé.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro da Sabedoria, fala-nos da justiça como o grande princípio da ação de Deus na sua relação com o homem. Mas não se trata da justiça dos homens, mas da justiça de Deus que consiste no amor e na bondade para connosco. A sua indulgência é o grande suporte da vida crente. A sua Palavra é a fonte desta justiça que nos humaniza e nos leva à comunhão com Ele.

A segunda leitura realça que a nossa caminhada é fruto do Espírito; é Ele que nos conduz e intercede por nós, para que saibamos acolher os grandes desafios que nos faz.

O Evangelho fala-nos deste mistério do tempo, em que cada um de nós se confronta com o projeto de Deus. Saber acolher e deixar que a Palavra, o Reino de Deus cresça nas nossas vidas é o grande desígnio da nossa vivência cristã. Saber dar ‘tempo ao tempo’ é uma das grandes dimensões da sabedoria cristã, aceitando os ritmos do Senhor e não querendo impor os nossos. 
Padre João Lourenço, OFM

18 de julho de 2017

S. Boaventura - 15 de julho


Bom dia Irmãos, Paz e Bem!
Só venho recordar que hoje se celebra a festa de S. Boaventura, grande teólogo franciscano, por quem o Papa Bento XVI diz ter uma profunda admiração.
Nasceu em Bagnoregio, perto de Viterbo. Seu pai era médico mas foi curado de uma grave doença, em criança, por intermédio de S. Francisco.
Homem piedoso e prudente, conhecedor das dificuldades da Igreja no seu tempo, sentiu-se fascinado pelo exemplo de S. Francisco. Já se encontrava em Paris onde estudava quando pediu para entrar na Ordem Franciscana. Veio a ser Ministro Geral. O sétimo depois do seu Fundador. Exerceu este ofício com sabedoria e profunda dedicação. Convocava um Capítulo Geral de três em três anos.
A sua sabedoria reconhecida por todos, não aniquilou a sua humildade. Foi grande na Igreja e na Ordem Franciscana.
Tenho um carinho grande por este nosso Irmão e confesso que, sempre que posso, procuro saber mais sobre ele. Conta-se que, certo dia, um frade lhe perguntou se poderia salvar-se, pois considerava-se um ignorante e desconhecia a ciência teológica. Ao que Boaventura respondeu:
“Se Deus dá ao homem somente a graça de poder ama-Lo, isso basta… Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de Teologia.”
Morreu a 15 de Julho de 1274, em Lyon, quando aqui se realizava o II Concílio Ecuménico, que ele também ajudou a preparar, a pedido do Papa.
Meus Irmãos eu só queria dizer que hoje é dia de S. Boaventura, Doutor da Igreja e glória da Ordem Franciscana… mas já me alonguei. E não disse nada. Há muito a saber sobre ele. Foi uma vida ao serviço de Deus. Um exemplo de fé e de trabalho. É bom conhecermos os nossos santos.
Que S. Boaventura interceda por nós lá no céu e nos ajude a calcorrear o nosso caminho com a alegria de franciscanos. E nos ensine a saborear, em cada amanhecer, o brilho do irmão Sol, o amor de quem nos rodeia e o carinho de Deus nosso Pai.
Paz e Bem Irmão caríssimo!
maria clara, ofs

15julho2017

14 de julho de 2017

15º Domingo do Tempo Comum


O Semeador -Jean François Millet

         Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo apresenta-nos uma das imagens mais belas para significar a Palavra de Deus: a do semeador e da semente. Sendo uma imagem que emerge da cultura própria do tempo de Jesus, de um mundo agrícola com as suas raízes nomádicas, esta Parábola diz muito daquilo que é o processo da fé, daquilo que é o processo da evangelização e daquilo que foi a prática e a actividade de Jesus. Deixemos crescer a semente, procurando ser terreno acolhedor.

