Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

14 de setembro de 2021

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

Introdução à Liturgia:

Todos na vida criamos desafios e propomo-nos objetivos. A liturgia de hoje deixa-nos uma mensagem que vai no sentido do grande desafio da nossa vivência cristã: ganhar ou perder a vida. Estamos perante um desafio que se constrói com Cristo e a partir de Cristo, pois é Ele o centro, onde tudo ganha sentido. As tentações em gastar a vida em ninharias são cada vez maiores; é necessário redescobrir o sentido da vida.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro de Isaías, num curto texto, mas denso e incisivo, fala-nos do crente que coloca a sua confiança e esperança no Senhor. Exorta à capacidade de escuta e também à fortaleza de espírito e de carácter, algo que é necessário para poder seguir Jesus e tornar-se seu discípulo.

 A segunda leitura, da Carta de São Tiago, exorta-nos à caridade fraterna, numa linguagem muito direta e concreta, como sucede em todo este texto. Os problemas da 1ª comunidade cristã foram muito semelhantes aos que hoje vivemos e que a pandemia veio agravar. Por isso, as  advertências deste texto são de grande atualidade, apesar de continuarmos a gastar e a perder o nosso tempo e os nossos recursos em ninharias sem sentido.

No seu texto, S. Marcos deixa-nos uma das passagens mais expressivas do seu Evangelho: Saber quem é Jesus e como segui-lo. Estamos perante a eterna pergunta: Quem dizeis vós que Eu sou? Mas Jesus não se contenta com a resposta genérica que lhe é dada. O desafio está no seguimento, na forma como cada um de nós quer ou não ganhar a vida com Cristo.

Padre João Lourenço, OFM

5 de setembro de 2021

23º Domingo do Tempo Comum

 

5 de setembro de 2021

Ano B

Introdução à Liturgia:

 Celebramos, hoje, o Vigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum. Marcados pelo sentido comum do quotidiano e ocupados pelas muitas tarefas do dia a dia, nem sempre na vida damos destaque à esperança que, sendo uma das virtudes cristãs mais importantes, deve emprestar um ritmo de alegria e de confiança à nossa vivência quotidiana. A esperança do Reino de Deus é algo que começa já hoje em casa de cada um de nós e nos anima na caminhada ao encontro do Pai.
           Nesta Eucaristia, teremos presentes as seguintes intenções…

 Introdução às Leituras:

 Na primeira leitura, o profeta Isaías apresenta-nos um cântico de alegria que ele quer partilhar com o povo de Deus, apesar da situação deste não ser, naquele momento, a melhor. Todavia, o que alimenta a fé do Profeta é a certeza que Deus está connosco e nos fortalece na nossa caminhada.

 A segunda leitura, da Carta de São Tiago, recorda-nos a nossa condição de Irmãos, pela qual devemos confiar uns nos outros, já que o Senhor nos congrega na mesma comunhão. Diante de Deus, não contam as riquezas materiais, mas apenas e só a riqueza do nosso amor.

 No Evangelho, Marcos situa Jesus em terras pagãs que não pertenciam ao povo de Deus. Ele aí vai para congregar e reunir à sua volta todos aqueles que acolhem a sua mensagem e se unem na mesma fraternidade, independentemente da sua origem, raça ou condição social. Jesus é assim a esperança que a todos congrega na mesma comunhão.

Pe. João Duarte Lourenço OFM

30 de agosto de 2021

22º Domingo do Tempo Comum

 

(Ano B – 29.08.2021)

 Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje trás até nós a eterna questão da vivência da nossa fé; para alguns, basta parecer; Jesus, por sua vez, exige o assumir pleno e comprometido a partir do coração, não nas suas formas exteriores, mas nas intenções puras do coração. É um desafio grande que nos é feito, pois a tentação do farisaísmo não é coisa do passado nem apenas do tempo de Jesus. É algo que faz parte da nossa forma de ser e, por isso, há que lutar contra isso para que sejamos verdadeiramente transparentes aos olhos de Deus.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro do Deuteronómio, fala-nos da grandeza da Lei e da necessidade de a cumprir e pôr em prática, de salvaguardar a sua autenticidade. Ela é a grande fonte da sabedoria bíblica. Para Israel, a Lei (a Palavra de Deus) era a expressão do próprio Deus.

