(Ano C – 2019)
Introdução à
Eucaristia:
A liturgia de hoje convida-nos a fazer
um confronto entre a nossa auto-suficiência, uma espécie de idolatria sobre nós
mesmos, algo muito comum ao nosso tempo e a verdadeira fé que se entrega nas
mãos de Deus e n’Ele confia plenamente. Sendo um desafio que nos é feito, é também
uma prova que nos é proposta acerca dos valores do Evangelho, bem identificados
nas Bem-aventuranças.
Introdução
às Leituras:
A primeira leitura, do livro de
Jeremias, fala-nos dos dois caminhos que nos são propostos: o da confiança no
Senhor que conduz à vida e à felicidade, e o da auto-suficiência que é
comparado à aridez do deserto, sem vida e sem esperança, em que nada tem
futuro, pois acabamos por viver fechados nos nossos próprios muros.
Na segunda leitura, dando continuidade
ao texto da 1ª Carta aos Coríntios que nos fala da ressurreição, Paulo diz, de
uma forma muito expressiva, que o centro da nossa fé está na ressurreição do
Senhor e que é aí que tem fundamento a nossa esperança. Cristo é as primícias
daquela vida que também nos está reservada em Deus.
No Evangelho, Jesus continua a expor aos
seus discípulos a Boa-Nova que Ele veio anunciar. E fá-lo de uma forma muito
clara através da mensagem dos dois caminhos: o da felicidade e da liberdade da
fé, vivendo as Bem-aventuranças, ou o da auto-suficiência que reduz a vida à
posse das coisas e à contemplação do narcisismo pessoal que mais não é do que a
‘árvore estéril’ do deserto.
Padre João Lourenço, OFM
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