Introdução às Leituras:
No pequeno texto da 1ª leitura encontramos tudo aquilo que é a força e o dinamismo da PALAVRA, tudo aquilo que ela é e aquilo que ela produz. Parece que não seria possível ‘dizer’ a PALAVRA de outra forma, de modo mais denso e mais simples do que aquilo que o texto de Isaías diz. Ela é a autêntica semente que entra no coração, que tem o coração por terra de acolhimento e onde pode fecundar a vida de cada crente.

          Na 2ª leitura, Paulo associa os sofrimentos e a morte de Cristo ao seu próprio percurso de descoberta e de configuração da sua vida à do Mestre. Marcado pela sua experiência pessoal, Paulo descobre em Cristo um sentido de plenitude, sem o qual nem o mundo nem o homem encontram sentido para a sua vida.

No Evangelho, temos a imagem rica e significativa da Palavra como semente. Deste texto retiramos duas dimensões: aquela que diz respeito ao Semeador e a que se refere à semente. Do semeador, que é Cristo e aqueles que anunciam o Evangelho, destaca-se a confiança na missão de semear e na força da semente que deve ser lançada à terra. Para a semente frutificar, importa que o terreno que somos nós seja acolhedor.
Padre João Lourenço, OFM


7 de julho de 2017

Biografias de S. Francisco I - Montariol, Braga



Domingo 14º do Tempo Comum




Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo, especialmente através do Evangelho, deixa-nos um apelo e faz-nos uma proposta: ‘o regresso à simplicidade’, uma simplicidade que seja um eco daquela simplicidade de que Jesus se faz eco e que, no fundo, é a simplicidade do ser de Deus. A fé é certamente uma das dimensões que nos ajuda a cultivar este apelo à surpresa e à simplicidade. É isto que faz de Jesus um verdadeiro Mestre de uma vida nova.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura faz-nos um convite à alegria e à confiança. Trata-se de uma alegria e de uma confiança que têm como fundamento a presença e a ‘visita’ que Deus faz ao Seu povo. Quando parecem falíveis todas as seguranças temporais, só a força interior e a fé podem dar consistência a um verdadeiro projecto pessoal e comunitário.

Na 2ª leitura, Paulo recorre a 2 conceitos, carne e espírito, que ele toma do Antigo Testamento, pretendendo com isso mostrar que a unidade do Homem, do crente, só em Cristo ganha a sua plenitude; que a vida nova que Cristo confere àqueles que a Ele aderem pela fé se realiza plenamente em nós pela força do Espírito e que é essa força que dá aos crentes uma nova vida.


          A passagem do Evangelho que hoje escutamos é uma daquelas que melhor marca e diferencia Jesus daquilo que era a mentalidade judaica e farisaica do seu tempo. Para o judaísmo do tempo, a Lei era assumida como um peso, um fardo pesado que se devia transportar e praticar. Jesus vem quebrar esta lógica e oferecer-nos uma dimensão de comunhão, de encanto e de ternura de Deus por nós: ‘aprendei de mim…. que sou manso e alegre de coração’.
Padre João Lourenço, OFM 

27 de junho de 2017

É Cristo.

Nisto consiste (segundo o meu modo de pensar) a perfeição da vida cristã: os que participam na dignidade do nome de Cristo devem assimilar e realizar plenamente toda a virtualidade desse nome, tanto no modo de pensar e de falar, como no modo de viver.
(Do tratado de São Gregório de Nissa, bispo, sobre a perfeição da vida cristã)
(PG 46, 283-286) (Sec. IV)

23 de junho de 2017

23 de junho - Sagrado Coração de Jesus

Adoração ao Sagrado Coração de Jesus

19 de junho de 2017

11º Domingo do Tempo Comum



(18/06/2017)

         Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo convida-nos a olhar para a dimensão vivencial da nossa fé que nos recorda que somos caminhantes, peregrinos. É nesta dimensão itinerante da nossa fé que experimentamos a necessidade da presença do Senhor, de ser ajudados a encontrar o verdadeiro caminho que nos leva ao Pai. Foi esta a missão que o Senhor confiou aos seus discípulos.