 A segunda leitura, da Carta de S. Tiago, reforça a centralidade da Palavra de Deus como fundamento da nossa fé e também como critério da nossa prática cristã, dizendo-nos quais são as ações em que nos devemos empenhar para dar vida concreta à nossa fé e a testemunharmos.  

 S. Marcos, no texto do Evangelho que escutamos hoje, aborda um dos grandes problemas com que Jesus se enfrentou; a questão do farisaísmo religioso que, ontem como hoje, sempre se faz presente. À semelhança de Jesus, também o Papa Francisco tem constantemente chamado a atenção para este tema, deixando sucessivos apelos para que a vida eclesial e religiosa seja marcada pela verdade e não pela farsa farisaica.

Padre João Lourenço, OFM

25 de agosto de 2021

21º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 


(22.08.2021)

Introdução à Liturgia:

A escuta da Palavra de Deus não pode ser pensada como uma atitude passiva de fácil receção; as suas exigências que essa Palavra nos coloca são, por vezes, dramáticas e implicam uma opção de vida, uma decisão ou um corte nos processos da nossa vida e nos hábitos que assumimos. Hoje, a nossa Eucaristia mostra-nos que O Senhor exige de nós opções e que, perante a sua palavra, não podemos manter-nos indiferentes.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Josué, mostra-nos que ser crente significa deixar-se envolver e comprometer com a sua mensagem. Impõe-se a busca do sentido autêntico do religioso, combatendo a indiferença tão própria do nosso tempo, onde tudo é apresentado sem ser assumido. Ter fé, é assumir-se e afirmar-se num caminho de opção pessoal.

 Na segunda leitura, continuando a refletir sobre a Carta aos Efésios. Dando continuidade aos domingos anteriores, hoje fala-nos de um tema que não é pacífico na nossa sociedade, como é o da relação entre o Homem e a Mulher, entre o Marido e a Esposa. Paulo recorre a uma comparação teológica, entre Cristo e a Igreja, procurando assim conferir uma dimensão que vai para além da mera sensibilidade humana ou social.

Na parte final do seu discurso sobre o Pão da Vida, como é aquela que hoje lemos, Jesus apresenta algumas interrogações e desafios àqueles que o acompanham. Parece uma provocação que Ele quer fazer para que aqueles que O seguem se deixem motivar pela sua mensagem e assumam a sua nova condição de verdadeiros discípulos.

Padre João Lourenço, OFM

18 de agosto de 2021

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

 


(15.08.2021)

Introdução à Eucaristia

 Hoje, é um dia solene para a Igreja; a festa que celebramos – a Assunção de Nossa Senhora – é a solenidade da plenitude da missão de Maria, elevada à glória da Trindade, e é também a solenidade da plenitude da Igreja, de que Maria é imagem e primícias. N’Ela se cumprem as palavras do Magnificat: Deus a enalteceu, porque Ele eleva os humildes e os cumula de bens. A glória da Virgem Maria faz-nos também participantes da esperança que anima a nossa caminhada: chegar um dia à plenitude da glória do Pai.

 Introdução às Leituras

 Na primeira leitura, o livro do Apocalipse recorre a uma visão para nos descrever, de forma simbólica, Maria como símbolo da Igreja que luta para testemunhar a salvação que brota do Menino gerado pela Mãe. Da mãe Maria, surge a mãe Igreja que anuncia e testemunha no tempo a esperança da salvação.

 Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da vitória de Cristo, o novo Adão. Na sua ressurreição todos renascemos para a vida nova e é nessa vida nova que chegamos à plenitude da comunhão com Deus.

No Evangelho, temos a visitação de Maria a Isabel, completada depois pelo hino do Magnificat. Ela é a mensageira da nova-aliança, Aquela que Deus escolheu para morada do Seu Filho. Por isso, ela canta, agradecida, todos os dons com que Deus beneficiou o Seu povo.

