Pelo Nascimento de
S. João Baptista – 24 de julho de 2016
S. João Batista (Philippe de Champaigne), 1657. Óleo sobre tela (131 x 98 cm). Museu de Grenoble, França |
S. João veio ao mundo
Na velhice de seus pais.
Que júbilo! Bem profundo!
Vem aí! Não temais!
Uma criança! Uma promessa!
Para vós que vos alegrais.
Mensageiros a toda a pressa,
Vem aí! Não temais!
O maior dos filhos de mulher.
O jovem, que vós amais!
A Voz que brada sem dizer,
Vem aí! Não temais!
Feitor de caminhos novos.
De veredas que endireitais.
Precursor de Vós! Oh! Povos!
Vem aí! Não temais!
Apontador do Homem Deus.
Seguidor dos que caminhais!
Cristãos, muçulmanos e judeus
Vem aí! Não temais!
Homem livre e firme
Mentor das leis penais.
A verdade que o confirme.
Vem aí! Não temais!
Cana abanada pelo vento
É vara que não confirmais.
Foi árvore no firmamento.
Vem aí! Não temais!
O mel doce do perdão
A justiça que não julgais.
A pena, a multa e a prisão:
Vem aí! Não temais!
Construtor da paz, sem medo
Entrou cedo nos prisionais.
Nas grades apontou o dedo.
Vem aí! Não temais!
A mulher do teu irmão,
O que não é vosso e cobiçais,
Não tenhais no coração.
Vem aí! Não temais!
Custou-lhe cara a façanha!
E partiu de entre os mortais.
Rolou a cabeça e a senha:
Vem aí! Não temais!
Ao profeta São João Baptista
Honras e glórias vós prestais.
Sempre presente nos arraiais
Vem aí! Não temais!
No silêncio do sofrimento
Nos tempos vindos e finais.
Não falte o acolhimento:
Vem aí! Não temais!
Ele estende a sua mão
A todos vós que bailais.
Em uníssona contrição:
Vem aí! Não temais!
E daqui, vou para fora
Não seja tarde demais.
Adeus! Vou embora:
Vem aí! Não temais!
Maria Francisca
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