         Introdução às leituras:       
A primeira leitura, do livro do Êxodo, fala-nos da caminhada do povo de Israel, após a saída libertadora da terra do Egito, em que Deus se compromete com o Seu povo numa aliança eterna que faz desse povo uma nação eleita para testemunhar as maravilhas do Senhor.

 A segunda leitura, da Carta de S. Paulo aos Romanos, diz-nos que essa aliança foi agora reforçada em Cristo e por Ele assumida como prova do pleno amor de Deus. É por Ele que passamos da condição de pecadores para a de homens novos, regenerados em Cristo, de inimigos para filhos; foi pela Sua morte que todos fomos reconciliados com Deus.

         No texto do Evangelho, S. Mateus fala-nos a misericórdia, da compaixão que Jesus tem por todos aqueles que o seguem. Ele é o Pastor que congrega à sua volta todos aqueles que procuram reencontrar o verdadeiro rosto de Deus. A cada um de nós é confiada também essa missão. 




13 de junho de 2017

13 de junho - Santo António

       
 

SANTO ANTÓNIO, nosso Irmão

Quem não conhece Santo António? De Lisboa ou de Pádua, a ele acorrem multidões. Por isso não é necessário “lembrar” que hoje é a sua festa. Que o povo de Lisboa celebra este dia com entusiasmo. Que haverá música, flores e a sua imagem irá percorrer as ruas de alfama à tardinha. Que lá se encontrarão os seus irmãos franciscanos. Os da primeira e da terceira ordem. Os hábitos castanhos mostrarão que pertencem à sua família.
Lisboa veste-se de cor e de alegria. E todos sabem porque o fazem. É por ele. O lisboeta que nasceu pertinho do Tejo, ao lado da Sé. O santo dos milagres. O santo a quem se recorre quando se perde alguma coisa. O casamenteiro. O amigo.
Santo António! Que lá do seu trono engalanado de flores, na Igreja construída no lugar onde nasceu, tendo o Menino Jesus ao colo, abençoa a multidão que, nestes dias, continuamente ali vai rezar.
Talvez nem sempre se recorde devidamente o humilde franciscano que aquela imagem representa. O primeiro franciscano Doutor da Igreja. O grande pregador. Teólogo. Místico.
Ele procurou o martírio como forma suprema de dar a conhecer Jesus. Mas foi pela palavra, pela pregação do Evangelho, que converteu multidões, fez nascer a fé em muitos corações, apaziguou desavindos e devolveu a confiança aos mais

pobres.
E hoje o seu trabalho prossegue. A devoção com que é invocado e a simplicidade com que vê, pessoas de coração aflito, pronunciando o seu nome, às vezes usando gestos que surpreendem, mas que são a expressão duma fé popular, não o pode deixar indiferente.
É que ser santo não deve ser tarefa fácil. Adormecer nos braços de Deus, gozar o descanso eterno, não dá direito a estes irmãos que viveram com heroicidade o Evangelho, a tornarem-se surdos aos clamores daqueles que os invocam.
Assim o nosso irmão António continua a socorrer quem precisa, escuta os desabafos de quem nele confia, ajuda os mais carenciados, protege as crianças e os jovens. Fala de Deus, transmite serenidade e esperança a quem a ele recorre, silenciosamente, numa oração repassada de fé.
Santo António, de Lisboa, Santo de Pádua e do mundo inteiro, glorioso Franciscano, que o Senhor Deus seja louvado por todo o bem que continuas a fazer.
É bom chamar-te Irmão. No meio desta festa que assinala o teu dia, deixa que o perfume das tuas virtudes, o teu exemplo, elevem os nossos corações para Deus e que nos deixemos envolver pelo Seu Amor.
É bom chamar-te Irmão. Irmão António. É um santo orgulho saber que, apesar das nossas fragilidades, pertencemos à tua família. Devemos isso ao pai S. Francisco. Que santa Alegria.
Paz e Bem, querido Santo! Que o Senhor seja louvado!
Maria Clara, ofs
Lisboa, 13 de Junho de 2017

2 de junho de 2017

Domingo do Pentecostes

Introdução à Liturgia
50 dias depois da Páscoa, celebramos a Festa do Pentecostes, a comunhão plena do Espírito Santo dado aos discípulos e presente no mundo, através da Igreja. Com o envio do Espírito, damos início ao tempo da Igreja que se faz presente na história para dar continuidade à obra de Jesus e levá-la à plenitude. Nesta festa, a Igreja renova a sua vocação de evangelizar todos os povos e culturas.