Padre João Lourenço, OFM

19º Domingo do Tempo Comum


 Introdução à Liturgia:

A fé em Jesus não é uma realidade trivial, mas sim uma experiência profunda que toca a vida toda daqueles que acreditam. É um ato existencial pelo qual conferimos à nossa vida um sentido que vai para além do imediato do dia a dia. A fé confere à vida um sentido de totalidade que se alimenta de Cristo, o pão que sacia a nossa fome de sentido e de comunhão.  

Introdução às Leituras:

A 1ª leitura, do livro dos Reis, fala-nos da caminhada de Elias no deserto e da sensação de cansado e desânimo que sentiu no fim dessa mesma caminhada. Mas, tal como outrora ao povo de Israel, Deus assiste aqueles que lutam pelas Suas causas, de forma que não lhes falta a força nem a esperança para realizarem a sua missão.

 Na segunda leitura, Paulo confia-nos, tal como outrora aos Efésios, uma lista de princípios e de comportamentos morais e fraternos que devem constituir um paradigma de vida na comunidade. Tudo isso tem como fundamento o exemplo de Jesus.

O Evangelho de hoje dá continuidade ao texto do discurso do Pão da vida que Jesus pronunciou na Sinagoga de Cafarnaúm. Tomando a imagem do maná, Jesus apresenta-se como o novo maná, aquele que sacia a fome mais profunda do homem e o conduz à vida plena da comunhão com Deus.

Padre João Lourenço, OFM

18º Domingo do Tempo Comum

 

(05.08.2018)

Introdução à Liturgia:


Em pleno tempo de férias, a liturgia de hoje trás até nós um tema que continua a preocupar o mundo e a Igreja: o tema do Pão, o mesmo é dizer, a questão da fome. Nas leituras de hoje, Jesus apresenta-se como ‘o pão do Céu’, mostrando assim que há uma fome que está para além do pão material, embora este também seja fundamental para o bem da humanidade. Tal como os contemporâneos de Jesus, peçamos também nós: “Senhor, dá-nos sempre deste pão”.

 Introdução às Leituras:

Na sua caminhada pelo deserto a caminho da Terra Prometida, o povo de Israel mostra que não confia em Deus, Ele que o tinha libertado do Egito. Então, uma vez mais, o Senhor mostra a esse povo o seu carinho, satisfazendo a sua fome de pão, deixando assim um sinal da sua misericórdia. A 1ª leitura de hoje, tomada do livro do Êxodo, dá-nos a prova desta presença do Senhor.

 Na segunda leitura, continuando o texto da Carta aos Efésios, Paulo anima os crentes a crescer na fé, mostrando como agora deve ser diferente a vida dos convertidos, contrastando assim com as suas atitudes quando eram pagãos.

O Evangelho de hoje dá continuidade à leitura do capítulo 6º de S. João, em que Jesus se apresenta como o ‘Pão do céu’, respondendo assim a todos aqueles que o procuravam após a multiplicação dos pães. Jesus, dando-lhes o pão material, quer agora dizer a todos os que o seguem que há outro pão que mata outra fome e esse pão vem do amor e da comunhão.

Padre João Lourenço, OFM

30 de julho de 2021

17º Domingo do Tempo Comum

(25/07/2021)

           Introdução à Liturgia:    

Neste tempo de verão, propício ao descanso e ao reforço das energias pessoais, sucede também, por vezes, que nos desleixamos na partilha e na comunhão de vida, construindo tudo a partir de nós e só a pensar em nós. O reforço das energias pessoais pressupõe também o reforço das energias espirituais, da comunhão e da proximidade. Nestes próximos domingos, a liturgia convida-nos a alimentar a nossa vida também a partir do pão que é Cristo.

           Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, do livro dos Reis, fala-nos do profeta Eliseu e da sua proximidade para com os necessitados, exortando à confiança e à partilha. Repartir o pão é um gesto de humanidade pelo qual mostramos que Deus também está próximo daqueles que precisam: eles são o próximo que nos aproxima de Deus.

Na 2ª leitura, tomada da Carta aos Efésios, Paulo convida-nos a cultivar as virtudes humanas da simplicidade e da amabilidade. Tal como Deus é compassivo para connosco, assim o devemos ser para com os Irmãos.

O tema do pão e do alimento percorre toda a Sagrada Escritura, e está bem presente nas palavras de Jesus. O capítulo 6º do evangelho de S. João é todo ele dedicado ao tema do alimento. Jesus é esse alimento de vida e de comunhão que Deus dá ao Seu povo; Ele é o verdadeiro pão, descido do céu, oferecido por Deus. Um convite a seguir, nos próximos domingos, o capítulo 6º de S. João, meditando no Pão da Vida.

Padre João Lourenço, OFM 

16º Domingo do Tempo Comum

 

(18/07/2021)

           Introdução à Liturgia:    

A liturgia deste domingo está marcada pelo tema do serviço e da proximidade que Deus dispensa ao Seu povo. Ele mesmo se faz pastor para servir e estar com os seus fiéis, deixando-nos o exemplo para que aprendamos d’Ele a viver e a partilhar. Construir comunhão é exatamente isto: servir os Irmãos e estar com Jesus. No servir os outros e na disponibilidade para o acolhimento se define a identidade cristã, tal como Jesus nos deixou o exemplo.

          Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, tomado do Jeremias, é um apelo aos Pastores do povo de Israel para que saibam reunir na mesma comunhão todos aqueles que o pecado e as marcas da fragilidade humana afastaram da verdadeira comunhão com Deus, o verdadeiro e único Pastor.

         Na Carta aos Efésios, Paulo diz-nos que Cristo é a nossa paz e que é a partir d’Ele que nos reconciliamos com Deus. As divisões humanas, os muros que nos separam foram já superados em Cristo.

No Evangelho Jesus acolhe os discípulos que voltam do anúncio do Reino e convida-os à partilha e ao repouso, mostrando assim a sua humanidade e a ternura por todos aqueles que se entregam à missão. Como bom pastor, ele conhece as fragilidades de cada um e a todos dispensa a sua misericórdia.

Padre João Lourenço, OFM

16 de julho de 2021

CN - Plano Vida e Ação 2020-2021

 



CN - Carta às Fraternidades

 



Jornadas de Reflexão - OFS - 31/07 a 02/08/2021

 



15º Domingo do Tempo Comum

 


(11/07/2021)

 Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo traz até nós o tema do chamamento e do envio, focando as condições daqueles que são enviados para anunciar a Boa-Nova. Os textos fundadores da nossa fé sempre realçam a liberdade interior e a disponibilidade como condições fundamentais para o anúncio. Já assim era com os profetas e, com Jesus essas mesmas condições são ainda mais reforçadas. Como regressar às exigências que Jesus nos propõe?

Introdução às Leituras:

Na 1ª leitura, Amós fala-nos da sua missão e do seu profundo empenho em responder ao chamamento de Deus: “Foi o Senhor que me tomou e me disse: vai e profetiza ao meu povo”. A força da palavra ganha sentido, antes de mais, na própria vida daquele que a anuncia e, nisso, Amós é verdadeiramente exemplar.  

           Na 2ª leitura, da Carta aos Efésios, temos um dos hinos mais belos e mais profundos sobre a nossa condição de eleitos e escolhidos por Deus para o testemunho da Sua caridade e do seu amor para connosco. Todo o mistério da nossa eleição radica em Cristo e é por Ele e n’Ele que somos reconciliados e salvos. Essa é, para Jesus, a glória do Pai.

No Evangelho, temos o envio dos discípulos e os sinais que eles devem dar no testemunho da sua missão para que esta seja verdadeiramente cristã e tornar-se sacramento da presença e da vinda do Reino. O discípulo deve escutar a Palavra, deixar-se desafiar por ela e, de forma livre e em gratuidade, anunciá-la ao mundo, fazendo dela o seu próprio itinerário de vida.

Padre João Lourenço, OFM

 

DOMINGO XIV TEMPO COMUM


 (04.07.2021)

 Introdução à Liturgia:    

Uma das carências do nosso tempo está no facto de nos faltarem vozes proféticas que nos interpelem para os grandes e decisivos valores da experiência humana e da fé cristã. Num tempo marcado pela avidez do consumo e pela vivência do fugaz e do supérfluo, precisamos de escutar vozes que nos falem de Deus e da mensagem de Jesus. Hoje, através da Palavra de Deus, sentimos esta interpelação e acolhemos este desafio à escuta da voz de Deus.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Ezequiel, fala-nos da presença do profeta no Exílio, um tempo de silêncio de Deus e de rebeldia do povo de Israel que não quer escutar a voz de Deus de que o profeta se faz eco. Deixar-se interpelar pelos sinais da história é a forma como Deus nos fala hoje, mesmo quando nos custa escutar a Sua voz.