Introdução às Leituras
Na primeira leitura, Lucas mostra-nos que o Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes. É Ele que cria a nova comunidade do Povo de Deus, levando os homens a ultrapassar as suas diferenças e a encontrar vínculos de comunhão e de amor. É o Espírito que a todos une no mesmo amor.
Na segunda leitura, Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso, esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser sempre postos ao serviço de todos.

O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências.
Padre João Lourenço, OFM

1 de junho de 2017

STOP EUTANÁSIA








26 de maio de 2017

Domingo da Ascensão


Introdução à Liturgia
A Festa da Ascensão de Jesus, que hoje celebramos, aponta-nos para o final do caminho percorrido no amor e na doação, na entrega total à vontade do Pai. ‘Partirei, mas não vos deixo órfãos’, é esta a grande promessa que o Senhor faz aos seus. Somos chamados, como seus seguidores, a dar continuidade ao Seu projeto, tornando a sua presença no mundo como um fermento de comunhão e de esperança.

Introdução às Leituras
A primeira leitura faz-se eco daquela que é a grande mensagem deste dia. Como discípulos e continuadores da obra do Mestre, não podemos ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante. Pelo contrário, o nosso lugar é no meio dos homens, dando continuidade ao projeto de Jesus.
A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados: a vida plena de comunhão com Deus. Devem caminhar ao encontro dessa ‘esperança’, de mãos dadas com os irmãos, membros do mesmo ‘corpo’ – e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse ‘corpo’ que é a Igreja.
O Evangelho apresenta o encontro final do Ressuscitado com os seus discípulos. A comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado, reconhece-O como o seu Senhor, adora-O e recebe d’Ele a missão de continuar no mundo o testemunho do “Reino”.
Padre João Lourenço, OFM

Crónicas da Fraternidade


Fraternidade de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da vida da Fraternidade




Dia de PORTAS ABERTAS (reunião mensal da Fraternidade)
Lisboa, 20 de maio de 2017
Local: Convento da Imaculada Conceição – Sala Santos Mártires de Marrocos
Tema: “MARIA - ÍCONE DA IGREJA”
Pregador: Frei João Lourenço, OFM – Assistente Espiritual da
Fraternidade de S. Francisco à Luz
 _______________________________________________________

10:00 – Acolhimento
10:30 – Recitação de Laudes
11:00 – 1ª Reflexão
12:00 – Pequeno intervalo
12.15 – Tempo de diálogo (continuação Reflexão)
13.00 – Almoço partilhado
14.30 – 2ª Reflexão
16:00 – Eucaristia
17:00 – Encerramento



Sábado, dia 20 de maio. Um bom grupo de Irmãos da Fraternidade de S. Francisco à Luz, chegou cedo ao Convento da Imaculada Conceição, mais propriamente à Sala dos Santos Mártires de Marrocos, local onde iria decorrer o Encontro. Uns começaram por preparar o espaço. Arranjou-se sítio de apoio para copos e água. A mesa da presidência foi embelezada com uma linda jarra de flores. Oferta da irmã Maria Francisca. Outros Irmãos dirigiram-se ao Bar do Centro Cultural onde ultimaram os preparativos para a sopa. Panela grande. Foram precisos braços robustos para a levarem à cozinha do Convento. Aí ficou ao cuidado dos Irmãos cozinheiros. Para eles os nossos fraternos agradecimentos pela sua preciosa colaboração.

Começaram a aparecer Irmãos da OFS e Convidados. Acolhimento fraterno. Sorrisos. Apresentações. Foram-se acomodando.
Frei João Lourenço depois de saudar a assembleia, com o seu modo especial de criar ambiente descontraído, deu início a este dia de reflexão.

Rezaram-se as Laudes. E porque hoje é a sua festa, pediu-se a intercessão de S. Bernardino de Sena, grande santo da Ordem Franciscana, apóstolo incansável do Santo Nome de Jesus. Assim, em clima de recolhimento, o Assistente Espiritual da Fraternidade, levou todos a percorrer os caminhos de MARIA. MARIA, ÍCONE DA IGREJA.

Conhecer Maria é o primeiro passo para compreender a sua relação com o Filho e com a Igreja. “A Mãe de Deus é o tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo, como já ensinava S. Ambrósio”.

Maria ou Nossa Senhora como é invocada com ternura filial, “deve ser vista numa relação eclesial e cristológica”. O exemplo que nela encontramos, de saber escutar, de fidelidade, de disponibilidade e o seu silêncio, conduzem a um aprofundamento do Mistério da Encarnação. Ela é medianeira. Modelo. Uma Mulher que acreditou.

Maria não é uma “deusa”, mas também não é uma “santinha”, como por vezes é tratada (e dói tanto…). Maria venera-se. Ama-se. É a Mãe. É o caminho para Jesus.
 Depois de um pequeno intervalo continuou a reflexão sobre o tema proposto. Desta vez, Frei João Lourenço respondeu a várias questões da assembleia. O tempo foi pouco. Tantas perguntas para fazer…tanto para aprender sobre MARIA e o Mistério da Encarnação.

Chegou a hora do almoço. Dia lindo. O irmão sol mostrou-se em todo o seu esplendor. Mas uma brisa suave, brincando, veio amenizar o seu calor. As mesas do jardim ficaram repletas de iguarias. Partilha, alegria, gestos fraternos. Foi um momento muito
tranquilo. Os nossos Convidados sentiram-se em casa. Os Irmãos foram bons anfitriões.
Reconfortados com a refeição, onde não faltou o café servido no Bar do Centro Cultural Franciscano, começou a segunda Reflexão do dia. Sempre com Maria. O seu SIM. A sua FÉ. A aceitação da mensagem que o Altíssimo lhe dirigiu.

Seguiu-se a Eucaristia. A capelinha da Imaculada Conceição encheu-se. Frei João Lourenço celebrou. O irmão Pedro foi o acólito. Com grande júbilo, acolheu-se o sacerdote, cantando: “ressuscitou, ressuscitou, ressuscitou, Aleluia!”.

Foram lembrados, no altar, os nossos Irmãos doentes, aqueles que não puderam comparecer e os que já partiram. Foi referido, também, o nosso muito querido Frei Joaquim Carreira das Neves. Um bom amigo da Fraternidade.

No momento de ação de graças, o celebrante convidou a assistência a partilhar o seguinte: “que lugar tem Maria na tua vida”? Esta partilha só se consegue quando existe um verdadeiro clima fraterno. Foi um momento íntimo. Agradeceu-se ao Filho falando da Mãe.
Assim, com a bênção final e o cântico do “Magnificat”, os Irmãos e Convidados despediram-se. E, cheios da  paz que pairava no ar, rumaram às suas casas.

E o tal grupo de Irmãos que estava de “serviço” aos outros Irmãos, dirigiu-se para o Bar do CCF. Era preciso deixar tudo arrumado e limpo. Fechar as portas. Estava na hora de regressar ao mundo de cada um. Em Paz e Bem.

Depois de um dia tão cheio de ensinamentos, este prazer de “servir” foi enriquecedor. Experimentou-se um bocadinho da verdadeira alegria que S. Francisco viveu. É maravilhoso seguir Jesus pela via franciscana, onde Maria tem um lugar privilegiado.

Glória ao Altíssimo, Omnipotente e bom Senhor…



Maria clara, ofs
20MAIO2017

19 de maio de 2017

6º Domingo da Páscoa

O Espírito só se manifestará e actuará quando a comunidade aceitar viver a sua fé integrada numa família universal de irmãos, reunidos à volta do mesmo Pai e de Jesus.