 Na segunda leitura, da Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos das suas fraquezas que em Cristo se tornam força e audácia para a missão e para o anúncio da Boa Nova. É nas suas fraquezas que se manifesta a força de Deus.

O Evangelho fala-nos da presença de Jesus na sua terra natal. Tal como nos diz o provérbio popular “ninguém é profeta na sua terra”, também Jesus não conseguiu deixar ali nenhum sinal do tempo novo da graça e do Reino que Ele vem anunciar. Aqui temos mais um apelo para que não fechemos o nosso coração à voz do Espírito.

Padre João Lourenço, OFM

13º Domingo do Tempo Comum

 Ano B (27.6.2021)


Introdução à Eucaristia:

Vivemos hoje numa cultura carregada de contradições; por um lado, faz-se um grande esforço, em termos universais, para garantir melhores condições de vida a todas as pessoas e reconhecer o direito à vida como sinal sagrado que tem em Deus a sua fonte. Por outro lado, as manifestações de desprezo e leviandade acerca da vida são constantemente promovidas, como bem sabemos, através da exortação daquilo a que podemos chamar cultura de morte. A Palavra de Deus diz-nos que Deus é a fonte da vida e Jesus vem-nos testemunhar isso mesmo.


Introdução às Leituras:

A vontade de Deus é a vida dos homens, tal como nos diz o livro da Sabedoria. Acolher a Lei e pô-la em prática, é promover a vida e cumprir a Sua vontade. A criação é o testemunho pleno deste querer de Deus em nos conceder a vida, pois Ele é a fonte do bem e nós vivemos para o bem.

 Dando continuidade à leitura da 2ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos também de um momento de vida: dar apoio aos Irmãos da Igreja de Jerusalém que passam por grandes privações e necessidades. A partilha fraterna entre as diversas Igrejas das origens cristãs é, não só expressão da comunhão fraternas, mas também do empenho de todos para que os Irmãos possam viver plenamente em Cristo.

 No Evangelho, S. Marcos volta ao tema da vida que Jesus vem trazer a todos aqueles que na sua caminhada se sentem fora da comunhão com Deus. Jesus é o grande apóstolo da vida para todos. A essa plenitude chega-se pela fé, tal como Jesus diz àqueles que o procuram e n’Ele colocam a sua esperança.

Padre João Lourenço, OFM

24 de junho de 2021

12º Domingo do Tempo Comum

 


(20.06.2021)

Introdução à Eucaristia:

Numa linguagem simbólica e muito adequada ao ambiente bíblico, a liturgia de hoje trás até nós um problema de sempre e coloca-nos perante a eterna questão: acomodarmo-nos ou olhar em frente e tentar superar as limitações que nos envolvem, com fé e esperança, colocando os nossos olhos em Jesus, sabendo que Ele não nos abandona nem nos deixa sozinhos no auge das tormentas.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro de Job, fala-nos de algo que, à primeira vista, é-nos estranho: que sentido tem este texto? Que perguntas são estas que resultam de um diálogo entre Deus e Job? O texto tem na sua base o sentido que o mar tinha para o mundo judaico: o mar é a figuração das forças hostis e da desordem que ameaça a vida do homem. Importa confiar que também o mar é obra criada por Deus e nada está para além do Seu poder.   

 No Evangelho, Marcos narra-nos o momento em que Jesus cruza o Mar da Galileia e confronta os medos dos discípulos em confiarem n’Ele. O texto mostra-nos que as tempestades da vida, mormente as dúvidas e as inquietações dos crentes encontram resposta na confiança em Jesus. Mesmo parecendo que Ele dorme, Ele está atento às nossas inquietações e mostra-nos que o amor de Deus faz se sempre presente. Mesmo temendo tais inquietações, não nos devemos deixar vencer ou paralisar perante elas. A nossa confiança está no Senhor. 

Padre João Lourenço, OFM 

 

S. António de Lisboa, Padroeiro de Lisboa

 


(13 Junho 2021)

Introdução à Eucaristia

Hoje, solenidade de Santo António, celebramos nas Igrejas da cidade de Lisboa a Eucaristia do seu dia, o que nos permite não só louvar a sua figura, mas essencialmente acolher a sua mensagem, a sua palavra e o seu testemunho. Santo António foi um luzeiro no seu tempo, a sua mensagem e o cuidado pelos pobres continuam a ser para nós um desafio e um apelo à santidade, envolvendo-nos, como ele o fez, também nós nas causas nobres do nosso tempo. Canonizado logo no ano seguinte à sua morte, a sua veneração estende-se pelos quatro cantos da terra, fazendo dele um verdeiro santo da era da globalização.

Introdução às Leituras

A primeira leitura, tomada do livro de Ben Sirá, fala-nos do homem sábio, daquele que acolhe a Palavra de Deus e se coloca nos caminhos de Deus, acolhendo os seus desafios. Trata-se da sabedoria de Deus, aquela que é dom do Espírito e não da astúcia humana. Foi esta sabedoria que António cultivou, tal como nos mostram os seus sermões.

A 2ª leitura, da Carta de S. Paulo a Timóteo, fala-nos da centralidade da Palavra de Deus no ministério do anúncio do reino de Deus. S. António é exatamente um exímio apóstolo da Palavra e disso são testemunho os seus sermões. O que Paulo diz ao seu discípulo Timóteo aplica-se perfeitamente a António, o que faz dele um verdadeiro apóstolo da Evangelização.  

No Evangelho, S. Mateus, trás até nós os dois grandes sinais que Jesus deixou aos seus discípulos, sinais que são também desafios marcantes da nossa identidade: ‘Ser luz e ser sal’. António foi luz no seu tempo e continua a ser sal para ‘temperar e dar sabor à nossa vida’, e fazer dela um testemunho que deve brilhar diante de todos e nos motivar à santidade.

Padre João Lourenço, OFM

7 de junho de 2021

SOLENIDADE DO CORPO DE DEUS

(03.06.2021)

Introdução à Liturgia:

A Igreja celebra hoje a solenidade do Corpo de Deus, convidando todos os fiéis a dedicar à Eucaristia um dia solene, de modo que este mistério da presença do Senhor assuma a centralidade da vida comunitária. A Igreja vive da Eucaristia e para a Eucaristia. Hoje, reunimo-nos em festa e celebramos esta presença do Senhor no meio de nós.

 Introdução às Leituras:

A primeira aliança feita entre Deus e o Seu povo, foi estabelecida através da Lei. Tendo o Sinai como lugar de encontro e Moisés como seu mediador. A aliança definitiva teve como mediador o Senhor Jesus e o testemunho do seu sangue.

 A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, fala-nos do sangue de Cristo que nos purifica e que nos congrega na comunhão plena com Deus, fazendo de nós o seu povo eleito.

 No Evangelho, S. Marcos, fala-nos da última Ceia do Senhor com os discípulos, aos quais entrega a sua vida, corpo e sangue, símbolos da sua plenitude e expressão do amor total e definitivo de Deus pela sua Igreja.

Padre João Lourenço, OFM 

30 de maio de 2021

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE


 Introdução à Liturgia:

Celebrar a Santíssima Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se esconde num “Deus único em três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer participar desse mistério de amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos o Deus da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços familiares com o homem, dá-se a conhecer a Moisés como ‘sendo um Deus clemente e compassivo, lento para a ira e rico de misericórdia’. É este Deus que Jesus nos deu a conhecer e testemunhou na sua caminhada.

Na segunda leitura, Paulo diz-nos que todos somos conduzidos pelo Espírito e é por Ele que nos tornamos filhos de Deus. É isso que nos leva a proclamar ‘Abbá’ (Pai) e assim, como filhos, somos Irmãos na grande família da Trindade divina.

No Evangelho, S. Mateus, fala-nos do mandato divino entregue aos Apóstolos e pelo qual entramos na comunhão com Deus. A fórmula do nosso batismo é o testemunho da fé eclesial na Trindade que nos congrega como filhos da grande família de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

 

25 de maio de 2021

Laudato Si

 






















 
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