Introdução à Liturgia:
A liturgia do 6º Domingo da Páscoa faz-nos viver na fé a certeza da presença de Jesus na caminhada histórica da sua Igreja. A promessa de Jesus – “não vos deixarei órfãos” – é a força que anima e fortalece os crentes na sua caminhada histórica. Cada celebração, cada momento de Eucaristia é a afirmação desta esperança que nos anima e fortalece na nossa caminhada.

Introdução às Leituras:
O Evangelho apresenta-nos parte do “testamento” de Jesus, na ceia pascal, em Quinta-feira Santa. Aos discípulos, inquietos e assustados, Jesus promete o “Paráclito, o Espírito Santo”: Ele conduzirá a comunidade cristã em direcção à verdade; e levá-la-á a uma comunhão cada vez mais íntima com Jesus e com o Pai. Dessa forma, a comunidade será a “morada de Deus” no mundo e dará testemunho da salvação que Deus quer oferecer a todos os homens.
A primeira leitura mostra-nos a comunidade cristã a dar testemunho da Boa Nova de Jesus e a ser uma presença libertadora e salvadora na vida dos homens. Adverte-nos, no entanto, que o Espírito só se manifestará e actuará quando a comunidade aceitar viver a sua fé integrada numa família universal de irmãos, reunidos à volta do mesmo Pai e de Jesus.

A segunda leitura exorta os crentes – confrontados com a hostilidade do mundo – a terem confiança, a darem um testemunho sereno da sua fé, a mostrarem o seu amor a todos os homens, mesmo aos perseguidores. Cristo, que fez da sua vida um dom de amor a todos, deve ser o modelo de cada um dos crentes.
Padre João Lourenço, OFM

17 de maio de 2017

20 de maio - Retiro de Portas Abertas


12 de maio-Capelinha das Aparições



Estimados peregrinos de Maria e com Maria!
Obrigado por me acolherdes entre vós e vos associardes a mim nesta peregrinação vivida na esperança e na paz. Desde já desejo assegurar a quantos estais unidos comigo, aqui ou em qualquer outro lugar, que vos tenho a todos no coração. Sinto que Jesus vos confiou a mim (cf. Jo 21, 15-17) e, a todos, abraço e confio a Jesus, «principalmente os que mais precisarem» ― como Nossa Senhora nos ensinou a rezar (Aparição de julho de 1917). Que Ela, Mãe doce e solícita de todos os necessitados, lhes obtenha a bênção do Senhor! Sobre cada um dos deserdados e infelizes a quem roubaram o presente, dos excluídos e abandonados a quem negam o futuro, dos órfãos e injustiçados a quem não se permite ter um passado, desça a bênção de Deus encarnada em Jesus Cristo: «O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça! O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz» (Nm 6, 24-26).
Esta bênção cumpriu-se cabalmente na Virgem Maria, pois nenhuma outra criatura viu brilhar sobre si a face de Deus como Ela, que deu um rosto humano ao Filho do eterno Pai, podendo nós agora contemplá-Lo nos sucessivos momentos gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos da sua vida, que repassamos na recitação do Rosário. Com Cristo e Maria, permaneçamos em Deus. Na verdade, «se queremos ser cristãos, devemos ser marianos; isto é, devemos reconhecer a relação essencial, vital e providencial que une Nossa Senhora a Jesus e que nos abre o caminho que leva a Ele» (Paulo VI, Alocução na visita ao Santuário de Nossa Senhora de Bonaria-Cagliari, 24/IV/1970). Assim, sempre que rezamos o Terço, neste lugar bendito como em qualquer outro lugar, o Evangelho retoma o seu caminho na vida de cada um, das famílias, dos povos e do mundo. Peregrinos com Maria… Qual Maria? Uma «Mestra de vida espiritual», a primeira que seguiu Cristo pelo caminho «estreito» da cruz dando-nos o exemplo, ou então uma Senhora «inatingível» e, consequentemente, inimitável? A «Bendita por ter acreditado» (cf. Lc 1, 42.45) sempre e em todas as circunstâncias nas palavras divinas, ou então uma «Santinha» a quem se recorre para obter favores a baixo preço? A Virgem Maria do Evangelho venerada pela Igreja orante, ou uma esboçada por sensibilidades subjetivas que A vêm segurando o braço justiceiro de Deus pronto a castigar: uma Maria melhor do que Cristo, visto como Juiz impiedoso; mais misericordiosa que o Cordeiro imolado por nós?
Grande injustiça fazemos a Deus e à sua graça, quando se afirma em primeiro lugar que os pecados são punidos pelo seu julgamento, sem antepor – como mostra o Evangelho – que são perdoados pela sua misericórdia! Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia. Naturalmente a misericórdia de Deus não nega a justiça, porque Jesus tomou sobre Si as consequências do nosso pecado juntamente com a justa pena. Não negou o pecado, mas pagou por nós na Cruz. Assim, na fé que nos une à Cruz de Cristo, ficamos livres dos nossos pecados; ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado (cf. 1 Jo 4, 18). «Sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do carinho. Nela vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos mas dos fortes, que não precisam de maltratar os outros para se sentirem importantes (…). Esta dinâmica de justiça e de ternura, de contemplação e de caminho ao encontro dos outros é aquilo que faz d’Ela um modelo eclesial para a evangelização» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 288). Possamos, com Maria, ser sinal e sacramento da misericórdia de Deus que perdoa sempre, perdoa tudo.
Tomados pela mão da Virgem Mãe e sob o seu olhar, podemos cantar, com alegria, as misericórdias do Senhor. Podemos dizer-Lhe: A minha alma canta para Vós, Senhor! A misericórdia, que usastes para com todos os vossos santos e com todo o vosso povo fiel, também chegou a mim. Pelo orgulho do meu coração, vivi distraído atrás das minhas ambições e interesses, mas não ocupei nenhum trono, Senhor! A única possibilidade de exaltação que tenho é que a vossa Mãe me pegue ao colo, me cubra com o seu manto e me ponha junto do vosso Coração. Assim seja.
Papa Francisco

5º Domingo da Páscoa




Introdução à liturgia:

    A liturgia deste domingo convida-nos a reflectir sobre a Igreja – a comunidade que nasce de Jesus e cujos membros continuam o “caminho” de Jesus, dando testemunho do projecto de Deus no mundo, na entrega a Deus e no amor aos homens. Como Jesus nos diz no Evangelho que vamos escutar, “quem O vê, vê o Pai”; quem está com Jesus, está com o Pai, e é esse estar com Ele que hoje nos é pedido como forma de vida.

Introdução às leituras:
O Evangelho apresenta-nos a Igreja como a comunidade dos discípulos que seguem o “caminho” de Jesus – “caminho” de dom de vida aos irmãos. Aqueles que acolhem esta proposta e aceitam viver nesta dinâmica tornam-se Homens Novos, que possuem a vida em plenitude e que integram a nova família dos filhos de Deus.
A primeira leitura apresenta-nos alguns traços que caracterizam a “família de Deus”, a Igreja: é uma comunidade santa, embora formada por homens pecadores; é uma comunidade estruturada hierarquicamente, mas onde deve prevalecer o serviço aos irmãos que é exercido no diálogo e na partilha. Os dons recebidos devem ser partilhados, mas sempre com uma simplicidade que seja testemunho do Espírito Santo que nos fortalece.

A segunda leitura também se refere à Igreja: chama-lhe “templo espiritual”, do qual Cristo
é a “pedra angular” e os cristãos “pedras vivas”. Essa Igreja é formada por um “povo sacerdotal”, cuja missão é oferecer a Deus o verdadeiro culto: uma vida vivida na comunhão com o Pai e no amor incondicional aos irmãos.
Padre João Lourenço, OFM

 
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